Whatever It Takes escrita por Dark Sweet


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Hey, beberes! Voltei com mais uma história pra vocês. Quero agradecer a vocês por estarem comigo desde The New Avenger quando a Melinda ainda era uma garota assustada com seus poderes. IW chegou finalmente e com ela Thanos e bendito estalar de dedos. Desejo a vocês uma boa leitura e nos vemos lá embaixo.



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Eu caminhava pelas ruas de Detroit calmamente mexendo no celular.

A cabeça baixa, olhando para o aparelho e evitando o contato visual com as pessoas que caminhavam por ali, os passos curtos, mas não totalmente lentos.

Vez ou outra eu erguia o olhar do celular, focando no homem de sobretudo poucos metros a minha frente, mas não passava de míseros segundos, apenas o suficiente para checar se não tinha o perdido de vista.

—Eu não quero saber, Johansson. — a voz dele soava baixa ao telefone, mas firme. — Há boatos de que eles foram vistos no Rio de Janeiro, até fotos deles estavam rolando nas redes sociais. Sabíamos que uma hora ou outra eles iriam cometer um deslize e vocês devem aproveitar esse deslize. —

Aos poucos, a quantidade de pessoas nas calçadas iam diminuindo.

O homem virou na próxima esquina e alguns passos depois consegui o acompanhar.

Contando comigo e ele, só haviam mais três pessoas naquela rua.

—Eu quero que façam uma varredura completa. Se eles estiverem aí, quero eles presos. Está me entendendo? —

Uma resposta afirmativa soou do outro lado da linha e então o homem desligou.

Entrei no beco mais próximo assim que ele virou a cabeça para olhar sua retaguarda. Esperei alguns segundos e então voltei a caminhar a uma distância razoável dele, erguendo a mão discretamente na sua direção e absorvendo toda a energia de qualquer dispositivo que ele carregava.

Guardei o celular no bolso assim que notei que éramos os únicos naquela rua e comecei a absorver a energia elétrica dos postes e luminárias das casas.

Primeiro as luzes que estavam perto de mim, para que ele não me visse, e então as que estavam entre a gente e logo depois as que estavam a alguns metros a frente do homem.

A única luz acesa da rua vinha das janelas da casa próximas ao homem.

Ele parou no lugar, olhou para trás totalmente desconfiado - e com razão.

Vi sua mão ir para suas costas e logo depois o som de uma arma sendo engatilhada.

—Quem está aí? — sua voz não tinha um tom de hesitação ou medo.

Sorri, me aproximando dele por trás, devagar, sem fazer qualquer barulho.

—Quem quer que seja, saiba que eu sou o Secretário de Estado. Ninguém se mete comigo e sai impune, ninguém. —

—Será mesmo? — falei, fazendo-o virar na minha direção rapidamente.

E na mesma velocidade o acertei com um soco antes que ele sequer pudesse pensar em atirar.

Ross caiu inconsciente no chão.

—Eu disse que viria atrás de você e desse seu bigode ridículo. — falei, o encarando totalmente apagado. — Ok, vamos te tirar daqui. Wanda não conseguirá segurar por muito tempo todos os moradores de Detroit que curtem uma caminhada de noite. — murmurei, pegando a arma do chão e guardando nas minhas costas após travá-la.

***

Sentada no parapeito de um dos prédios mais alto de Detroit, eu encarava o Secretário ainda desacordado.

Estávamos ali a um bom tempo. Já tinha avisado a Wanda que tinha pego o Ross sem nenhum problema e logo as ruas da cidade voltou a ter seus moradores caminhando por elas como se nada tivesse acontecido.

Ergui o olhar para a lua.

Ela estava cheia, estava bonita.

Observar as constelações no céu fazia meu peito aquecer com algumas lembranças.

Como dos vários dias de quando Adam e eu ainda éramos crianças e Michael nos chamava para sentarmos no telhado da varanda da nossa casa e contava as histórias de cada uma das constelações.

Ou de quando eu e meus amigos resolvemos acampar numa floresta e ficamos conversando besteira ao redor de uma fogueira, assando marshmallows e tomando chocolate quente sob a lua e o céu estrelado.

Senti meu coração apertar com a saudade deles, saudade de casa, de não estar andando por aí com o medo de ser seguida e acabar colocando a liberdade de Natasha e os outros em perigo.

Um gemido de dor dissipou meus pensamentos, fazendo-me desviar meu olhar da lua para o homem deitado no terraço.

Ross levou a mão a cabeça, provavelmente a sentindo doer. Talvez, quando eu parei de flutuar o corpo dele no ar, eu tenha o largado a alguns metros do chão. Só talvez.

Seus olhos varreram o local rapidamente, procurando pela pessoa que o atacou. E eles logo me achou.

—Olá, senhor Secretário. — sorri. — Como foi seu último ano? —

—Sabia que era você. — falou, sem demonstrar qualquer sinal de medo.

—Não sabia, não. — falei, apoiando meus braços nas minhas coxas e inclinando meu corpo para frente. — Se soubesse mesmo, teria falado meu nome em algum momento enquanto sacava sua arma, ou então dado um jeito de se defender melhor. O que seria inútil, porque... bom, sou eu, né. — sorri displicente.

—E eu realmente achei que você estava blefando. — resmungou. — Quando na verdade só estava esperando eu baixar a guarda. — me encarou.

—Eu realmente esperava que você fosse mais inteligente do que aparentava. — falei. — Um ano sem ver meu lindo rostinho e você já diminui sua segurança? Ah, Ross, assim você faz tudo ficar tão sem graça. — fiz bico.

—Tudo isso é por causa da máquina? —

—Não achou que seria por causa da informação sobre o estado de saúde do Rhodes que você não me deu, achou? — soltei uma risada irônica. — Preferia mil vezes que você estourasse meus ouvidos até meu fator de cura não poder reverter o dano a ter me ligado naquela porcaria. —

—Uma vez naquela máquina você pode viver a vida como sempre quis. Não sei porquê você achou ruim. — soltei uma risada incrédula.

—Sério? Essa é a sua defesa? — o encarei. — Aquela máquina poderia ser uma maravilha se tudo que eu não passasse lá fosse uma mentira. —

—O que você viu? Eu soube que você não gostava dos seus poderes, talvez tenha vivido uma vida sem eles. — falou. — Ou então uma vida com seu falecido paizinho. —

Sorri, pegando a arma que estava ao meu lado no parapeito e levantando, caminhando até ele.

Me agachei, ficando na altura dele.

—Se eu fosse você, tomaria mais cuidado com o que falo. — olhei para a arma na minha mão. — Com a raiva que estou da sua cara, posso facilmente apertar o gatilho. —

—Você não faria isso. Você presa pela sua imagem, a forma como quer que as pessoas vejam você. Não quer se associada a palavra assassina, não é? —

Sorri, tombando a cabeça para o lado.

E em um movimento rápido eu acertei a cabeça do Secretário com força com a coronha da arma, fazendo o corpo dele cair para o lado com força.

—Eu já estou levando nome de criminosa, senhor Secretário, lembre-se disso. — falei, segurando o queixo dele para me encarar. Sua têmpora direita sangrava. — Meu sobrinho de 2 anos está crescendo vendo e ouvindo comentários de que a tia dele é uma criminosa procurada pelo Governo. Sabe o que é para uma tia saber que seu único sobrinho vai crescer achando que você é um monstro? É horrível. Então eu não ligo se meu nome aparecer associado a roubo, assassinato, terrorismo. Eu não ligo. — disse, largando o rosto dele.

—Você podia ter passado esse ano com eles. — falou, se apoiando nos cotovelos. — Era só ter entregado a localização do Capitão Rogers. Trocou toda sua família por alguém que conheceu a um ano. —

—Porra. As vezes eu realmente acho que você se finge de burro, porque não é possível. — falei exasperada. — Os Vingadores não era apenas um grupo de trabalho para mim, eles também era minha família. Mas você não deve saber porque nunca deve ter tido uma equipe de trabalho boa o suficiente para você chamar de família, não é? —

—Se vai me matar, me mata logo. Eu não aguento mais ouvir sua voz. — resmungou.

—E acabar com seu sofrimento rapidamente? Nunca. —

—E o que você está esperando? Por acaso está esperando eu confessar que prendi você naquela máquina para você poder gravar e ter uma prova contra mim? —

—Ah, eu não preciso disso. Não quando tenho isso. — falei, retirando o celular do bolso e mostrando as filmagens das câmeras de segurança da prisão balsa. — Imagina o que aconteceria com você e sua linda carreira profissional se essas filmagens virem à tona? —

—Onde você conseguiu isso? —

—Eu tenho meus truques, senhor Secretário. — sorri, guardando o celular de volta no bolso. — Você e sua carreira estão bem na minha mão. —

—Sua vadia desgraçada. — ele avançou, porém fui mais rápida e acertei seu nariz com toda força que eu tinha.

O som dele quebrando foi como música para meus ouvidos.

—Não venha querer partir para cima de mim, querer me xingar ou qualquer outra coisa. Não depois de ter me torturado naquela máquina idiota. — falei segurando seu cabelo e puxando a cabeça dele para trás. — Você mexeu com a pessoa e com as memórias erradas, Thaddeus Ross. — acertei um soco no estômago dele. — Sua única sorte é o que o Steve não quer que eu mate você. Ele acha que você não merece que sua vida de merda acabe tão rápido. E disse também que eu não mereço levar o nome de assassina por ter tirado sua vida miserável. — o soltei, levantando e dando as costas para ele.

E depois de dar dois passos, ouvi um click.

Soltei uma risada, parando de caminhar.

—Achou mesmo que a arma estaria carregada? Por Deus! Você é burro mesmo. — me virei na direção dele.

Acabei sendo surpreendida por um soco no rosto, mas rapidamente me recuperei acertando Ross com uma joelhada no saco, uma cotovelada na mandíbula e então um chute no meio dos peitos com tanta força que ele acabou sendo jogado para fora do terraço.

Passei o polegar no canto da boca, limpando o filete de sangue. Peguei a arma e fui até o parapeito, pulando logo em seguida.

O vento batia forte contra meu rosto e eu tive medo da peruca ameaçar pular fora com a força do vento e acabei colocando a mão na cabeça.

Pousei no térreo, nos fundos prédio em que estávamos.

Ross estava deitado no chão, com o olhar perdido em alguma memória tenebrosa.

—E aí, tudo certo? —

—Não sou mulher de brincar em serviço. — falei, pegando o celular de Ross que estava totalmente descarregado e o carregando rapidamente.

—Todo mundo sabe que você é sim. — uma risada escapou de seus lábios.

—Brinco, mas faço o serviço direito, Bruxinha. —

—O que está fazendo? — indagou, vendo eu digitar algo no celular do Secretário.

—Deixando o último recado. — ela arqueou a sobrancelha. — "Senhor Secretário, se qualquer menção a mim ou aos meus queridos amigos fugitivos surgir em qualquer mídia social relacionado aos seus pequenos ferimentos, saiba que eu ficarei extremamente feliz em enviar as filmagens que mostrei a você para todos os sites de fofocas que conheço. Beijos, MW." — li, erguendo o olhar no final da mensagem. — Está bom? —

—Você não vale nada. — ela riu.

Joguei o celular sobre o corpo dele, juntamente com a arma.

—Conseguiu pegar ele a tempo? — questionei.

—Claro, ele estava berrando aos quatro ventos. — sorri, ao ouvir a expressão que ela usou. — Agora ele está revivendo o pior medo. —

—E podemos ir? Não quero perder a final do campeonato de basquete. — fiz minha melhor cara de pidona, retirando as luvas.

—Claro, ele vai ficar em estado catatônico por um tempo, mas nada para se preocupar. — ela estendeu a mão e eu a segurei rapidamente. — Trouxe dinheiro? Eu estava doida por um cachorro quente. —

—O que você quiser, amor. — retirei a peruca e coloquei o capuz, jogando a cabeleira falsa na primeira lata de lixo que vi pela frente.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Não gostaram? Melinda foi atrás do Ross e ainda pediu ajuda a Wandinha para o Secretário viver seu pior medo. Próximo capítulo já está em andamento e logo atualizarei. Espero que vocês digam o que acharam desse capítulo e que não me abandonem. Bon revoar, bebês.



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