Supremo Amor escrita por SENHORA RIVERO


Capítulo 32
V & H 31




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― Eu quero que grite meu nome, Victória.― ele implorou resistindo a vontade que estava de gritar e urrar por ela.

― Heriberto.― rebolou como dava no colo dele ofertando mais e mais de si.

As estocadas ficaram mais intensas até que ela gritou arranhando o corpo dele enquanto ele se derretia dentro dela em seguida deixando que todo seu prazer fosse deixado ali. Era perfeito demais sentir o corpo, a respiração, o toque um do outro. Os dois se olharam e buscaram os lábios enquanto se apertavam em busca de mais prazer. Aquele momento era mais um dos momentos que os dois queriam que durasse para sempre...

Mas será que duraria? Será que o amor deles teria trégua e paz?

Meses depois...

Os meses haviam se passado. Max e Maria estavam felizes a cada dia. A casa tinha sido adaptada em todos os sentidos para que Victória conseguisse o melhor lar para seus filhos. Era uma rotina nova para todos e por isso sempre que as coisas ficavam mais intensas, Victória se mantinha firme. 

Era a mãe de duas lindas crianças que se amavam e que brigavam muito também. Heriberto tinha toda paciência do mundo com os dois e isso nem era novidade porque sempre que tinha que cuidar das crianças se sai melhor que Victória.

O trabalho dos dois estava funcionando do jeito que tinha que ser com todas as questões que a Casa de Moda sempre trazia para ela e todas as questões que o Hospital sempre trazia para ele. O que mudava era o modo como os dois estavam lidando com as coisas porque ter problemas em conjunto é muito melhor do que ter problemas em separado.

Bernarda estava silenciosamente aguardando o momento de contratar depois de se sentir lesada com tudo que tinha acontecido nos meses anteriores. Vingativa como sempre tinha sido não ia deixar passar uma ofensa como aquela de ter sua casa invadida e sua empregada sequestrada. Mesmo que parecesse que ela estava completamente silenciosa por trás armava coisas como uma cobra peçonhenta.

João Paulo tinha recuado ao perceber que Victória estava mesmo feliz com o seu doutor Heriberto e a cada momento que ele via aquela felicidade era como sentir que uma faca era empunhada em seu coração. João não tenha valorizado o amor daquela maravilhosa mulher e agora podia ver que outro fazia isso muito melhor do que ele.

As pessoas em geral não valorizam aquilo que elas têm e quando perdem simplesmente ficam desesperada sem saber como lidar com as suas próprias inseguranças. É nesse momento que se comportam mal e atacam os outros. Quem não conserva um amor é assim, incapaz de perceber que não foi ninguém que tirou, mas a pessoa mesmo que perdeu por não dar valor.

João estava sentado na sala de sua mãe quando a mesma pediu que um chá fosse servido. Seu filho não estava bem e quando percebeu que ele estava completamente triste pediu para que fosse até ali. Ela e João estavam estremecidos, mas mesmo com todas as acusações de Victória contra ela, João se negava acreditar que a mãe fosse capaz de fazer tais atrocidades.

― Maria também é sua filha e você deve pedir legalmente o direito para estar com a sua menina. Podemos usar todo o dinheiro e poder que temos para conseguir que você tenha sempre acesso à criança. Você é pai e esse é um direito concedido por Deus. ― disse com calma sendo a cobra rasteira e falsa que sempre era.

Ela odiava a menina fruto do pecado de seu filho e tudo que desejava era a criança bem longe dali. Ainda se lembrava que tinha tentado vender a menina ainda bebê. Sem sucesso pois Eva a impediu.

João ficou olhando para sua mãe e analisando aquele momento porque ela sempre era assim uma pessoa que gostava de atacar as pessoas? O que sua mãe ganhava sempre sendo rude com os outros? Tantos anos depois de tudo que tinha acontecido e ela ainda gostava de atacar Victória.

― Não quero brigar, quero apenas ver a minha filha.― disse cansado e triste, seu coração estava meio arrasado com todo aquele tempo longe da menina.

― Sentir pena de si mesmo não vai trazer minha neta para essa casa.― disse sonsa se lembrando que as poucas vezes que o filho esteve em sua casa, ela mandava esconder Maria no porão. Era assim que escondia do filho a presença da criança.

João vivia viajando e por isso as visitas não eram frequentes. Ele também não costumava dormir na casa da mãe o que facilitava e muito toda a situação. Suspirou tentando esconder sua razão para pensar naquelas coisas em frente ao filho. Quando e se ele descobrisse talvez se afastasse dela para sempre.

Bernarda acreditava que tinha valido o risco.

― Eu queria que a senhora gostasse da minha filha e que a tratasse como sua neta. Victória me disse que a senhora estava envolvido em todas essas questões o tempo que nossa filha ficou escondida em algum lugar e eu não posso acreditar que a senhora fez isso.― os olhos dele estavam firmes na mãe.

Bernarda era muito esperta e sabia que o filho podia ser facilmente enganado porque sempre acreditava nela, não era a primeira vez que ela ia mentir para o seu filho e também não seria última.

― Blasfêmia daquela messalina! Eu não fazia ideia de que aquela menina que morava aqui com a Eva era sua filha. Estou dizendo a verdade para você, meu filho e por isso que quando a polícia começou a procurar e dizer que existia uma criança desaparecida achei estranho porque nunca imaginei que ela pudesse roubar uma criança. Ela trabalha para mim uma vida toda e eu não achei que ela fosse o tipo de pessoa que comete crimes!

João fez um gesto negativo com a cabeça. Era tudo fora de lugar naquela história maluca. Ele descobriria a verdade mais cedo ou mais tarde. 

― Eu gostaria de ter certeza que foi mesmo a Eva que fez isso. Assim poderia ter a punição dela e Victória perceberia que eu não fiz parte de nenhum complô. Mas não posso acreditar que Eva sendo uma pessoa boa como ela é foi capaz de fazer isso. Talvez eu devesse procurá-la e perguntar quem entregou a criança para ela!― fez um gesto negativo com a cabeça.

Bernarda sabia que Eva não iria mentir e se isso acontecesse o filho poderia ter acesso a todas as informações que ela tinha guardado. Talvez fosse melhor pagar a Eva um dinheiro bem grande para ela nunca falasse a verdade sobre o que tinha acontecido, mas como ela poderia fazer isso se a mulher estava trancada na casa de Victória?

― Acho que você deveria deixar tudo isso para trás e tentar encontrar uma mulher que esteja sua altura já que você não quer mesmo servir ao Senhor Jesus. ― fez um sinal da cruz.― Sabe muito bem que vamos pagar caro por isso, por essa sua rebeldia em não querer servir o senhor do modo correto como manda a Santa Madre igreja. Mas o senhor Deus vai compreender as fraquezas de um homem como você porque o filho dele também se fez carne nesse mundo e ele é capaz de avaliar as fraquezas que nós seres humanos temos.― fez o sinal da cruz mais uma vez.

― Eu só quero ter o direito de encontrar a minha querida filha e poder ter acesso a ela sempre porque essa criança precisa crescer com a minha atenção. Eu realmente não sabia onde ela estava e não quero que minha filha cresça longe de mim!

― Eu vou fazer tudo que tiver ao meu alcance para que você tenha sua filha e eu possa ter aqui a minha neta.― falou falsa, odiava crianças.

― Mamãe eu ficaria tão feliz se a senhora realmente tratasse a minha filha como sua neta! Seria a coisa mais feliz do mundo para mim. A senhora não faz ideia como eu sinto falta de estar aqui com a senhora em nossa casa compartilhando conhecimento e conversando coisas. ― sorriu orgulhoso vendo que a mãe se empenhava em ajudá-lo.― Eu estava completamente enganado quando pensei que a senhora seria capaz de fazer alguma coisa ruim contra um membro da nossa família!

Bernarda sorriu vitoriosa com aquela fala do filho. Vencia mais uma vez. Se aproximou d e João, ela queria que ele fosse mais uma vez enganado por suas artimanhas assim seria mais fácil quando ela destruísse a a vida de Victória para todo sempre. Porque era só isso que queria! Aquela maldita mulher tinha tirado o seu filho do caminho santo e não havia para ela melhor castigo que a infelicidade.

― Tudo que uma mãe deseja é somente que seu filho seja feliz e você será feliz com a minha neta porque entraremos na justiça e tudo isso será resolvido esclarecido em nome de Jesus, meu filho!

― Deus te ouça, mamãe, porque tudo que eu mais quero é um pouco de paz em minha vida. E minha linda filha comigo.

Os dois ainda ficaram conversando por algum tempo e bem longe dali Victória terminava um almoço de trabalho quando percebeu que era observada por homens que ela não conhecia. Sempre que ia sair de algum lugar estava atenta porque o ataque de Bernarda poderia ver a qualquer momento apesar de ninguém acreditar, Vitória sabia que a outra não ficaria em silêncio depois que ela entrou em sua casa e tirou Eva de lá.

Caminhou até seu motorista e disse com calma.

― Avise que estamos sendo seguidos.

 


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