Sobrenatural escrita por CM Winchester


Capítulo 8
Capitulo 7 - ALVO




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— Vamos comentar que Alisson nunca me amou. Eu era so uma valvula de escape assim como Jesse é sua valvula de escape. Me diz que ama Jesse mais que tudo na tua vida ate mais que você. E eu te entrego amanhã para ele. Tem que ser verdadeira.
— Eu amo ele.
— Sim você ama como qualquer coisa menos como namorado. Você o ama como amigo, companheiro de luta e ate como amante na cama. Não é o bastante! É fraco!
— E você esta dizendo que eu posso estar apaixonada por você?
— Olha no meu olho e diz que não sente atração?
— Você pode ser so mais um amante na minha cama.
— Se amasse ele de verdade não pensaria em outro na sua cama.
Ele me pegou direitinho.
Eu não podia acreditar naquilo. Lancei um olhar para Isaac observando desde seus cabelos castanhos claros ate os pés. Me demorando em seus olhos azuis e seu membro ainda duro.
Se você estiver dividida entre dois amores escolha o segundo por que se amasse mesmo o primeiro não existiria um segundo.
Essa frase nunca fez tanto sentido.
Eu o desejava. O desejava desde o elevador. Senti atração assim que toquei nele. E em todas as vezes que a gente se viu. Nunca me importei com alguem sem camisa, mas ele me incomodou aquilo.
Me incomodou por que eu sentia atração por aquele corpo.
Voltei minha atenção para o seus olhos que estavam esperando com expectativa.
— Isaac... - Não consegui falar e ele aproveitou isso para se aproximar de mim, coloquei minhas mãos em seu peito. - Não posso fazer isso. Sinto muito. Não posso fazer isso. Vai alem da Alisson ou do Jesse. Claro que eles são importantes para mim. - Ele abriu a boca para falar, mas eu coloquei o dedo em seus labios. - Vai sobre o meu carater. Não posso cometer essa traição.
— Então você vai voltar e tentar viver sua vida com aquele garoto? Acredita mesmo que sera feliz?
— Não existe felicidade para gente como eu. Não existe Contos de Fadas. Final feliz. Nada disso. É so sobrevivencia.
— Eu acreditava nisso ate conhecer você. E eu me permiti ser feliz você que não esta deixando.
— Sinto muito. Muito mesmo. Mas não posso.
Ele levantou e ficou me encarando.
— Amanhã eu levarei você para ele.
— Isaac? - Falei, mas ele saiu e fechou a porta.
Me joguei na cama e voltei a chorar.
Desta vez por que meu coração estava sem alternativas. Eu não podia ficar com ele.
Seria alta traição contra a Caçada. E isso me levaria a julgamento.
Quando amanheceu vesti minha roupa e sai do quarto. Eles estavam reunidos tomando cafe quando alcancei o ultimo degrau da escada.
Todos me encararam. É claro que todos ouviram minha briga com Isaac.
— Quer café? - Cora perguntou.
— Não. So quero ir embora. - Derek jogou as chaves de algo para mim que as peguei no ar.
— Isaac deixou comigo hoje de manhã.
— Onde ele esta? - Perguntei e Derek deu de ombros. - Derek o melhor jeito de vencer esse Alfa é nos juntando. Vai por mim.
— Você ate pode ajudar, mas duvido que seus companheiros irão aceitar isso numa boa. No final todos somos alvos. E você não pode negar.
Assenti depois recuei e segui para as escadas. Terminei de descer as escadas que estava com as luzes ligadas desta vez. Assim que cheguei a garagem subteranea fiquei impressionada. Tinha alguns carros e motos. Caminhei ate encontrar a minha ducatti e o capacete em cima do banco.
Peguei o capacete e o coloquei antes de subir na moto. A liguei e fiquei escutando o som do motor. Lancei um olhar em volta depois suspirei e acelerei em direção a saida.
Dirigi de volta a cidade. A estrada como eu imaginava era bem esburacada, mas minha moto aguentou o trajeto mesmo sem ela ser para isso.
Quando cheguei a casa de Alexandre encontrei os dois tomando café.
— Eu sabia! - Jesse gritou. - Sabia que você fugiria! Essa é minha garota.
— Eles me soltaram. - Eu respondi.
— Eles te soltaram? - Os dois perguntaram juntos ambos incredulos.
— Sim. Eles so querem um jeito de ter ajuda contra o Alfa. E eu estou disposta a dar essa ajuda.
— Você quer lutar ao lado de lobisomens? - Alexandre perguntou. - Você recuperou o pouco da sujeira que sua familia fez sobre o sobrenome Argent e agora quer terminar de sujar o resto que sobrou?
— Familia? Eu não tenho familia Alexandre. Minha familia é a Caçada.
— Pior ainda. Você deve mais respeito ainda.
— É so matar o Alfa novo. Deixar os outros vivos e ir embora. Pronto! Vocês que gostam de complicar as coisas. - Falei antes de seguir para as escadas.
Tomei um banho e sentei no chão do banheiro abraçando as minhas pernas. Eu estava exausta. Sentimentos. Corpo. Mente. Tudo.
Quando finalmente sai do banheiro encontrei Jesse. Ele veio e me abraçou.
— Você não sabe a raiva que eu senti da audacia daquele garoto. - Ele resmungou. - Que vontade de mata-lo. - Ele foi me beijar, mas eu virei o rosto e ele beijou minha bochecha depois se afastou. - Tudo bem?
— Acho que chegou a hora. - Murmurei.
— A hora?
— Minha cabeça esta um turbilhão Jesse, mas eu sei o que eu quero e o que eu não quero. Acho que ja chega de brincar de marido e mulher.
— Brincar? Você estava brincando todo esse tempo? - Ele se afastou de mim.
— Não. Mas vamos comentar que é melhor nós pararmos de se enganar. Você não me ama e eu não te amo. Nós so nos completamos e damos certo. Mas não ha mais nada que isso. Somos irmãos e companheiros de luta. Você foi meu primeiro na cama e meu primeiro em tudo na verdade.
— Mas não vou ser o ultimo. - Ele sussurrou e eu cocei a sobrancelha. - O que fizeram com você?
— Não fizeram nada. Eu so... Cansei.
— Cansou de mim?
— Não Jesse! Cansei dessa vida. Enquanto eu estava confinada eu fiquei pensando na minha vida e... Eu quero um tempo disso tudo incluindo você. Quero caçar o Alfa e lutar no mundial depois tirar ferias.
— Ferias? Você esta pedindo ferias?
— Eu preciso me encontrar.
— O que esta acontecendo com você Katrina?
— Não é nada Jesse. Nós vamos ficar bem. Eu preciso de um tempo.
Ele ficou me encarando e mordendo o labio.
— E quando você voltar como vai ser?
Eu sabia do que ele estava falando. Nós moravamos juntos. Tinhamos de fato uma historia.
— Eu não sei. - Respondi. - Quero você comigo.
— Mas como amigo. Ja entendi. - Molhei os labios. - Vai ser diferente isso. Não pode me propor para sermos amigos coloridos?
— Nós ja começamos assim lembra? - Ele sorriu.
— Você sabe que eu sinto mais que uma amizade por você não é?
— Um dia você vai entender isso Jesse e vai ver que eu estou certa.
— Ou você vai descobrir que esta errada. - Ele saiu do quarto.
E eu sabia que ele estava destruido. Eu tinha acabado de destruir um amigo.
Eu não vi Isaac nos dias que se seguiram e Jesse estava tentando deixar as coisas entre nós o mais normal possivel, mas era claro que ele estava magoado.
Eu treinei para o mundial e na sexta a noite viajei para Las Vegas. Fui sozinha.
La encontrei meu patrocinador e treinador. Coloquei a bermuda preta com dourada de lutadora e um top preto simples. Tiramos fotos antes da luta. As duas de punhos fechados encenando uma luta.
— Vou acabar com você. - Ela falou.
Karina era uma otima lutadora. Mas como Jesse tinha dito. Não tinha chance contra mim.
Nós ficamos frente a frente no tatame. Ela atacou com um soco e eu segurei seu braço lancei meu joelho contra sua barriga e ela cambaleou para tras, desferi um direto depois um cruzado acertando os dois. Sangue espalhou por tudo.
Ela se afastou e eu comecei a pular fazendo os passinhos de luta. Parei e chamei ela com os dedos.
Ela estava furiosa quando veio ate a mim. Cega pelo odio tentou me acertar e eu controlei a respiração antes de girar acertando um chute em sua cabeça.
Seu corpo despencou no chão. Eu poderia subir em cima dela e finalizar a luta ali mesmo. Mas preferi dar um tempo. Ela me encarou e eu fiz sinal com os dedos para ela vir de novo na minha direção.
Karina levantou e veio de novo corri na direção dela e saltei colocando minhas pernas em seus ombros, grudei o cotovelo na sua cabeça duas vezes e ela despencou no chão comigo em cima dela. Girei meu corpo e fiquei por cima dela.
Desferi um soco e ela bateu suas mãos no tatame. Fim de luta. O juiz puxou meu corpo para ficar em pé. Ela levantou toda ensanguentada e apertou minha mão. Esperei enquanto limpavam o rosto dela todo cortado.
O juiz ficou entre nós duas segurando nossas mãos depois ergueu minha mão para cima. Nessa hora meus companheiros de luta invadiram o lugar e me ergueram do chão. Agarrei o cinturão ainda no ar e sorri.
Subi no cercado erguendo o cinturão e gritando para a plateia que estava alvorotada.
Era encenação. Eu não estava feliz. Lutei para garantir um futuro. Mas não estava feliz. Faltava as pessoas que sempre me apoiaram. E eu sentia a falta de Isaac. Queria saber se ele ficaria orgulhoso de mim.
No domingo vesti uma calça jeans, regata branca, jaqueta de couro e coturno antes de arrumar minhas coisas. Retornei a Los Angeles, fui de onibus ate a casa de Alexandre. Era noite.
Caminhei uma quadra ate o portão da casa. Estava distraida pensando na luta. Em como tinha sido facil ganhar. Senti algo agarrar minha mala que estava pendurada no ombro e eu fui puxada para tras.
Cai de costas no chão. Olhei para os lados e vi os lobisomens do clã inimigo de Derek.
— Você matou dois dos nossos. - O Alfa resmungou. - Agora é a sua vez!
Levantei ficando de frente para ele enquanto os lobisomens abriam uma circulo e me cercavam. Eu estava cercada.
Uma vez eu consegui deixar minhas roupas invisiveis, mas eu precisava de muita concentração. Respirei fundo e meu corpo começou a ficar invisivel. Ate que as roupas tambem sumiram. Mantendo a maior concentração possivel eu passei pelos lobisomens atras de mim.
Depois corri na direção do portão.
— Peguem ela! - O Alfa gritou.
Meu corpo tinha ficado visivel de novo. Consegui alcançar o portão e apertei o botão vermelho. Soaria o alarme dentro da casa o que significava "invasão". Meu corpo foi arremessado longe.
Eu girei na calçada so tive tempo de erguer os braços e proteger a cabeça. Um lobisomem se aproximou de mim e ergueu a mão em garra. Um tiro o atingiu e ele caiu ao meu lado ja voltando a forma humana.
Jesse e Alexandre estavam atirando contra os lobisomens. Levantei e corri na direção deles enquanto Jesse atirava em qualquer um que tentasse me pegar. Entrei no portão e Alexandre apertou o botão do portão que foi fechado.
Corremos na direção da casa e entramos fechando a porta.
— Você esta bem? - Jesse perguntou e eu assenti me apoiando na parede. - Eu digo para você sempre andar armada.
— Não tinha como viajar com uma arma Jesse. - Resmunguei. - Como eles me encontraram?
— Sua luta passou na tv. Com certeza eles devem ter te reconhecido. - Alexandre falou.
— Minha luta passou na tv?
— Sim. E a proposito parabéns. Você lutou bem.
— Obrigada.
— Eles ja foram embora. - Jesse olhou pelas cameras em um compartimento que se abria perto da porta. - E levaram a sua mochila. Tinha algo de importante?
— Tinha tudo tirando é claro minhas armas.
— Agora eles vão tentar descobrir o maximo sobre você. - Jesse deu de ombros. - Dificilmente vão encontrar algo.
— Isso não melhora o fato de que eu preciso dos meus documentos e tinha dinheiro lá tambem.
— Você não trouxe seu premio em dinheiro trouxe?
— Esta no banco. Sorte que o cartão esta aqui.
— Uma coisa que eu tenho que admitir. - Jesse murmurou e nós encaramos eles. - Eles tem você como um alvo.


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