Supremo Amor escrita por SENHORA RIVERO


Capítulo 7
V & H 7




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Max abraçou Heriberto e os dois ficaram agarrados ali naquele momento especia,

Do lado de fora, Victória dirigia parando no primeiro sinal. Olhou para o lado com a cabeça nas nuvens depois daquele beijo de Heriberto. Era lindo demais pensar naquilo. O homem a deixava sem chão, sem vontade de se concentrar em nada, com as mãos trêmulas. Ela ouviu o celular marcar uma mensagem e pegou desatenta.

"Venha até o galpão verde da rua 17 e você terá a sua filha de volta. Se avisar a polícia, vamos embora!"

As mãos dela tremeram e tudo ficou escuro de repente.

Victória tinha medo, medo por sua menina, medo por sentir que era sua única chance. O que ela poderia fazer? A menina estava a seu alcance depois de todos aqueles anos. Victória sentiu uma dor no peito e no mesmo segundo respondeu a mensagem dizendo que estaria lá. Ligou para Oscar, seu advogado de confiança e amigo.

Oscar deu todas as orientações e a polícia foi acionada. Victória sentia que aquilo ia acabar mal. Mas algumas horas depois, lá estava ela com a mala de dinheiro que eles haviam pedido. Estava com o coração na boca, a filha tinha sido sua maior busca, sua melhor escolha e agora podia ter sua menina de volta.

Quase seis anos e ela em desespero para ter Maria e agarrar e cuidar dela como sua. Victória caminhou, os saltos batendo no chão com aquele medo todo. O coração dela estava em chamas. O que sente uma mãe quando encontra seu filho? Ela não sabia, ela nem podia imaginar o que viria em seguida. 

O lugar era escuro por dentro, um galpão bem posicionado e com lacunas que impediam a visualização dele completo. O ar faltava para que ela respirasse direito. Podia estragar tudo, podia tomar um tiro, podia perder a chance de ter sua menina. Mesmo que quisesse ser otimista, estava com o coração em desespero.

Andar parecia ter se tornado uma coisa estranha e absurda, para uma mulher capaz de realizar coisas muito maiores. Victória estava com medo, medo e ela podia mostrar isso em cada poro de seu corpo.

Deus era seu amigo e naquele segundo a virgem de Guadalupe era tudo que ela rogava, sua filha podia voltar a seus braços em segundos. Tinha que fazer tudo certo. O cerco estava armado, a polícia tinha tomado vários lugares. Estavam disfarçados e ela continuava a caminhar com o celular na mão.

Um homem de preto caminhou na direção dela saindo de dentro do galpão. Ele estava com uma máscara e Victória sentiu o estômago doer. Ela estava com uma grande quantia em dinheiro. Tinha sido pedido pela mensagem. Mas quando chegou ao local, o homem apenas puxou a criança de trás de seu corpo e mandou que andasse na direção de Victória. A menina assustada correu assim que o homem gritou.

Uma criança correndo para ela e um homem mascarado e armado se preparando para algo que ninguém sabia o que seria. Victória perdeu o ar, perdeu a cor, perdeu tudo, queria sair correndo na direção da menina, mas congelou e a pequena chegou nela.

Victória não entendeu o que acontecia, a menina corria na direção dela e quando se abaixou para a olhar a menina assustada entregou um bilhete. Victória agarrou a menina que a empurrou sem entender o que acontecia.

"Não quero seu dinheiro! Apenas quero que fiquei com sua menina. Não acredite no que isso pode parecer, não foi minha culpa ela estar sequestrada. Encontre a pessoa que fez isso com você!"

Quando Victória olhou o homem havia sumido e a polícia estava ali correndo para todo lado. Victória pegou a menina no colo e segurou firme com lágrimas chorando desesperada. A menina não queria o abraço, não queria ser tocada, estava bem vestida e tinha um aspecto de que não tinha sido maltratada.

— Minha filha, meu amor, mamãe estava a sua procura, não fica assustada, meu amor. Vai ficar tudo bem, minha vida, vai ficar tudo bem.

Naquele momento, Maria olhou para Victória, os lindos olhos brilhando e ela com raiva por não entender o que estava acontecendo ali. Victória chorava forte e sentia que aquele momento era tão único. O peito doeu, as mãos tremiam e ela não soltava a filha que ainda estava assustada e repudiava o contato.

— Eu quero ir embora...- disse chorosa e temendo aquele barulho, aquelas pessoas correndo, aquele tumulto que se formou a sua volta.

Oscar veio em seguida colocando Victória no carro e saindo com ela dali acompanhada de um policial. O circo estava armado e o homem sumiu tão rápido quanto tinha aparecido ali. A menina estava silenciosa durante a viagem e foi levada ao hospital.

Victória estava tão nervosa que ligou para Heriberto. Não era uma pessoa íntima dele ainda, mas pareceu correto ligar e pedir ajuda. Max atendeu o telefone do pai e disse amoroso.

— Oi, Vick, você está com saudades da gente? Ou ligou para saber se meu pai melhorou?_ ele sorriu amoroso e Victória sorriu de volta, já amava aquele menino.

— Oi, meu amor, eu estou com saudades sim, você sabe que sinto sua falta. Mas me deixa conversar com o papai e eu falo de novo com você.

— Vou passar para ele, está comendo. Ele é um gulosão._ Max sorriu e Victória também. A voz do menino a acalmava e ela sentia que seu coração era mais que um carrossel.

Heriberto pegou o celular e atendeu num gesto de amor e cuidado. Victória era como uma brisa cada vez que ouvia a voz dela. Um momento antes dela falar, o coração dele palpitou, estava apaixonado e se ela decidisse não corresponder, estaria perdido.

— Eu preciso que venha examinar minha filha, eu a encontrei..._ ela suspirou soltando num fio de voz._ Eu sei que você está de repouso...

Ela foi interrompida pela voz firme dele. Heriberto era perfeito, um homem com quem ela poderia contar. Um homem que era presente para ela. Nunca tinha contado com ninguém. 

— Eu já estou indo, me espere, sim e fique calma._ ele sorriu feliz com aquela notícia e com o fato de Victória ter ligado para ele.

— Obrigada, Heriberto! Eu te espero. Traga Max!- ela sorriu e desligou depois da confirmação dele.

Heriberto olhou o filho que estava pegando um sapado e riu. O menino tinha uma conexão com Victória e a coisa ali era mesmo de deixar qualquer um louco de amor.

— Ela chamou a gente para sair, pai? Já estou calçando o sapato._ ele disse rindo e Heriberto se abaixou com cuidado para conversar com ele.

— Meu filho, eu sei que você gosta muito dela e que estamos os dois apaixonados por ela. Mas ainda é cedo para você ficar assim toda vez que ela liga. _ Heriberto passou a mão no rosto do filho com todo cuidado e o beijou._ Não quero que a gente te decepcione, meu amor. Adultos são complicados.

Max olhou para o pai e com o sorriso lindo disse:

— Pai, deixa eu amar ela muito e se você não gostar dela, ela ainda pode gostar de mim, não é?_ ele disse com todo amor.

Nos olhos do filho havia tanta alegria, tanta luz, que ele nem teve como negar. Abraçou seu menino com cuidado.

— Ela pode sim, meu filho, só quero que tenha cuidado. Eu não posso ver você sofrer._ beijou ele de novo._ Vamos chamar Larissa, ela precisa dirigir e levar  agente no hospital. Victória está lá com a filha dela.

Max assentiu e meia hora depois os dois estavam entrando no hospital. Heriberto de mãos dadas com Max procurou por Victória que quando o viu correu e o abraçou forte e depois o beijou na boca na frente de todos ali que nem faziam ideia de quem era aquele homem. Max ficou rindo e olhando as pessoas.

Victória demorou no beijo porque queria sentir o calor dos braços de Heriberto. Ele era um homem lindo, bondoso e se sentia segura nos braços dele. Quando o beijo terminou, ela se afastou vermelha e beijou Max o pegando no colo.

— Onde está a sua filha, Vick? Papai contou que ela veio aqui. Posso conhecer ela?_ disse amoroso e Heriberto o interrompeu.

— Papai vai examinar ela primeiro, filho e você vai ficar aqui com Larissa. Quando estiver tudo ok, venho te buscar e você conhece ela.

Heriberto tocou o rosto do filho que beijou Victória, foi ao colo de Larissa que foi cumprimentada por todos. Heriberto deu boa noite e depois dando a mão a Victória os dois foram até o local onde a filha dela estava.

A porta se abriu e Heriberto olhou a pequena criança deitada na cama. A menina o olhou ainda assustada e ele se aproximou. 

—OLá, Maria, como você está se sentindo?_ ele disse com calma e a menina o olhou e chorou, lágrimas dolorosas.

— Eu estou com medo..._ ela disse se encolhendo na cama e Heriberto mesmo machucado, abriu os braços, se sentou na cama e a ofertou seu abraço diante dos olhos de Victória. A menina se aproximou calmamente e o abraçou.

Heriberto beijou aqueles cabelinhos pretos e lisos, com um perfume de camomila. Ela estava se entregando a ele e ia fazer valer a confiança que tinha conquistado.

— Não gosto de ficar aqui, eu posso ir embora? Posso ir para minha casa?_ ela disse com calma e ele a beijou com todo amor.

— Eu vou te examinar e vamos ver como as coisas ficam. mas precisa confiar em mim. Sou o Doutor Heriberto e vou cuidar de você.

A menina assentiu e o abraçou mais. Victória chorava congelada olhando os dois. Heriberto suspirou e a menina disse com a cabeça no peito dele.

— Ele disse que ia me levar para conhecer a minha mãe._ ela disse com calma._ Mas eu não tenho mãe, ela morreu. Foi isso que vovó Bernarda disse! Que minha mãe estava morta e que eu nasci e ela morreu por causa de mim...

E mais lágrimas foram vistas nos pequenos olhos que estavam cristalinos para eles. 

— É ela?_ apontou para Victória com o rosto cheio de medo._ É ela que é minha mãe?

Victória colocou a mão no peito. Bernarda? Não podia ser mentira aquilo? Não podia ser coincidência. Aquela maldita tinha escondido sua filha?

— Maria, meu amor, sua avó se chamava Bernarda?_ ela se aproximou, mas a menina se agarrou em Heriberto com receio. Ele alisou as costas dela com amor e fez sinal para que Victória se acalmasse.

— Ela é sim, e ela disse que você morreu. Vovó não mente...

Por tudo de mais sagrado que podia sentir naquele momento, Victória quis apenas encontrar com Bernarda, porque se ela soubesse que aquela maldita tinha sido a responsável por seu sofrimento, o mundo ia girar de outro modo. 

— Eu não morri, minha filha e eu te amo..._ ela disse chegando mais perto e tocando sua menina nas costas._ A sua mãe te procurou todos esses anos, meu amor, eu não morri...

E mais lágrimas caíram do rosto delas e desta vez, Heriberto sentia uma dor profunda, aquela dor de Victória o tinha afetado. Num gesto de amor e cuidado, ele a puxou para mais perto, e os três ficaram aquele segundo abraçados.

O amor que Victória sentia era tão poderoso que a batalha que tinha por enfrentar no caminho ao coração da filha seria pequeno diante daquelas declarações. Estava tudo parecendo sombrio, mas Maria estava ali e ele ia ajudar seu amor a encontrar o caminho na direção do melhor futuro para eles.

— Eu estou com você, Victória, vamos conseguir._ ele disse e a beijou nos lábios com doçura. O amor é proteção e cuidado, tudo mais é conversa fiada.


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