Acaso escrita por Queen the Vampire


Capítulo 2
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Dedicada a Ana Paula Zorzal minha amiga oculta.



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Um ano depois:

Apesar do curto período de tempo, Karen e Nevra se aproximaram em um ano inúmeras batalhas ocorreram e em uma delas Karen acabou gravemente ferida, foi durante esta época que vampiro assumiu ter sentimentos pela humana e desde então ambos mantiveram o relacionamento a parte.

— Amanhã iremos as terras Fenghuangs. — Os cabelos ruivos foram acariciados com doçura enquanto a mesma manteve a cabeça recostada no peito do vampiro.

— Ok. — Karen não estava a fim de conversa, estava cansada da última missão e apenas queria descansar, o vampiro compreendia aquele sentimento como ninguém e resolveu deixá-la tranquila. — Se não tiver problema irei dormir com você hoje. — Sussurrou.

— Sabe muito bem que adoro quando passa as noites no meu quarto. — Sorriu ladinamente e aos poucos fechou os olhos se entregando ao sono profundo.

...

 

A recepção dos Fenghuangs era sem igual, todos tão carismáticos e educados que em nada de assemelhavam ao encontro da humana com os integrantes do QG.

— Fico feliz que todos tenham desfrutado da viagem da melhor maneira possível. — A aprendiz de Fênix sorriu.

— Generosidade de sua parte Huang e  propósito, muito obrigada pelo convite. — Ewelien sorriu. 

— Bom deixar todos se acomodarem, peço que após isso os membros da guarda reluzente me encontrem no salão principal, trataremos dos negócios antes da diversão. — Todos assentiram e assim seguiram seus caminhos, um dos muitos servos do palácio os ajudou a se acomodar. A ruiva estava descontente, sentia certo um incômodo indescritível, algo que não havia como explicar. 

— Bom já que estão todos ocupados eu vou dar uma voltinha. — Sorriu ao vestir a jaqueta de couro e calçar as botas, Karen seguiu para as fontes onde apreciou o lugar e depois passou pelos jardins e não pode deixar de comprar tanto Eel quanto as terras Fenghuangs era belíssimas a única diferença era o tratamento, ali as pessoas não precisavam conhecê-la intimamente para tratá-la com decência e educação. Os olhos vermelhos brilharam  ao observar à margem do rio sendo inevitável a vontade de mergulhar, olhos para os lados e ao certifica-se de que estava sozinha despiu-se e caminhou pela margem, colocou um pé de cada vez a modo de se acostumar com a temperatura e após isso mergulhou na água fria, sabia que em breve aquela paz cessaria já que estavam ali para uma provável captura de um criminoso que havia fugido da prisão de Eel. 

O curto solilóquio foi interrompido por um latido forte obrigando-a emergir, o latido continuou e com braçadas desconcertadas ela rapidamente chegou até a margem, se apressou em pôr de volta o short puído e a camiseta e amarrou os cadarços das botas transpassando-as no ombro a jaqueta ficou a deriva amassada na mão esquerda, por hora tudo o que importava era o latido feroz.

"Desde quando tem cachorros aqui?” — Pensou enquanto corria na direção do som,  as pernas travaram ao observar o enorme cachorro negro com uma coleira de couro, sentiu a respiração acelerar com aquela possibilidade até então julgada como improvável. — “ Não pode ser... será que estou alucinando?" — Enquanto observava o animal cavar sentiu a esperança crescer em seu peito. 

— Dragon eu falei para não ir tão longe. — Aquela voz perfeita invadiu cada uma de suas terminações cerebrais, os olhos vermelhos como sangue abrilhantaram ao observar os fios vermelhos esvoaçando.

"Castiel..." — Sentiu o corpo travar. — "Isso é impossível!" — A respiração acelerou novamente e com três balançadas de cabeça se aproximou. — Como você chegou aqui Castiel? — As palavras saltaram de seus lábios. O homem visivelmente confuso deu a certeza de que aquela maldita poção fizera efeito.

— Eu não te conheço, como sabe quem eu sou? — Ele questionou.

— Castiel, olha... Pode parecer loucura, mas eu estudava com você na Sweet Amoris e vim parar aqui através de um círculo de cogumelos há exatos um ano e sete meses atrás. — Tentou em vão fazê-lo recordar.

— Você deve estar me confundindo com alguém. — O vermelho prendeu a guia na corrente do cachorro e aos poucos se afastou da mulher frustrando-a, Karen sentiu uma fúria tomar o seu peito e se sentia no direito de saber o que estava acontecendo, decidindo assim que após o almoço tocaria no assunto...

A aparência de Karen estava fora do comum, raramente a humana era vista usando vestido ou saia. A roupa fora um presente do estilista particular de Huang após a ruiva passar horas ajudando os moradores do palácio.

"Eu estou tão ridícula" — Pensou. Karen sentiu a porta do quarto ser aberta aos poucos e se deparou com Nevra que a olhava totalmente sem fôlego. 

— Uau! Você está linda. — Os olhar lascivo percorreu cada parte daquele corpo deixando-a sem graça.

— Nevra!

— Me desculpa se eu tenho uma namorada incrivelmente bela entre outras coisas. — Ironizou, ao aproximar-se e depositou um beijo nos lábios recém-tingidos de pêssego.

—Ok mais tarde conversamos. Agora vamos logo. — Karen puxou o cachecol do vampiro em direção à porta e por mais que detestasse admitir a partir do momento em que Castiel tornou-se mais do que uma possibilidade voltou a nadar em dúvidas.

O almoço fora agradável, sem assuntos de trabalho, todos estavam focados nas próximas festividades que ocorreriam em algumas semanas, quando o almoço acabou Karen se apressou em seguir Huang até o templo e esperou pacientemente que a aprendiz de fênix terminasse a conversa com Feng Zifu. Os olhos castanhos da  líder dos Ren-Fenghuangs observou cautelosamente a ruiva parada na entrada do templo.

—  Terminamos aqui Feng Zifu. — Huang sorriu enquanto seu braço direito se retirava do local. — Creio que você tenha algo a me dizer.

—  Quando foi que o Castiel chegou aqui? —  Karen perguntou.

—  Você deve está se referindo ao humano? —  A ruiva assentiu — Bom... Feng Zifu o encontrou desacordado ao lado de um animal esquisito no litoral. Em pouco tempo descobrimos que ele é um humano e até tentamos entendê-lo, porém durante esse um ano ele mostrou-se arredio. Castiel prefere viver em no meio do povo e tecnicamente exilado dos outros, ele não participa de nossos costumes, mas sempre que alguém precisa de ajuda ele não nega. —  A ruiva não pode evitar sorrir ao escutá-la, conhecia o cabeça de tomate o suficiente para saber de suas qualidades.

— E porque vocês não o enviaram para o QG? Como  ele veio parar aqui? 

—  Se calme Karen, eu responderei a todas as suas perguntas, mas antes responda a minha? De onde você o conhece? —  Huang perguntou curiosa.

— Ele estudou comigo quando eu estava na minha. — Karen achou plausível omitir a parte do namoro, sentia-se confortável quando a vida pessoal era deixada de lado.

— Oh, interessante, ele deve ter entrado num círculo de cogumelos próximo ao seu isso explicaria o fato dele ter caído aqui. —  Huang concluiu.

—  E onde ele está agora? —  Perguntou temerosa.

—  Bom... Se eu não me engano  há uma casa perto do rio, ele está morando nela. —  Sorriu, novamente. A ruiva agradeceu antes de sair do templo, os passos apressados indicavam a vontade de vê-lo e também a incerteza afinal possuía plena consciência de que ele não se lembrava de nada, contidamente bateu na porta três vezes antes ser atendida.

— Você de novo, o que quer? 

— Nossa que mau humor será que eu poderia entrar? — A ruiva indagou.

—  Pelo visto enquanto eu não conversar com você não serei  deixado em paz? — Resmungou.

—  Isso-isso-isso Sherlock! Muito obrigada pelo convite, agora me conte Castiel, como veio parar aqui? —  Exigiu.

— Primeiro como você sabe o meu nome? —  Perguntou.

— Bom... Pode parecer estranho, mas nós éramos íntimos. —  As bochechas coraram ao memorar tantos momentos compartilhados em um flash involuntário.

— Íntimos? —  Questionou.

— Sim. Eu, você, Lysandre e Rosa aprontaram muito naquela escola. Sei que não recorda de nada mas espero que juntos possamos descobrir um meio de voltar para casa. —  Sussurrou.

— Não há como e agora já não vale mais a pena. A memória de todos que conheço foi apagada, nenhum deles possui possuem essas lembranças assim como eu não lembro de você garota, então contente-se com o que tem. —Karen esboçou um sorriso de canto. 

—  Você está com a razão, mas se exilar não adianta em nada, vai por mim eu já tentei. —  Karen deixou o local sob a sensação de vitória e retornou para o palácio, Nevra estava impaciente dentro do quarto devido a  alguns problema do trabalho enquanto a ruiva retirava aquelas vestes que tanto detestou.

— Isso por acaso é um convite? —  O vampiro perguntou. 

—  Não, mas se fosse o que você faria? —  A ruiva o desafiou e obteve como resposta um sorriso lascivo e as mãos frias do homem que enlaçavam sua cintura, o olhar penetrante queimava-lhe a pele e os beijos libidinosos fizeram-na suspirar. — Acho que ainda temos tempo pra um pouco de diversão. — Piscou.

— Então vamos aproveitar antes que alguém nos chame para o jantar. —  Sem mais delongas as roupas que sobravam no corpo da ruiva foram ao chão e pelo resto da tarde o casal aproveitou os lençóis finos.

O jantar dos Fenghuang conseguiu ser mais animado do que o almoço e após alguns copos de bebida no salão tanto os habitantes do lugar como os convidados se divertiam em uma dança típica, Karen deu sonoras gargalhadas enquanto assistia a Ezarel dançando com Ewelein.

—  Quem diria que ele leva jeito. —  Sussurrou.

—  E você que nem tentou. —  Teve os lábios beijados de leve pelo vampiro. O casal não notou que estava sendo observado pelos olhos cinza do humano que finalmente concordou em participar de uma das muitas festividades. Castiel não soube explicar, porém se sentiu incomodado ao ver a mulher sendo beijada por outro, repetiu para si mesmo diversas vezes que não havia motivos para aquilo já que não a conhecia, por outro lado desejou descobrir um pouco mais sobre a garota que quando percebeu estar sendo observada deixou de lado o braço do vampiro e sem pensar muito foi em sua direção. 

—  Você veio... —  Sorriu.

—  E que diferença isso fará para você? —  Foi questionada por um olhar intenso, Karen ponderou suas vontades, não poderia simplesmente jogar-se nos braços dele. Primeiro que ela era uma desconhecida, segundo que não faria uma canalhice dessas e machucaria vampiro por quem tanto tem apreço.

— Que tal você deixar de ser um resmungão e vir dançar comigo um pouquinho heim? —  Castiel normalmente recusaria aquele pedido, mas no momento precisava entender aquela ligação misteriosa.

— Não irei dançar com você, mas pode ter certeza de que terei mais perguntas quando essa festa acabar. —  O sorriso de Karen ressurgiu e pelo resto da noite ela se dividiu entre o atual e o ex-namorado, em sua mente seria muito mais fácil ficar com ambos ao mesmo tempo, porém sentia que se ofertasse tal ideia perderia os dois.  

" E agora o que eu faço?" — Pensou enquanto dançava nos braços do vampiro. A ruiva respirou fundo antes de decidir-se por completo, não poderia continuar com Nevra pensando em Castiel e nem ao contrário. — "Talvez um beijo sane minha dúvida" — Mais uma vez foi tomada pelos pensamentos insanos, com cautela se desvencilhou de Nevra e notou que Castiel havia sumido, sabia que o roqueiro estaria no mesmo lugar de sempre e não pensou duas vezes antes de ir até a beira do rio apenas para contemplar um Castiel sentado nas pedras segurando uma garrafa de cerveja. — Posso te fazer companhia? — Perguntou incerta.

— Se eu disser que não você irá embora? —  Ela balançou a cabeça em negativa. — Então faça como bem entender. — As palavras dele fizeram-na respirar pesado e a mesma apenas se aproximou, soltou ligeiramente um "tudo bem" e tomada por um impulso roubou-lhe um beijo. O roqueiro no começo recusou aquela ideia e seu corpo discordou totalmente, as mãos envolveram a cintura feminina aprofundando o ósculo, para ela aquele beijo era tudo o que precisava para dar fim a dúvida em sua mente, ainda o amava e mesmo com o coração dividido faria a escolha mais incerta de sua vida. 


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