Supremo Amor escrita por SENHORA RIVERO


Capítulo 5
V & H 5




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— Com licença, vou me deitar com Max._ Victória ignorou e saiu na direção do quarto do menino.

Larissa sorriu e disse apenas para si mesma.

— Está na hora de ajudar o meu menino a conseguir essa mamãe que ele tanto quer! Vamos começar a operação CUPIDO!_ sorriu de lado, o amor por Max a fazia entrar em qualquer furada.

Victória foi para o quarto, mas a cabeça não conseguia parar de pensar nas coisas que Larissa tinha dito a ela. Palavras que iam ressoar a todo momento e que significavam muito. Não era a primeira vez que ela percebia o interesse de alguém por ela, mas aquela situação era completamente diferente.

O doutor Heriberto era um homem que tinha acabado de sofrer um acidente e talvez o modo que ele a olhava fosse só reflexo de uma cabeça que tinha batido. Pessoas que sofrem acidentes tem todo tipo de coisa na cabeça e poderia ser apenas um espasmo ou uma perda de memória ou algo que fizesse aquele homem está interessado nela sem ser de verdade.

O fato é que salvar o doutor Heriberto depois daquele acidente terrível tinha mudado a vida dela e não tinha como voltar atrás nessa questão. Quando podemos mudar a vida de uma pessoa para melhor mesmo que não desejando nos tornamos responsável por ela.

Quando se sentou na cama só conseguia pensar que no dia seguinte ia embora dali seguir a vida sem pensar naquilo tudo que tinha acontecido. Se lembrou que ainda tinha João e as coisas que precisava resolver com ele.

Será que ele não tinha percebido que era tarde demais para qualquer tipo de pedido de perdão e reconciliação com aquele passado terrível que eles tinham vivido? Só mesmo na cabeça de um homem, ele poderia pensar que ela perdoaria tudo aquilo que tinha acontecido e seguiram juntos como um casal...

Um casal? Que casal? Ele não tinha se importado com ela e com seu amor no momento que mais tinha precisado. Ela tinha sido deixada de lado para sempre. Ele surgia depois de anos desejando estar com ela? Querendo ser algo que ele não era?

Se a filha estivesse com eles já seria complicado viver um romance depois de ter sido abandonada imagina saber que a filha não estava com eles. Pensar na menina fez Victória sentir a dor de Max que assim como ela estava procurando por sua filha toda uma vida, o menino também estava à espera de sua mãe. Uma mãe que nunca voltaria para casa...

João Paulo da Cruz tinha deixado a batina e essa informação tinha sido dado no momento em que ele chegou na casa dela. Com acidente de Max e Doutor Heriberto, Victória não tinha tido tempo nem de pensar naquelas questões.

Essa seria uma notícia muito bem-vinda algum tempo atrás quando ela ainda estava completamente apaixonada por aquele homem mesmo que quisesse negar e não desejasse estar com ele. Era diferente sentir que João estava disponível e pronto para um relacionamento depois de tanto tempo de sofrimento dela.

Victória tinha seguido em frente, dado a volta por cima e seguir sua vida em busca da filha que era o único objetivo real para ela. Onde quer que sua menina estivesse ela pedia a Deus para que fosse cuidada e amada. Tudo pareceu tão estranho quando ela se deitou na cama e olhou o teto daquela casa que ela nem conhecia e que por amor a uma criança estava ali... a vida pode ser uma peça e pode deixar as pessoas completamente à mercê.

O Supremo amor de Victória era Maria e sua busca por sua menina não seria interrompida por nada que desviasse sua atenção. Os olhos fecharam e ela adormeceu...

MANHÃ...

Ao se mover na cama acreditando que estava sozinha, Victória sentiu um pequeno corpinho agarrado ao seu. No primeiro momento enquanto ainda estava adormecida não foi capaz de identificar. Depois abriu os olhos lentamente e pode perceber que Max estava agarrado ao seu corpo.

Um menino lindo agarrado a seu corpo como um cobertor humano, desejando que os braços dela pudessem dar o apoio que ele precisava como criança. Aquela sensação deixou Victória vencida já de imediato, a proteção que Max parecia querer buscar em seu corpo, era especial.

Victória sorriu sentindo os braços do pequeno menino que estava dando a ela um amor tão incondicional que nem explicação tinha para aquilo. Há tanto tempo que ela não conseguia acordar com algum outro sentimento que não fosse dor.

Ela sabia que aqueles braços tinham um significado todo especial na vida dela. Dias e dias, meses e meses acordando sozinha e naquela manhã os braços de alguém podia dar o amor que ela tanto desejava.

— Bom dia, Vick! Se você quiser podemos fazer um café da manhã antes de ir ver papai. Eu sei preparar um cafezinho delicioso com biscoitinho de chocolate. _ Max falou tudo isso com os olhinhos fechados como se estivesse ainda adormecido.

— Vai ser a primeira vez que vou ter tomado café feito por uma pessoa que está dormindo.

Os dois começaram a rir e Victória apertou o menino bem junto de seu corpo beijando aquele rostinho lindo e aqueles olhos tão cristalinos que se pareciam com os do pai.

— Eu vou tomar café com você, mas depois preciso ir para minha casa tomar um banho e me arrumar para trabalhar._ as palavras saíram calmas e doces.

— Eu sei que você tem que voltar para sua vida, mas você pode ir ver o meu pai antes de voltar a ser só a pessoa que salvou a gente?

Os olhinhos dele tanto quanto suas palavras delicadas tinham feito Victória ficar partida, é claro que ela tinha que voltar para a vida dela, mas não precisava abandonar o menino na semana mais difícil da vida dele mesmo que ela nem soubesse que aquelas pessoas eram.

— Vamos combinar assim, eu vou tomar café com você, você vai ficar aqui se arrumar com Larissa enquanto eu vou na minha casa me arrumar. Depois eu passo para pegar vocês dois e vermos o papai. Depois eu posso ir trabalhar na minha empresa e você volta para casa para ficar de repouso por que não pode ficar andando.

Os olhos de Max brilharam porque ele percebeu que ela queria cuidar dele. E assim os dois tomaram lindo café preparado por Larissa enquanto Marx falava e contava coisas de sua vida e logo depois o combinado com Victória foi feito.

Ela voltou a sua casa e quando chegou na porta estava João da Cruz. Ela devia saber que aquele homem não ia realmente deixar para lá aquela situação toda e seguir com a vida. Suspirou como se estivesse cansada por ver ele ali.

— Eu tenho que sair, João, o que faz aqui?_ disse com um pouco de impaciência entrando em casa com ele atrás.

— Eu quero conversar, Victória, fiquei preocupado com você dormindo na casa daquele homem! Eu sei que dormiu lá e ficou cuidando do menino._ disse com calma e se sentou no sofá dela.

— Eu não quero lhe contar coisas da minha vida, mas podemos conversar em outro momento. Não quero conversar nada agora, por favor, vá embora.

Quando Victória ia sair da sala, João a segurou pelos braços com amor e se aproximou dela com atenção.Era tão linda, tão cheirosa e especial. Os dois se olharam e Victória o encarou, depois olhou as mãos dele em seus braços, os lábios dele bem perto dos dela. O homem era lindo, tinha um jeito másculo que nunca seria ignorado.

— Você está me cortejando? Acha que vamos ter alguma coisa depois de você me magoar tanto?_ ela disse com frieza e sentindo que ele lhe soltava as mãos.

— Eu quero que me dê uma chance, quero que me faça feliz, quero que me deixe te fazer feliz. Depois do que tivemos, nunca mais eu consegui estar com mais ninguém sem sentir que era você. 

Estava sendo sincero, tinha estado com outras mulheres, tinha experimentando os braços de outras, mas nenhuma era ela. Os olhos dele ficaram tristes.

— Quantas foram as enganadas depois de mim? Quantas outras tiveram seus corpos e corações rasgados por seu desejo de conhecer uma mulher, João?_ a voz era firme.

João sentiu-se mal, aquelas palavras cortavam sua alma porque com Victória tinha sido pior que qualquer outra. Depois de fazerem amor, depois de momentos de prazer, ele tinha simplesmente partido. Era isso, partir e seguir a vida depois de cometer o pecado da carne.

 _ Eu estive com outras mulheres, Victória, mas eu não quero que isso magoe você. Eu fui um homem sem coragem e estou aqui para acertar isso. Vamos resolver isso, resolver tudo que tem que ser resolvido.

Victória olhou para ele com todo seu jeito frio e se afastou.

— Nós já resolvemos tudo a anos atrás. Quando você me deixou destruída, grávida, sozinha, me sentindo um pano sujo, você resolveu que eu não era sua prioridade, que eu não era seu amor, que eu não era nada para você._ ela estava firme, mas as lágrimas vieram._ Na minha inocência, eu senti que era culpada de tudo aquilo e que merecia a sua indiferença. Mas aos poucos eu percebi que você nunca mereceu minha dor. 

João tentou falar, mas Victória apenas fez um gesto para que ele fosse embora. João sabia que aquela batalha não seria ganha assim. Victória tinha razões para odiá-lo. Ele se foi e ela subiu e tomou seu banho. Cada momento do banho tinha lágrimas nos olhos.

Se arrumou e depois foi pegar Max na casa dele. Os dois saíram com Larissa para o hospital, mas Victória estava mais triste, mesmo que disfarçasse. Ela chegou ao hospital e Max fez questão de entrar com ela para ver o pai. 

Foi como se uma luz se acendesse. Max correu a cama e abraçou o pai. Era o seu amor maior. O menino sentiu que estava mais feliz do que jamais esteve.

— Pai, meu paizinho, você já pode ir para casa? Você está bom?_ beijou e cheirou o pai.

Heriberto beijou seu menino e olhou para Victória com todo amor. Ela se aproximou da cama e ele segurou em sua mão. Max estava aconchegado no corpo dele com a cabeça em seu peito olhando os dois.

— Obrigada por tudo, Victória... Eu nem sei como agradecer o seu carinho por meu filho, ter salvado nossa vida, estar com ele. Eu quero que saiba que serei eternamente grato a você._ ele disse amoroso e Max sorriu.

— Não precisa agradecer, Dr. Heriberto, eu fiz com todo amor e Max é um menino lindo, um menino cheio de amor. Foi um prazer estar com ele. _ ficou vermelha, aqueles dois tinham olhos lindos.

— Pai, você pode convidar Vick para jantar na nossa casa, assim você agradece ela e eu posso brincar um pouco com nossa amiga. Você vai Vick? Na nossa casa?

Victória apenas sorriu e Heriberto buscou a luz dos olhos dela. Era tão bom saber que aquela mulher estava cheia de amor e podia ser dele. Um fogo subiu seu corpo e ele palpitou, o coração acelerou e isso podia ser visto no monitor que estava ao lado da cama. Ele estava nervoso...

— Você aceita jantar conosco, Victória? Seria um prazer para nós dois._ ele disse com os olhos brilhando.

Victória sorriu mais e disse bem perto de Heriberto.

— Eu aceito, mas só se você cozinhar!_ ela disse isso achando que ia intimidá-lo, mas Max sorriu e foi logo respondendo.

— Agora a gente ganha ela para nós, em papai? Ela nem sabe o que pediu!_ ele piscou para o pai enquanto Heriberto e Victória se perdiam nos olhares doces um do outro.


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