Um amor de contrato escrita por Andye


Capítulo 30
Sabor de saudade


Notas iniciais do capítulo

Oi, amores, tudo bem com vocês? Inicialmente, informo que nossas postagens serão sábado e domingo. Essa opção empatou com todos os dias e achei que assim conseguiria agradar à maioria. Obrigada por opinarem. Nos encontramos por aqui por mais 3 semanas ♥
Agradeço também por todos os sentimentos positivos e mensagens de carinho que me mandaram. É tão maravilhoso saber que há pessoas que se preocupam conosco, é incrível. Obrigada! Sou grata, sim!
O capítulo de hoje é repleto de saudades e saudosismos. Mostra lembranças do nosso casa preferido ao longo de algumas semanas. Mostra algumas situações que eu queria ter colocado ao longo dos capítulos, mas não encontrei onde encaixar sem deixar tudo muito grande e cansativo. Espero que gostem de saber um pouco do que aconteceu ao longo desse um ano pós nascimento do Hugo!
No demais, vocês são incríveis! E já estou me organizando para uma nova história. Na verdade, estou com três na cabeça e vou pedir ajuda a vocês para saber qual começo primeiro.
Beijos no coração de todes.



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— Voltei — Rony chegou e adentrou a cozinha. Hermione preparava uma papinha para Hugo, que ainda dormia. Ele a abraçou por trás e beijou sua nuca observando a pele da mulher arrepiar.

— Foi rápido — ela virou-se e o beijou nos lábios. Ele aproveitou para aproximar ainda mais os corpos dos dois — Agora não, Rony — continuou, a face esquentando — Hugo vai acordar daqui a pouco. Preciso terminar a comida dele.

— Eu sei... — o homem respondeu sob um sorriso — Mas ele não vai se importar se os pais dele namorarem um pouco antes disso, não acha?

— Acho que o estômago dele não consegue não se importar — ela sorriu e o beijou novamente, virando-se mais uma vez para as frutas que descascava e cortava.

— Eu já disse que você é a mulher mais maravilhosa do mundo? — o ruivo comentou ao pé do ouvido dela, abraçando-a por trás de novo.

— Já, sim — ela recebeu um novo beijo na nuca e sorriu.

— Às vezes eu me preocupo por estar te mimando demais — ele falou, um sorriso bobo formado em seu rosto, e se direcionou ao armário, pegando o processador, o organizando próximo a Hermione, colocando as frutas dentro dele.

— E eu nem me importo de receber esses mimos...— ela sorriu e ele a acompanhou com os olhos, ela se distanciando em direção ao filho que acabara de acordar.

***

— Como está se sentido? — Rony perguntou entrando no quarto que os dois dividiam há alguns dias.

— Acho que melhor — ela respondeu, deitada. Havia tido enxaqueca durante todo o dia e Rony, atencioso e prestativo, como sempre, tomou as tarefas da casa e das crianças para ele por completo.

— É bom ouvir sobre isto — ele respondeu e sentou-se ao seu lado — As crianças já dormiram — continuou em resposta à pergunta silenciosa que ela fez.

— Você é incrível, Rony — ela sorriu com gratidão — Sou tão feliz por ter assinado aquele contrato.

— Eu sou grato por você não ter me julgado e ter se envolvido nisto comigo — ele a beijou com leveza — Você é a mulher que eu sempre sonhei em ter pra mim — os olhos focados — Sinto que não preciso de mais nada. Minha vida está completa.

***

— Eu não acredito que você fez isso, Rony! — ela sorriu quando o marido entrou em casa, a expressão travessa, o olhar profundo.

— Por quê? — ele respondeu aproximando-se da mulher, o olhar desejoso — Não é para isto que servem os avós?

— Você é um louco — ela respondeu, já nos braços do ruivo, sob os seus beijos.

— Louco por você — ele a beijou com mais intensidade, Os braços deixando os dois ainda mais próximos, quase fundidos.

Os dedos de Hermione se afundaram nos cabelos do ruivo, os lábios dele trilhando seu pescoço e colo, deixando um rastro quente e cheio de arrepios por onde percorriam. Para ela, tudo estava perfeito. Sua vida estava mais do que perfeita. 

Rony a pressionou contra a parede, os corpos quentes, suados naquela tarde quente. A respiração, começando a ficar descompassada, demonstrava o tamanho do desejo que ambos sentiam, o quanto tudo neles parecia responder aos toques e estímulos recebidos.

Hermione sentiu seu corpo ser erguido, os lábios, aproveitando aquela nova posição, alcançando o pescoço de Rony, os lábios beijando aquela região com intensidade, os lábios esquentando ainda mais os dois. Sentiu-se ser carregada.

— Essa tarde é nossa — ele comentou enquanto se direcionavam ao quarto — Você nunca vai esquecer do que farei com você hoje...

— Isso é algo muito interessante de se ouvir...

— E que você pode apostar que vou cumprir...

***

— A gente devia fazer isso mais vezes — Rony comentou deitado com a cabeça sobre o colo de Hermione. Ela acariciava seus cabelos e observava Rose, mais adiante, correndo com alguns novos colegas. 

A primavera, finalmente, havia espantado aquele frio cortante e eles conseguiam sair sem precisar se preocupar com possíveis chuvas ou neves, ou sem precisar usar camadas e mais camadas de casacos.

A praça estava verde, flores coloriam a região com sua diversidade cheia de beleza. O aroma que elas exalavam era reconfortante, e tudo parecia tão perfeito como uma pintura incrível, real, feita pela natureza.

— Eu também acho — ela respondeu e ele virou ao ponto de olhá-la nos olhos — É muito bom, as crianças adoram — Hugo estava no carrinho de bebê ao lado deles. Dormia confortavelmente.

— Hermione — ele a olhou profundamente e ela desviou os olhos da filha para os profundos olhos azuis do marido — Promete que nunca vai me deixar...

— Por que isso agora? — ela o olhou com carinho e acariciou seus cabelos e rosto.

— Não sei... — ele desviou um pouco e a olhou novamente — Acho que... é o medo de ser feliz. Parece que, a qualquer momento, tudo vai desmoronar.

— Não há motivos para desmoronar, Rony — ela sorriu com gentileza — Somos uma família, somos companheiros. Já passamos por tantas loucuras que é impossível existir algo que possa abalar nossa família.

— Obrigado!

— Por que agradecer?

— Você me faz feliz. Nossos filhos me fazem feliz. Eu sou tão feliz com vocês que tenho medo de estar vivendo um sonho...

— Você acha que isto é um sonho? — ela curvou-se e tocou seus lábios nos de Rony com carinho e delicadeza.

— Não sei... — ele sorriu — Acho que preciso de mais um pra ter certeza — ela o beijou novamente.

— Acho que vou ter que provar que não estamos vivendo um sonho mais tarde, em casa...

— Acho que sim... Ainda não me convenci.

— Bobo — ele sorriu e ela o beijou novamente

***

Rony olhou ao redor e, embora estranhasse aquele movimento em sua casa, seu coração estava feliz. Sorriu ao ver a filha, ao pé da árvore de Natal, que haviam montado juntos, curiosa sobre o que cada um daqueles muitos presentes seriam seus ou, ainda mais, sobre o que cada um deles continha.

Hermione havia vestido a menina com um vestido xadrez, todo em preto e vermelho, um cinto preto e com aquele chapéu de Papai Noel que a menina insistia em usar.

"É Natal, papai. Como a gente vai comemorar o Natal sem o chapéu do Papai Noel?". 

Rony não conseguiu conter o riso após ouvir a filha. Seu coração, ele tinha certeza, não precisava de mais nada. Sua vida estava completa e nada mais tinha importância além da felicidade daquelas pessoas.

— Devíamos ter chamado os seus pais — Hermione comentou sentando-se à mesa, muito farta e bem decorada.

— Hermione, eu passei a vida inteira comemorando com eles. É o meu primeiro Natal com a minha família e quero estar só com vocês.

Ela tentou disfarçar o sorriso que se formou, tamanha a alegria em seu coração, mas, como bem imaginava, fracassou miseravelmente. Ela poderia dizer sem qualquer hesitação que, ali, ao lado de seus filhos, ao lado daquele homem, era o único lugar no qual ela queria estar. Sentia-se estúpida por pensar tais coisas, mas sabia que, finalmente, vivenciava todos os sonhos infantis que alimentou por tantos anos de sua vida.

***

Era catorze de fevereiro e, para a sorte de Rony, o dia havia amanhecido ensolarado. Decidiu tirar aquele dia de folga e, desde a semana anterior, havia planejado como ele seria comemorado.

Na noite passada, após Hermione dormir, ele havia se levantado na surdina da madrugada e deixado, sobre a mesinha de cabeceira dela, o primeiro presente que havia planejado para aquele dia. Esperava, atendo, a mulher acordar.

— O que foi? — ela falou, sonolenta, instantes depois, abrindo os olhos. Ele a olhava fixamente.

— Estou observando a minha namorada.

— Rony, eu sou sua esposa...

— Sim, mas agora, além de esposa, é a minha namorada...

— Porque está falando assim?  — ela sorriu timidamente e foi beijada em seguida.

— Hoje é dia dos namorados e quero comemorar com você!

— Dia dos namorados! Eu esqueci, me desculpe!

— Não tem problema! Eu me lembrei por nós dois.

Ela sorriu e os dois se beijaram mais uma vez, desta vez, de forma mais intensa e desejosa. Se abraçaram e, ao virar-se para o lado, Hermione avistou, sobre sua mesinha, um buquê de rosas. Sorriu para o marido e o tomou para si.

No buquê, ela reparou, havia cerca de doze a quinze rosas vermelhas. Eram espetaculares e perfumadas. Dentre elas, uma rosa branca se destacava. A mulher ficou curiosa com aquela particularidade, mas preferiu abrir o cartão antes de fazer perguntas.

“Em cada buquê há uma rosa que se destaca, e no meu essa rosa é você!”

— Ron... Que coisa linda!

— Nunca, Hermione, nunca duvide do tamanho do sentimento que tenho por você. No buquê da minha vida há muitas rosas bonitas, perfumadas como estas, mas a única, a única que realmente se destaca, que é importante na minha vida, é você!

— Você é maravilhoso...

— Você me conquista todos os dias...

— Eu... "te amo" — temeu o peso das palavras e as ocultou. O complemento da frase se perdeu nos beijos que o ruivo começou a lhe dedicar.

— Será que temos tempo de iniciar o dia dos namorados antes das crianças acordarem?

— Não sei... — ela pareceu travessa — Que tal se a gente tentar?

— Adorei essa ideia…

Pouco depois, quando ainda estavam deitados sobre a cama, Hermione levantou-se primeiro em resposta aos resmungos de Hugo, ouvidos de onde eles estavam. 

Rony a observava em seus movimentos, completamente extasiado, enquanto ela cobria o corpo nu com a camisola de seda verde, o roupão sobre ela em seguida. Havia deixado a roupa íntima sobre a cama, com ele, e lhe piscou o olho antes de sair. O gesto pareceu percorrer o corpo do ruivo como uma corrente elétrica.

Levantou-se em seguida e rumou para a suíte, assim que ela saiu por definitio do quarto. Ao abrir a porta do banheiro, o coração pulou ao ver, no espelho, escrito com batom vermelho "Hermione tem batom vermelho?".

"Os momentos ao seu lado sempre são os melhores, os mais completos, os mais intensos. Feliz dia dos namorados."

Abaixo da mensagem, um beijo marcado com o mesmo batom. Ele sorriu, não havia como não sorrir de um gesto tão simples e tão completo como aquele. Prometeu-se, naquele momento, fazer com que a mulher tivesse o melhor dia dos namorados de sua vida. Prometeu-se, naquele momento, fazer de Hermione, a mulher mais feliz do mundo.

Era com ela que ele queria ficar, era para ela que ele queria se dedicar. Era com ela, com Hermione Jean Granger, que Ronald Billius Weasley, finalmente, sentia-se completamente amado. 

***

Aquele primeiro de março, por sorte, havia caído em pleno domingo. Simplesmente perfeito para os planos de Hermione. Queria que aquele fosse o melhor aniversário que Rony poderia ter  em sua vida.

Achava interessante como, em tão pouco tempo, eles começaram a entender e reconhecer tão bem os desejos e anseios um do outro, por isso, sabia que Rony adoraria cada coisa que ela planejasse para ele, sendo em uma data especial ou não.

Iniciou as comemorações do dia com um beijo ardente ao acordarem, toques e carícias que o deixaram inquieto e ansioso durante todo o dia. Logo em seguida, durante o café da manhã, cantaram o parabéns, em família, e comeram um delicioso bolo de avelã que ela mesma havia preparado na tarde do dia anterior.

Rose, Como de costume em todas as datas especiais, havia feito um cartaz para o pai. Um desenho da casa deles, com seus pais e as duas crianças de mãos dadas. Fora bem pintado, ela havia caprichado no presente do pai.

Hugo, que não poderia ficar de fora, também havia organizado seu próprio presente, seguindo os passos da irmã. Com a ajuda da pequena e da mãe, o cartão do menino tinha a sua mão carimbada com tinta verde e a frase “Feliz aniversário, papai!”, escrita por Rose.

Hermione, como não poderia faltar, havia comprado para o marido uma camisa pólo, na cor verde água. Achava que aquele tom ressaltava os olhos azuis do homem e os deixava mais vibrantes e profundos. 

Seguiram o dia comemorando intensamente cada momento, celebrando, felizes, mais um aniversário daquele que era o homem da vida dos três, dividindo-se entre marido e pai.

Mas o melhor de tudo havia sido a expressão de surpresa e satisfação do homem ao entrar no quarto dos dois. Enquanto colocava as crianças para dormir, Rose havia insistido para que ele lesse uma história de ninar, Hermione voltara para o quarto dos dois e preparou, da forma que pode, o que havia planejado para aquela noite.

Sobre a cama, lençóis brancos estava contrastados com a bandeja dourada sobre a cama. Sobre eles, um balde de gelo e uma garrafa de vinho. As taças, vermelhas, estavam dispostas lado a lado. 

Ainda sobre a bandeja, um prato com diversos tipos de queijos cortados em cubos, além de morangos e uvas. Algumas pétalas de rosa vermelhas estavam dispostas sobre os lençóis.

Havia, ainda, sobre a cama, uma caixa branca com fita dourada. Dentro dela, um relógio de pulso redondo com correias de couro. Ela havia mandado escrever as iniciais dos nomes deles, RHRH, entre uma ramagem de flores, em uma das correias do objeto, o que deu um toque especial e único à peça.

— Hermione? — ele chamou, o tom de voz saiu tenso e ansioso.

— Já voltou? — ela perguntou, sua voz ecoando da suíte.

Instantes depois a morena apareceu ao abrir a porta. Os olhos de Rony focaram imediatamente o corpo da mulher. Mal parecia que ela havia dado à luz meses atrás. Continuava estonteante. A cada dia, mais bonita, mais incrível.

Ela estava com os cabelos soltos. Os havia escovado ainda pela manhã, os fios ficando lisos e alinhados, volumosos, emoldurando o rosto bonito que ela tinha. 

Nos olhos, ela havia colocado uma maquiagem escura, ousada, bem destacada, deixando seu olhar mais intenso, mais profundo. Nos lábios havia brilho, discreto, insinuante. 

Quando ela começou a caminhar em direção a ele, Rony percebeu que ela usava saltos finos, pretos e altos. A postura esguia e elegante, ela parecia provocá-lo, conquistá-lo. E ele já estava entregue, mais uma vez. 

Quando ela chegou até ele, com aquela camisola preta, transparente, que deixava seu busto ainda mais provocante, destacando a cintura, revelando discretamente a calcinha minúscula que ela usava, ele já não raciocinava por sí, só.

— Essa noite eu serei o seu presente. Vou te dar o que você quiser, farei o que você desejar!

Ela falou, sussurrando, provocante, ao seu ouvido. Ele não mais pensou, se é que ainda pensava. A tomou em seus braços, beijando seus lábios com intensidade. O corpo febril, elétrico, apto a receber tudo o que lhe era concedido por ela, porque era ela e, por ser ela, ele sabia que nada, nunca, seria igual.

***

— Mamãe, eu não quero ir... — Rony, que havia faltado ao trabalho na intenção de tentar convencer a mulher de desistir de ir embora, segurava as lágrimas, mantendo-se firme, assim como a esposa, diante das lágrimas de Rose — Por que a gente precisa ir embora? Eu não quero ir, mamãe, eu quero ficar aqui com o papai.

— Hermione... — Rony tentou mais uma vez, mas ela nem ao menos o olhou enquanto ia para o quarto do filho buscar as malas.

— Papai, por favor... Por favor... — a menina tinha a face vermelha, os olhos inchados das muitas horas de choro em vão — Eu não quero ir. Por que a mamãe quer ir embora da nossa casa? Eu quero ficar aqui, papai, com você.

— Então fique com o seu pai, se é isto o que você quer — Hermione falou enfática com a menina que, em sua pureza, apenas derramou mais lágrimas, ficando em silêncio.

Hugo, que dormia até a pouco tempo, seguia chorando havia alguns minutos. Rony não poderia saber se por estar ouvindo a irmã chorar e, simultaneamente, seguir a maior ou se, por acaso, sentia o que estava acontecendo com a sua família. O pai, com o coração apertado por não ter como contornar tal situação, tentava, em vão, consolar os dois.

— Eu vou ver você sempre, meu amor — falou para a filha que não parava de chorar, observando aquela cena que machucava o seu coração — Eu vou estar sempre com você, nunca vou te deixar.

— Eu não quero ir embora, papai. Por que a mamãe quer ir embora?

— Aconteceram algumas coisas entre nós e, infelizmente, são vocês que estão sofrendo com isto. Me perdoe, minha pequena, jamais foi a minha intenção fazer com que seus lindos olhos se enchessem de tanta dor.

— Eu quero ficar com você — ela se jogou contra o peito do pai e Hermione sentiu, por um instante, observando aquela cena de longe, que poderia fracassar.

A filha mais velha soluçava e o som era abafado contra o peito do pai. Ela ouvia os apelos da menina com dificuldade, mas identificou "eu não quero deixar de ter uma família", o que a abalou.

Rony, chorando, finalmente, acalentava a pequena acariciando suas costas com a mão livre. A outra segurava Hugo, que ainda chorava, com firmeza contra si, Talvez tentando fazer com que aquele momento parasse, com que as coisas acontecidas não existissem, talvez arrependido de tê-la traído.

Ao pensar naquele fato, aquele fato que mudava tudo, Hermione se vestiu, mais uma vez, com sua firmeza e autoridade e, aproximando-se dos três, proferiu suas últimas palavras.

— Irei conversar com o Harry sobre os horários que poderá ficar com as crianças. Pedirei que ele direcione um dos seus funcionários para buscar as crianças e também para levá-los de volta. Por favor, não nos procure em outro momento. Você não será bem-vindo em minha casa.

— Mamãe...

— Hermione... — ele nem mesmo conseguiu falar, pois ela se aproximou com firmeza e tirou Hugo, que chorou ainda mais, dos seus braços.

— Rose, pegue a sua mala e a de Hugo.

— Me deixe explicar...

— Por favor, Ronald, pare. Apenas pare.

E seguiu, sob as lamúrias da filha e o choro insistente do pequeno. Rony observou a dificuldade que ela teve em sair com as duas crianças e as cinco malas, mas, em nenhum momento, virou-se para ele pedindo auxílio.

Rony sentiu seu coração se partir quando aquela porta se fechou. Tudo o que ele tinha vivido, todos os sonhos que havia realizado e, ainda mais, todos os que ainda desejava realizar, se partiram juntamente com suas forças físicas.

Sentado sobre o chão, no mesmo local onde Hermione o havia deixado, Rony chorou. Chorou amargamente como nunca havia chorado em sua vida. Nada do que viveu, nem mesmo o sentimento de traição que vivenciou no passado, foi tão destrutivo quanto a dor de ver a sua família se desfazer.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã!



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