Supremo Amor escrita por SENHORA RIVERO


Capítulo 24
V & H 23




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— Como se atreve!— ela ficou furiosa e ele continuou.

— Ela te disse que me beijou, Heriberto? Que nos beijamos quando fui em sua sala ontem para ver a nossa filha?— ele virou-se para Victória.— Disse a ele, Victória, como nos beijamos?

Heriberto levantou-se da mesa com o rosto que parecia um pimentão vermelho. Era como se todo o sangue do corpo do homem estivesse concentrado na face e essa raiva foi transferida ao braço dele que segurou João pelo colarinho e arrastou para fora do restaurante sob os gritos de Victória atrás dele.

Era quase impossível acreditar que o homem enfurecido era o belo Doutor Heriberto Rios Bernal. Um homem conhecido por sua calma e pelo modo como tratava as pessoas com gentileza não poderia ser a mesma pessoa que estava completamente em fúria naquele restaurante.

Quando a confusão toda começou, os seguranças vieram imediatamente resolver o que estava acontecendo. Além de se transformar num escândalo para o restaurante a única coisa que ninguém queria era que seus clientes saíssem machucados de um jantar. Era para ser apenas um jantar doce, onde tudo seria tranquilo.

O rosto de Heriberto estava tão vermelho e parecia que ele ia ter um infarto de tanta raiva que estava sentindo só por imaginar que aquelas palavras do homem poderiam ser verdade. Ele beijar Victória? Como assim eles se beijarem? Ela nunca o beijaria! Nunca! Ele como homem sabia disso, que sua mulher era maravilhosa e íntegra, mas a sua cabeça estava mil.

O homem era parte do passado dela. Ela o tinha amado. Ele entenderia se ela tivesse uma recaída, mas nem queria imaginar algo assim. Seu coração ficaria em pedaços se ela o deixasse. Naquele segundo tudo isso passou por sua cabeça, mas ele se focou apenas na raiva, na raiva daquele infeliz!

Victoria estava completamente assustada e sentia que aquilo poderia terminar muito mal se a conversa entre eles dois não fosse de modo cordial e educado. Ela sabia muito bem que o ciúme é um conselheiro terrível porque era uma mulher que sentia ciúme de muitas coisas. Ela entendia a reação de Heriberto, mesmo estando assustada com ele.

Só que a questão ali era muito mais do que ciúme e muito mais do que somente uma crise de um homem que estava com raiva de outro. A acusação de João colocava a integridade dela no chão porque não tinha feito absolutamente nada. Se contasse, ali, naquele momento, que tinha sido agarrada por João, Heriberto o mataria!

Pensando nas consequências de tudo que ela poderia causar apenas quis sair dali para poder conversar com o coração em paz e as explicações serem dadas de modo correto. Heriberto merecia saber o que tinha acontecido. Ele merecia o amor e cuidado dela.

—  Vamos embora para nossa casa! Vamos conversar apenas nós dois. Por favor, esse homem só quer nos causar raiva. Não vamos dar a ele o show que ele está buscando, meu amor, por favor!— os olhos dela imploravam para que ele entendesse.

João estava de longe olhando para ele e ainda amparado pelos seguranças enquanto Heriberto apenas se concentrada nas palavras de Victória e em como ela estava se sentindo envergonhada por passar por aquilo junto com ele.

Uma mulher elegante, um homem educado, era isso que os dois eram. Não podia ser diferente. Ele talvez tivesse tomado a decisão errada de estar enraivado, porém, era seu espaço como o homem e o respeito a ela como mulher que estava sendo jogado na lama e ele não podia de jeito nenhum perdoar isso!

Com o rosto vermelho, louco para comer no soco aquele desprezível, ele se segurou para não sentir mais raiva. 

— Fique longe da minha mulher! Se você ousar se aproximar de Victória mais uma vez para tentar qualquer coisa, eu não vou chamar a polícia e você não vai ter nenhum segurança para salvar a sua pele!É muito macho com mulheres e crianças! Venha atrás de mim e vou te mostrar o que você merece, padreco de quinta!

João ficou olhando para ele e enfrentando porque ele não queria de jeito nenhum abrir mão de estar perto de Victória. Sabia muito bem que poderia usar a filha para se manter assim atormentando aquela mulher que com certeza voltaria a ser dele! Victória voltaria a seus braços!

— Eu não vou desistir da minha família só porque você acabou de chegar e acha que tem algum tipo de posse sobre Victória. Se você acha mesmo que o amor dela é completamente seu, não precisa ter medo de nenhuma competição comigo! Vamos ver quem ganha?!

Victoria ficou na frente de Heriberto. O que era aquilo? Uma era medieval? Ela estava sendo disputada no tapa como se não tivesse opinião? Ficou em frente a Heriberto para que ele não avançasse no homem e quebrasse de vez a cara dele.

Com seu olhar de ódio apenas disse a última palavra que ela queria dizer e todas as coisas que passaram em sua cabeça, o sofrimento que ela tinha passado, tudo aquilo estava condensado na frase que ela disse. O homem nem fazia ideia da sua raiva.

— Se você fosse o último homem do planeta e se só existisse a possibilidade de estar com você, eu nunca mais na minha vida faria sexo! De você só tenho é nojo. Suma daqui seu porco! E nunca mais diga tolices! Eu te detesto! Eu me arrependo todos os dias por você ter tocado em mim! Eu tenho nojo de você!!!! Nojo!!!!!!

Os seguranças arrastaram João que estava completamente perdido com aquela resposta de Victória e as pessoas do restaurante que tinham saído para ver a confusão aplaudiram a mulher e o jeito que ela tinha resolvido com apenas uma frase toda aquela treta.

Foi engraçado ver as pessoas aplaudindo como se fosse um show e ao mesmo tempo bastante vergonhoso, mas no momento em que Victória se virou para olhar o homem que realmente amava, ele estava orgulhoso das palavras dela. Victória entendeu que valeu aquela exposição.

Aproximou se dele e o beijou na boca com todo amor. Heriberto sentiu suas pernas bambearem! Ele não podia mais voltar atrás porque aquela mulher tinha dominado o seu coração todas as instâncias possíveis. Ela era perfeita em cada coisa que fazia e ver se posicionando naquela loucura de briga fez com que ele amasse ainda mais Victória.

— Vamos para casa, meu amor! Nós dois temos muito que conversar e nos entender e não podemos ficar aqui com todas essas pessoas nos olhando. Eu quero ir, por favor!

Heriberto suspirou deixando que a raiva voltasse de novo para seu rosto. Ele sabia que ela era perfeita, mas tudo aquilo o tinha afetado. Ele estava pensando tantas coisas, estava com raiva daquele maldito e com muita raiva por estar exposto daquele modo. 

— Vamos resolver isso de uma vez! Eu quero saber exatamente o que esse homem fez e por que você não me disse nada!— os olhos dele estavam presos nos dela e tudo que ele queria era entender. 

 

 


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