I'll be there for you... escrita por Yasmim Speretta


Capítulo 3
Capítulo 3 - New Year's Day




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 Acordo assustada. Por um momento, coloco a mão no peito e percebo que meu coração está acelerado. Respiro fundo algumas vezes, tentando me acalmar. “Não tem razão para você estar ansiosa. Controle a respiração e o seu corpo”. Depois de alguns minutos, para de tremer e saio da cama, direto para o banho, longo e quente. A água cai e eu torço para que ela leve todas as minhas preocupações e inquietações. Desde o Natal, parece que estou esperando o momento em que minha vida vai dar uma guinada, mas ele nunca chega e o fato de que o ano termina daqui dois dias não está me ajudando. E sinceramente, estou ficando cansada de esperar.

Saio do chuveiro, coloco um roupão e vou até a cozinha. Chegando lá, encontro Eric sozinho, com uma xícara de chá, lendo alguns papéis do trabalho.

— Bom dia! – ele diz, sem levantar os olhos.

— Bom dia. Não que eu te queira aqui, mas você tem uma casa, sabia? É literalmente na porta ao lado.

— Eu sei, mas vocês tem comida. E um aquecedor melhor! – ele responde, tirando os óculos e dobrando os papéis. – Café?

— Chá. De camomila. Está na porta à direita. – respondo, abrindo a dispensa para preparar algumas torradas.

— Hm, chá. O que aconteceu? – ele pergunta, enquanto prepara a bebida. Eu deixo a pergunta no ar por um momento, enquanto coloco o pão na torradeira e faço uma mistura de cogumelos com ervas frescas para colocar junto com as torradas. Vendo que eu não respondo, ele se apoia na bancada da pia e fica me encarando.

— Você já teve a sensação de que sua vida está indo para um lado completamente oposto do que deveria? – eu pergunto, finalmente.

— Só todos os dias que eu entro na minha sala para trabalhar. – ele diz, suspirando – Ainda não teve resposta da entrevista?

— Não. Acho que eles já teriam falado algo a essa altura. Tá tudo bem, eu vou arrumar outra coisa. Talvez eles tenham achado alguém melhor.

Ele me olha com uma cara debochada, enquanto passo manteiga no pão. Sei que ele está tentando me apoiar, mas nada me tira da cabeça que se eu tivesse algum diferencial, talvez eu conseguiria a vaga. Sento-me a mesa para comer e ele faz o mesmo.

— Olha, se eles não quiseram te contratar, é um problema deles. Você é a pesquisadora de criaturas mágicas mais dedicada que eu já vi. Azar deles se não te querem lá. – ele coloca a mão sobre a minha, dando uma pequena apertada. Eu agradeço com um sorriso. É fácil dizer isso quando já tem um emprego fixo, e não depende mais dos pais para pagar o aluguel. Eu realmente preciso me estabelecer financeiramente e, principalmente, na área que eu decidi seguir.

Comemos em silêncio por um tempo, até eu perguntar quais são os planos para o ano novo. Ele diz que só está pensando em ficar bêbado e eu concordo, rindo. Felizmente, todos estarão livres e juntos, então vai ser uma noite bem divertida. Começo a fazer uma lista do que deveríamos comprar para a comemoração, quando vejo uma coruja batendo na janela da cozinha. Vou até ela, com um aperto forte no coração, e retiro a mensagem.

Cara senhorita Winter,

            Venho através deste aviso solicitar que esteja ainda hoje, as 17h, no Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, a fim de realizarmos a última entrevista classificatória para a posição em vacância correspondente à Seção de Desinformação. Solicito que envie sua confirmação pela mesma coruja em que esta mensagem foi enviada.

            Atenciosamente,        

                                                                                                                                                                                      Lacerta Jacobson

Leio a carta pelo menos três vezes antes de entender o que realmente significa. Eu ainda tenho uma chance de conseguir o emprego. Eric pergunta o que está escrito e eu lhe entrego o papel.

— EU SABIA! – ele diz, gritando e me levantando em seus braços – O EMPREGO JÁ É SEU!

— Você acabou de dizer que o emprego não importa – eu digo, rindo enquanto ele me balança pra cima e para baixo.

— IGNORA AQUILO, É CLARO QUE VOCÊ VAI CONSEGUIR. A gente tem que comemorar!

— Vamos deixar para fazer isso amanhã, o que você acha?

***

Dou uma última olhada no espelho, tentando identificar qualquer traço de nervosismo. Meu cabelo está escovado, estou usando pouca maquiagem e um traje formal, com um blazer preto, calça flare preta e uma blusa branca básica, com um sapato de salto médio. Respiro fundo e pego minha bolsa e uma pasta com todos os documentos que vim reunindo. Vou até a lareira da sala e coloco um pouco de pó de flu na mão, falando claramente que desejo ir até o Ministério da Magia.

Após a minha identificação inicial, vou até o elevador, que está vazio, exceto pelos de aviõezinhos de papel sobre a minha cabeça. Quando estou no nível um, um homem entra, me desejando boa tarde. As palavras parecem que ficam presas na minha boca por conta da ansiedade, então apenas sorrio (ou talvez tenha sido porque ele é incrivelmente bonito). Acredito que também devo ter chamado sua atenção, já que ele me olha por um bom tempo.

Ao chegar ao nível 3, as portas se abrem e ele as segura para mim. Murmuro um obrigada e me dirijo à recepção, perguntando onde devo ir para a entrevista. Enquanto aguardo sentada em uma fileira de cadeiras, dou uma olhada na sala. Parece tudo muito quieto, por conta das festas de fim de ano. Ainda assim, algumas seções continuam em atividade, já que criaturas mágicas são imprevisíveis e o Ministério está sempre alerta. Começo a balançar minha perna de forma inquietante, até que ouço meu nome ser chamado. Quando me levanto, todos os papéis que estou carregando vão para o chão. Me agacho e começo a recolhe-los o mais rápido possível, e sigo a mulher que me chamou, até uma sala no fim de um corredor.

— Boa tarde, senhorita Winter, meu nome é Lacerta Jacobson, chefe do Departamento – ela diz, me estendendo a mão.

Dou uma pequena contorcida, já que minhas mãos estão cheias com os documentos que reuni, e aceito o cumprimento. A mulher responsável pela minha entrevista é bem mais velha, com cara de poucos amigos. Ela tem cabelos grisalhos cuidadosamente arrumados em um coque, e está vestindo um terninho sem graça cinza, com óculos pendurados no pescoço. Sentamo-nos e vejo que a sala é maior do que aparenta, com várias réplicas de animais raros, cartazes de procura-se e estantes e mais estantes de livros e registros. A perspectiva de que eu possa lê-los me anima momentaneamente.

— Muito bem, vou fazer algumas perguntas sobre você e sua especialização, além de algumas de conhecimentos gerais sobre criaturas, certo? – ela não espera eu concordar – Certo, por que você escolheu a área?

Ela parece muito, muito impaciente de ter que fazer essa entrevista. Além de parecer entediada com qualquer coisa que eu possa falar.

— Bom, eu descobri que era uma bruxa quando encontrei um pocotó na minha infância. Desde então, eu tenho muito interesse em magizoolo...

—Você sabe a diferença entre um cinzal e um verme cego? – ela me pergunta. Por um momento, busco me recuperar da interrupção.

— Claro. Um cinzal surge de um fogo mágico, enquanto o verme cego prefere ambientes úmidos. O cinzal é considerado perigoso, porque pode incendiar o local, à medida que procura lugares para colocar seus ovos. O verme, pelo contrário, é inofensivo. Mas o muco dele é muito bom para poções...

— Como você domaria um quintípede? – ele pergunta, colocando os óculos e olhando para algumas anotações, como se tudo o que eu falasse não importasse.

— Desculpe, mas... – ela me olha, atrás de grossas lentes, me analisando – Quintípede não são domados. Existem estudos recentes que procuram mudar e analisar o comportamento deles, mas são criaturas extremamente perigosas para qualquer criatura viva para serem domesticadas...

Ela não fala por pelo menos um minuto, o que me deixa extremamente desconfortável.

— E por que você esperou tanto tempo para começar a trabalhar com criaturas mágicas? – ela me pergunta, de supetão. Vendo minha expressão confusa, ela continua – Você saiu de Hogwarts há pelo menos três anos. Passou no Exame Satisfatório de Cuidados de Criaturas com nota máxima. Por que você não começou a lidar com criaturas desde então?

— Bem, eu... Depois que sai de Hogwarts e fiz o exame, admito que estava um pouco perdida sobre qual profissão gostaria de seguir. Mas eu sempre soube que gostaria de seguir nessa área. Tanto que passei um ano no Brasil, fazendo estudos analíticos sobre as criaturas que viviam lá, na Floresta Amazônica. Aqui, eu trouxe até uma cópia dos estudos que registrei... – eu digo, procurando alguns papéis.

— Ora, por favor! – ela diz, exasperada – Você tem cartas de recomendações ótimas, admito isso. Não são todos que tem Newt Scamander como orientador de pesquisa e Rúbeo Hagrid como, segundo as palavras dele, “um querido amigo e companheiro na defesa das belas criaturas mágicas”. Sem contar suas notas, você realmente tem indicações excelentes. Mas ainda não consigo entender o porquê de você estar aqui.

Por um momento eu fico paralisada. Por que eu estava ali? Porque eu gostaria de ganhar um salário, talvez? Ou quem sabe, ficar mais por dentro da forma que o Ministério vem tratando as criaturas mágicas?

— Bom, já que nem você sabe a resposta para isso, acho que acabamos por aqui – ela diz, reunindo suas coisas.

— Eu quero fazer a diferença – eu digo, baixinho, olhando para baixo. Quando levanto meus olhos, ela está olhando para mim, atentamente – Eu quero fazer algo da minha vida. Eu sai da escola e busquei me descobrir como magizoologista. E nesses anos, eu soube que eu amo pesquisar sobre eles. Eu amo descobrir novos hábitos e ver como se desenvolvem. E não só isso, eu amo descobrir as histórias e o que temos em comum, como seres. Ou a senhora acha justo que os bruxos tratem os lobisomens como uma raça diferente?

— Não é isso que está em questão – ela responde, com um tom levemente irritado.

— Mas deveria ser! E é isso que eu quero fazer aqui. Quero ser a pessoa que pensa diferente do que já está implementado, porque isso é discriminatório e prepotente. Bruxos deveriam prestar apoio a todas as criaturas mágicas, e não simplesmente cataloga-las e coloca-las em uma estante. E mais importante que isso, não deveriam mata-las!

— Você tem noção que temos uma seção exclusivamente para isso, não é? – ela diz, com um tom debochado e rindo.

— Sim, eu sei. Então, se existem tantas pessoas que tem essa função, uma pessoa só com o pensamento contrário não faria tanta diferença, não é? – pergunto, desafiante. Ela aperta seus olhos, me olhando com profundo desprezo.

— Como eu disse, acabamos por aqui. Agradeço por ter vindo – ela diz, me indicando a porta.

Eu me levanto, um tanto enfurecida. Organizo os meus papéis em uma pilha e deixo em cima das anotações dela.

— Só no caso de você querer conhecer quem eu realmente sou e o que faço. Eu sou uma pesquisadora. Sei o que estou me propondo a fazer.

Saio, batendo a porta atrás de mim.

***

Assim que chego ao apartamento, me jogo de cara no sofá, jogando a bolsa no chão. Liz está na poltrona, fazendo suas unhas.

— E então, como foi a entrevista? Eric me contou que você foi chamada! – ela me pergunta. Eu só dou um gemido de frustração. – Tão ruim assim, hein?

— Foi horrível – eu respondo, me sentando e tirando os sapatos – Eu discuti com a chefe do Departamento, me perdi nas perguntas e me fiz papel de boba. Eles não dariam esse emprego nem se eu chorasse na frente do Ministro.

Coloco a cabeça nas mãos, tentando me desprender do sentimento de derrota. Eu não acredito que falei tantas coisas daquela forma. Liz para o que está fazendo e me olha, pensando no que poderia dizer.

— Kate, esse é um dos seus maiores defeitos. Você nunca está satisfeita com o que fez. Você tem cartas dos melhores profissionais da sua área! Na nossa época na escola, era a melhor aluna na aula de Trato das Criaturas Mágicas. E mesmo com tudo isso, você ainda não acredita que é competente.

Eu concordo com ela. Parece que eu sempre exijo muito de mim mesma. Isso é esgotante e repetitivo. Eu sei que meus estudos são ótimos e seria uma boa profissional, mas o que mais me importa é a aprovação alheia, então eu sempre vou me sentir frustrada. Até o dia em que eu mesma me contentar com o que faço.

— Está tudo bem se você não conseguir. – ela me diz, com um tom mais amável – Nós vamos dar um jeito. Você poderia até ter um trabalho no mundo dos trouxas! Como é o nome daquele lugar que eles criam animais?

— Em um zoológico? Não, eu acho que não. Sem contar que a cotação da moeda trouxa e da moeda bruxa anda terrível.

— Bom, quem sabe você possa trabalhar com a Nellie por um tempo. – ela diz, passando um tom vermelho vibrante nas unhas – Quem não trocaria dragões por lidar com coisas exotéricas todos os dias?

— Eu prefiro os dragões. – respondo, rindo.

***

No dia seguinte, levanto com uma dor de cabeça terrível. Vou direto para a cozinha, buscar um copo de água para tomar um remédio trouxa que sempre resolve minha enxaqueca. Meu objetivo é ficar o máximo que puder na cama para aguentar a noite e as bebidas que teremos hoje. Mas enquanto estou enchendo o copo, vejo uma coruja chegando à janela, a mesma que entregou a carta da senhora Jacobson no dia anterior. Meu corpo inteiro trava.

Estou retirando a mensagem da coruja com mãos trêmulas, enquanto Jason entra na cozinha de pijama e com o cabelo todo arrepiado.

— Bom dia... Tem suco? – ele pergunta, indo até a geladeira.

— Não, Eric tomou tudo ontem – respondo, sem dar muita atenção, olhando fixamente para a carta em minhas mãos.

— O que é isso? É...

— A resposta da minha entrevista...

— O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO? ABRE LOGO!

Eu simplesmente não consigo. Fico com o papel na mão, olhando por um longo tempo. Jason fica me olhando, em expectativa, e vendo que não pretendo abrir tão cedo, ele me senta na cadeira e diz que vai me fazer uma xícara de café, para me acordar um pouco. Deixo o papel na mesa, bem na minha frente. A minha resposta está bem ali, mas eu não tenho coragem de abrir o envelope. E se eu não tiver conseguido? Não seria melhor não ter resposta nenhuma do que uma negativa? Decido que não vou abrir.

Eric e Nellie entram no apartamento, desejando bom dia. Nellie me pergunta como foi a entrevista. Parece que eu ainda estou um pouco em choque, e Jason diz por mim que eu acabei de receber a resposta.

— Ué, vamos abrir então! – Eric diz, pegando o envelope. Antes que eu possa fazer algo para impedi-lo, Nellie pega o papel da mão dele, dizendo que não é algo que lhe diz respeito. Eu a agradeço com um pequeno sorriso e dou um suspiro.

— Você sabe que isso que você está sentindo só vai passar quando você souber, né? – ele diz, colocando a mão no meu ombro. Eu aceno com a cabeça, mas sigo convicta de não abrir. Assim que ficar sozinha, pretendo queimar a carta. Todos começam a contar os planos para o dia e como pretendemos passar a noite. Tento me descontrair e participar, mas ainda tem uma pequena voz no fundo da minha mente me repreendendo.

***

Finalmente, o momento em que todos esperávamos chega. Todas as meninas estão no meu quarto, rindo e bebendo cerveja amanteigada para começar a noite, enquanto nos arrumamos e cantamos a plenos pulmões com a música que está tocando. Liz está terminando de arrumar o cabelo maravilhoso e cacheado que ela tem, enquanto eu passo um batom vinho e Nel decide o que vestir. Eu prefiro uma calça preta básica, um suéter branco e coturnos, bem confortável. Nellie coloca um vestido de mangas compridas verde e meia calça, com sapatinhos fechados e vários colares, como de costume. Já Liz decide que essa noite será brilhante, então sua roupa não poderia ser simples: ela está vestindo um body dourado de lantejoulas, com uma linda saia comprida preta e botas de salto. Para completar o look, ela coloca uma jaqueta lindíssima e brincos de argola.

Admito que estou ficando um pouco bêbada e a companhia das minha amigas faz com que eu não me lembre do quão decepcionada estou. Liz decide que devemos beber algo ainda mais forte e vai até a cozinha buscar um uísque de fogo e Nellie aumenta ainda mais o som. Quando Liz volta, ela trás Jason e os dois começam a dançar alegremente. Nellie se junta a eles, enquanto eu dou os últimos retoques, rindo dos movimentos desajeitados deles (menos de Liz, ela é uma artista). Em poucos minutos, já estamos completamente bêbados e sem entender muito bem o que estamos dizendo.

— E AI, QUEM QUER FICAR MUITO LOUCO? – ouvimos Eric gritar da cozinha. Ele e Henry chegam com mais bebidas, e vamos todos para a sala, nos desafiando a beber rápido, enquanto atropelamos as palavras. A música continua tocando alto e tomando conta do meu corpo. É uma sensação ótima, como se eu não tivesse controle de nada e nem do que estou pensando. Só me importo em sentir a música.

Do nada, sinto duas mãos na minha cintura, por trás, dançando no mesmo ritmo que eu. Sem olhar para trás, percebo que é Henry. Continuamos dançando, até o momento que levanto meus braços, enquanto mexo meu corpo no compasso da música, e coloco meus braços gentilmente em seu pescoço, fazendo com que se aproxime mais de mim, mas ainda de costas. Fecho meus olhos e apenas o sinto.

— OK, EU TENHO UMA POPOSTA! – diz Eric, completamente bêbado e um pouco cambaleante – POPOSTA NÃO, EU TENHO UMA PROPOSTA! E SE A GENTE SAIR PARA VER OS FOGOS?

E é claro que concordamos, gritando. Pegamos nossos casacos e aparatamos em uma rua no meio de Londres, longe dos trouxas. Vamos até uma ponte, em que temos uma visão de um parque, em que estão se preparando para soltarem fogos de artifícios. Várias famílias, casais e grupos de amigos estão reunidos no gramado, sentados. Ficamos lá, esperando o momento em que o novo ano começará.

Então, eu sinto algo no bolso do meu casaco. Olho para o lado e vejo que Eric colocou a resposta da minha entrevista lá, sem que ninguém visse. Ele sorri e coloca o dedo sobre os lábios, como se fosse um segredo, e se volta para beber mais com Henry. Eu coloco minha mão sobre o volume e, por um impulso de curiosidade, decido ler o que está escrito. Afasto-me, sem que ninguém perceba, para poder ler o que está escrito.

— OK, VAMOS LÁ! – diz Jason, olhando no relógio – 10, 9, 8...

— Eu consegui... – eu digo, baixinho, enquanto volto para o grupo – EU CONSEGUI O EMPREGO!

Todos me olham e começam a pular e me abraçar, gritando. Eu só consigo sorrir e chorar ao mesmo tempo. Juntamo-nos em um grande abraço e passamos os últimos segundos do ano assim. Quando os fogos começam a alcançar o céu, sinto que o meu coração também está explodindo. De felicidade.


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