Supremo Amor escrita por SENHORA RIVERO


Capítulo 6
V & H 6




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Victória apenas sorriu e Heriberto buscou a luz dos olhos dela. Era tão bom saber que aquela mulher estava cheia de amor e podia ser dele. Um fogo subiu seu corpo e ele palpitou, o coração acelerou e isso podia ser visto no monitor que estava ao lado da cama. Ele estava nervoso...

— Você aceita jantar conosco, Victória? Seria um prazer para nós dois._ ele disse com os olhos brilhando.

Victória sorriu mais e disse bem perto de Heriberto.

— Eu aceito, mas só se você cozinhar!_ ela disse isso achando que ia intimidá-lo, mas Max sorriu e foi logo respondendo.

— Agora a gente ganha ela para nós, em papai? Ela nem sabe o que pediu!_ ele piscou para o pai enquanto Heriberto e Victória se perdiam nos olhares doces um do outro.

Durante alguns minutos, Max contou ao pai como tinha sido a noite dele. Os dois sorriram, Victória cuidou para que o momento fosse bem íntimo, quis sair da sala, mas foi impedida. Depois de quase vinte minutos, ela por fim, viu Max sair da sala com Larissa para comer algo. O menino beijou o pai e beijou Victória, saindo dali sorrindo com a babá.

Victória chegou mais perto de Heriberto e o olhou com amor. Ele era um homem muito bonito, talvez o mais bonito que ela já tinha visto. Ele ergueu a mão e pediu que ela desse a ele, o que ela fez com um meio sorriso. Ele beijou a mão dela e não soltou, ficou olhando nos olhos dela, bem profundamente.

— Por alguma razão não científica, você realizou algum tipo de encantamento em meu filho, está apaixonado por você. Ele parece ter decido que você estará em nossa vida. Eu não o vejo empolgado assim faz bastante tempo.

Victória ficou vermelha, crianças eram seu ponto fraco. Ela podia passar horas com Max, aquele momento era tudo que desejava. Um momento de carinho e ternura com um menino que não tinha pedido nada em troca. Era o momento de perceber que estar com as pessoas ainda fazia bem a ela.

— Max é um lindo menino, ele é muito educado, gentil, gosto de conversar com ele saber de seus sonhos._ Ela sussurrou e Heriberto fez cara de dor.

Victória num gesto instintivo se reclinou sobre ele para ajudar que ficasse mais confortável com o travesseiro. Os dois sentiram o aroma um do outro, tudo ficou parado, o som, a cor, a vida, tudo parecia no lugar, e ela...

Era a primeira vez que desejava beijar os lábios de um homem depois de todos aqueles anos.  Victória sentiu suas pernas bambas, o coração palpitou, o cheiro daquele homem entrou em seu olfato sem pedir licença. As mãos dela lentamente se apoiaram no braço dele e os lábios buscaram a boca de Heriberto. Estavam se beijando. Inicialmente o beijo foi cheio de uma ternura sem tamanho, em seguida, quando sentiu o gosto dela, Heriberto aprofundou o beijo,

Como ela cheirava bem, como ela podia fazer seu corpo reagir aquele toque. O mundo que sempre tinha sido colorido ficou brilhante e naquele instante até o que era preto e branco tomou cor. Ele a prendeu junto ele esquecendo a delicadeza de sua condição e retribuindo o beijo que ela tinha começado.

Heriberto sentiu Victória vibrar em seus braços. As mãos dela não soltavam os braços dele. Sem poder evitar, os bicos dos seios entumesceram e ele sentiu o desejo dela colado a seu peito naquela roupa fina que ela usava. Só, nesse momento onde tinha sido delatada, Victória se afastou. Passou a mão nervosamente pelos cabelos.

— O que eu...Me desculpe, eu... Eu não devia!- disse com medo de sentir aquele momento intenso como estava sentindo. 

Heriberto abriu um sorriso e disse com o rosto intenso como era característica dele.

— Eu adorei ser beijado por você, Victória, talvez esse acidente não tenha sido assim tão ruim para mim. Há males que vem para bem.- disse todo feliz olhando aqueles lábios rosas de Vick desenhados com batom.

— Isso é..._ ela disse nervosa pegando a bolsa e ele sorriu de novo.

— Delicioso!- ele suspirou e a olhava apaixonado._ Te espero daqui a dois dias em nossa casa que você já sabe onde é às 19 horas! Eu adorei o beijo, Victória, acredito que tenha sido o melhor remédio que tomei desde que cheguei aqui.

Victória sorriu sem jeito e toda vermelha. Estava completamente tomada de paixão. Ele era um homem encantador e ela estava se comportando como uma tola. Não podia se entregar assim sem saber quem ele era. 

— Heriberto, nem nos conhecemos.- disse sorrindo e o olhando.

— Esse será um bom modo de resolvermos isso._ disse todo amoroso e com os olhos cheios de atenção aquela linda mulher, que ele queria que fosse dele e não ia desistir de modo algum ou perder para ninguém. _ Vamos, Victória, é só um jantar com um médico e uma criança. Que mal pode te fazer? Que perigo há nisso?

Victória suspirou sabendo que talvez pudesse ser mais complicado do que parecia e querendo ceder a ele. Estava com o coração acelerado como se fosse uma menina. Queria dizer sim correndo e agarrar aquele homem do beijo mais delicioso que ela já tinha beijado.

— Eu irei, mas apenas por Max, irei porque ele quer muito isso e não gosto de decepcionar crianças!_ ela disse colocando os óculos e indo para porta._ Não crie ilusões, doutor! Não sou esse tipo de mulher que se entrega fácil assim apenas porque recebeu um beijo delicioso e sentiu as pernas flutuarem! Não se gabe!_ ela provocou.

— Não se esqueça que você me beijou, senhorita Sandoval! Eu adorei, mas foi você..._ ele sentiu uma pontada no corpo e uma vontade de sair daquela cama agarrando Victória.

— Não irá se repetir.- ela sorriu e saiu colocando os óculos enquanto ele sorria na cama.

Os dois sabiam que ia se repetir sim. Os dois sabiam que as coisas podiam ser muito diferentes entre eles. Victória se despediu de Max e Larissa, depois foi para sua empresa. Max voltou ao quarto do pai e o abraçou assim que subiu na cama do pai.

— Você beijou ela, pai? Fez como você me ensinou que temos que fazer com as mulheres? Segurou ela com amor e beijou com a língua?- ele disse fazendo o gesto com a língua e fazendo o pai sorrir do jeito que ele estava interpretando.

— Ela me beijou, Max, não foi o papai, foi ela que me beijou._ ele abraçou seu menino com amor e ele sorriu.

— Pai, eu não quero mais procurar, quero ela, quero Victória para nós dois. Eu acho que podemos dividir ela, papai, porque ela me amou também e me beijou. Em mim ela deu muitos beijos no meu corpo todo e você só ganhou um beijo na boca, então, se ela ficar com a gente e for sua namorada e minha mamãe, ela ganhei mais da metade dela e você só 20% com seu beijo.

Heriberto caiu na gargalhada com aquela matemática de Max. Era simples e direta, mais beijos, mais parte da pessoa para ele. 

— Eu acho que você fez o trabalho pesado, meu filho, porque ela disse que vai jantar lá em casa por sua causa. Eu tenho absoluta certeza que você fez a coisa certa.

O menino deitou no peito do pai com cuidado e seus olhos brilharam.

— Pai, eu amo ela, ela é perfeita. A gente pode amar uma pessoa assim, em um dia só?

Heriberto sentiu o coração cheio de uma força sem tamanho, ele sabia que o amor não era algo controlado ou frio ou que pudesse ser medido sem que a pessoa soubesse o por quê. Alisou os cabelos de seu menino e beijou com carinho.

— Você pode amar sim, meu filho, o amor não é algo que se deva explicar, justificar ou cobrar de alguém. O amor é algo lindo, puro, que você sente e sabe que tem ali no coração. Você pode amar Victória, assim como...- ele suspirou sem dizer aquela loucura que ele sentia que passava pelo coração dele também!

— Como você, pai? Como você amou a minha mãe?_ ele alisou o rosto do pai._ Tá tudo bem, pai, ela ia querer que você fosse feliz.

Max abraçou Heriberto e os dois ficaram agarrados ali naquele momento especia,

Do lado de fora, Victória dirigia parando no primeiro sinal. Olhou para o lado com a cabeça nas nuvens depois daquele beijo de Heriberto. Era lindo demais pensar naquilo. O homem a deixava sem chão, sem vontade de se concentrar em nada, com as mãos trêmulas. Ela ouviu o celular marcar uma mensagem e pegou desatenta. 

"Venha até o galpão verde da rua 17 e você terá a sua filha de volta. Se avisar a polícia, vamos embora!"

As mãos dela tremeram e tudo ficou escuro de repente. 


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