Cheguei do médico com as crianças deixei ambos com Katarina e subi descansar, Caleb conseguia consumir toda minha energia, acho que na verdade achar algo em odiar ele me consumia, tirei a roupa colocando algo leve, deitei na cama sentindo o vento que entrava da janela aberta refrescar o quarto e não demorou para eu dormir. Senti um beijo no meu pescoço enquanto dormia, me virei para o outro lado pois o sono me consumia e o cansaço mental era demais, mas podia ouvir pequenos barulhos e o quarto estava quieto novamente. Caí em sono profundo, acordando com um sol forte invadindo o quarto. Era outro dia, parece que quanto mais eu dormia, mais eu queria dormir, abri os olhos relutando a preguiça matinal, respirei profundamente antes de sair da cama, quando me sentei me situando onde estava olhei John dormindo ao meu lado, estava em choque fazia nem 4 dias que ele tinha ido, o que fazia aqui dormindo plenamente do meu lado? Respirei profundamente saindo da cama devagar para não acorda-lo, fui tomar um longo banho no chuveiro, sentia a água quente cair, era como se lavasse a alma, mas lagrimas desesperada fluíam com os pensamentos que vinham na minha cabeça. Quando falar com John teríamos que decidir o que seria de nós, e se ele souber de Caleb por isso voltou mais cedo. O que poderá acontecer? Tinha que entender o que sentia em tudo isso, mas como eu podia sentir tanto e não conseguir explicar nada? Precisava organizar tudo dentro de mim, precisava priorizar minha saúde mental que estava indo de mal a pior me colocando em situação criadas antes de acontecer. Quando saí do banho John aparentemente dormia, entrei pisando suavemente no closet e me coloquei a colocar a lingerie, quando ajeitava o sutiã olhei John me observando pelo espelho e me virei sentindo o rosto queimar.

— Olá John. – Sussurrei constrangida como se ele nunca tivesse me visto até sem roupa.

— É nova? – Ele apontou para lingerie enquanto eu procurava algo para vestir.

— Sim. – Eu disse no automático caçando uma roupa e nada me agradava.

— Porque tem ignorado minhas ligações? – Ele disse se aproximando me fazendo parar e o olhar, pisquei algumas vezes o vendo ali, sem camisa, na minha frente com o cabelo bagunçado e com perfume amanhecido, me virei sentindo ele acariciar meus ombros, nos olhávamos pelo espelho, sentia minha respiração descontrolada pelo toque dele, foca Zoey, não pense no sexo, apenas foque.

— Porque não queria falar com você é o mais obvio e a mais pura verdade. – Me virei o vendo me encurralar entre o seu corpo e o espelho. – John. – Eu sussurrei e logo o lábio dele estava nos meus e seu corpo pressionando o meu contra o espelho. Eu estava tentando processar, organizar, mas ali com o corpo do John pressionando o meu, sentindo seu volume crescer e pressionar no meio das minhas pernas, como eu o queria.  Sentia seus dedos desabotoar meu sutiã, enquanto uma das mãos apertava meu corpo. John beijava meu pescoço alternando com mordidas, gemidos baixos saiam da minha boca quando meu sutiã soltou John tornou a me beijar e me pegar no colo me levando para a cama, assim que me deitou desceu seus beijos pelo meu corpo, até entrar no meio da minha coxa e ali beijar delicadamente enquanto seu dedo afastava a calcinha, ele mordiscou minha coxa e passou seu dedo entre meus grandes lábios sentindo o quão molhada me deixava, puxei o ar entre os dentes cerrados e o olhei e vi seu riso malicioso e joguei minha cabeça para trás. Logo John veio por cima de mim, abaixando sua calça de malha e expondo ali seu pau rígido a minha frente, ele se deitou sobre mim e colocou o membro aos poucos em mim, ia me preenchendo e gemi sentindo ele. John ao mesmo tempo que era carinhoso me fodia forte e ele sabia que eu gostava daquilo, ele me rolou para cima dele, ficamos sentados um de frente para o outro, naquele momento eu o comandava, ele gostava sorria maliciosamente, ele apertava minha bunda com as mãos e distribuía tapas na mesma, logo senti meu corpo entrar em profundo colapso de êxtase,  minhas pernas tremiam e as paredes da minha vagina se contraia em torno do pau dele, logo meu corpo amoleceu e ele abraçou meu corpo contra ele, me fodendo de baixo para cima, meu corpo estava amolecido e o ar rarefeito, ele suava seu corpo contra o meu, gemendo e puxando meu cabelo para trás, nos olhávamos em silencio nos devorando em êxtase, quando senti ele pulsar em mim, me lambuzando quando ele amoleceu caindo na cama e me deixando por cima, fui escorregando para o lado e estávamos deitados olhando para o teto rindo satisfeitos, fazia tempo que não fazíamos isso e foi maravilhoso. John era maravilhoso, o olhei brevemente com um riso no rosto puxando o ar.

— Então. – Ele disse afobado.

— Temos que conversar. – Eu disse ofegante e rindo da situação. – Vou tomar mais um banho e te encontro lá em baixo. – Me levantei o vendo me observar, entrei novamente embaixo do chuveiro, tinha sido maravilhoso, mas só para me deixar mais confusa sobre tudo, será que aguentaria viver assim? Será que conseguia saber o que fazer com tudo que sentia? Eu tinha que ser sincera com John, com Caleb e comigo sobre tudo.

Me surpreendi ao descer e encontrar Peyton sorridente me esperando, franzi a testa e engoli seco sem saber o que esperar. Abracei ela brevemente e fomos para o escritório, me sentei no pequeno sofá a vendo andar de um lado para o outro preocupada.

— Você tem que ir com John a festa. – Ela disse afobada e um tanto animada. – Não sei o que está acontecendo, mas é primordial ir com ele.

— Peyton, não sei se vai adiantar, quando conheci John minha mãe ainda era viva, ela conhece ele, se caso ela for minha mãe. – Eu disse me encolhendo. – E John e eu não estamos nas melhores fases.

— Precisa manter as aparências pelo menos nessa festa. – Ela disse franzindo a testa e um tanto brava. – E com toda demora para descer, me parecem muito bem. – Angelina entrou no escritório deixando café para nós, logo saiu e deu passagem para John entrar que se surpreendeu ao ver Peyton.

— Querida, Hunter está aqui. – Angelina disse dando espaço para que Hunter também entrasse, logo ela fechou a porta saindo.

— O que falavam? -  John dizia nos passando as xicaras de café e eu respirei fundo dando um pequeno gole no mesmo.

— Peyton quer que nós vamos juntos a uma festa em nosso nome. – Eu disse ironicamente. – Mas sabemos que seria para manter as aparências.

— Porque? Vocês não estão mais juntos? – Hunter questionou não querendo demonstrar empolgação.

— Estamos resolvendo isso. – Eu disse me encolhendo vendo um sorriso brotar no rosto de Hunter e John me olhou intrigado.

— Vocês dois pareciam perfeitos juntos. – Peyton disse com pesar, meu olhar e de John se cruzou e sorrimos um para o outro.

— Brad e Angelina também. – Eu disse pressionando os lábios e terminando o café.

— Bom então estamos resolvidos, independente do que está acontecendo vocês irão juntos, tenho que ir passar do buffet e acertar e terminar os últimos detalhes da decoração, os convites já foram enviados, lembre-se traje a rigor. – Peyton disse autoritária o nós três concordamos. – Quer ir comigo Hunter?

— Na verdade preciso falar com a Zoey. – Hunter disse me fazendo franzir a testa e o encarar, John nos olhávamos e eu engoli seco,

— Tudo bem, eu te acompanho até a porta Peyton. – John disse cordialmente saindo do escritório com Peyton, fechei a porta olhando Hunter que estava um tanto incomodado.

— Aconteceu algo? – Eu questionei me aproximando de Hunter e apoiando minhas mãos em seu ombro. Hunter negou me vendo se afastar e encostar na mesa, cruzei os braços o observando se aproximar e segurar meu rosto com suas mãos e selar nossos lábios, arregalei os olhos e nos encaramos.

— Eu te amo Zoey, desde o dia que te conheci. – O silencio tomou conta do ambiente e meu estomago revirou, não acredito que isso está acontecendo. – Mas você conheceu ele, mas era para ser eu, te conheci primeiro, nunca te enganei. Guardei seus segredos e me conformei de te amar de longe, pois nunca seria bom para você, não sou rico como Caleb ou tenho títulos como John. Eu sempre fui um namorado disfarçado de melhor amigo, porque era assim que sempre me imaginei. Agora que pode se separar de John, estava na hora de saber como me sinto, que cada abraço que te der, cada conselho, cada apoio, cada carinho e gesto de companheirismo é na intenção de ser seu marido, namorado confidente. Então preste atenção nessas palavras Zoey, sei que não vai me perdoar por um tempo pelo beijo, mas nunca mais as ouvirá. Eu te amo Zoey e me conformei com o que você podia me dar, me conformei em ser seu amigo mesmo te amando incondicionalmente. – Eu não conseguia ter reação, meus olhos lacrimejados vendo Hunter se aproximar novamente segurando meu rosto e sussurrar. – Fala alguma coisa por favor.

— Não é justo comigo fazer isso agora, sabe de tudo que estou passando. – Eu falei sentindo as lagrimas rolarem, já não bastava tudo que tinha que lidar, não conseguia ainda lidar com Hunter.

— E comigo por todos esses anos acha que foi justo? – Ele disse me soltando e se afastando. – Eu te ver sofrer e imaginando que jamais de faria passar por tudo isso.

— Não consigo lidar com mais nada por agora Hunter, não vou conseguir lidar com você sem falar algo que te fere e te afaste, então por favor. – Eu supliquei o vendo respirar profundamente e ir embora, encostada na mesa bufei passando a mão pelo rosto em aflição e logo escutando uma conversa paralela na casa, fui saindo do escritório e indo para a cozinha vendo Katarina e John ali, assim que entrei ambos se assustaram. – Que ótimo, vamos conversar já, os três. – Eu disse vendo Katarina se afastar de John e ele puxar o ar fortemente, me sentei na bancada vendo que ela ficou em pé e ele se sentou na ponta.

— Acho justo os três conversarem juntos. – John disse me encarando e evitando olhar Katarina.

— Me contem, o que aconteceu. – Eu falei fazendo ambos franzir a testa, pressionei os lábios me levantando e servindo café e os observando se olhar. – Quem começa, John?

— Bom, vamos lá. – Ele disse se virando para me olhar. – Não é novidade para você o que aconteceu entre Katerina e eu. Bom, não chegamos a transar, mas quase. – Ele disse pressionando os lábios e notei o desconforte de Katerina em ouvir ele falar, franzi a testa. – Uma noite, estava trabalhando ela veio me trazer chá, e acabamos se beijando, mas ela mais do que eu pode falar que não retribui. – John entrelaçava as mãos incomodados. – Mas um dia estávamos exaltados, bebi e vim para o escritório e ela veio aproveitando que estava mais alcoolizado e se beijamos mais intensamente, teve algumas passadas de mãos, talvez um sexo oral da parte dela, mas fora isso nada. – John falava e Katarina ia se encolhendo, respirei profundamente processando, eles independente do ato tinham ficado juntos, mas eu tinha transado com Caleb.

— Katarina, de licença agora para eu poder falar com John. – Vi Katarina correr de cabeça baixa, era obvio seu constrangimento não queria que ela se sentisse tão mal por isso. Não quis humilhar ela, queria saber a história de John e logo iria falar com ela, quando a vi sumir de vista, olhei John pressionando os lábios. – Não acho justo eu surtar com você, porque no primeiro ato de erro seu, eu também errei. – Eu disse me encolhendo vendo John franzir a testa.

— O que você fez Zoey? – Ele disse se aproximando de mim com os punhos cerrados sobre o balcão, nos encaramos e respirei fundo.

— Transei com Caleb. – Eu disse baixo e vi a veia de sua têmpora saltar, ficamos em silencio que foi quebrado pela campainha tocada, engoli seco vendo Angelina ir até a porta e abrir, quando me virei ali estava ele, Caleb, John o fuzilou, Caleb franziu a testa confuso ao ver John ali, senti minhas pernas amolecer vendo John em um tiro ir em direção a Caleb e sem aviso prévio destilar um soco no rosto do mesmo. Me levantei correndo, indo em direção a eles, Caleb não deixou barato e socou John, eles rolaram para o chão e me vi gritando para os seguranças, motorista seja quem for vir me ajudar. – Parem, vocês parecem dois seres irracionais. – Gritava histérica vendo sangue dos dois pelo chão. – PELO AMOR DE DEUS TEM CRIANÇAS EM CASA. - Eu gritava.

— ISSO É POR TRANSAR COM MINHA MULHER. – John falava socando Caleb.

— NINGUÉM TEM CULPA DE NÃO SER HOMEM SUFICIENTE. – Caleb rolava para cima de John segurando o colarinho dele e batendo a cabeça dele no chão.

— VOCÊS DOIS SÃO UNS ANIMAIS. – Eu falava puxando Caleb de cima de John e olhando os dois, nós três se olhavam, Caleb sentou no chão cuspindo o sangue, John se endireitou respirando fundo, engoli seco. – Eu sou a única culpada, não agem assim. – Eu disse respirando fundo, me levantei pegando papeis na cozinha e entregando aos dois para estancar o sangue do nariz de ambos. – Eu não sou um prêmio a ser disputado por nenhum de vocês dois, tenho outras prioridades na vida que é minha filha e meu irmão, ou vocês se comportam como pessoas civilizadas ou os dois saem daqui. – Eu disse tentando ponderar a voz. – O que quer aqui Caleb?

— Vim ver sua Louise. – Ele disse limpando o sangue e me fez arregalar os olhos, olhar John que tinha o olhar triste.

— Ele sabe Zoey? – John questionou e Caleb nos olhou confuso, engoli seco sem saber o que responder, será que ele sabia? Não era possível.