Um amor de contrato escrita por Andye


Capítulo 10
Estou aqui, com você


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!! Sábado chegou e aqui estamos nós, mais uma vez, atualizando a nossa fanfic. Hoje temos uma cena meio pesada, talvez vocês fiquem com certo ranço, mas o final vai ser "fofenho", garanto! No demais, um final de semana ótimo para vocês e aguardo ansiosa os comentários e impressões.
Segue que amanhã tem mais!!!



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Quanto mais Rony tentava se desvencilhar das loucuras do pai, mais ele se via preso. Exigir um casamento era algo absurdo, ainda mais absurdo do que exigir um neto, e ele teria desistido da inseminação se tivesse sabido desse grande detalhe antes.

Maldizia-se por ter rasgado o tal documento que o pai lhe entregara no dia do seu aniversário. Sentia a cabeça quente fazia três dias ao pensar na reação de Hermione sobre tudo isso. Por mais que remoesse outra solução, não tinha como voltar atrás. Ela já estava grávida e terminar com a gestação era algo que não passava pela cabeça do rapaz.

Pensou, enquanto dirigia para a casa da jovem, que poderiam adicionar uma cláusula ao contrato sobre o casamento, lhes dando um determinado período, afinal, não existia exigências de tempo de união estável para que o documento estúpido do pai tivesse validade perante os acionistas.

Subiu o primeiro vão de escadas pensando em como falaria sobre aquilo para ela e desejando que ela concordasse. De repente, se viu pensando que eram muitas escadas para uma gestante subir e descer todos os dias. Era um ponto positivo para um “casamento”. Ela ficaria mais confortável na casa dele. Teria uma ajudante na casa, um motorista e poderia reservar um dos quartos para ela e...

— Rose? O que houve? Por que está chorando? — Rony encontrou com a pequena descendo as escadas e sentiu o coração se partir.

— Minha mãe me mandou ir pra casa do Rick, tio Rony — ela soluçava — A minha avó chegou aqui e fez a mamãe chorar. E é minha culpa a mamãe estar chorando, a vovó estar aqui.

— Me explica o que houve, Rose? — ele a segurou nos ombros, se abaixando diante dela e a menina o abraçou. Foi uma sensação estranha, que o deixou completamente sem jeito, mas que ele não esquivou.

— Eu liguei pro vovô mais cedo, a mamãe não sabia — soluços dela e a sensação quente de lágrimas no ombro dele — Eu disse pra ele que eu vou ter um irmãozinho, que a mamãe vai ter um bebê seu, tio Rony, porque ela me explicou de manhã. Eu fiquei feliz — mais soluços e um aperto mais forte no abraço — Todos os meus amigos tem irmãos e eu vou ter um...

— Tudo bem, Rose, respira e explique — ele a confortou acariciando seus cabelos.

— A vovó chegou aqui, agora. Mamãe já ficou triste na hora que viu a vovó. A vovó não gosta de mim porque eu “arrunei” a vida da mamãe. E ela falou uma coisa feia pra mamãe e ela chorou, me pediu pra ir pra casa do Rick e a vovó ficou lá com ela — de repente a menina se soltou do abraço e olhou para Rony com seus grandes olhos castanhos, vermelhos do choro recente — Ajuda a mamãe, tio Rony. Não deixa a vovó deixar ela triste.

— Onde é a casa do Rick? — ele perguntou e ela apontou para uma porta ao fim das escadas — Vá para lá, pare de chorar e me espere, tudo bem? — ela acenou com a cabeça, parecia mais segura e Rony sentiu algo estranho ao perceber isso — Eu vou buscar a sua mãe.

Ele a observou descer e tocar a campainha da casa ao fim dos degraus. Em seguida, uma jovem senhora abriu a porta e se espantou ao ver a menina chorar. Rose já foi entrando e Rony seguiu os degraus que faltavam para o apartamento de Hermione. O coração estava agitado, o estômago, de repente, gelou. O que ele poderia fazer?

— E o que você é, Hermione? — ouviu a voz de uma senhora através da porta. Não sabia sobre o que falavam e decidiu continuar ouvindo aquela conversa.

— Eu sou uma mãe, mamãe, igual à senhora — Hermione falou em meio às lágrimas. A voz embargada.

— Não — a mulher falou com sarcasmo — Você não é uma mãe igual a mim. Nunca foi e nunca será! Eu me orgulhei de ter tido você, planejei, fiz tudo o que pude e te dei o melhor. Você não é como eu.

— Eu faço tudo o que posso pela minha filha, mamãe. A Rose, mesmo com toda a dificuldade que eu enfrento, nunca teve falta de nada! E eu me orgulho dela.

— Você se orgulha disso? — a mulher falou com altivez — Se orgulha de todo esse esforço? Você teve uma criança de um nojento que você nem mesmo deve saber quem é? Onde está esse homem? Quem é o pai da Rose? Por que ele não assume suas responsabilidades de pai?

— Porque eu não quero ele perto da Rose!

— Porque ele é um sem vergonha que te traiu e te deixou com um filho dele na barriga. Sabe por que ele nunca te procurou? Porque ele só quis se aproveitar. Ele nunca se interessou por essa menina.

— Ele não sabe da Rose, mamãe.

— Sim, ele sabe.

— O quê? — a voz de Hermione era um sussurro.

— Eu procurei o tal assim que você saiu de casa e falei para ele da sua gravidez. Ele disse que não te conhecia e não tinha filho nenhum.

— Por que a senhora fez isso, mamãe? — havia indignação no tom de Hermione.

— Por quê? Porque eu sou a sua mãe, sua estúpida! Esse sem vergonha não está nem aí para você ou para essa menina — houve uma breve pausa onde só se ouvia o choro de Hermione — Eu pensei que você aprenderia com o seu erro e nunca mais cometeria algo igual a isso. Pensei que você teria o bom senso de me pedir desculpas e voltaria para casa, mas você é uma... Nem tenho um adjetivo para classificar você.

— A senhora quer que eu peça desculpas? — o tom embargado, mas estranhamente firme — Desculpas pelo quê, mamãe? Por ter amado? Por ter vivido um amor que eu pensei que seria eterno, que era recíproco? A senhora quer que eu peça desculpas por não ter aceitado o seu conselho de abortar a Rose? 

“A senhora quer que eu me desculpe por isso, por não ter aceitado abortar? Por não ter voltado atrás quando a senhora me expulsou de casa e me deixou na rua grávida? Você quer que eu me desculpe? Não, mamãe. Não importa o que eu tenha de passar, eu nunca vou me arrepender de ter tido a minha filha, nunca, entendeu?”

— Estou vendo que não aprendeu nada em todo esse tempo... Está tão satisfeita de ter um filho sem pai que já arranjou outro, não é mesmo? Você me envergonha de todas as formas, Hermione. Como você pode cometer o mesmo erro duas vezes? Como você pode ter outro filho nessas condições, Hermione? Você nem consegue manter essa garota e vai ter outro filho e só Deus sabe de que tipo de homem.

— Não é bem assim, mamãe...

— E como é, Hermione? Como você faz isso de novo? Como você se deixou levar pela conversa mole de um qualquer e... Ah, Hermione. O que você vai fazer com essa criança? O que você vai fazer com duas crianças?

— Vou cuidar, mamãe. Vou criar, educar e amar como faço até hoje com a Rose.

— Hermione, seja sensata... Se você quiser, você pode voltar para casa... Seu pai me contou o que tem vivido e eu sou a sua mãe, me compadeço com isso.

— É mesmo, mamãe? Nem parece. Quantas vezes a senhora viu a Rose desde que ela nasceu?

— Não estou falando dessa menina malcriada, estou falando de você.

— A Rose não é malcriada, mamãe.

— Você pode voltar para casa, Hermione. Pode levar essa menina com você...

— E em troca eu preciso fazer o quê, mamãe? — a voz firme mais uma vez, rouca do choro constante.

— Se você quiser, Hermione, eu pago o aborto desta criança. Se livre disso, minha filha, e pare de andar para trás. Já basta essa menina e...

— Ela não vai fazer nenhum aborto, senhora — Rony entrou em seguida e ambas as mulheres se surpreenderam com a sua presença.

— E quem é você, rapaz? Como vai entrando assim na casa de uma mulher sem nem ao menos ser convidado?

— Eu? Ronald Weasley, pai dessa criança que a senhora está tentando dar fim — ele respondeu estendendo a mão para a senhora que ignorou o gesto.

— Quem é esse homem, Hermione? — virou-se para a jovem e não obteve resposta. Hermione estava em transe momentâneo e ouvia tudo ao longe — O que quer aqui? — voltou-se para Rony — Veio dizer que vai abandonar a minha filha?

— Não, senhora. Pelo contrário, vim ver como ela está e se está precisando de alguma coisa, afinal, esse bebê que ela carrega também é meu e eu tenho minhas responsabilidades sobre ele.

— Esse seu terno e sua boa aparência não me enganam, rapaz — a mulher falou com desprezo, olhando para Rony de alto a baixo.

— Por favor, eu gostaria de pedir que a senhora não procurasse mais a Hermione se a sua intenção é agredi-la verbalmente.

— Quem é você para dizer o que eu posso ou não fazer, garoto? — a mãe de Hermione falou com altivez, claramente irritada.

— Senhora, eu já disse. Eu sou o pai dessa criança e não vou permitir que a senhora venha até a Hermione falando esse tipo de coisa, fazendo ela chorar e colocando a saúde dela e a do meu filho em risco. Isso é o suficiente para a senhora?

— Ronald... — a voz de Hermione soou ao longe — Não se preocupe com isso, sim?

— Claro que eu me preocupo — ele respondeu — E se a senhora já terminou com seus insultos, poderia, por favor, se retirar?

— Hermione? — a senhora Granger recorreu à filha, desnorteada. Certamente, e Hermione sabia, se sentia afrontada — Vai deixar que esse homem trate a sua mãe dessa forma?

— Senhora, não estou fazendo nada demais. Se pretende ficar, não tem problema... — ele falou com gentileza se aproximando de Hermione — Vamos! Rose está nos esperando.

— Rose? — Hermione parecia aérea.

— Sim. Vou te levar até ela — ele estendeu a mão e ela aceitou. Levantou-se da cama e, amparada pelo rapaz, saiu do apartamento, a mulher olhando para os dois com indignação. 


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Notas finais do capítulo

Então é isso... Comentem e deem suas impressões e dicas! Amanhã nos encontramos de novo. Xerus no core ♥



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