Molly olhou encabulada para ele e com os olhos já marejados por lágrimas. Era tão difícil assim ouvir de outra pessoa que estava tudo acabado entre eles? Ela não sabia por que fazia tanta questão de ficar com ele já que eles quase nem se conheciam e ela estava sentindo tanto ficar longe dele, queria ficar próxima e sentir os carinhos dele. Será que estava certa em fazer tanta questão em continuar com aquele relacionamento?

- você não pode...

- por que não?

- por que eu gosto muito de você. Você foi à pessoa mais incrível que eu já conheci em toda minha vida e acredito que seja a única. Ninguém encontra alguém incrível duas vezes na vida. E se eu deixar você escapar, eu vou me arrepender depois.

- me diz, quem é você?

- como assim? Eu sou a Alex. – respondeu ela nervosa.

- por que brinca comigo? O que foi que eu te fiz pra me tratar desse jeito? Eu me sinto tão otário às vezes por continuar com você e você me trata feito uma pano de chão, você pisa em mim e eu continuo correndo atrás de você. Eu não quero isso, Alex. Já encheu o saco.

- mas olha, eu gosto de você. – e pegou na mão dele. – eu não quero terminar com você.

- vamos entrar num consenso. Eu não quero mais sofrer e nem quero que você sofra. Por que eu sinto que não é isso que você quer. Você esteve distante todo esse tempo. E eu sempre percebi que faltava alguma coisa, você não se entregava pra mim de verdade.

- mas eu mudei.

- eu percebi sua mudança. Eu sei. Mas do que adianta? Mudou só agora? Depois vai voltar a ser o que era antes?

- não. Eu agora serei desse jeito. A velha Alex morreu.

- e a sua mãe?

- dane-se ela. Eu só disse aquilo por que eu tenho que concordar com ela. Mas não é o que eu quero de verdade. Por que o que eu quero é você.

- Alex, vamos dar um tempo.

- é realmente o que você quer? Não quer mais ficar comigo?

- eu preciso pensar. Eu estou confuso, por que já não sei mais quem é você.

- Gerard, eu não sou a Alex! – gritou ela bem rápido.

- o que? – perguntou ele espantado. – como assim não é a Alex?

- digo, eu não a antiga Alex. Agora me sinto outra pessoa. – respondeu nervosa. - o que importa é que... – e se aproximou dele tocando em seu rosto. -...Eu te quero. Te quero como nunca quis antes. – aproximou seu lábio vagarosamente esperando uma iniciativa dele que logo obteve e assim os dois se beijaram.

Gerard apertou-a com seus braços contra seu corpo e a beijava com bastante ternura. Puxou-a pra dentro e bateu a porta sem mesmo desgrudar seus lábios do dela. Imprensou-a contra a porta e beijou-a passeando as mãos pelo corpo dela, mas sem ousar.

- eu te amo. – falou ele olhando nos olhos dela. Molly sentiu-se tão mal naquele momento por enganá-lo e sentiu muita vontade de acabar revelando tudo, mas era covarde. Também não queria perdê-lo. Queria conquistá-lo aos poucos e teria bastante tempo para isso e só assim contaria tudo, e assim ele ficaria com a decisão: se a perdoaria ou não. Mas ela tinha certeza que ele a perdoaria depois de conquistar o coração do rapaz. Seria uma tarefa difícil, mas ela tinha esperança de conseguir.