Supremo Amor escrita por SENHORA RIVERO


Capítulo 2
V & H 2




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− Você é, minha princesa, vovó sabe que você é a mais forte de todas!− ela disse com o rosto firme.

− Eu te amo, vovó, obrigada por cuidar tão bem de mim! Eu te amo muito!− ela disse com amor e olhou foto na parede. Era de um casal, aqueles eram seus pais mortos, ela queria tê-los conhecido, mas eles morreram logo assim que ela nasceu.

− Não mais do que a vovó ama você! Não mais!− disse amorosa e beijou a menina.− Minha pequena Maria...

NO HOSPITAL...

Os aparelhos apitavam informando que o paciente poderia melhorar a qualquer momento depois daquele processo cirúrgico. O homem estava completamente tomado pelo sono porque o analgésico e a anestesia aplicada nele tinham causado sonolência profunda.

A expressão do rosto dele era de tranquilidade e poderia se dizer que estava completamente calmo mesmo deitado ferido naquela cama de hospital. Talvez fosse o fato de que ele estivesse sempre acostumado a lidar com pessoas vindas de todos os lugares e sempre feridas porque o trabalho dele era ser médico.

Ou aquela calmaria que se podia ver no rosto dele tivesse qualquer outro motivo que não pudesse ser explicado pela ciência naquele momento, mas a expressão do doutor Heriberto era extremamente tranquila apesar de sua condição. Era como se ele sentisse que estavam cuidando dele e de Max.

O pequeno Max estava em um ambiente que ele conhecia muito bem porque visitava o pai sempre no hospital e a babá ia até lá para levá-lo em muitas ocasiões. Mesmo assim ele não tinha se desligado um único segundo do colo de Victória. O colo dela tinha se tornado o melhor lugar para ele.

Aquele menino não sabia explicar, mas era a primeira vez depois de ter perdido sua mãe que ele sentia o perfume do amor de novo. Ficava agarrado ao pescoço de Victória sentindo o cheiro dela como se fosse o único que é o modo de se acalmar.

João Paulo estava junto com ela mesmo não querendo estar ali tinha procurado Victória para resolver os problemas deles dois e agora estava no meio de um acidente com pessoas que ele não conhecia socorrendo naquela situação tão complicada. João estava disposto a fazer qualquer coisa que fizesse Victória feliz e ele sabia que ela não ia de jeito nenhum abandonar aquelas pessoas até entender que eles tinham condição de cuidar de si mesmos. Ela era uma pessoa boa e isso ele sabia desde que ela era só uma menina.

Victoria levou Max para a Cantina do hospital e lá ele pegou um suquinho e um pãozinho para comer. Ela começou a conversar outras coisas para ver se distraia ele até que o médico que estava cuidando do pai dele se aproximou pegando o pequeno Max no colo. Beijou o menino que o beijo de volta.

− Como está o meu papai, doutor Jonas?− ele disse com o rosto delicado e comendo.

Jonas sabia o amor do menino pelo pai e suspirou.

− O seu papai está bem e logo logo ele vai voltar para casa. Tudo vai ficar bem, Max, só que hoje você vai ter que ficar na casa de alguém não pode ficar na sua casa sozinho até que seu pai possa ir embora. Acho melhor você ficar na casa do tio Jonas.− ele disse amoroso porque sabia que Max estava assustado apesar de tudo.

Victória ficou bem feliz porque aquele homem parecia ser de confiança e assim ela sabia que Max seria cuidado. Se aquele médico era amigo do pai dele, tudo ficaria bem.Max fez um gesto negativo com a cabeça e apontou para Victória.

− Mas eu não vou ficar sozinho eu vou ficar com Victória, ela vai cuidar de mim até meu pai acordar porque eu não vou conseguir ficar sozinho sem ela. Você não vai ficar comigo, Victória?

A voz dolorida não era um pedido comum era como uma solicitação de uma atenção que ele merecia. Victória o pegou de volta ao colo e sorriu.

− Eu não sei se o seu pai vai ficar contente com essa situação porque eu sou alguém que ele não conhece e pode ficar zangado com você se resolver ficar comigo. Mesmo que eu esteja amando você e adoro seu jeito de menino travesso sou uma pessoa que o seu pai não conhece. Os adultos têm medo de pessoas que eles não conhecem e podem estar certos sobre isso. Eu adoro a sua companhia, mas acho que não posso ficar com você.

Antes que Victória terminasse de falar, Max já estava chorando como se o mundo fosse acabar. O menino tinha passado por todo aquele susto e aquelas emoções de ver o pai machucado e também ele dentro do carro. A última coisa que Victória desejava era que aquela criança sofresse ainda mais depois de todo o trauma que já tinha vivido.

− Eu quero que você fique, quero que fique até meu papai acordar, por favor, Victória, não me deixe sozinho!− ele disse amoroso.

Victória o beijou e olhou o médico em sua frente. Os dois estavam entendendo que o menino precisava de um apoio emocional. Esse apoio não viria de qualquer modo ou de qualquer pessoa. Era necessário que ele estivesse completamente cuidado para não sofrer mais nenhuma sequela além daquelas que já estavam ali presentes na vidinha dele. Tudo que eles podiam fazer para tentar atender os pedidos daquela criança.

− Seu pai vai ficar de alta logo amanhã pela manhã porque ele não precisou fazer todas as intervenções. Mas se você quiser te levo. Você não poderá ficar aqui.− ele disse amoroso e a ababá de Max entrou naquele momento afoita.

Ela tinha viajado e chegou nervosa.

− Larissa!− Max chamou abrindo os braços para ela com amor e ela o pegou no colo.

− Meu menino!− agarrou Max o beijando e o médico e Victória entenderam que a questão de onde Max ficaria estava resolvida.− Você está bem, meu amor?

− Eu tô muito machucado.− ele mostrou o bandaid que tinha na perna, depois de ser examinado assim que chegou tinham constatado que ele não tinha nada. Victória sorriu e Max continuou.− Meu pai está doente ainda, mas Victória vai ficar lá em casa com a gente. Tá bom, Lary? 

Larissa olhou Victória, nunca tinha visto aquela mulher na vida. Deu um sorriso e estendeu a mão se apresentando, depois cumprimentou o médico que ficou visivelmente perturbado pela presença da jovem. O rosto de Jonas até mudou.

− Max me pediu e acho que até amanhã não tem problema.− ela disse com um sorriso estranho.

− Vamos para casa, então, Max precisa descansar.− Larissa disse amorosa e Max pediu colo a Victória de novo, talvez por amor ou mesmo medo de Victória desistisse de ir com eles.

Victória pediu a Jonas que deixasse ela ver Heriberto antes de irem. Deixou Max com Larissa e João na recepção e foi até o quarto. Entrou naquele espaço gelado e lá estava ele, deitado, com os olhos fechados e a expressão de calma. Ela se aproximou e olhou com certo alívio, ele estava bem. O rosto dele estava machucado e com certeza estava com dor quando ela o achou.

− Você está bem!− disse com atenção a ele.− Graças a Deus, você está bem.− suspirou e sentiu quando ele abriu os olhos e cravou a expressão nela.

− Eu morri?− disse com a boca esboçando um sorriso.− Onde está meu filho?− ele ficou tenso e tentou levantar, mas ela impediu colando seu corpo no dele e ficando bem perto.

− Calma, Max está bem, está com a babá lá na portaria, ele não se machucou.− ela disse enquanto mantinha o corpo dele colado ao seu e Heriberto sentiu o cheiro dela e como Max, ele ficou fascinado e seus olhos se perderam na beleza de Victória e ele suspirou.

− Você é algum anjo? Tem certeza que eu não estou morto?− ele disse com o rosto sorridente e ela ficou vermelha.− Meu Deus, como você é linda...

E Victória sentiu todo seu corpo se arrepiar inteiro...


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