The Mischievous Prince - Spin-off escrita por Sunny Spring


Capítulo 10
Nine




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Desde sempre, eu havia sido treinado para matar. Sem dó. Sem hesitar. Sem arrependimentos. Loki só tivera que me dizer isso uma vez na vida. "Você é o guardião da sua irmã. Seu trabalho é deixá-la viva. Se alguém tentar algo contra ela, mate. Se tentarem algo contra você, mate. Mantenha-se vivo. Sempre." Soava cruel. Egoísta. Mas, meu pai não estava totalmente errado. 

 

No pouco tempo que passamos juntos, ele me ensinou sobrevivência. Me ensinou a lutar sem nenhuma piedade - Loki não era como uma mãe carinhosa que ensinava mas depois acolhia. Não havia esse tipo de tratamento. Ele era frio e seu treinamento era como o de qualquer outro comandante - pesado e rígido. Porque se eu era um guardião, eu tinha que saber me defender e passar por qualquer tipo de situação. Qualquer tipo de situação envolvia tudo, inclusive as situações mais extremas de frio, fome, sede e fogo. Eu era quase um robô perfeito. Um robô de carne e osso, abençoado com a aparência dos deuses. 

 

Minha mente fora praticamente programada para lidar com tudo de ruim e para raciocinar em situações extremas. O único problema que me deixava distante de ser uma máquina perfeita era o meu lado humano. Eu havia desenvolvido muitos sentimentos que nem Loki imaginava. Isso fazia de mim uma falha. Alguém defeituoso. Tentei controlar minhas emoções, mas foi inútil. Elas sempre estavam ali. Por um lado, me sentia bem com elas. Faziam eu me sentir menos monstruoso. Uma pessoa normal. Por outro lado, não queria me sentir fraco. Devido a esses sentimentos um tanto inconvenientes, por mais que eu me controlasse, às vezes, acabava sendo tão impulsivo quanto à Evie - e ela não era nenhuma referência de pessoa com auto-controle. 

 

Eu pensei antes de jogar nosso carro no mar. Talvez eu tenha sido impulsivo, mas ainda assim eu pensei. Ninguém mais nos perseguiria se achassem que nós estávamos mortos. Seria uma boa maneira de continuar nossas missão em paz. Eu calculei. No entanto, o ar e o mar eram incontroláveis. 

 

O choque do carro batendo contra a água fez os airbags abrirem com tudo. Eu mal consegui usar um braço para me proteger do impacto. Mesmo com as janelas do carro fechadas, eu sabia que seria questão de segundos até a água invadir o espaço e o carro afundar de vez. Eu precisava ser rápido. Soltei o meu cinto de segurança e olhei para o banco do carona. Mary estava desmaiada. Um fiozinho de sangue escorria em sua testa. Meu estômago revirou e eu prendi minha respiração por causa do choque. Ignorando meus sentimentos humanos de medo, pressionei dois dedos em seu pescoço. A pulsação estava normal, para o meu alívio. Mas, eu sabia que quanto mais fundo no mar o carro ia, mais difícil seria para ela. O oxigênio faltaria. Precisava nos tirar dali. 

 

Soltei o cinto de Mary e joguei uma de nossas mochilas em minhas costas. Água começava a entrar pelas frestas do carro. Eu a puxei com um braço, e chutei uma das janelas, tentando quebrá-la. Depois de várias tentativas falhas, o vidro quebrou. No mesmo instante, uma cachoeira de água salgada invadiu o carro, deixando-o mais cheio e mais pesado. Puxei Mary comigo e nadei com ela para fora do carro. Prendi a respiração ao máximo que pude e comecei a nadar para a superfície, usando minhas pernas para nos impulsionar para cima. Quando chegamos à superfície, respirei o ar puro e deixei a cabeça de Mary para fora, tentando fazê-la respirar. O mar não estava tão agitado, mas algumas ondas nos acertavam. Procurei por todos os lados alguma terra firme para nos abrigarmos. A montanha em que estávamos parecia bem distante. Jamais nos encontrariam. Do lado oposto, havia uma pequena costa, cheia de pedras. Nadei na direção do lugar, arrastando uma Mary ainda desmaiada comigo. 

 

Nadei até sentir que meu corpo não iria mais aguentar. Quando cheguei na costa deserta, senti minhas pernas falhando. Deitei Mary na areia, tentando fazê-la acordar e deixei a mochila de lado. O sol quente batia em cima de nós e de nossas roupas encharcadas e o mar fazia um barulho relaxante quando as ondas batiam nas pedras. Aquele lugar seria um paraíso se não fossem as circunstâncias. O peito de Mary não se movia, indicando que suas vias respiratórias estavam cheias de água. Ela estava se afogando. Me debrucei sobre ela e tentei uma massagem cardíaca, contando sempre três vezes. 

 

—Vamos! Você não vai morrer agora, né? - Resmunguei. Continuei a massagem cardíaca, mas Mary ainda não estava respirando. Isso me fez sentir uma ponta de desespero.  - Bem, eu vou ter que fazer isso. - Respirei fundo, apertando a ponta de seu nariz. Tentei a respiração boca a boca, repetindo o gesto duas vezes seguidas. - Vamos, Mary! Reaja! - Tentei mais uma massagem cardíaca, sem resultado. Usei feitiçaria asgardiana como a minha última esperança. Ela acordou tossindo e cuspindo uma boa quantidade de água. Graças aos céus! - Finalmente! - Respirei aliviado, passando uma mão nos cabelos. 

 

Mary abriu os olhos com dificuldade por causa da claridade. Ela focou sua visão em mim, piscando algumas vezes. 

 

—Achou que fosse se livrar de mim, gatinho? - Perguntou fraca. Sorri. 

 

— Eu bem que tentei. - Brinquei. Mary sentou-se na areia com dificuldade. Seus cabelos estavam cobertos de areia, assim como a sua roupa. Ela olhou para todos os lados, tentando se localizar no espaço. Suas sobrancelhas se uniram, numa expressão furiosa. 

 

— Você enlouqueceu? - Gritou, completamente histérica e acertando meus ombros com tapas. - O que você estava pensando, seu psicopata? - Ela continuou com as agressões. Para alguém que tinha quase morrido ela estava bem forte. 

 

—Ai! - Grunhi, tentando segurar seus braços. - Mary!

— Você estava tentando nos matar? - Ela continuou. Segurei seus pulsos, fazendo-a parar. Sua expressão de raiva, misturada a um kilo de areia e água de mar me fez sentir uma vontade incontrolável de rir. E foi o que eu fiz. Soltei uma risada alta demais, deixando minha colega de trabalho ainda mais furiosa. - Você está rindo? - Ela se soltou, dando um soco em meu ombro. 

 

—Ai! - Resmunguei em meio a uma risada dolorida. 

 

—Pare. De. Rir. 

 

— Não. - Sorri ainda mais. Mary levantou-se, trôpega, e saiu andando pela areia, me deixando para trás. Eu me levantei, seguindo-a. 

 

—Espere! - Eu a alcancei. - Para onde você está indo? - Ela parou, me encarando. 

 

— Você não percebe? - Havia irritação em sua voz. - Deu tudo errado. Nossa missão falhou. Você quase nos matou! Vamos para casa!

 

—O que? Eu não vou desistir. Vamos recuperar o cofre! E eu salvei as nossas vidas!

 

Mary piscou, perdida.

 

— Você não percebe mesmo? - Disse mais baixo. - Não temos como continuar assim! Nós nem mesmo temos ideia de onde o cofre possa estar! Estamos atirando no escuro! - Acrescentou. - E, que eu me lembre, tudo que você queria era voltar para casa! Você não queria estar na missão! - Cruzei os braços. 

 

—Eu não vou voltar para casa até recuperar o cofre! 

 

Ela soltou uma risada sem humor. 

 

— Eu já entendi tudo. - Gritou. - Você é como a sua irmã. Vocês dois são competitivos e orgulhosos demais para admitir que falharam! - Acusou. 

 

—Se você quer saber… - Rebati no mesmo tom. - Eu sou um Lokison! Sou príncipe de dois reinos, fui criado para destruir qualquer coisa, e se você acha que eu vou admitir para aquele humano ancião que falhei em uma missão estúpida, você está muito enganada! - Confessei. - E que eu saiba, você também não é de desistir. - Dei de ombros.  

 

Mary deu um longo suspiro, relutante. 

 

— Já está quase escurecendo. - Continuei, mais calmo. - Consegui salvar uma mochila. Temos comida, água e as informações dos suspeitos. - Mary não mudou sua carranca. - Já vai anoitecer, mas amanhã cedo podemos voltar a cidade e recomeçar. Eles devem achar que estamos mortos. Não vão nos procurar por enquanto.

 

Ela ficou em silêncio por alguns segundos. 

 

— E por onde pretende começar? - Perguntou seca. - Não temos mais o carro, mal temos algumas armas e não fazemos ideia do paradeiro da caixa. 

 

— Deve haver alguma estrada aqui perto, não estamos no meio do deserto. Podemos arranjar um carro. 

 

Mary ainda não estava convencida. 

 

— Já sabemos que eles são da H.Y.D.R.A. Quero dizer, se eles estavam atrás de nós é porque o cofre não está com eles. Não está tudo perdido ainda. - Acrescentei. Mary deu um longo suspiro, mal-humorada. 

 

— Está certo. - Respondeu séria. - Vamos tentar mais uma vez. Se não funcionar, eu vou ligar para o Fury. 

 

[↔]

 

A noite caiu rápido onde estávamos. Um vento gelado levava a areia para um lado e depois para o outro. O som das ondas batendo nas pedras era o único barulho naquela pequena praia deserta. Tivemos que nos recolher dentro de uma espécie de caverna e acendemos uma pequena fogueira com galhos secos para iluminar. Mary havia dado um jeito de trocar suas roupas por outras limpas e eu fiz o mesmo. A mochila havia protegido as nossas coisas. Pelo menos, parte delas. Ainda tínhamos um celular funcionando e metade das barrinhas de cereal. Era o meu último dia ali, eu jurei para mim mesmo. Estava disposto a recuperar o cofre nem que tivesse que passar por cima de alguns humanos. Eu não iria admitir minha falha para o Fury. Não era uma questão de orgulho ferido, mas de honra. Ele havia ameaçado a mim e a minha irmã para me fazer entrar na missão. Jamais daria a ele o gosto da vitória, eu iria até o fim e isso não duraria mais que algumas horas. Até porque, se tivesse que ingerir mais uma daquelas barrinhas de cereais eu vomitaria minhas tripas. 

 

Em silêncio, Mary forrou a areia com um lenço e se acomodou, mantendo certa distância. Ela não dava nem uma palavra desde a nossa discussão. 

 

— Deveria tentar dormir. - Aconselhei enquanto brincava com as chamas da fogueira. 

 

— Não estou cansada. - Blefou. Segurei uma pequena chama entre os meus dedos, deixando que magia protegesse a minha mão. O fogo se apagou rapidamente.

 

— Pesadelos? 

 

Um segundo de silêncio. 

 

— Sim. E você? 

 

Hesitei por um momento. 

 

— Também. 

 

Deitei de barriga para cima, encarando o teto da caverna. Por sorte não haviam morcegos ali. Morcegos me lembravam ratos. E eu odiava ratos. Não era medo, mas um pouco de nojo. Nada pessoal contra os pobres roedores. Talvez fossem apenas as más lembranças de quando vivia como um gato. Alguns segundos depois, Mary deitou-se ao meu lado, também encarando o teto. 

 

— Err… - Pigarreou, sem jeito. - Obrigada por salvar a minha vida hoje. - Eu a encarei, surpreso pelo agradecimento. 

 

— Tudo bem. - Respondi baixo. Voltei a encarar o teto. Salvar uma vida. Era por isso que eu tinha escolhido ser médico, afinal. Salvar alguns humanos. Entretanto, não era nem um pouco de altruísmo. Isso apenas ajudava a aliviar a minha culpa por ter causado a morte de tantos outros. Eu não era bom. Nunca seria. Era apenas uma alma condenada tentando diminuir os próprios pecados. 

 

— Sabe… - Mary apoiou as mãos na própria barriga. - Eu fiquei nervosa com aquela coisa toda do mar e água. - Eu a encarei mais uma vez. - Não me trazem boas lembranças. 

 

— Tem a ver com o Victor e os outros, não é? 

 

Ela assentiu. 

 

— Você não imagina o quão cruel eles eram. - Por um instante, tive a impressão que seus olhos se encheram de lágrimas. - Por duas vezes me prenderam no fundo de uma piscina cheia de água. - Acrescentou, sem expressão. - Eles queriam testar minhas habilidades de mutante. - Completou com desdém. Quase cerrei um punho. 

 

— Sinto muito que tenha passado por isso. - Sussurrei. - Mas eu posso garantir que o Victor teve uma morte bem dolorosa. Eu estava lá. - Quase sorri ao lembrar do final do maldito midgardiano. Ele devia estar sofrendo ainda. E que a grande Hela atormentasse sua alma por toda a eternidade! 

 

— Eu imagino. - Respondeu baixinho. - Mas, algumas coisas nunca serão apagadas. - Mary suspirou. - Eu nunca serei capaz de ter filhos biológicos, por exemplo. - Contou, monótona. - A fórmula que me deu poderes me tirou essa capacidade. - Suspirou. - Adeus, futura família! — Sibilou. 

 

— Eu te entendo. 

 

Mary me encarou. 

 

— Me desculpe, mas eu não acho que entenda. - Não havia irritação em sua voz. - Nerfi, você não é do tipo que quer alguma família ou se prende a alguém. - Supôs. - Você faz mais o tipo que nunca quer compromisso com nada. Você tem medo de sentir, de se apaixonar. Estou errada? 

 

— Você tem uma visão muito errada de mim. - Me virei de lado para vê-la melhor e deitei minha cabeça em minhas mãos. - Eu não tenho medo de me apaixonar. - Disse baixinho. - Eu já vi isso. Vejo o Peter e a Evie e como isso faz bem aos dois. Acho que seria uma dádiva para alguém como eu poder sentir algo do tipo… Tipo amor. Seria impressionante se alguém sentisse o mesmo por mim, o que não tenho certeza se será possível algum dia. - Mary fez uma careta. Eu já havia me envolvido com alguns humanos. Nunca havia iludido nenhum deles, eles sabiam que eu não estava apaixonado. Eles também não estavam. Eram apenas aventuras amorosas que rendiam boas risadas para todos. Mas nada de amor. De nenhum dos lados. -  E depois, eu sempre quis ter uma família. - Continuei, fazendo-a franzir o cenho. - Eu provoquei uma guerra por causa disso. - Suspirei. - Só não entendo como fui tão idiota ao ponto de não perceber que jamais teria uma família se causasse a morte dela. - Senti remorso. Mais uma vez. 

 

— Quando éramos mais novos fizemos muitas burrices, não? - Mary soltou uma risada fraca, limpando uma lágrima. - Eu por exemplo era uma vadia fútil. - Levantei uma sobrancelha. - Agora é diferente. - Deu de ombros. - Agora sou uma vadia fútil, perigosa e rica. - Sorriu para mim. Soltei uma risada. - Bem, pelo menos estamos vivos, não é? - Ela me cutucou com o ombro. - Se você era um gatinho, significa que tem sete vidas. 

 

— Acho que, contando com hoje, já gastei umas quatro! 

 

Mary riu, deitando-se de lado também. Seu movimento fez nossos rostos ficarem ainda mais próximos e nossas respirações se misturarem. Seus olhos castanhos estavam fixos em meu rosto. Eu conhecia aquele olhar. Não sei quanto tempo nos encaramos até que levei minha mão até seu queixo e a puxei delicadamente para mim. Ela segurou minha bochecha com uma mão, acariciando meu rosto, e eu a beijei. Desta vez, eu a beijei primeiro. Os movimentos foram leves e num mesmo ritmo. Nossas línguas se tocavam, sem nenhuma pressa. Mary passou um dos braços por meu ombro, me puxando para mais perto e intensificou o beijo. Soltei uma risada fraca contra sua boca e abri os olhos. 

 

— Sempre apressadinha, não é? - Sussurrei. Mary soltou uma risada pelo nariz. 

 

— E você sempre fazendo de tudo para me irritar, não é? - Mary segurou meu rosto com uma mão, apertando minhas bochechas de leve. 

 

Passei uma mão na maçã de seu rosto, acariciando. Passei meus dedos por seus cabelos, tirando alguns fios de seu belo rosto. Por que caminho nós estávamos seguindo? Ela não tinha ilusões quanto a mim. Eu também não tinha ilusões quanto a ela. Éramos apenas mais dois jovens inconsequentes vivendo mais uma história de verão. Apenas desejo. Nada mais. Ambos sabíamos disso. Nenhum de nós estava se importando muito, entretanto. Segurando seu rosto, inclinei o meu mais uma vez, colando nossos lábios em um beijo mais lento e mais intenso. Mal ouvíamos o som do fogo e do mar, completamente presos um no outro. Mary interrompeu alguns segundos para respirar e voltou ao beijo, me puxando para cima dela. Eu hesitei, interrompendo. Era um limite que não sabia se poderia ultrapassar, então, tomei cuidado. Ainda com nossas testas grudadas, Mary sorriu como um sinal para que eu continuasse. Voltei a beijá-la, alternando entre seu pescoço e sua boca. Apoiei-me em meus braços para aliviar o peso e ela enlaçou suas pernas em minha cintura, brincando com a gola da minha camisa. 

 

[↔]

 

— Hora de levantar, gatinho! - A voz de Mary me fez despertar de meu pesadelo. O de sempre, na terra dos gigantes de fogo. Pesadelos faziam parte da minha rotina. Quando abri os olhos, a claridade do sol, vinda do lado de fora, me incomodou. Já havia amanhecido e ainda estávamos na mesma caverna da noite anterior.

 

— Você é um péssimo despertador, Mary. - Resmunguei, esfregando os olhos, ainda sonolento. Ela sorriu, se divertindo. 

 

— Temos que ir logo. Recebi uma mensagem do Fury. Ele quer que nós o encontremos em um galpão abandonado aqui perto. Disse que tem boas notícias. - Mary já estava de pé e vestida. Muito bem vestida, por sinal. Calça e botas da Prada. Blusa da Gucci. E uma jaqueta preta… 

 

— Hey! - Me sentei. - Essa jaqueta é minha! - Eu conhecia muito bem aquele corte perfeito, num tecido de veludo macio. Uma obra de arte. - É um Dolce & Gabanna! 

 

— Eu sei. - Ela sorriu, ajeitando a peça no corpo. - E é legítimo. Tenho que admitir que você tem bom gosto pra moda, gatinho

 

— É claro que tenho. Eu sou um príncipe. - Dei um sorriso convencido. - Mas você não vai ficar com isso! - Acrescentei, decido. Ela riu. - Mary! - Choraminguei. 

 

— Relaxa, eu devolvo depois da missão. - Deu de ombros. - Vista logo uma camisa e vamos. - Me apressou, jogando uma camisa para mim, e saiu da pequena caverna. 

 

— Mary, você vai me devolver, né? - Gritei, resmungando.  

 

— Claro, claro! - Escutei sua voz vindo do lado de fora. 

 

— Mentirosa. Você não pode mentir pra mim! - Rebati, me vestindo, e saí correndo atrás dela. 

 


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