Me Encontre escrita por SouumPanda


Capítulo 24
Complicações




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Nós três se olhavam, Angelina trouxe toalhas para os dois que sangravam, me levantei pressionando o lábio e vendo ambos pressionar o nariz para estancar o sangue. John e Caleb parecia que a qualquer momento poderiam rolar no chão de novo, empurrei os dois para o escritório, já que todos os empregados nos olhavam, incluindo Katarina com Louise em seu colo e Isaac.

— Precisamos parar com isso. – Falava com pesar na voz vendo os dois se olharem com constrangimento. – Isso aqui é a vida real, não temos que ficar rolando no chão por causa de ninguém, não é uma comédia romântica, ambos estão machucados. Não somos animais, somos adultos e temos que lidar com nossos atos como adultos. – Eu falava e podia ver o descontentamento no rosto de ambos.

— Só quero saber o que eu sei, porque acho que não sei de muita coisa, ou se talvez eu devesse saber de algo. – Caleb falava tirando o pano do rosto e colocando sobre a mesa franzindo a testa, engoli seco olhando John que parecia estar em pânico.

— Não tem nada para saber aqui Caleb, só que não deveria vir aqui. – Falei grosseiramente. – Isso não é uma casa aberta a suas visitas, nem marcada, nem inesperada e minha filha é um bebê que não te conhece e não tem que receber visitas de um estranho. – Vi o desgosto em seu rosto me escutando falar.

— Ela me parecia conhecer ontem, como se fossemos ... – Ele fez uma pausa vendo meu rosto de pânico e negou com a cabeça. – Esquece, coisas da minha imaginação.

— Em relação de eu ter transado com Caleb. – Me virei para John que pressionava o maxilar marcando seu rosto. – A culpa é mais minha do que dele, eu o procurei. Então, se for bater nele por isso, terá que fazer o mesmo comigo. – Eu cruzei os braços.

— Você sabe que jamais encostaria uma mão em você. – John falava com pesar.

— Então não faça com ele. – Eu disse o encarando que afirmou com a cabeça. – Agora vamos resolver isso como adultos, Caleb. – Me virei para o mesmo. – Acabamos, não tem que vir aqui, não tem que falar comigo e nem com minha família. – Respirei fundo. – John, temos conversas pendentes ainda, e iremos revolver ela assim que a festa passar nesse final de semana. – Falei o vendo afirmar com a cabeça e abri a porta. – Agora ambos saiam daqui e se portem como adultos. – Abri a porta para ambos saírem e os vi passar por mim com o semblante decepcionado, me sentei na pequena poltrona deixando o choro desesperado sair, um choro que não cessava, lagrimas fluidas molhavam meu rosto e minhas mãos que o cobria, a porta se abriu e meu pai veio até mim vendo meu desespero, me abraçou fortemente, a tempos não me sinto protegida com abraços e me olhava chorar em seu ombro e molhar sua roupa.

— Calma Zoey, você é a mulher mais forte que conheço. Seja o que for que esteja acontecendo, vai passar e superar. – Ele me apertava contra seu peito, tentava me tranquilizar em seu abraço protetor de pai e isso me lembrou quando minha mãe morreu ele me protegia de todos e pude entender porque me deixava rodeada de seguranças, até pude compreender a atitude de contratar Caleb, meu pai doce e protetor que no final das contas quem não entendia naquela época era eu que me tornei agressiva e na defensiva com ele.

— Obrigada papai. – Eu disse entre o choro sentindo meu pai secar minhas lagrimas e beijar minha testa ternamente. Quando saímos do escritório, era notável meus olhos inchados pelo choro interrupto, Angelina com seu sorriso acolhedor e uma bandeja logo me trouxe um chá que me aqueceu e tranquilizou de toda situação, fui me deitar pois minha cabeça parecia explodir.

“ Estava deitada na cama, pegando no sono quando escutei passos levantando correndo. Caleb estava no meu quarto. Eu o encarei com cara de espanto de como ele chegou lá e vi a janela aberta, me sentei na cama e ele se sentou na minha frente. Meus olhos ainda inchados do choro de mais cedo não tinha passado ele simplesmente me abraçou.

— O que foi Zoey? - Ele perguntava enquanto acariciava o meu cabelo bagunçado.

— Hunter disse que me ama, transei com John pensando que o melhor seria me divorciar, transei com você, eu não paro de pensar em você – Ele me afastou me encarando e sorrindo da melhor forma que ele sabia fazer, como podia existir alguém tão perfeito? – O que eu tenho de errado?

— Na verdade tem muitas coisas erradas com você, mas à algo em você que faz todos te amarem. – Ele sussurrou e selou nossos lábios e separando rapidamente. – Minha Zoey, sempre será minha. Porque me deixou?

— Por medo. – As palavras saíram no automático, e ele ergueu a sobrancelha com olhar curioso.

— Medo de que Zoey? Eu te amo, deixei isso bem claro, larguei tudo por você e ainda assim se casa e vai embora com medo? Não me deu nem uma chance de te explicar. – Ele segurava meu rosto e falava bem perto e meu estomago dava nó.

— Medo do que podia fazer comigo, quando descobrisse tudo. O que me obrigaria a fazer, eu te amava mas precisava pensar em mim naquele momento. – Acho que estava na hora de contar a verdade para ele, Louise estava crescendo e mais cedo ou mais tarde teria que contar tudo para ela, e ele teria que saber de tudo antes dela para poder contar sua parte para ela. – Quando terminei com você, sofri muito Caleb, não achei que poderia viver sem você. Porque eu te amava e ainda te amo mais que qualquer um que tenha passado pela minha vida. Mas uma semana depois, eu não ia ir embora iria enfrentar tudo de frente, mas quando descobri que... – Eu poderia escutar as batidas na porta do quarto e o olhei espantada, iriam ver ele ali, mas ele sorriu tranquilo como se ele estar ali fosse normal. – Entre. – Sussurrei nervosa.

— Querida, Louise chorava e achei que deveria trazer ela para você. – Angelina entrava com Louise nos braços, trazendo até mim e saindo. – Acho que agora já posso deitar.

— Claro Angie, você merece deitar e descansar. – Eu falava cordialmente a vendo sair, como se Caleb não estivesse ali, ou se realmente fosse normal e habitual ele estar ali. Comecei a amamentar Louise para acalmar, pressionei os lábios vendo os olhos vidrados de Caleb em nós.

— O que você descobriu Zoey? O que te fez ir embora e me deixar? – Ele me encarava com um olhar sofrido. O silencio era mortal, respirei fundo e olhei Louise que dormiu enquanto mamava e ele estalou os olhos.

— Eu descobri que estava grávida Caleb, fiquei desesperada sabendo que se soubesse teria que cumprir seu papel e ficar perto de você. Eu não suportaria ficar perto de você e fui embora por ela, casei porque John me deu segurança e porque gostava dele obviamente. – Ele estava em transe, olhava Louise dormindo no meu colo e acariciava seu rosto, enquanto lagrimas rolavam meu rosto. – Louise não é filha do John, como casei com ele, todos achavam que ela era, mas ele sabe que não, sempre soube que ela era sua filha.

— Minha bebê? – Ele falava baixo surpreso, coloquei Louise na cama segurando o rosto de Cabeb que derramava lagrimas discreta. – Porque me privou de vê-la nascer? De ajudar a cuidar dela?

— Fiquei com medo e ainda tenho medo Caleb, ela se tornou tudo que tenho. Ela é apenas minha, agradeço sua participação, mas ela é minha. – Minhas palavras soavam egoístas e ele me encarou de forma dura. – Ela é a forma de mostrar como nós se amamos. – Ele sorriu com lagrimas em seu rosto e me beijou de forma intensa, como se fossemos dois jovens namorados e loucamente apaixonados.

— Eu sou pai, difícil de acreditar. Sou pai, desse anjo. Agora eu sei por que meu coração batia mais e mais forte quando estava com ela em meus braços e de como me sentia triste quando a tirava de mim. Porque ela é uma parte minha e sua, nela está nós. No fundo eu sempre soube. – Ele a olhava dormir e eu tremia ao ouvir suas palavras.

— Caleb entenda uma coisa, Louise é minha. Ela cresceu com John tanto que o reconhece como pai desde sempre, ela é pequena ainda pode se acostumar com a ideia de você ser pai dela, mas saiba que nada mudará. Por enquanto continue como está, me sinto mais aliviada em te contar, mas por enquanto nada muda, pode vir vê-la quando quiser quando perceber que ninguém estiver. – Minhas palavras soavam repetitivas para ele poder fixar a ideia, mas sua expressão mudou.

— Fiquei longe dela o tempo todo e agora quer que negue ser pai dela? Ela é você e tem uma parte de você e minha, ela é minha, você é minha e quero ter minha filha comigo. Se for preciso a tirarei de você Zoey, mas jamais renegarei minha filha. Você acha que iria me contar e pronto deixar tudo que é meu por direito para aquele marido de áraque? Jamais pense nisso, ou deixe minha filha ficar comigo como a lei manda ou apelarei para a lei e quem terá que visitar ela é você e quero me casar com você. Quero ter mais filhos com você Louise foi só o começo de um amor que nunca vai passar, nunca você está entendendo? Juro que te mato se pensar em sumir com ela de novo e te acho nem que seja no inferno. ”

Acordei suando como nunca era tarde da noite, passei a mão no cabelo e olhei para os lados rapidamente, o quarto estava vazio levantei colocando o hobby sob a camisola e fui para o quarto de Louise que dormia serenamente, respirei fundo, obviamente que não deveria contar para Caleb, poderia ser pior. Fiquei parada alguns instantes admirando meu anjo dormir. Saindo do quarto devagar para não acorda-la, desci as escadas e fui tomar um ar no jardim, pude ver a casa de Caleb toda acessa, sentei na espreguiçadeira, podendo admirar o céu.

Obviamente não poderia falar para Caleb toda a verdade sobre Louise, mas o que eu poderia fazer a respeito disso tudo? Lembro de como tinha amigos, de como fiz raízes como queria, tenho um lar de verdade agora, mas tudo na base da mentira. Não sei se deveria realmente me divorciar de John, pois ele me dava assistência para não cair nos braços de Caleb, como foi comprovado que sem John é provável acontecer. Não conseguia entender o que estava acontecendo, queria poder deixar de te amar um segundo da minha vida sequer Caleb, mas realmente não se posso, pois, tudo que faço é realmente pensando como você reagiria a cada coisa que te contasse. Respirei fundo sentindo a brisa que batia na minha pele e fazia acalmar meus pensamentos. Talvez tudo que preciso é de férias, sair daqui novamente, não ir para Londres, mas ir para outro lugar no qual me transmita uma paz maior e pudesse ser bom para Isaac e Louise, talvez não devesse me divorciar e tentar resgatar meu casamento com John, que não é dos piores, eu errei e ele também, meu erro possa ainda ser maior que o dele, pois ele não tem um histórico com Katarina como tenho com Caleb. Ouvi passos atrás de mim que me fez pular, olhei e John me encarava sem entender o que fazia ali.

— Não consegue dormir? – Ele questionou vindo em minha direção e se sentando ao meu lado. – Eu também não, te vi passar pelo escritório. – Nos olhamos e forjei um sorriso.

— Está bem feio isso aí. – Apontei para o roxo que se formava em torno do olho dele pela briga de mais cedo.

— Vou sobreviver. – Ele disse rindo da situação e me fazendo sorrir. – O que te aflige Zoey?

— Se te contar terei que te matar. – Disse em bom humor e logo suspirando. – Preciso ser sincera com você John, como sempre fomos um com o outro durante nosso relacionamento, mesmo tendo esses últimos episódios. – Eu disse me virando totalmente para ele e o vendo suspirar e me olhar. – Em minha mente, em algum lugar acho que seria bom eu contar de Louise para Caleb, sei o que ela representa para você e sua importância na vida dela, mas manter esse segredo está me matando e mais cedo ou mais tarde tanto Caleb quanto Louise terão que saber da verdade.

— Eu te amo Zoey, aceitei você e ela sabendo desse risco. – Ele dizia com olhar triste e acariciou meu rosto colocando uma mexa de cabelo atrás da minha orelha. – Eu vou amar Louise sempre independente do que possa acontecer, assim como você. – Ele era doce, o que tornava tudo difícil. – Sei que anda confusa com tudo, sabia que isso aconteceria desde o momento que soube que teríamos que retornar para cá e assumi o risco. Se achar em seu coração que deve contar para ele, se acha que isso está roubando sua paz a ponto da insanidade então conte. – John parecia abatido com o assunto, mas passava segurança em sua voz, pressionei os lábios afirmando com a cabeça o vendo se curvar selando nossos lábios.

— Obrigada, por tudo John. – Falei baixo o vendo sorrir com nossas testas encostadas, logo o beijei de forma mais intensa, lagrimas escorriam pelo meu rosto, o sentei na espreguiçadeira me sentando em cima dele, me coloquei a me esfregar em John sentindo seu membro endurecer no meio das minhas pernas, seja a última vez que fazemos isso ou não, eu amava como nisso nos dávamos bem, John abaixava sua calça de malha fria o suficiente para expor seu membro, enquanto colocava o mesmo em mim, afastando minha calcinha para o lado e me preenchendo toda por dentro, John me fodia tão gostoso, ele mexia meu quadril em cima dele fortemente, apertando minha bunda fortemente, assim como destilava tapas, quando sua mão não estava me esmurrando com tapas, puxava meu cabelo para trás e mordiscava meu pescoço descendo para o peito que estava com os mamilos rígidos com tudo que acontecia. Não demorou para entrarmos em frenesi, meu corpo estremecer e minha vagina se contrair em torno do pau dele, assim como ele amolecer e me lambuzar toda, sexo com raiva, remorso, nervoso e rápido era uma junção de tudo que fazíamos, como eu precisava disso, relaxamos ali rindo um para o outro da situação que a gente se encontrava quando deslizei para a espreguiçadeira do lado e deitei admirando novamente o céu, com ele ali ambos em silencio, mas com pensamentos gritantes.

Amanheci com John abraçando meu corpo, subimos ontem e mais uma vez fizemos amor, como se estivéssemos pronto para se despedir, sentia um calor quase que insuportável, saí da cama e resolvi que começaria a correr, todo mundo corria para organizar os pensamentos, tomei um banho tirando toda inhaca e todo cheiro de sexo, coloquei uma roupa pronta para correr. Estava saindo correndo, ia passando pela casa de Caleb quando vi Annabelle e Harper saindo de lá, desviei o olhar não queria ver elas, mas Annabelle me gritou e sorri sem graça acenando.

— Zoey, está ótima. – Annabelle me elogiou me abraçando e dando um beijo em meu rosto, Harper engoliu seco e me cumprimentou com um aceno como se estar ali comigo fosse um incomodo. – Me conte, como está sua filhinha? Olhando você nem parece que teve filha.

— Está muito bem. – Porque ela estavam ali? Minhas palavras eram minuciosas, não queria expor Louise e a tornar assunto em uma roda de conversa. – E vocês? Como estão?

— Bom, está tudo tão corrido eu estou trabalhando em uma multinacional de finanças, se soubesse como é uma loucura lidar com dinheiro alheio. – Annabelle me analisava e eu sorria tentando não parecer desconfortável. – Meu irmão mora aqui, isso você já deve saber.

— É eu sei. – Eu disse engolindo seco acho que era notável meu desconforto. – Mas me conta, quando vai casar?

— Casar eu? – Annabelle ria. – Apesar de estar a quase um ano e meio com Josh, acho mais fácil Harper e Caleb se casar primeiro, já que esperam um bebê. – E pronto acho que meu rosto de espanto foi no chão, Annabelle percebeu que o desconforto estava instalado, Harper sutilmente a cutucou e eu engolia seco, sem sentir minhas pernas.

— Nossa, eu nem sabia de vocês. – Eu falava gaguejando e mostrando o desconforto. – Nossa. – Respirei profundamente. – Parabéns Harper. – Eu disse sorrindo sentindo o chão sumir debaixo de mim.

— Sempre estou aqui, geralmente quando anoitece eu chego. Acho que é por isso que não me vê. – Harper disse sorrindo mostrando desconforto em eu saber.

— Claro, sempre estou em casa. – Eu disse apoiando a mão na cintura e logo em seguida olhando para meu relógio de pulso. – Nossa olha a hora, preciso ir. – Eu disse pressionando os lábios e me despedi delas rapidamente, Caleb abria a porta me vendo, nossos olhares se cruzaram e senti meu coração saltar do peito, virei para casa e corri como nunca, mas não tinha nenhuma aptidão física que quase enfartei, ele estava com Harper, eu transei com ele, ele a traiu, ela estava gravida, como isso pode estar acontecendo? Abri a porta de casa todos ainda estavam deitados, me joguei no sofá vendo o teto rodar e me ver em um loop de pesadelo sem fim.    


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