Supremo Amor escrita por SENHORA RIVERO


Capítulo 10
V & H 10




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Os dois estavam intensamente ligados, era bom demais sentir aquele momento. Queria o amor e sentir que tudo estava se desenhando para que de fato ela fosse a sua mulher.

— Eu quero que seja a minha mulher, Victória, morro por te ter em meus braços e te fazer minha._ ele disse com atenção e cuidado.

— Eu quero ser sua, Heriberto, quero ser sua para sempre._ ela sussurrou se perdendo nos lábios dele.

         Cabe beijo que dava em Heriberto era como uma chama deliciosa que inundava o corpo dela. Os lábios de Heriberto eram quentes. Tinham um sabor fresco que Victória nunca tinha sentido num beijo.

Claro que ela não tinha sido beijada por muitas pessoas, mas mesmo assim, aquele beijo era intenso, especial, único. Estava envolvida em tudo aqui e sentiu que se perdia nos braços de um homem que ela nem mesmo conhecia.

O que sabia sobre ele? Quem ele era? Como era sua conduta? Por que se sentia tão afetada com aquela loucura que era amar aquele homem sem saber que o amor não precisa de motivos.

Victória não podia sentir nada além de amor e medo, ao mesmo tempo e com a mesma intensidade. Quando o beijo acabou estava ofegante nos braços dele e Heriberto podia se perder nos olhos verdes dela. Estava tão entregue quanto ele.

— Minha pernas ficam perdidas por você. _ ele sussurrou perdido em seu pescoço, deixando que ela sentisse que o corpo dele reagia aqueles beijos com toda fúria que um homem intenso pode responder.

— Eu estou sendo muito..._ ela tremeu e ele tocou os lábios dela com as pontas dos dedos. Era tudo tão novo, tão estranho, tão pouco sutil.

— Não precisa dizer nada, apenas quero que você torne real o que disse a ele. _ Heriberto sorriu e deslizou uma de suas mãos nas costas dela. Ansiava por ver as costas nuas, por sentir o toque dela em sua pele, por ser o amor correspondido daquela mulher tão perfeita.

— Eu não quero que isso se acabe e que eu perca isso que temos. _ disse num fio de voz. _ Os homens não são muito parecidos com você, em geral querem todos a mesma coisa de uma mulher e depois vão embora. _ as marcas que João havia deixado nela estavam expostas naquele momento.

Tinha sido usada, seu corpo tinha sido amado e depois rejeitado com o sumiço de um homem que nem a assumira e nem a sua pequena filha. Como acreditar me qualquer outro homem depois do que ela tinha passado com ele?

— Não somos todos iguais, esse é o maior erro que cometem as mulheres. Por causa de alguns canalhas condenam a todos os homens como se fossemos todos iguais. Mulheres não são todas iguais e nem homens. Se não prestar atenção em mim, não vai me ver. _ ele segurou a mão dela e beijou. _ Você está num momento ruim, mas quero que saiba que não vou me afastar. Isso poderia me fazer perder você. Talvez não seja o momento de estarmos juntos, como eu preciso... como sei que você também precisa, mas não sairei de perto de você até que esteja tudo bem.

— Obrigada por isso, Heriberto, eu quero mesmo a sua atenção... Quero que fique, que fique bem perto de mim e que me deixe conhecer o homem diferente que você é. Eu não quero te julgar por tudo que já vivi..._ ela sorriu e o tocou no rosto. _ Você pode ir com calma comigo? Podemos ter um pouco de confusão antes de tudo? _ os olhos dela brilharam de encontro aos dele que também brilhava por ela.

— Eu e você só temos confusão, minha querida, palavras de um homem que você salvou atropelado. _ os dois sorriram e ela o beijou de novo, aquilo era delicioso, sentir as mãos dele em seu corpo, o jeito como respirava, com a tocava, estava pegando fogo por aquele homem como nunca tinha pegado na vida.

— Vamos ver como ela está...

         E assim, entre cuidados e carinhos o dia se passou. Victória foi a polícia, fez seu depoimento, prestou queixa, conversou com investigadores, assistente social, com todos. A menina seria ouvida quando chegasse a hora.

         João não tinha voltado ao hospital e estava mesmo assim vigiando Victória no hospital. Do carro dele ficava observando os passos dela. Eram 16 h do dia seguinte ao ocorrido quando a pequena Maria teve alta. Victória já havia conversado com a menina, mas a parte mais complicada era leva-la embora.

         Estavam no quarto, Antonieta e Pepino esperavam do lado de fora enquanto ela conversava com a pequena. Estava abraçada a sua girafinha e olhava Victória atentamente. Tinha medo, mas ao mesmo tempo a mulher tinha os mesmo olhos que os seus.

— Meu amor, precisamos ir para casa. Eu vou te levar, você vai ter um quarto, brinquedos e coisas que você queira. Eu sei que você estava acostumada a outro lugar lá na casa da vovó, Bernarda..._ Victória sentiu um frio no estômago ao dizer aquela frase.

A infeliz tinha roubado a infância de sua filha, os momentos juntas, por Deus, ela a mataria quando a encontrasse, enforcaria a maldita infeliz com as suas mãos. Suspirou e pensou apenas no bem estar da criança.

— Mamãe sabe que você está com medo, que é tudo novo, mas precisa confiar em mim. Não te farei nenhum mal e quero que me diga sempre tudo que sentir, medo, dor, tudo, meu amor.

A menina assentiu e encheu os olhinhos de lágrimas, a dor de imaginar que ia começar algo novo em algum lugar cheio de gente que ela não conhecia, que ela não sabia o que era.

— Ohhh, meu amor, não fique com medo. _ Victória abraçou sua menina com todo amor, ela era tudo na vida dela.

A pequena correspondeu o abraço e sorriu ao sentir o perfume delicioso que vinha de sua mãe. Era um cheiro delicioso.

— Você tem cheiro de sorvete, de sorvete de morango. _ ela sorriu e olhou Victória nos olhos.

— É mesmo, filha? Você gosta de sorvete de morango? _ pegou sua pequena no colo e a agarrou com todo medo de perdê-la de ter sua menina tirada dela mais uma vez.

— Eu adoro, eu como só no dia do brinquedo._ disse deitando a cabeça no ombro de Vick e bocejando.

Victória saiu do quarto com ela e estava tentando ser o mais leve que podia. Quando a porta se fechou, ela caminhou no corredor e encontrou os outros na sala de espera. Max veio correndo com um presente na mão e agarrou as pernas de Victória.

Os olhos dela recaíram sobre o menino e ela sorriu. Aquele amor todo a estava deixando com o coração cheio de alegria. Ela se abaixou e o abraçou sem soltar a pequena. Maria sorriu para Max e ele disse todo feliz.

— Eu trouxe esse presente. Você vai gostar, é uma boneca linda igual a sua mãe. _ ele sorriu e alisou o rosto de Vick.

Maria sorriu e olhou o presente, pegou e apertou no peito e disse obrigada. Max sorriu e Victória o beijou de novo.

— Olá! _ ela disse amorosa olhando Heriberto que pegou o filho no colo a ajudando naquela manobra com as crianças.

— Oi, Victória, podemos ir?_ ele disse com calma e ela sorriu.

—Vamos todos..._ assentiu e ele a beijou, apenas um selinho.

A viagem para casa foi com o motorista de Victória, não demorou muito e ela fez questão que todos estivessem com ela. Só Pepino tinha ido dirigindo o carro de Heriberto. Quando chegaram à casa de Victória, a pequena entrou um pouco sem jeito, mas Max foi mostrando tudo com se conhecesse a casa de Victória.

Os adultos acompanharam a descoberta de tudo. Viam as crianças andarem pela casa. Depois de uma ronda completa e eles acharem brinquedos. Todos haviam partido e estavam apenas os quatro no quarto de Maria.

A pequena brincava com os brinquedos que tinham ficado ali e Max também se divertia. Os dois tinham se dado bem e estavam distraídos. Victória segurou a mão dele e alisou o braço e em seguida o olhou com um pouco de atenção.

— Você devia estar fazendo repouso._ disse com atenção, olhando para ele de modo intenso.

Heriberto sentiu todo corpo responder, era como pegar fogo só de sentir o toque dela. Aquilo não ia durar muito até que ele a atacasse com beijos e com desejos que seu corpo não poderia conter. Estava em chamas, nunca tinha se sentido assim por uma mulher antes.

— Eu estou bem, não estou nem sentindo dores. Está tudo bem, Victória._ ele sorriu e ela o beijou delicada, uma, duas três vezes sem que as crianças notassem e por fim o riso de Max denunciou que estavam sendo vigiados.

— Tão namorando! Tão namorando!_ ele disse rindo e cantando e Maria correu até Victória a segurando no braço.

Os dois riram e a menina sentou no colo da mãe a abraçando sem dizer nada. Max foi até o pai e encostou nele num gesto de proteção. Se Maria ia escolher um lado, ele também ia.

— Meu pai é namorado dela! Você não sabia? Não sabia que vamos morar aqui? Que vamos morar nessa casona e vamos ter um irmão?_ a voz dele era firme e Heriberto ficou vermelho como um tomate. De onde o filho tinha tirado aquela coisa toda?

Max olhou para baixo, o pai ia brigar com ele por mentir, por dizer coisas que não tinham sido combinadas, mas Victória o puxou para ela com todo amor, mantendo a filha nos braços.

— Você quer morar aqui, Max?_ ela perguntou e o menino soluçou nos braços dela mostrando toda emoção de seu coração. Apertou Victória com amor e soluçou mais assentindo._ Não precisa chorar. Está tudo bem, não é errado gostar das pessoas. Está tudo bem!

— Filho, não podemos morar aqui..._ Heriberto disse com calma alisando as costas do filho. Ele não queria que Victória se sentisse pressionada com ele e nem que o menino fizesse coisas assim.

— Está tudo bem, Heriberto, deixe ele. Não brigue._ ela ergueu o rostinho dele e disse com todo amor._ Não precisa chorar, meu príncipe! Eu quero você sorrindo. Mas temos que combinar uma coisa. Eu e seu pai ainda estamos nos conhecendo e quando estivermos mais próximos, podemos voltar a falar disso. O que você achar?

O pequeno limpou as lágrimas e depois olhou o pai. Ele suspirou e disse com medo.

— Você promete?_ ele disse apertando as mãozinhas.

— Eu prometo!_ ela sorriu e ele a abraçou forte.

— A mãe também disse que não ia embora, mas ela foi..._ ele suspirou e naquele segundo todos quebraram ao meio.


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