Whatever It Takes escrita por Dark Sweet


Capítulo 2
Quem eu sou?


Notas iniciais do capítulo

Hey, bebês! Como vocês estão? Trouxe mais um capítulo para vocês e ele dá início a Infinity War, mas antes vamos a algumas pequenas explicações. Como vocês devem ter visto, a história está de capa nova e nome novo. Por que Infinity War passou a se chamar Whatever It Takes, Gabi? Então, eu estava fazendo as contas dos capítulos que teria quando eu finalizasse a história após o estalar do Thanos e acabaria com menos de 10 capítulos e eu não pretendia fazer uma história tão curta. Por esse motivo, decidi contar a história de Infinity War e Endgame juntas e por isso a mudança de nome para Whatever It Takes. Com isso, acredito que a história toda terá muito mais que 20 ou 30 capítulos, espero que ela seja longa. Mas não quero mais enrolar nas explicações. Boa leitura.



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Eu encarava Steve com a cara fechada e o olhar sério. Observava todos seus movimentos com cuidado.

Após sua jogada, encarei Sam que realizou o movimento tão rápido quanto das outras vezes.

Observei a carta descartada dele, desviando o olhar para as que estavam nas minhas mãos e depois as trincas e canastas que estavam sobre a mesa.

Por fim, exibi um sorriso e peguei a carta descartada de Sam, juntando com as que estavam nas minhas mãos e logo colocando todas elas sobre a mesa.

—Ganhei. — os encarei, sorrindo.
Romanoff ergueu a sobrancelha.

—Acho que você não entendeu as regras do jogo. — meu sorriso se desmanchou.

—Do que está falando? Eu entendi, sim, tanto que ganhei. — apontei para minhas cartas.

—Para você ganhar, teria que ser com uma canasta limpa. E essa é uma canasta suja. — Sam explicou. 

Minha cara se fechou totalmente, meus braços se cruzaram e encostei com tudo na cadeira, bufando.

—Eu odeio jogar buraco! Nada nele faz sentido. Em que mundo o dois vale como curinga? E fazer trincas com número de naipe repetido? Desde quando? —

—Melinda, o jogo é simples. — Nat sorriu, juntando as cartas novamente. — Achei que tivesse entendido como funcionava quando explicamos cinco vezes. —

—Só que eu não entendi, ok? E não pedi para vocês explicarem de novo para não me acharem burra. —

—Coisa que você não é, nós sabemos muito bem disso. — disse Steve.

—E simples? Simples é jogar pôquer, pife, 21. Não essa porcaria de buraco! — continuei falando, fazendo eles rirem.

—Tudo bem então. Vamos jogar 21. —

—Não posso. — resmunguei.

—Por quê? Não me diga que você consegue trapacear até no 21. — o Piu-Piu me encarava com a sobrancelha arqueada.

—Eu sei contar as cartas. — dei de ombros. — E vocês pediram que eu não trapaceasse em nenhum jogo e eu cumpri. Venci cinco das sete partidas de pife sem trapacear. —

—Sabemos. — o Picolé sorriu. — Agora que você não quer mais jogar buraco, não pode jogar 21 sem trapacear e já estamos cansados de pife ou pôquer, o que vamos jogar? —

—Por favor, Banco Imobiliário de novo não. — Natasha gemeu.

—Sem Banco Imobiliário. — confirmei. — Podemos jogar Twister. — sorri.

—Não, não vou me submeter a esse jogo de novo. As posições são humilhantes! —

—Essa é a graça do jogo, Capitão. — falei, rindo. — Tudo bem. Sem jogos de cartas, Banco Imobiliário ou Twister. — suspirei. — Nos resta jogo de tabuleiro. —

—Você podia ter escolhido uns jogos melhores, Melinda. — Nat falou.

—Eu tentei, ok? Mas as opções meio que eram limitadas. — cruzei os braços. — Eu até que diversifiquei os jogos. Também tentei comprar um vídeo game, mas o Sammy não deixou. —

—Mas é claro. Você é uma pessoa competitiva em qualquer jogo, principalmente jogos de vídeo game. Iria nos entregar logo, logo, Melzinha. — disse Sam, sorrindo.

Depois de duas semanas inteiras chamando Sam de Sammy, ele resolveu arranjar um apelido humilhante para mim. Na verdade o apelido era humilhante só na cabeça do Sam, porque eu sempre me divertia quando ele me chamava de Melzinha.

Nesse momento, estávamos em um dos quartos de uma pousada em uma área mais afastada de Londres, Inglaterra. Tínhamos alugado dois quartos, um ao lado do outro, para três dias. Steve e Sam ficaram em um, e Nat e eu no outro.

E a Wandinha Addams, bom, ela estava em um hotel na cidade vizinha com o Visão, tendo mais um dos vários encontros que tiveram ao longo desses dois anos desde o Tratado.

Pois é, eles continuaram se encontrando mesmo sabendo que o Tratado não permitia. Eu poderia estar do mesmo jeito com o Tyler, mas eu queria? Não.

—Frase caluniosa. Vou te processar, Garibaldo. — disse, apontando o dedo na direção de Wilson, semicerrando os olhos. — Ok, eu acho que tenho um jogo. — falei, levantando e caminhando até minha mochila.

—Qual? Verdade e desafio não rola, então nem adianta tirar a garrafa de vodka da bolsa. — Romanoff falou. De soslaio, vi ela juntando as cartas sobre a mesa.

—Não tem nem graça de jogar Verdade ou Desafio com vocês. Nunca dá para saber se a Natasha e a Melinda estão realmente falando a verdade, Steve nunca quer cumprir certos desafios e fora que nenhum de vocês três ficam bêbados! — Sam reclamou. — São todos sem graça. —
Nós três rimos.

—A culpa não é nossa se seu organismo não aguenta algumas doses de vodka. — falei, pegando o bloco de post-its coloridos, um marcador e voltando para a cadeira.

—Vocês são trapaceiros genéticos. — falou, cruzando os braços. — Você principalmente, Melinda, naquelas apostas de quem bebe mais cerveja no bar do seu amigo. —

—Mas as apostas tinham um tempo. Vencia quem bebesse mais no tempo estimado. Não tenho culpa se aqueles machos não sabiam beber rápido. — expliquei, dando de de ombros. — Deixando meu melhor recorde envolvendo cerveja de lado, vamos brincar de quem eu sou. — entreguei um post-it para cada um. — Para quem não conhece, você anota o nome de alguém famoso e não deixa ninguém saber quem é. Nós trocamos os papeizinhos e colamos na testa, sem ver. —

—E vamos ter que tentar adivinhar, certo? Nós já brincamos disso, né? —

—Sim para as duas perguntas, Picolé. Brincamos lá no Complexo, alguns meses depois da mudança de todo mundo. — anotei o nome do famoso, escondendo o papel.

Batman.

Sorri, passando o marcador para Steve.

—Como esquecer? Tony colocou o próprio nome dele no papel. — Nat lembrou, gerando uma pequena risada na gente.

—Não fiquei surpresa, admito. O melhor foi o coitado do Visão tentando adivinhar. — falei, rindo mais ainda.

—Eu lembro que Steve era o Trump. — o Capitão encarou Sam sério. — Ele ficou possesso quando descobriu. — soltou uma risada.

—Eu achei uma brincadeira de muito mau gosto. — ele passou a caneta para Romanoff que não perdeu tempo em anotar o famoso.

—Mas ver sua cara quando descobriu foi engraçado. —

Esperamos Sam terminar de anotar o nome do famoso que ele escolheu e logo estávamos misturando os post-its.

Cada um pegou um e colocou na testa sem ver o nome.

Soltei uma risada ao ver o papel de Steve.

—Já que você riu, você começa. — falou. — Três perguntas, um chute. Se errar passa a vez. —

—Ok. — pressionei os lábios. — Eu sou mulher? — os três negaram. — Eu sou... ruivo? — novamente negaram. — Eu sou um homem, de certa forma, poderoso? —

Dessa vez eles assentiram, fazendo-me pensar um pouco.

—Por acaso eu sou o Bolsonaro? — perguntei séria. — Porque se eu for vou ficar muito chateada com quem escreveu. Todo mundo sabe que eu odeio aquele acéfalo tanto como odeio o Trump. — cruzei os braços.

—Comigo foi engraçado, né? — Steve debochou. — Mas relaxa que você não é o Boronoro. —

—O apelido é Biroliro ou Bonoro. — corrigi.

—Eu errei a pronúncia? —

—Sim, mas eu gostei de Boronoro. Vou aderir. — sorri. — Sua vez, Sammy. —

***

—Eu sou poderosa? —

—Mas é óbvio que sim, Romanoff. E eu não falo só do nome no papelzinho. — sorri.

—Eu sou de uma ficção científica? — Steve assentiu.

—Por acaso sou da saga Star Wars? —

—Que a Força esteja com você. — Sam confirmou.

Já estávamos a um bom tempo jogando e o Falcão já tinha descoberto quem ele era. O melhor presidente dos EUA, vulgo Barack Obama. Reizinho que nunca decepciona.

—Ok. — ela sorriu, cruzando os braços e encostando o tronco na cadeira. — Eu sou a General. —

—E eu sou o Han Solo, muito prazer. — pisquei para ela que balançou a cabeça, retirando o post-it da testa. — O que acha de tentarmos fazer o Ben? — sorri.

—Boa tentativa, Melinda. Sua vez, Steve. Só resta você e a paqueradora aí. —

—Quem ainda fala paqueradora? — resmunguei, me virando para o Capitão.

—Eu realmente não faço a mínima ideia de quem eu sou. — suspirou. — Eu sou alguém que o Steve Rogers conhece? — franzi as sobrancelhas.

—Que raios de pergunta é essa? Eu não colocaria alguém que vocês não conhecesse m, Picolé. —

—Mas o Sherlock colocou Madonna para o John e ele nem sabia quem era Madonna. — sorri de orelha a orelha. — Sim, Melinda, eu prestei atenção a todos os episódios de Sherlock. A série realmente é boa. —

—Não é só isso. Você fez uma referência a cultura pop! Estou tão orgulhosa! — fingi limpar uma lágrima do rosto.

—Continuem a brincadeira. — Sam pediu. — E sim, Steve, você é alguém que Steve Rogers conhece. —

—Certo. Eu sou alguém que o Capitão e o Steve Rogers respeita? — revirei os olhos.

—Mas você é um chato, hein? Não, o Capitão e o Steve, que são as mesmas pessoas, não respeitam você. — respondi, jogando a cabeça para trás.

—Eu sou branco? —

—Sim. —

—Eu sou o Trump de novo? Porque eu juro que se eu for... —

—Não, você não é. Fazer isso duas vezes seguidas não tem graça. E o Trump é laranja, você sabe. — puxei minhas pernas para cima da cadeira, abraçando elas.

Eu estava decidida a descobrir quem eu era nessa rodada.

—Eu sou dos EUA? —

—Definitivamente não. — o Picolé respondeu.

—Eu sou homem, loiro, de certa forma poderoso, muito famoso, sou velho, não sou dos EUA, sou alto, muito gostoso, não tenho nenhuma rede social, o que eu nem entendi direito, porque não sei como posso ser poderoso sem ter, no mínimo, um Instagram... — falei sozinha.

—Pergunta logo. — Romanoff sorriu, estava se divertindo as minhas custas, óbvio.

—Por acaso eu sou conhecido dos Vingadores? —

—Sim. — assentiu.

—Ok. Eu sou um integrante dos Vingadores? —

Antes que Steve respondesse, um toque de celular preencheu o quarto da pousada.

Todos nós travamos no lugar.

Veja bem, um celular tocando não era muito incomum no meio da gente. A cada dois meses Ryan ligava para o celular não rastreável que ele me deu para passar algumas informações.

Algumas eram coisas que virou do nosso cotidiano. Informações sobre o Governo que ainda nos caçava sem descanso, avisar se acabamos sendo descobertos em algum lugar e se uma força tarefa está a caminho, vez ou outra era para dizer que minha família e amigos estavam bem.

E a alguns meses atrás eu meio que quase surtei quando não tive notícias do paradeiro do Tyler e que ninguém sabia onde diabos ele estava. Ryan me ajudou a acalmar os nervos, mesmo não sabendo onde aquele idiota estava também. 

No entanto, o fato de termos travados não foi porque o meu celular tocou. Foi porque era um toque diferente da abertura da série da BBC do Sherlock.

Era o toque do celular que o Steve levava para cima e para baixo, afinal ele tinha dado um a Tony para o caso dele precisar da gente.

Tony nunca tinha ligado. Até agora, aparentemente.

O Capitão levantou, caminhou até a mochila dele, pegou o celular e nos encarou, antes de atender.

Retirei o post-it da minha testa, olhando o nome escrito. Sorri.

—Eu ia acertar! — falei, baixinho. — Sabia que eu era o Thor. —

Entendendo o que eu queria, Natasha entrou na onda.

—Quem mais você seria? É o único homem loiro e que não é dos EUA do time. — falou, também em um tom mais baixo.

Eu estava desviando minha atenção da ligação do Steve com o Tony. Por mais que eu quisesse saber demais o que eles estavam falando, eu não podia xeretar.

Não sabia se o Tony tinha ligado porque precisava de nós ou se só precisava conversar com o Picolé.

—Sabe que o Steve vai te matar quando souber quem ele é, né? — Sam indagou, sorrindo. — Sabe que ele não gosta do cara. —

—Qual é. Eu conheço um monte de gente que adora o Batman! — falei, fazendo Natasha balançar a cabeça.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa para me distrair mais um pouco, Steve se movimentou, atraindo nossa atenção.

Ele caminhou até a TV, pegou o controle e a ligou no jornal local. Franzi as sobrancelhas, levemente confusa.

Levantei da cadeira, me sentando na beirada da cama e pegando o controle da mão de Steve, aumentando o volume.

A reportagem era de hoje, mais precisamente de algumas horas atrás. Mostrava uma filmagem de uma nave espacial - e com certeza alienígena - que parecia uma roda gigante e uma rosquinha sobrevoando sobre New York. Outra filmagem mostrava dois seres no solo - alienígenas, de novo - e uma silhueta que eu podia jurar que era do Tony junto com três caras que eu não reconheci. A manchete era curta e direta em letra de forma: New York atacada.

E no minuto seguinte, a manchete mudou para "Tony Stark desaparecido", com uma foto dele no canto da tela.

Senti o ar escapar dos meus pulmões por um momento. Tratei de rapidamente começar a respirar com calma e me concentrar na energia que o corpo do Tony produzia.

Mesmo tendo ganhado meus poderes a tanto tempo, eu ainda continuava a desenvolver habilidades. Uma delas consistia em saber exatamente onde as pessoas estavam apenas sentindo a energia que os corpos delas produziam.

Eu conseguia saber onde Michael, Tyler e Amy estavam nesse exato momento, onde Will passava as tardes todas as quintas depois da escola, onde Adam estava trabalhando a essa hora. Eu só precisava conhecer a pessoa, me concentrar nela e na energia que o corpo dela emanava e então tinha a localização.

—Vou encontrá-los, não se preocupe. —

A voz de Steve tinha me despertado. Ele já tinha encerrado a ligação e me encarava.

Agora que eu sabia que o Tony desapareceu, me pergunto com quem ele falava. Rhodes?

—Melinda... —

—Eu já tentei, Steve. — o cortei. — Não o encontrei. —

—Como assim? Achei que você pudesse encontrar qualquer pessoa em qualquer lugar. — Sam falou.

—E eu posso. — assegurei. — Se você me perguntar onde minha família e meus amigos estão eu vou saber responder. Mas o Tony? Não dá, ele está muito fora do radar dessa minha habilidade. — expliquei.

—Fora do radar? — Nat questionou, cruzando os braços.

—Exatamente isso que você pensou. Tony está no Espaço e eu não conheço o Espaço, nunca estive lá. — olhei para Steve. — Eu posso assegurar que o Toninho Rodrigues está vivo porque eu sinto a energia do corpo dele, mas não sei dizer em qual parte do universo ele está. —

—Certo. Arrumem suas coisas o mais rápido possível, não podemos perder tempo para buscar a Wanda e o Visão em Cambridge. Estão indo atrás do Visão. — ele fez menção de sair do quarto e ir para o dele.

Natasha começou a arrumar as coisas.

—Então sobre isso... — levantei da cama, atraindo a atenção dele. — Eles não estão em Cambridge. —

—O que? Eles mudaram o destino e não avisaram? — Natasha questionou.

—Você sabia disso e não nos falou, Melinda? —

—Epa, epa, epa. Eu não sabia de nada, juro. — me defendi da acusação de Sam. — Eu soube quando estava procurando pelo Tony. Quando não encontrei, achei que não estava me concentrando direito então procurei encontrar alguém que eu sabia onde estava e quando soube que eles estavam em Glasgow até cogitei ter perdido essa habilidade de localizar as pessoas. Achei que tinha dado pane. —

Steve respirou fundo.

—Eles estão em Glasgow? São quase duas horas para lá de Quinjet! —

—Eu faço ir mais rápido, sem problema. — falei.

—Preparem-se. — falou com a voz firme. — E depois vamos conversar sobre eu ser o Batman, Melinda. — ele mostrou o post-it que estava com ele.


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Notas finais do capítulo

Hey, babes! Então? Gostaram? Não gostaram? Please, comentem! A vida de fugitivo com Melinda Hunters envolve jogos de cartas e tabuleiros para passar o tempo :) E o Capitão não gostou de ser o Batman, Melinda que lute para escapar da carranca dele. Se por acaso tiverem alguma dúvida, Marvel e DC vivem nesse mesmo universo. Eu não pretendo envolver a DC em um crossover, o máximo que pode acontecer é algumas citações sobre a Liga da Justiça, por exemplo, e talvez uma aparição rápida. Porém, ninguém dos Vingadores sabem quais as identidades secretas dos heróis da DC, nem mesmo a Melinda. Enfim, galera, é isso. Guerra Infinita realmente está começando e o Thanos está chegando. Isso vai dar muita merda na vida dos Vingadores, como bem sabemos. Bon revoar!



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