Reconstrução escrita por Gabs Germano, Indignado Secreto de Natal


Capítulo 19
Paz


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que prometi postar e acabou não acontecendo. Mil desculpas! Mas agora prometo que termino de postar.



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A neve já não caia mais, entretanto a noite era extremamente fria. Uma noite silenciosa no bairro trouxa. Os passos de Sirius ecoaram à medida que se aproximava da porta com o número 4 exposto, ao deter-se diante da porta, ele sentiu o coração pulsar violentamente contra seu peito tamanha o nervosismo. Com os nós dos dedos, ele bateu na porta, aguardando.

A espera foi impaciente, encolhendo-se na jaqueta de couro costumeira, olhando para trás vez ou outra, certificando-se que Remus ainda o aguardando. Os olhares fixavam-se mesmo ao longe, ambos ansiosos.

Durante a espera, Sirius escutou vozes agitadas, abafas e logo após passos apressados do lado de dentro da casa. Por um momento mirando os detalhes da porta, ele recordou-se de quando Lily o chamou para contar que ela estava grávida e não sabia o que fazer devido a guerra. Sirius recordava-se exatamente do gosto em sua boca de um sentimento amargo, pois estavam em uma guerra que a cada dia morria diversas pessoas, um filho naquele momento não era algo bom.

Lily chorou naquele dia, em seus braços, não sabendo o que fazer e como contar para James que eles teriam um filho durante épocas de trevas. Naquele dia, Sirius sentiu-se ainda mais próximo da mulher que seu melhor amigo tinha escolhido e se algum dia existiu ciúmes, não existia mais.

O sentimento foi ambíguo como naquele exato momento diante da porta esperando alguém o atender. O medo era real, palpável e o deixava sufocado, mas havia no fundo de seu peito uma esperança surgindo. Harry nasceu em meio ao caos e trouxe para todos ao redor dos Potter, paz e calma. Harry foi luz em meio a trevas para diversas pessoas que nem mesmo conhecia ele de fato. E naquele momento em meio ao seu próprio temor de cuidar do afilhado, Harry estava sendo novamente sua luz.

A porta ao abrir-se, revelou uma mulher totalmente diferente do que Lily era. E apesar de serem irmãs, não se assemelhavam em praticamente nada. Os traços eram rudes, sérios, a doçura no olhar de Lily não existia no olhar frio e questionador de Petunia. Ela estava envolta de um robe nude, muito similar ao que uma senhora de 60 anos provavelmente usaria e não alguém com a idade que ela provavelmente havia.

Sirius sentiu-se constrangido ao notar que o olhar dela percorria-o dos pés à cabeça, com o cenho franzido e aquela carranca que provavelmente só um general de exército teria.

― Vim buscar meu afilhado. ― Informou Black, de forma rude, ainda incomodado pelo olhar que recebia. ― Aqui está o documento que informa que a guarda dele é minha a partir de hoje.

O pergaminho em sua mão fora completamente ignorado e a senhora Dursley virou-se sem dizer nenhuma palavra e caminhou em direção a uma pequena porta embaixo da escada, pelo que Sirius conseguiu ver ao tentar espiar dentro da casa. Ele optou por não pensar no minúsculo espaço que provavelmente Harry dormia sob as escadas, pois se pensasse muito, ele acabaria arrumando uma briga, que ele prometera não arrumar.

Virou mais uma vez o rosto em direção a Remus, certificando-se que ele se encontrava ali o aguardando e recebeu do lobisomem um sorriso confiante em sua direção. Ao voltar seu olhar para dentro da casa, observou a irmã de Lily saindo do cômodo com um pequeno bebê adormecido nos braços, bem agasalhado e com uma manta o cobrindo.

― Nós não compramos nenhuma roupa para ele, já que tem as roupas que meu filho não usava mais e essa manta foi a que veio junto com ele. ― Informou de forma seca, entregando sem nenhuma hesitação Harry para Sirius.

Ao pegar o bebê em seus braços, Sirius sentiu uma sensação que a muito não sentia. Era um sentimento puro de paz. Sirius aninhou seu pequeno em seus braços, para o frio não o atingir e sorriu para a cena do bebê adormecido alheio a tudo ao seu redor.

― Cuide bem dele, por favor. ― Pediu Petunia em um sussurro quase inaudível, mirando o corredor atrás de si desconfiada.

Sirius optou pelo silencio, apenas acenando a cabeça em concordância, antes de dar a costa para a porta da casa, sentindo a paz percorrendo seu ser por inteiro e caminhar em direção a Remus, que o aguardava com um sorriso imenso no rosto.


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