Um amor de contrato escrita por Andye


Capítulo 16
Casal às avessas


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, cheguei!! Com um dia de atraso, mas cheguei (tentarei postar o outro amanhã). Correrias à parte, seguimos firmes em nosso afastamento social, esperando que, um dia possamos voltar ao normal!
Beijos no coração e um excelente domingo!!!



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A última semana havia sido agitada. Uma artista famosa, Chloe Wright, responsável por variados estilos de artes visuais, faria uma exposição em Londres e Ronald, e sua empresa, estavam à frente daquele evento que retratava a mulher e a sua liberdade diante da sociedade opressora do século XXI. 

Hermione havia pesquisado tudo o que foi possível sobre a mulher e já se sentia expert em todos os pormenores relacionados à artista. Poderia, até mesmo, ser considerada uma fã se pensasse na relação de familiaridade que criou com ela por meio das pesquisas que fez, admirando-se do seu posicionamento político diante das problemáticas do mundo.

O local da exposição seria o British Museum e, depois de uma breve reflexão, Hermione atentou que nunca havia ido até lá com Rose. Pensou em aproveitar aquela oportunidade, mas decidiu, juntamente com Ronald, que seria melhor poupar a menina daquela exaustão desnecessária, considerando que o evento era noturno e iria entrar pela madrugada. Assim sendo, contrataram uma babá e ela criou, portanto, a nota mental de levar a filha até lá, e em outros museus da cidade, agora que tinha uma situação financeira mais tranquila.

A maior tensão, para Hermione, era a de enfrentar as pessoas que lá estariam. Senhores e senhoras do primeiro mundo, cheios de classe, elegância e dinheiro sobrando. Pessoas com as quais ela nunca esteve e, sinceramente, nunca imaginou ou desejou estar. A parte mais agradável foi ter descoberto que Harry também havia sido convidado e, consequentemente, Gina estaria lá para que ela não se sentisse tão só.

Agora estava ali, terminando de se vestir. A cabeleireira, que também havia feito sua maquiagem, foi atendê-la em casa, um exagero da parte de Ronald, mas que ela admitiu ter sido a melhor ideia depois de tanta dificuldade em se vestir, a jovem auxiliando da melhor forma naquela tarefa.

Rony sabia que seria complicado convencer Hermione de participar daquele momento com ele. Por mais que os acionistas da empresa tivessem pressionado para que ela estivesse presente em um momento tão importante para a empresa, ele verdadeiramente queria que ela estivesse ao seu lado naquele momento.

Percebeu que ela titubeou por muitas vezes. Tentou apresentar várias desculpas para não ser necessária a sua presença naquele lugar, mas, como sempre, a grandeza de espírito daquela mulher superou as expectativas e, ao saber das exigências dos acionistas, ela se disponibilizou em participar.

Ele reconhecia que não era o tipo de evento ao qual ela estava acostumada, na verdade, quase não haviam participado de qualquer evento juntos e, por esse motivo, resolveu convidar o amigo de longas datas, Harry Potter, praticamente implorando para que ele convencesse a namorada a também estar presente e, assim, fazer companhia a Hermione quando ele não estivesse presente.

Estava sentado na sala com seu traje de gala azul marinho, que tinha uma gola de brilho discreto, e gravata borboleta preta. Rose, com sua habitual trança desfeita pelas muitas brincadeiras, estava sentada sobre uma de suas pernas, e mexia divertida naquele acessório.

— Agora eu entendi porque ela se chama gravata borboleta — a menina comentou enquanto brincava — Parece uma borboleta, mas uma borboleta sem cores.

— Exatamente — ele respondeu para ela, divertido com a sua brincadeira infantil.

— Ainda acho que vocês deveriam me levar — ela continuou, agora voltando ao tema da festa — Eu nem ia dar trabalho na festa… Eu sempre quis conhecer o museu.

— Eu sei que sim — Rony falou com leveza, quase rindo das artimanhas da menina — Mas a festa vai demorar por lá… você iria sentir sono.

— Claro que não — pareceu ofendida — Eu não ia ter sono. Eu gosto de festas em museus.

— Já combinamos, lembra? Iremos com você no museu no final de semana. Não precisa ficar chateada com isso. 

— E nós vamos nos divertir aqui também, Rose — Evie, a babá que geralmente era contratada para fazer companhia a Rose, comentou.

— Eu sei, Evie, mas eu queria ir — um bico de desapontamento se formou nos lábios da pequena. SAbia que não venceria aquela batalha mesmo apelando para Rony.

Nesse momento, a cabeleireira apareceu do fim do corredor com suas muitas maletas e acessórios. Direcionou-se a Ronald e agradeceu pelo contrato assim que recebeu, das mãos do homem, o cheque por seus serviços. Em seguida, ouviram os passos de Hermione em seus saltos finos se aproximando de onde estavam. 

O coração de Ronald, como vinha acontecendo há algum tempo, apressou-se e, em seguida, pareceu sucumbir diante de tanto frio ao seu redor. Hermione o encantava a cada novo dia e vê-la daquela forma sempre produzia efeitos incompreensíveis em seu coração. 

O vestido era longo, num tom de vinho, e contrastava de forma harmoniosa com o tom de pele de Hermione. O decote era em v, indo de ombro a ombro, deixando o colo e parte dos ombros à mostra. Havia um detalhe, como um nó, sob o busto, dando volume na parte da saia e deixando a barriga ainda mais evidente. 

O cabelo, amarrado na lateral do rosto, contribuía em deixar mais da sua pele à mostra, o pescoço evidente. Os brincos, na mesma cor do vestido, eram longos, quase encostavam em seus ombros, e a maquiagem, leve, porém marcante, arrematava toda a produção de forma excepcional.  Ela sorria, parecia tensa, ansiosa, mal imaginava o quanto estava linda.

— Nossa... a senhora está muito linda, dona Hermione — Evie comentou com um sorriso largo.

— Tá parecendo uma princesa, mãe — Rose foi até ela, lhe oferecendo um abraço, os olhos, porém, não desviavam dos olhos de Ronald.

— Está muito bonita, Hermione — ele comentou enfim.

— Obrigada! Você também — como sempre.

Caminharam juntos até a porta de saída e ela o olhou fixamente. Rony sentiu a espinha gelar conforme ela se aproximava e, pedindo para que ele a ajudasse segurando sua bolsa, ajustou a gravata que estava levemente torta.

A música era clássica e envolvente. O ambiente, divinamente decorado, expunha em uma de suas áreas, as peças trazidas por Chloe. Enquanto cumprimentavam os convidados que iam chegando, ao lado de mais três casais que também participaram da elaboração daquele evento, Hermione aproveitava para buscar com os olhos a sua amiga em meio aquela multidão.

Gina se aproximou ao lado de Harry, ambos muito elegantes, e cumprimentou, com o namorado, os casais, deixando Rony e Mione por último. A jovem, abraçando cordialmente a amiga, sussurrou ao seu ouvido “você está incrível”.

Instantes depois, Ronald e os outros três homens, foram até um microfone colocado próximo à mesa com o buffet. Cada um deles falou um pouco sobre a importância daquele evento, sobre as possibilidades que ele lhes trazia e agradeceram à Chloe por ter aceito que eles fossem os responsáveis por aquela exposição.

— Ela é muito bonita — Hermione comentou para Gina e Harry enquanto ouviam um dos homens agradecerem à jovem

— Realmente… — Gina concordou sem desviar os olhos daqueles com o microfone.

Chloe era alta e magra, totalmente proporcional, como uma modelo. Tinha a pele castanha, bronzeada. Os cabelos eram longos, lisos, incrivelmente contidos, sem um fio sequer saindo do seu devido lugar, e deslizavam por seu vestido vermelho, ajustado em seu corpo esguio. 

Ela tinha classe em todos os seus movimentos. Mesmo o seu sorriso era elegante. Hermione estava encantada por conhecer uma artista, mesmo que ela fosse desconhecida a pouco mais de uma semana.

— Eu que agradeço por vocês terem se disponibilizado em trazer a minha exposição para Londres — Chloe iniciou sua fala e parecia melodiosa — É um enorme prazer estar de volta à minha primeira casa e receber cada um de vocês para prestigiarem meu trabalho. Estou muito grata por todos os que aqui estão. Espero que possam sentir o mesmo que senti enquanto criava cada uma dessas peças. 

“Elas refletem não apenas a mulher, mas a nossa luta diária pela conquista do nosso lugar, do nosso espaço em meio a um mundo predominantemente masculino, que tenta de todas as formas nos barrar em meio aos nossos sentimentos, sonhos, pensamentos e buscas. Que cada uma dessas peças venha a trazer liberdade para vocês.”

— Te agradecemos mais uma vez — um dos homens continuou a fala — E também ao Ronald por ter facilitado o nosso acesso até você. Que a exposição seja um sucesso.

Os aplausos irromperam pelo salão e Chloe fez reverências de agradecimento a todos. Ela parecia agradável e gentil, mas nada mais importava para Hermione a não ser saber por que Ronald havia sido o responsável pelo contato com a artista.

— O Ronald já conhecia a senhorita Chloe? — Hermione perguntou despretensiosamente para Harry enquanto os aplausos ainda eram oferecidos à jovem e ela os agradecia com sorrisos e movimentos graciosos.

— Sim… Há algum tempo — Harry respondeu simplesmente — Eles tiveram um caso ou algo do tipo.

— Ah, sim… — ela tentou parecer indiferente — Parece que ele tem bom gosto para mulheres, afinal.

— Sim… — Harry continuou — Ele nunca teve nada sério com nenhuma delas, mas algumas das mais belas jovens por aqui fizeram parte da lista.

— Quem te ouve falando assim jamais iria saber que estamos em um evento feminista — Gina ralhou — Lista, Potter?

— Sim. É a verdade — Harry continuou — Depois da Lavender ele passou um bom tempo assim, saindo com várias jovens se manter nenhum compromisso mais sério. Se eu quiser, posso fazer uma lista com o nome de todas, considerando as famosas e as desconhecidas.

— Não vou rebater porque considero que cada mulher tem o direito de fazer o que bem entender, e se elas estavam satisfeitas com tal situação, tudo bem pra mim.

— A senhorita Wright foi uma das que durou mais tempo — Harry continuou. Até pensei que teriam algo mais sério, mas me enganei...

— Entendo... — Hermione falou, por fim, e voltou a olhar para as pessoas diante de si. Os aplausos começando a cessarem.

Chloe abraçava os homens ali presentes. Todos pareciam felizes por ela estar entre eles. Sentiu que o abraço entre a artista e o seu “marido” havia demorado mais que o dos demais. Sentiu um carinho desnecessário entre os dois. Sentiu-se irritada também. Desejou poder voltar para casa, mas fazia pouco mais de trinta minutos que havia chegado. Não havia desculpas para ir embora.

Respirou profunda e pesadamente. Gina olhou intrigada para ela e perguntou se estava tudo bem. Respondeu que sim. Pouco depois, Rony se aproximou dos três, animado com o sucesso que era aquele evento ou, talvez, feliz em rever a ex. Estranhou que ele houvesse tomado a sua mão diante de todos. Estranhou ainda mais ter sido apresentada como sua esposa para alguns dos convidados. A apresentação não chegou até Chloe.

Sentiu-se, por fim, idiota. Estava alimentando um ciúme desnecessário sobre um homem que não era verdadeiramente seu. Os questionamentos começaram a rondar os seus pensamentos e ela se viu perdida entre perguntas e frustrações. 

Será que eles vão dar um jeito de se encontrarem depois do evento e ficarem juntos? Será que ele seria capaz de reviver esse sentimento mesmo estando casado? Rony seria infiel diante daquele casamento de mentira e sairia com aquela mulher tão bela enquanto ela dormia em sua cama, gerando o seu filho?

Os olhos percorreram outros detalhes daquela noite, até então despercebidos. Havia tantas mulheres incríveis presentes naquele evento que ela começou a se sentir pequena demais diante de tanta beleza.

Olhava de uma para outras com atenção. A maioria era alta, com corpos esculturais, tão bem distribuídos que poderiam ser uma das peças de arte daquela mulher. Loiras, ruivas, morenas… Um conjunto de mulheres para satisfazer qualquer homem que por elas se interessassem.

Sentia o peito doer ao contemplar cada uma delas. Perguntava-se quantas delas haviam se relacionado com ele. Qual delas conhecia o corpo que ela nunca conheceu? Qual delas havia provocado maior sentimento naquele homem? Qual era o seu tipo ideal?

Independentemente da resposta, a única afirmativa que tinha era a de que destoava em relação às outras mulheres ali presentes. Por mais que se maquiasse e bem vestisse, não era parecida com elas. A sua única certeza era a de que, entre todas, ela era a única que não parecia ser o tipo de Ronald.

*** 

Era estranho para Rony receber visitas em casa depois que Hermione e Rose haviam se mudado. Não importava se eram seus pais, os pais dela, ou seus amigos. A estranha sensação de abrir a sua casa para pessoas que, talvez, só estivessem ali para procurar falhas naquele plano maluco que ele havia tido.

O bom de tudo era que, aos olhos de todos, com exceção de Harry e seus pais, ninguém, nem mesmo os pais de Hermione, haviam desconfiado daquela situação. Seguiam sem problemas, enganando a todos os que precisavam serem enganados O problema é que ele parecia começar a se enganar também.

— Você está incrível, Mione — Gina comentou mais uma vez. Estava feliz em ver a amiga cada vez melhor — Mesmo com essa situação absurda, preciso dar o braço a torcer e admitir que tem sido bom para você estar aqui.

— Eu sempre te disse que o Rony é um cara legal — Harry defendeu o amigo — Você que criou essa cisma com ele desde que soube que eu seria seu representante.

— Se você procurar o histórico dele na internet, você vai ver que eu tenho motivos...

— Eu sei que eu não sou o melhor dos caras — Rony interrompeu a fala da mulher, trazendo alguns biscoitos, frutas, copos e uma jarra de suco — Mas eu não sou tão mal assim. A maioria das coisas que você lê sobre mim nesses sites é relacionado à empresa e ao trabalho como um todo. Não sou um louco, mas não posso admitir que todo tipo de situação e pessoas se infiltrem no patrimônio da minha família — depositou a bandeja na mesa de centro e sentou-se ao lado de Hermione, de frente para os dois.

— Você também tem uma péssima fama de trocar de mulheres como quem troca de roupa — alfinetou e Harry sentiu um clima estranho entre os amigos.

— Eu só não queria me envolver com ninguém naquela época — o ruivo respondeu com leve nervosismo, olhando para Hermione, que parecia ignorar aquela conversa, de rabo de olho — Estava vivenciando uma fase e ela já passou.

— Passou? — Gina continuou, ácida — Então quer dizer que agora você quer se envolver com alguém?

Harry observou mais uma vez o amigo retesar e olhar de forma preocupada para Hermione. Gina não pareceu perceber, estava preocupada com os lanchinhos à sua frente, mas Hermione pareceu desconfortável também.

— Vai me dizer que quando esse contrato sem sentido acabar você vai procurar alguma daquelas muitas mulheres que você teve e vai se relacionar de forma séria…

— Gina… — Harry tentou intervir. Hermione tomava um copo de suco, parecia prestes a levantar e sair da sala.

— Eu só não tenho mais o interesse de estar com outras mulheres… — ele continuou se explicando, mesmo que aquilo não fosse necessário — Todas as pessoas passam por fases. Eu vivi um momento difícil e não queria me envolver com ninguém, só isso.

— Tudo bem... — Gina respondeu contrariada — Vou dar uma chance a você por minha amiga e por essa situação na qual se meteram. Ela está bem nessa gestação, é outra se me lembrar de sete anos atrás. Também parece muito saudável, embora não pareça feliz neste momento — Gina observou, finalmente, e Hermione, rápida, sorriu para ela.

— Um pouco de dor de cabeça — respondeu rapidamente para a amiga — É normal durante a gestação. Lembra das crises de enxaqueca que eu tinha enquanto esperava a Rose?

— Hmmm — a outra não pareceu convencida, mas resolveu aceitar naquele momento, voltando-se novamente para Rony — Espero que, quando essa loucura acabar, você continue contribuindo positivamente para ela e meus sobrinhos.

— Pode confiar que sim — ele falou sentindo o peso da frase dita pela jovem, olhando com certa ansiedade para Hermione — Nada vai faltar a nenhum deles.

— E como vão as coisas com o senhor Hopkins?

— Ah, não, Harry! — Gina ralhou — A gente veio aqui ver a Hermione. Vocês tem um escritório e podem falar de trabalho lá.

— Tudo bem... — ele recuou e Hermione sorriu.

— E a Rose? — ela continuou.

— Foi passar o dia com uma coleguinha da escola... como é mesmo o nome dela, Rony?

— Alice. Elas são as melhores amigas da vida inteira, segundo a Rose — Rony respondeu e Gina e Harry se olharam sem comentar a ação do ruivo em preparar bolachas com geleia para a grávida. Ela parecia irritada e ele parecia tentar apaziguar alguma situação.

— E aquela oferta de trabalho, Hermione, na editora? — a mulher continuou puxando assunto, desviando o assunto.

— Tudo parado, Gina — Hermione respondeu depois de comer o biscoito. O ruivo colocava suco em um copo e não percebia que era observado — Ficaram de me dar uma resposta faz semanas, já.

— Que oferta, Mione? Você não comentou nada comigo... — Rony questionou colocando suco para si próprio agora.

— Acho que esqueci... — Hermione respondeu, contida, sem olhar para ele — Apareceu uma vaga em uma editora pequena, que está começando agora, para revisão de livros. Eu mandei meu currículo e eles disseram que entrariam em contato.

— Sim... Espero que dê certo!

— Eu também.

— Com certeza, nós também — Gina respondeu e se serviu com mais alguns biscoitos. Harry parecia impressionado demais para se lembrar como era o processo de mastigar.

...

— São esses aqui — Rony estava no escritório e pegava alguns documentos importantes para Harry. Aproveitaram a crise de calor de Hermione, que foi tomar banho, acompanhada por Gina, e foram organizar alguns assuntos — Os outros estão por aqui — continuou abrindo outras gavetas da escrivaninha.

— O que está acontecendo entre vocês? — Harry perguntou, direto.

— Vocês quem? — o ruivo continuou a sua busca.

— Você e Hermione. O que está acontecendo entre vocês? — Rony parou e fitou o amigo intensamente.

— Não entendi a sua pergunta.

— Rony, vocês têm mais afinidade que a Gina e eu. Hoje as coisas estão estranhas, parece que vocês brigaram…

— Não brigamos… 

— Cara, nós somos amigos, então me diz o que tá rolando. A Hermione já sofreu demais na vida e eu meti ela nessa situação. Rony, por favor, me diz o que está acontecendo.

— Não está acontecendo nada, Harry. O que eu faria com ela que te preocupa assim?

— Por que ela está tão estranha com você?

— Eu não sei… Está assim desde o dia do evento da Chloe. Talvez sejam os hormônios… 

— Rony, a Hermione já passou muita coisa... Tudo o que vocês vivem aqui vai acabar um dia e vai ser a Mione que vai levar a pior, mesmo que você esteja presente em tudo e sobre tudo. Nada do que ela tem vivido está sendo fácil, a vida não tem sido generosa com ela. Eu não quero ser o responsável por mais sofrimento dela.

— Harry, meu amigo, eu não tenho a menor intenção de fazer mal à Hermione. 

— Não se esqueça que a Hermione não é uma das suas muitas aventuras. Ela é diferente de cada uma daquelas mulheres.

— Por que você está dizendo essas coisas?

— Eu não vou permitir que nada nem ninguém magoe a minha amiga novamente.

— Ninguém vai magoar a Hermione.

— E o que está acontecendo aqui?

— Não está acontecendo nada. Não tem nada acontecendo entre a gente.

— E com você? 

— Comigo o quê?

— Você se apaixonou pela Hermione?

— Claro que não! Que pergunta absurda. Está ficando louco, Potter? — voltou a procurar seus documentos.

— Rony, eu conheci a Hermione através da Gina. Ela é uma garota incrível e eu a amo como se ela fosse a minha irmã, a irmã que não tive o prazer de ter...

— Fico feliz que se sinta assim. Ela tem alguém por ela e isso é bom — pareceu grosseiro. Queria encerrar o assunto.

— Seria bom você fazer uma autoanálise e tentar entender o que você está sentido...

— Não preciso de nenhuma autoanálise, porque não estou sentindo nada, Potter. Não tem nada entre a sua amiga e eu e eu não pretendo fazer nada, absolutamente nada contra ela ou que a prejudique. Não se preocupe. Está tudo bem — se dirigiu para Harry, saindo de trás da mesa onde procurava os documentos — São esses aqui — entregou a pasta ao rapaz e caminhou até a porta, encerrando o assunto — Vamos?


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Notas finais do capítulo

Beijos no coração e até a próxima!!!



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