Sobrenatural escrita por CM Winchester


Capítulo 5
Capitulo 4 - AGORA ERA PESSOAL




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Quando sai do banheiro deitei na cama. Jesse entrou no quarto trazendo uma xicara de cafe.
— Com certeza não tomou nada quando saiu de manhã.
— Não. - Respondi pegando a xicara. - Obrigada. - Ele sorriu antes de beijar meus labios. - Por favor leve essas roupas para lavanderia.
— Eu levo. Mas antes. - Seus dedos passearam da minha cintura para a minha intimidade e eu sorri deixando a xicara em cima do criado mudo.
A noite saimos para caçar de novo, mas não encontramos nada. Nenhum movimento de nenhuma das partes.
O outro clã de lobisomens sabia que nós estavamos na area tambem.
A noite seguinte tambem tinha sido tranquila. Tudo o que eu menos queria era que eles aproveitassem a minha ida ate Las Vegas para brigar pela cidade.
Hoje era quarta feira e no sabado eu lutaria pelo meu cinturão em Las Vegas. Jesse fortaleceu os treinamentos nesses dias que se passaram, mas ele sabia que eu era uma otima lutadora.
A noite vesti uma regata marrom, calça marrom mais escura com bolsos laterais e coturno. Fiz um coque e peguei a minha arma. Descemos as escadas e saimos para caçar de novo.
Desta vez sim ouvimos um uivo. Eu sai correndo na frente ja que era mais agil que os outros. Fiz sinal com os dedos e Jesse seguiu por outro lado.
Corri e fiz a volta no predio. Me encostei a parede e arrumei a mira. Quando estava pronta para puxar o gatilho meu corpo foi arremessado longe. Cai na escuridão do beco. Peguei a lanterna do bolso da calça e a liguei procurando pelo meu agressor ou pela minha arma.
Ambos tinham sumido.
Agora era pessoal.
Levantei e fui em direção a saida do beco quando um homem apareceu.
— O que esta fazendo sozinha aqui garota?
— Não é da sua conta. E se eu fosse você correria. - Ele sorriu.
— Correr? Quem devia estar com medo é você. Sozinha aqui.
Ele era um humano qualquer. Um idiota que achava que podia se aproveitar de uma garota indefesa.
Indefesa so na cabeça dele.
Desliguei a lanterna e guardei no bolso. Ele sorriu vindo na minha direção.
Quando ele ergueu a mão para tocar meu rosto acertei minha mão embaixo do seu queixo o fazendo cambalear para tras. Ele se recuperou agora furioso e veio na minha direção.
Corri antes de saltar e colocar as duas pernas no ombro dele, girei meu corpo e o derrubei no chão. Girei meu corpo ja ficando em pé e chutei sua cabeça antes de correr na direção das escadas do predio.
Quando cheguei no topo não vi nenhum lobisomem. Eu não conseguia acreditar que tinham pegado a minha arma. Jesse apareceu no outro predio.
— Onde eles estão?
— Não sei. - Respondi. - Fugiram de novo. E levaram minha arma. Agora quero mata-los mais do que nunca. - Ele sorriu.
— É assim que se fala.
Desci do predio e passei pelo homem desmaiado no chão. Encontrei com Jesse na esquina e ele me entregou uma arma extra.
Assim que voltamos para casa meu humor tinha alcançado o pico maximo de raiva.
Fiquei treinando ate de madrugada. Quando retornei ao quarto depois de tomar um banho Jesse ja estava no seu decimo sono.
Acordei mais tarde e com beijos. Fiquei mais alerta e recebi Jesse com vontade.
Depois de tomar banho vesti uma regata vermelho escuro, short jeans desfiado e calcei meu coturno.
Tomei cafe e sai para caminhar na praia. Encontrei um lugar bom para sentar e mais afastado do pessoal. Abri meu caderno e comecei a escrever.
Estava distraida quando notei uma sombra tapando o sol. Olhei para cima e encontrei Isaac.
— Isso é perseguição sabia? - Resmunguei e ele sentou a minha frente.
— Sua Winchester esta comigo.
— Você a pegou?
— Malia a pegou por que você iria atirar em Derek. Achei que estavamos no mesmo lado.
— Vamos dizer que eu não escolho lados.
— Ja esperava algo assim.
Ele observou meu corpo depois suspirou.
— Como é essa tal Caçada do Alasca?
— Por que o interesse?
— Curiosidade.
— É tipo uma escola/orfanato. Lá é onde os filhos dos Caçadores são criados e treinados. Normalmente um caçador não quer ter filhos por que isso atrapalha na caçada e quando isso acontece eles deixam os bebes na Caçada.
— Serio isso?
— Sim. Você ficaria impressionado com o numero de bebes que são largados por ano lá.
— O lugar é grande?
— Enorme.
— E é bom de morar lá?
— Como eu vou explicar... Não é ruim. Mas não é bom tambem. Tem regras. Tem muito treinamento. É chato.
— Mas tem diversão as vezes.
— As vezes sim. Podemos fazer o que quiser desde que a gente cumpra o horario e nossas atividades.
— E o seu pai?
— Não conheço. Kate nunca me falou sobre ele.
— O que você escreve tanto nesse caderno? Estava tão focada que não me viu chegar.
— Escrevo meus sentimentos.
— É para alguem?
— Não. Não existe ninguem no mundo que precisa saber dos meus sentimentos.
— E o seu namorado?
— Por que o interesse? - Devolvi a pergunta.
— Você fala dele como se não fosse importante.
— Mas ele é. Muito importante para mim.
— Você fala dele como um amigo. Não como um amante.
— Por que alem de tudo Jesse e eu somos amigos.
— Você sabe do que eu estou falando.
— Sei. So não sei qual o seu interesse em saber disso.
— Queria te entender. Você é uma pessoa dificil de entender.
— Qual o interesse em me entender.
— É que você é tão... Estranha. Não me leve a mal.
— Eu fui criada assim. E quando se cresce ouvindo que temos que passar a vida caçando lobisomens. Sabendo que seus pais não te achavam importantes ao bastante para ficar com você... Isso nos deixa sem sentimentos.
— Eu tive uma mãe, um irmão e um pai se é que posso chama-lo disso. Minha mãe morreu quando eu era muito novo e meu irmão Camden se alistou para o exercito e morreu em combate. Então minha vida se tornou um inferno. Meu pai deixou de ser amoroso. Ele queria que eu tivesse um futuro brilhante e quando eu não alcançava suas expectativas ele me espancava e me prendia dentro do freezer no porão. Graças a isso tenho claustrofobia e ataques de panico se estiver em lugares muito fechados. A licantropia ajudou a melhorar isso.
— Sinto muito por isso.
— Eu não ligo. Ele foi morto logo depois que me transformei. Alguem queria vingança por que ele nunca foi uma pessoa muito boa.
— E quem te transformou?
— Derek. Ele perguntou se eu queria liberdade sobre o meu pai. E eu aceitei. Derek criou seu bando com pessoas que aceitavam.
— E onde esta o bando dele?
— So eu sobrevivi. Foi uma epoca complicada. Na verdade não sei qual epoca não é complicada.
— Junto da mordida vem a maldição?
— Tipo isso. Sempre tem alguem em busca de mais poder. Agora ja sabe sobre a minha vida.
— Historia curta a sua.
— A sua mais curta ainda.
— Não tenho muito o  que falar sobre a minha vida.
— Eu jogo lacrosse. Comecei a faculdade na França, mas abandonei para vir me juntar ao Derek.
— O que você cursava?
— Eu pinto muito bem.
— Pintura? - Perguntei tentando não rir.
— Não ria. É algo bem legal. Então alem de caçar os da minha especie o que mais você gosta?
— Luto muay thay profissionalmente. E as outras coisas que não se pode fazer aqui.
— Por quê?
— Não tem gelo, nem neve. Gosto de patinar e praticar snowboard.
— Entendi. Agora acho que ja somos amigos.
— Bem longe disso.
— Contei minha vida para você. - Ele se fingiu de ofendido e foi impossivel não sorrir.
— Eu não perguntei nada.
— Estou tentando uma amizade aqui.
— E esta claramente sendo recusado.
— Otimo não quero ser seu amigo mesmo.
— Oh isso é bom por que...
Eu não terminei a frase ele foi rapido em se aproximar de mim e eu coloquei minhas mãos em seu peito. Ignorei o calor da sua pele nua em minhas mãos.
Ele não tinha camiseta no armario?
— O que pensa que esta fazendo?
— Um teste.
— Esse teste pode ser ha uma distancia sabia?
— Na verdade não. Ele é bem proximo.
— Isaac. - Falei em tom de alerta.
— Katrina. - Ele pronunciou meu nome e parecia tão bom ouvi-lo na sua voz. - O que realmente você tem com o Jesse?
— Eu amo o Jesse! - Falei o empurrando para longe de mim.
— Você disse que não sabia o que era esse sentimento.
— Mas eu amo ele. - Levantei pegando meu caderno e minha mochila.
Enrolei o fio de couro em volta do caderno fechado e lancei um olhar para Isaac.
— Quero minha arma.
— Você esta batendo o pé?
— Não teste a minha paciencia Isaac. Malia tera sorte se eu não mata-la por ter pegado a minha arma.
— Vamos caçar juntos essa noite.
— Não vai rolar. Não caçamos ao lado de vocês. Nós caçamos vocês lembra?
— Não vou entregar a sua arma ate você aceitar essa proposta. - Ele levantou e saiu caminhando.
Fiquei observando Isaac se afastar e molhei os labios.
Ele iria pagar por essa.


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