Supremo Amor escrita por SENHORA RIVERO


Capítulo 4
V & H 4




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Larissa levou Max para o banho enquanto Victória ficou no quarto dele. Era tudo lindo, tinha os brinquedos dele, os armários. Era tudo que uma criança poderia querer. Victória achou um urso branco que já estava sem pelos em umas partes e sorriu, aquele devia ser o brinquedo favorito.

Max saiu do banheiro de roupão e veio sorrindo. Sentou na cama e viu Victória com o urso na mão.

— Esse é o Cristal, ele é meu favorito, foi a minha mamãe que me deu. Ela era bonitona igual a você. Meu pai sorria todo dia, depois que ela foi embora, nunca mais ele ficou feliz igual._ Max beijou o bichinho e depois olhou nos olhos de Victória._ Até hoje... Hoje, meu papai sorriu igual ele sorria antes. Ele ficou feliz de ver você, Victória, igual eu...

Victória sentiu uma pontada no estômago sem nem saber o que dizer diante daquela declaração. Não havia modo de Victória não sentir que aquele momento tinha se tornava algo especial para o pequeno Max. O menino parecia não ter nenhuma única reserva em relação a presença dela e com todas as declarações que ele tinha feito estava claro que queria que ela ficasse por perto.

Uma criança tem modos bem claros de dizer que quer o amor de alguém e Max tinha demonstrado isso de todos os modos. Era o carinho dela que ele queria. Era um carinho real e que como menino, ele sabia que podia contar com ela. Tinha visto Victória ajudar seu pai, ela podia fazer coisas legais, ele sabia.

No começo, Victória tinha a impressão de que aquilo era apenas o modo dele demonstrar o nervosismo pelo acidente, o menino tinha todo direito do mundo de estar assustado. Mas quando as coisas foram se ajustando e ela percebeu que o menino continuava desejando a presença dela entendeu que não era só isso.

Estava na casa de um homem que ela não conhecia, cuidando de um pequeno garotinho que ela não sabia nem de onde tinha vindo e mesmo assim se sentia em casa. Por que seu coração ficava tão acelerado quando pensava no homem que estava na cama de hospital bem longe daquela casa? O que era aquela sensação estranha que invadia seu coração?

Não era fácil explicar o que estava sentindo e agora com a confirmação daquele menino que o doutor Heriberto tinha reagido de modo diferente conseguiu que ela sentisse que alguma coisa estava entre eles dois. Algo que ela nem queria definir.

Seria a mais extrema loucura sentir qualquer coisa que fosse por um homem que nem conhecia. Ele poderia ser só mais um estúpido, um grosso, um idiota! Ele parecia que era alguém legal, mas como ela poderia saber?

— Eu não conheço seu pai e acredito que ele tenha ficado feliz somente porque sabe que você está seguro e nada de ruim aconteceu naquele acidente. Não tem motivos para o seu pai ficar feliz com a minha presença, Max, porque nem sei quem ele é e nem ele sabe quem eu sou._ a voz era doce, queria ser gentil com Max.

Max ficou parado olhando para ela como se aquilo que ela tivesse dito não fizesse sentido algum, o pai dele era um homem transparente e ele sabia que tudo que o pai sentia todo mundo ficava ali presenciando junto com ele.

— Victória, você foi o nosso anjo da guarda e aí o meu pai vai querer que você seja a nossa amiga. Você vai querer ser a nossa amiga? Eu conheço ele, ele gostou de você para ser nossa amiga. Meu pai conhece muitas pessoas, mas não são amigas dele._ ele disse abraçando Victória.

Ela abraçou o menino com todo amor e depois ele se deitou sorrindo.

— Se você quiser, você pode ir embora, mas eu queria que você ficasse._ disse doce._ Sabe, Victória, quase todo mundo que eu amo já foi embora e eu pensei que meu pai ia embora também, mas você salvou ele. Obrigada!

Aquele tiro bem dentro da cara, ela estava tomando uma lição de amor e gratidão de um menino. Victória o beijou de novo e apertou contra seu peito. Ela podia ajudar uma criança a ser feliz, como alguém em algum lugar do mundo poderia ajudar a sua menina. Lacrimejou e depois disse ajeitando a coberta dele.

— Eu acho que podemos ser amigos sim, você é um menino muito legal! Eu gosto de meninos legais._ ela sorriu escondendo sua dor.

— Você é legal também e muito cheirosa._ disse com todo o amor do mundo._ Boa noite!

—Boa noite, Max e obrigada por todos os elogios.

Ele sorriu e ela viu Larissa entrar no quarto com as coisinhas dele. Victória saiu junto com a babá.

— A senhora quer comer alguma coisa?_ disse educada e Victória afirmou. As duas foram até a cozinha e Victória a observava. Tinha toda intimidade ali na casa, seria a babá de Max a quanto tempo.

— Você é a babá de Max a quanto tempo?_ disse comendo o sanduíche que a jovem tinha feito para ela. 

— Estou com ele desde que nasceu e depois que a mãe dele...- suspirou triste._ Bem, depois que a mãe dele morreu, fiquei de vez. Agora moro aqui, é mais fácil para nós.

Victória sentiu aquela pontada no estômago? Ela morava lá? Ela vivia com eles todos os dias? Uma coisa estranha se apoderou dela e mesmo sem querer perguntou o que seu coração estava pensando.

— Você e Heriberto são namorados? Tem alguma coisa como homem e mulher?_ depois que falou sentiu vontade de recuar, mas era tarde demais.

— Ela não teve ninguém desde que a esposa morreu. Somos amigos._ ela falou com pesar e Victória percebeu.

— E você queria... queria estar com ele.._ provocou, estava sendo inconveniente._ Ele é um belo homem.

— Ele é sim, é um lindo homem, gentil, educado, cheio de amor. Mas nenhuma mulher passou pela mente dele nos últimos tempos, ele não estava aberto a isso...E somos amigos, eu nunca o vi desse modo não. Amo Max, ele sempre foi meu objetivo.

Victória sentiu um alívio sem explicação. Um alívio cheio de amor e satisfação. 

— As vezes somos feridos pelo amor._ Vick suspirou.

— E a senhora? É casada? Bonita como é deve ser casada!_ sorriu mais para ela.

— Não sou, estou sozinha e pretendo ficar assim._ ela disse terminando o lanche.

— Não se depender de Max, porque ele tem planos. Não o vejo animado assim há um bom tempo. Ele realmente quer que você namore o pai dele!

Victória engasgou e Larissa sorriu ajudando ela. 

— Eu nem conheço o Doutor... ele é apenas um homem que eu salvei._ ela disse com o rosto vermelho de tossir.

— O que uma criança pode gostar mais do que isso?_ Larissa sorriu._ Pensa bem, uma mulher que salva o pai dele da morte é tudo que ele mais quer. Um heroína.

Victória sentiu uma pontada e Larissa disse sorrindo.

— Max fez planos e se a senhora não quer mesmo estar nos planos dele, precisa ser clara! Ele é apenas um menino, o meu menino e não quero vê-lo lastimado.

Victória a encarou em ameaça. Quem ela pensava que era? Quem ela pensava que era para dizer uma coisa como aquela? Victória bufou e depois disse:

— Ele é uma criança e eu não vou fazer nenhuma mal a ele.

— Eu sei, eu tenho certeza, mas a questão é, você está pronta para ser a mulher que vai estar na cama do pai dele? Que vai ser a nova mamãe que ele tanto espera desde que a mãe dele morreu? Entende que ele pensa nisso como uma realidade mesmo que você nem conheça o pai dele direito?

— Com licença, vou me deitar com Max._ Victória ignorou e saiu na direção do quarto do menino.

Larissa sorriu e disse apenas para si mesma.

— Está na hora de ajudar o meu menino a conseguir essa mamãe que ele tanto quer! Vamos começar a operação CUPIDO!_ sorriu de lado, o amor por Max a fazia entrar em qualquer furada.


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