Supremo Amor escrita por SENHORA RIVERO


Capítulo 3
V & H 3




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/785733/chapter/3

− Eu morri?− disse com a boca esboçando um sorriso.− Onde está meu filho?− ele ficou tenso e tentou levantar, mas ela impediu colando seu corpo no dele e ficando bem perto.

− Calma, Max está bem, está com a babá lá na portaria, ele não se machucou.− ela disse enquanto mantinha o corpo dele colado ao seu e Heriberto sentiu o cheiro dela e como Max, ele ficou fascinado e seus olhos se perderam na beleza de Victória e ele suspirou.

− Você é algum anjo? Tem certeza que eu não estou morto?− ele disse com o rosto sorridente e ela ficou vermelha.− Meu Deus, como você é linda...

Victória sentiu todo seu corpo se arrepiar inteiro... Era como um chamado, aquele homem estava em seu pensamento e ela nem entendia porque. Os olhos se entregaram um ao outro, era tudo sombra e luz ao mesmo tempo. Uma forma estranha de sentir o tempo.

Victória nunca tinha vivido algo como aquela sensação que estava sentindo diante de uma pessoa que ela nem conhecia. Talvez fosse a emoção de ter salvado uma vida ou mesmo porque se preocupava com o pequeno garotinho que estava na porta de entrada com medo de que o pai  estivesse machucado demais para continuar cuidando dele.

Por alguma razão que ela não podia explicar de modo lógico, o comportamento que sentia em relação aquele homem era extremamente diferente de todo e qualquer relacionamento que ela já tinha tido. Os olhos dele pareceram visitar um espaço do coração dela que estava completamente abandonado e Victória se sentia aquecida com aquele olhar.

Dizem os bons românticos que todo amor verdadeiro começa na primeira mirada, no modo como olhamos a pessoa que desejamos sem saber ainda que é o nosso amor. Ali, fixado olhando um para o outro, se descobre o aquecimento da alma e assim o amor surge entre os corações apaixonados.

Nem todas as histórias de amor começam com belos momentos onde a chuva ou outras coisas fazem o encontro se tornar algo único como uma cena de cinema. Algumas vezes, para corações que já foram feridos de modo bem certeiro, o amor surge de maneiras inusitadas como um acidente de trânsito.

Victoria não era mulher de se deixar abater por nada e nem por ninguém, mas aquela expressão dedicada a ela teve o poder de tornar seu rosto vermelho como de um camarão e ela se sentiu completamente despida de seu sentimentos, de seu muro de proteção que usava contra qualquer pessoa, sobretudo, os homens. Naquele segundo, pareceu que o homem fazia ela se sentir tão bem como ninguém mais tinha feito antes.l

— Eu achei que você nem acordaria hoje, Max estava preocupado._ respondeu escondendo sua intensa vergonha pelas doces palavras dele._ Vou dizer que você acordou.

Heriberto sorriu e se moveu na cama como se quisesse sair.

— Quero ver meu filho, você pode trazê-lo aqui? Ele fica nervoso se não tiver certeza que estou bem._ disse educado e sorriu para aquela mulher linda.

— Eu vou buscá-lo, me espere!_ ela sorriu e ele brincou.

— Eu não vou a lugar algum!_ disse amoroso com ela ali diante dele com aquele sorriso perfeito e um belo par de olhos.

Victória foi até a recepção e pegou Max no colo. Estava tão linda e mesmo de salto carregava o menino que mostrava no rosto a felicidade por poder ver o pai.

— Você acordou ele, Victória? Acordou meu papai?_ disse amoroso e sorrindo.

— Ele estava bem e por isso acordou, Max._ ela entrou com ele calmamente e o levou a cama onde Heriberto estava.

— Papai! Papai! Papai!_ ele chorou agarrando o pai e deitando na cama para abraçá-lo.

— Ei, campeão, não precisa chorar! Está tudo bem! Não chore!_ ele beijou o filho e se ajeitou porque o menino estava com medo e podia machucá-lo.

Max olhou o pai e ficou com as lágrimas mais evidentes. Aquele homem era seu amor e tudo que ele tinha no mundo. Há tanto tempo tinha perdido sua mãezinha e agora, estava sem seu papai? Nunca! Isso era demais para seu coração de criança!

— Que bom que você chegou de novo aqui, papai, eu estava com muita saudades! Eu não posso viver sozinho!_ ele se aconchegou no pai e disse com calma._ Vem aqui, Victória, olha como meu pai é cheirosão! Ele é igual a você! Ela é cheirosona, papai! Vocês são o casal dos cheirosos.

— É mesmo, meu filho? Hum? Quer dizer que papai tem que sentir esse cheiro, não é mesmo? Ela é uma mulher linda e cheirosa e ainda salvou nossa vida.

Victória ficou completamente sem graça diante daquele comentário do homem que ela nem sabia que era capaz de flertar numa cama de hospital. Até para fazer aquele comentário ele estava sendo extremamente gentil e era isso que tirava Victória do centro porque ela estava acostumada a pessoas que eram grosseiras em suas abordagens mesmo sendo homem de ricos todos os homens que se aproximavam dela era um fim específico, sua cama!

— É melhor deixar vocês dois sozinhos! É melhor que vocês fiquem juntos para conversa. _ela ia sair.

— Não, Victória, fica aqui comigo e meu pai. Senta aqui, vem que dá você!

Max sorriu e Heriberto o beijou mais e sentiu o apego do filho aquela mulher que e ele achou que vinha de um desfile de moda de tão linda. Era uma princesa. Ele suspirou e ela se aproximou de braços cruzados.

— Nós precisamos ir, Max, seu pai tem que descansar, você também. Ele está bem, mas os dois precisam de repouso depois desse susto todo.

Max sorriu e beijou seu pai, estava tão feliz que tudo estivesse bem e agora, tinha Victória! Ela sorriu e Max ainda ficou mais uns minutos com o pai, conversaram e ele disse para que ele fosse obediente. Tudo pareceu bem calmo e ele sorriu quando se despediu do pai.

— Victória, obrigada por tudo!_ Heriberto disse com todo amor que podia. 

Os olhos se encontraram e ele sorriu perdido com ela que estava mais uma vez envergonhada.

— Não foi nada, Doutor Heriberto! Eu fico feliz em poder ajudar.

Ele segurou a mão dela mesmo vendo que estava com Max no colo e o menino cheirava o pescoço de Victória. Ele estava todo dolorido, mas ao tocar a mão de Vick, tudo ficou leve e bonito.

— Eu vou retribuir quando puder.

Victória sorriu e saiu dali com o rosto cheio de amor. Ela foi com Max e procurou a babá. João olhou Victória e Max fez cara feia para ele.

— Vamos para casa, Victória?_ ele disse como se tivesse o direito de exigir atenção dela.

— Eu vou ficar com Max na casa dele, João. Vamos ter que conversar outro dia, obrigada por me ajudar.

João olhou sério para Max e depois para Victória e Max deu língua para ele como se sentisse que aquele momento era para medir território. 

— Você nem conhece essa gente! O que está fazendo? Por que vai ficar na casa desse homem?_ disse com certo ciúmes e afetado com aquele momento. Tinha ido ali somente para falar com ela.

— Eu não tenho que te dar explicações! Não tenho que dizer a você nada disso! Eu e você vamos conversar outro dia e obrigada pela ajuda. _ Victória saiu dali junto a babá e Max fez joinha para João que suspirou cansado com tudo aquilo. 

A viagem até a casa de Heriberto foi rápida, Victória foi no seu carro e Max junto com ela. Larissa guiou pelo carro dela e quando entraram Victória ficou surpresa como a casa dele era linda. Um casa colorida, feliz, cheia de vida. 

Ela sorriu com Max dando a mão a ela e mostrando tudo.

— Essa é a minha casinha, ela é bonitona e tem coisas legais e meu pai anda pelado ali!_ ele falou natural como se fosse apenas um modo de contar apontando o escritório._ Ele gosta de ficar assim e eu posso também, mas eu gosto mais de anadar de sunga.

Victória segurou o riso e olhou a babá que corrigiu Max.

— Não pode contar as coisas de seu pai, Max, ele não gosta._ disse com calma e Victória olhou para ela pensando que ela sabia de tudo, inclusive já devia ter visto ele pelado.

— Tá bom, Lary, mas ele anda mesmo!_ ele riu e subiu com as duas para o quarto.

Larissa levou Max para o banho enquanto Victória ficou no quarto dele. Era tudo lindo, tinha os brinquedos dele, os armários. Era tudo que uma criança poderia querer. Victória achou um urso branco que já estava sem pelos em umas partes e sorriu, aquele devia ser o brinquedo favorito.

Max saiu do banheiro de roupão e veio sorrindo. Sentou na cama e viu Victória com o urso na mão.

— Esse é o Cristal, ele é meu favorito, foi a minha mamãe que me deu. Ela era bonitona igual a você. Meu pai sorria todo dia, depois que ela foi embora, nunca mais ele ficou feliz igual._ Max beijou o bichinho e depois olhou nos olhos de Victória._ Até hoje... Hoje, meu papai sorriu igual ele sorria antes. Ele ficou feliz de ver você, Victória, igual eu...

Victória sentiu uma pontada no estômago sem nem saber o que dizer diante daquela declaração.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Supremo Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.