Supremo Amor escrita por SENHORA RIVERO
Victória mordeu os lábios. Infelizmente ela não tinha ainda se deitado com ele. Não tinha se quer conseguido completar o amor com ele depois da cena do corredor. Mas ela o queria com toda a sua força. Ela o queria em sua cama, ela o queria dentro de seu corpo e se sentia uma selvagem quando pensava nele.
— Eu me entreguei a ele sim e isso foi a melhor coisa que fiz na minha vida. _ ela sorriu e viu João Paulo bufar. Aquele momento era glorioso, depois de tudo que tinha passado, ele merecia essa faca na carne.
João ficou de pé. Andou de um lado a outro passando as mãos pelos cabelos. Ele tinha esperanças de conquistar Victória, estava ali implorando porque sabia o erro que tinha cometido. Ele tinha sido um lixo com ela e queria se retratar e mostrar que poderia ser um homem maravilhoso.
— Eu não vou desistir de você, sou o seu primeiro homem e quero que volte a ser apenas minha mulher... _ ele disse com raiva e ela o encarou.
O tom de brincadeira e deboche tinha acabado e ela o olhou bem firme nos olhos. O homem estava fora de si, ela sabia que provocar com aquela informação era o modo de afastar João de vez para que seguisse em paz ou não...
— Ele não será o pai de minha filha, ele não terá o meu lugar. _ disse com raiva e se achegou a ela que o encarava de frente.
— Não há seu lugar nessa casa, João! _ foi dura com ele. _ E se você entrar com uma ação judicial vou provar que sabia que sua mãe sequestrou nossa filha e não fez nada! Eu vou provar!
Ele se enfureceu e deu um grito com ela.
— Eu não fiz isso, Victória! Não fiz isso! _ disse com raiva e ela sentiu que o corpo amolecia com o susto da reação dele. _ Não seja cruel comigo a esse ponto. Eu nunca faria isso com você! É nossa filha!
— Eu não sei o que você não faria. _ ela disse com raiva dele. _ Agora, pele centésima vez, saia de minha casa! Saia de minha casa!!!!!!
— Eu não vou deixar isso assim, vou embora, mas quero que saiba que vou ter a minha filha de volta! _ ele foi duro e a segurou no braço puxando para ele. _ E você em minha cama! _ falou firme bem perto de beijá-la e depois a soltou.
Victória passou a mão pelos cabelos e sentiu uma coisa estranha. Aquele homem não estava bem e ela temeu que ele pudesse fazer alguma coisa louca. Suspirou e sentiu o corpo ficar mais calma a medida que respirava.
Depois saiu da sala e foi se banhar. Cada palavra de João estava em sua mente e ela queria apenas estar em paz com sua menina.
QUINZE DIAS DEPOIS...
Heriberto sorriu vestido com seu jaleco e sentia que o clima frio o deixava mais a vontade para fazer seu trabalho. Era uma linda tarde e ele estava trabalhando com o coração cheio de alegria. Ele e Victória tinham se visto mais algumas vezes e por fim, ela o convidara para jantar.
O homem terminaria seu plantão e correria para se arrumar. Não tinha contado a Max para que ele nem ficasse sofrendo por antecipação. Era como ter certeza de que ela o estava convidando para serem algo mais.
Sentiu-se um menino, estava eufórico, sorria à toa e isso atraiu a atenção de uma Pediatra que era a nova contratada do hospital. A mulher era linda, morena, cabelos pretos e lisos bem longos. Ela estava sempre linda, arrumada como se o mundo da moda fosse ali.
Viu o sorriso dele e se aproximou. Heriberto sempre muito educado sorriu de volta para ela. Estavam todos comemorando um sucesso que tinha sido a cirurgia dele em uma senhora com problemas graves na válvula mitral.
— Que bonito ver médicos sorrindo. Isso é quase uma lenda. _ ela disse educada e chegando perto de Heriberto.
— Concordo, senhorita Mel, é quase impossível sorrir por aqui. _ disse o diretor do hospital, um médico cirurgião, amigo de longa data de Heriberto.
— Eu acredito que tenha um bom motivo e que os rapazes podem comemorar com uma café com essa Pediatra cansada e recém saída de um plantão. _ ela sorriu lindamente e os três médicos assentiram.
A caminhada até o café foi incômoda porque a mulher colocou a mão no braço de Heriberto e caminhou com ele como se fossem íntimos. Quando chegaram lá, ela fez questão de se sentar ao lado dele.
— Eu e você não nos conhecemos direito, Doutor Rios... _ ela sorriu delicada e os outros médicos seguiram com assuntos paralelos enquanto Heriberto se voltava para ela.
— É um prazer, Doutora Mel...
A mulher sorriu ao ouvir as seu nome nos lábios daquele homem. Ele era lindo, o burburinho que tinha no hospital era que era viúvo, rico e educado. Além de um invejável currículo. Era Cardiologista e Pediatra.
O home tinha uma notável ficha de vencer todos os tipos de doenças e ser atencioso com seus pacientes, ser amoroso e bom. O que não necessariamente é característica de uma médico.
— O prazer é todo meu, Doutor, eu realmente tenho muito respeito e admiração por seu trabalho. O senhor é muito famosos e parece tão educado quanto todos dizem por aqui. _ ela sorriu de novo.
— Eu tento ser o mais educado que posso. _ disse com calma.
Doutora Mel apenas segurou o ombro dele e suspirou com calma. Ela estava com toda certeza cheia de amor para da r e o homem podia receber.
— Podemos nos ver para tomar uns drinks e o senhor me ambientar aqui no hospital. _ ela sorriu alisando ombro dele.
Heriberto não viu que Victória estava observando. Ao longe, com o celular na mão, ela o olhava ser flechado por aquela mulher linda e oferecida que ela já odiava.
— Eu receio que não será possível, Doutora, eu tenho dois filhos pequenos e uma namorada que me preenche o tempo alegremente. Não sou um homem de saídas noturnas. _ ele disse com calma enquanto tentava se afastar dela que não retirava a mão de cima dele.
— Que pena, não sabia que tinha um compromisso com uma mandona. _ ela brincou. _ Nós mulheres somos capazes de amarrar um homem como se ela fosse nosso prisioneiro e eles se quer percebem. _ ela mordeu a provocação como se fosse um delicioso bolo.
— Eu tenho o maior prazer em estar preso... _ ele disse com calma e antes de completar sua frase, Victória saldou a todos.
— Boa tarde, meu amor. Boa tarde, Doutores... _ ela disse com os olhos em fuzilamento para sua rival.
— Olá, meu amor, o que houve? _ ele se levantou já tenso, ela não era de ir ali, Algo grave poderia ter acontecido.
Heriberto a beijou na boca, ela era perfeita, cheirava deliciosamente ele sentiu que estava tensa.
— O que houve? _ ele disse com calma apenas para os dois.
— Preciso que dê uma revisada em Maria, ela está febril e acho que é a garganta, mas queria que você a revisasse. Como já voltou ao trabalho. _ ela suspirou e ele viu a tensão nos olhos dela.
— Vamos, meu amor. _ ele segurou a mão dela. _ Com licença, meus amigos, minha filha não está bem. Vou revisá-la e ir para casa. Obrigada a todos.
— Um boa tarde a todos. _ Victória disse amorosa e depois fuzilou a Doutora mais uma vez.
“Minha filha”, ele tinha se referido a Maria daquele modo, ela sentiu uma coisa, suas pernas ficaram moles. O homem era um tiro de encantamento e ela sabia que era todo dela.
Ali estava para ver que muitas o queriam, mas ela não ia perder para ninguém. Segurou a mão dele firme e caminharam juntos para o local onde Maria estava.
— O que foi, minha princesa. _ ele foi agarrado pela menina assim que ela o viu.
— Heliberto! Você está aqui para cuidar de mim? _ ela disse chorosa e ele a beijou.
— Sim, minha princesa, vamos ver o que está acontecendo, hum? _ ele sorriu e começou a fazer perguntas e examinar a menina. Maria tinha passado por uma semana de exames de rotina, nada tinha parecido de anormal. Estava saudável, mas aqueles momentos tensos podiam baixar a imunidade dela e fazer com que tivesse leves doenças infantis.
— É apenas uma irritação na garganta, mas já vai passar. _ ele disse dando o remédio a ela depois de alguns exames e rotina do hospital.
— Obrigada, Heriberto, eu precisava ter certeza que era apenas isso. _ ela disse com Maira em seus braços. _ Podemos ir? Ela está liberada?
— Ela está sim e eu levo vocês duas. _ ele disse com calma.
— Não quero te incomodar. _ ela disse fazendo um bico. _ Aquela médica deve estar esperando você para terminarem a conversa. _ ela disse com ciúmes e ele sorriu.
— Victória... vamos para casa. _ ele disse com calma pegando a menina no colo e saindo com seu amor.
— Eu posso dirigir e nos vemos lá em casa. _ ela disse assim que ele ajeitou Maria já sonolenta na cadeirinha porque os remédios estavam fazendo efeito.
— Não há problema nenhum, Victória, eu deixo meu carro aqui algumas vezes. Quando saio de um plantão e estou com sono, prefiro ir de taxo e o carro fica. Podemos ir agora? _ ele disse com calma e ela assentiu.
Os dois entraram no carro e ela se ajeitou. Heriberto deu partida e em seguida colocou a mão na perna dela alisando. Victória sentiu um calafrio. O homem era mesmo um tesão, ela estava todos aqueles dias fantasiando sobre ele.
— Você não me beijou direito e nem me deu atenção. Está zangada? _ ele alisou mais a perna dela e chegou bem perto da intimidade.
Victória suspirou sentindo o corpo todo tenso. Onde tinha desenvolvido aquele fogo? Onde tinha começado a desejar tanto que o homem a possuísse com força? Estava fora de si.
— Eu não gostei que você estava deixando aquela médica te alisa, Heriberto! _ ela bufou. _ Eu não gosto que fiquem tocando no que é meu. E você é meu, que isso fique claro! Ou eu volto lá e arranco aquela cabeleira negra dela!
Heriberto segurou o riso e disse se aproximando do rosto dela sem deixar de olhar o trânsito.
— Que bom que eu sou seu, Victória, porque hoje eu não saio daquela casa sem fazer de você a minha mulher!
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