Sobrenatural escrita por CM Winchester


Capítulo 4
Capitulo 3 - O QUE ESTA ACONTECENDO COMIGO?




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— Obrigada por responder minhas perguntas. - Levantei e peguei minha jaqueta.
Quando fui alcançar a porta ele segurou meu braço e eu o encarei.
— Você poderia responder algumas perguntas minhas.
— Na verdade não. Eu tenho que ir. - Ele soltou meu braço.
— Derek tem razão. Você é como a sua familia. So usa as pessoas ao seu favor. - Ele resmungou.
— De quem você esta falando?
— De todos da sua familia. Ate da sua prima. Ela so se aproximou de mim por que queria esquecer Scott.
— Você sabia disso e mesmo assim continuou. Ate onde eu sei vocês trocaram alguns amasso se não partiram para os finalmente. - Seu rosto recebeu um tom avermelhado que o deixou fofo.
Fofo? Eu achando um lobisomem fofo?
Devia estar louca mesmo!
— A ultima coisa que ela disse quando morreu foi que amava Scott. Aquilo me doeu 2 vezes mais.
Fiquei sem saber o que falar.
— Eu não... Não sei como é isso.
— Como é perder alguem?
— Isso eu sei. Eu não sei como é amar alguem assim. - Molhei os labios e ele olhou meu movimento.
— Mas você esta com aquele cara. Aquele caçador.
— É complicado Isaac. E não vou falar da minha vida com você. Sinto muito pela Alisson. Se te consola ela sempre falou muito bem de você para mim.
Sai e fechei a porta atras de mim.
Voltei para a casa de Alexandre.
— Esta atrasada. - Alexandre falou assim que passei pela porta e tirei a jaqueta a pendurando no gancho.
— Atrasada para o que?
— Treinamento. E onde você estava?
— Investigando.
Seguimos pela casa que era uma mansão enorme, passamos por um compartimento cheio de arma onde tinha tiro ao alvo ate chegar finalmente ao ringue. Eu sorri. Tinha um ringue. Sacos de areia pendurados pelo teto. Jesse estava treinando quando me aproximei.
— Troque essa roupa e va treinar.
— Eu não preciso de treinamento. Mas gostaria de distribuir meus socos nesse saco ai.
Fui para o quarto e tirei o coturno e calça. Vesti um short de malha igual ao dos lutadores e voltei ao ringue. Enfaixei as mãos antes de começar a socar o saco.
Sorri.
— Você é boa lutando mesmo?
— Ela tem o cinturão do campeonato. Ja chamaram ela para lutar profissionalmente, mas ela se recusou é claro. - Jesse comentou com os braços cruzados me observando. - Vai lutar no fim da semana para defender o cinturão.
— E isso quer dizer. - Falei me virando para eles. - Que esse trabalho tem que terminar ate o fim da semana. Ate onde eu sei são duas alcateias brigando por territorio.
—  Como você descobriu isso? - Jesse perguntou descruzando os braços e se aproximando.
— O lobisomem que eu vi ontem. Eu reconheci ele.
— Achei que não tivesse contato com lobisomens. - Alexandre falou.
— E eu não tenho. - Respondi. - Mas minha familia ja teve principalmente com eles.
— Alisson? - Assenti.
— O que eu não contei para vocês é que aquele lobisomem me salvou ontem. Ele não deixou o outro me atacar.
— Otimo você tem uma divida de vida com um lobisomem. - Alexandre resmungou.
— Na verdade a lei so se aplica a humanos. - Jesse respondeu.
— Se aplica ao carater, Jesse. - Retruquei depois balancei a mão. - Esquece isso. Eles são de Beacon Hills. Estão morando aqui e agora tem um alfa tentando ficar aqui. O que leva a pergunta principal. O que tem aqui para um novo alfa tentar reivindicar a cidade como dele?
— É uma boa pergunta. - Alexandre respondeu. - Eu moro aqui ha anos e não vi nada de diferente ate essas brigas começarem.
— É. Mas tem algo aqui.
— Como achou esses lobisomens? - Jesse perguntou.
— Eles moram no hotel onde ficamos. Esbarrei em um deles. O que me salvou.
— O garoto do elevador?
— Sim. - Respondi a contra gosto.
— E você se arriscou indo lá sozinha? E desarmada ainda? - Revirei os olhos.
— Eu não sou mais criança Jesse. Sei me cuidar sozinha. Você mais do que ninguem sabe disso.
— Eu sei desculpe. Mas por que ele te salvou?
— Acho que foi por que eu ajudei ele no elevador. Não sei. Não perguntei. Não me interessa. Ele é ex da Alisson.
— O tal de Scott?
— Não. O Isaac. O beta. - Juntei as sobrancelhas. - Não importa quem é ele ou o por que dele ter me salvado. O que importa é por que tem um alfa querendo essa cidade para ele?
Ficamos debatendo essa questão ate a noite chegar. Então nos preparamos para caçar de novo. Nosso foco ainda era matar qualquer um que se atravessasse na nossa frente.
Saimos pela cidade de novo procurando pelos lobisomens. Não encontramos nada desta vez. Voltamos para casa decepcionados. Principalmente eu.
No outro dia levantei mais cedo e tomei um banho. Vesti uma regata preta costas nadador, calça jeans preta com os joelhos rasgados e calcei meu coturno. Fiz um coque e desci as escadas.
Na cozinha procurei alguma coisa para comer. Encontrei um pote com pasta de amendoim. Vamos dizer que sempre tive uma queda por isso. Comi algumas colheradas depois segui para a porta.
Peguei minha mochila e minha jaqueta de couro. Fui caminhar pela praia.
É claro que chamei a atenção de todos. Enquanto todos estavam o minimamente vestidos eu estava vestida toda de preto parecendo aqueles corvos. Preto era minha cor preferida. Praticamente todo o meu guarda roupa era preto.
Caminhei perto da agua que a cada onda alcançava a areia perto dos meus pés. Estava distraida quando alguem me atingiu e eu me desequilibrei. Meu corpo aterrissou no chão com outro corpo em cima de mim.
Antes que eu pudesse entender o que estava acontecendo uma onda nos atingiu me deixando molhada. Agua entrou no meu ouvido e o sal queimou meus olhos. Cuspi a agua da minha boca e encarei Isaac caido em cima de mim.
— O que... - Outra onda me atingiu e eu cuspi a agua. - Sai de cima de mim! - Praticamente gritei empurrando ele para a agua.
Rolei para o outro lado e sacudi a cabeça tendo a certeza que a agua tinha saido do meu ouvido. Olhei para Isaac que estava ajoelhado no chão. Ele estava molhado e so de bermuda.
Meu olhos desceram pelo seu peito nu.
— Desculpe por isso. - Ele falou.
— Você esta de brincadeira comigo? - Perguntei.
— Foi sem querer! Eu estava tentando pegar a bola.
Olhei em volta procurando a tal bola, mas o que encontrei foi minha mochila na agua.
— Inferno! - Resmunguei pegando a mochila e virando para areia enquanto sentava sobre as minhas pernas.
Abri minha mochila e olhei constatando que estava tudo seco. So algumas coisas tinham sido molhadas, mas eram coisas sem valor. Minha carteira com meu documentos e dinheiro, meu caderno e meu cigarro estavam secos. Ja era otimo.
— Estragou algo? - Isaac perguntou.
Lancei um olhar zangado a ele, mas notei que ele estava realmente preocupado.
Empurrei meu cabelo para tras para encara-lo melhor.
— Você não tem camiseta? - Perguntei incomodada pelo seu corpo.
Ele sorriu com a minha pergunta idiota e eu me amaldiçoei por dentro por ter aberto a minha boca para falar bobagem.
— Estamos na praia. Estranho é você estar toda cheia de roupa.
— Vai deixar a bola ir? - Lancei um olhar para Malia.
Quais as chances dela ter tocado a bola em mim por mal? Todas as chances eu poderia apostar.
Isaac procurou a bola que estava dentro da agua.
— Vai pegar. - Ele falou para ela depois virou para mim. - Tenho que me retratar com ela. Acho que devo ter estragado as coisas dela.
— Não preciso de nada. - Levantei fechando a mochila e a sacudindo para tirar toda a agua. - Continuem brincando de pegar a bolinha. - Resmunguei.
— Estavamos jogando volei. - Ela retrucou e eu juntei as sobrancelhas. - Sabe o que é isso?
— Sei.
— Quer jogar? - Isaac perguntou.
— Não. - Respondi.
— Ela não sabe jogar Isaac. - Malia provocou e eu revirei os olhos.
— Isso é verdade. Enquanto vocês tinham suas vidas normais aprendendo a estudar e praticar esportes eu estava aprendendo a lutar e atirar. Agora eu tenho mais o que fazer. - Virei as costas e sai caminhando.
— É serio. - Isaac me seguiu. - Se tiver estragado algo é so falar que eu pago.
— Eu ja disse que não estragou nada. - Virei para ele e falei calmamente como se explicasse para uma criança. - Não preciso da sua ajuda ou do seu dinheiro.
— So estava sendo gentil.
Cocei a sobrancelha o encarando me dando por vencida.
— Eu sei. Mas não preciso da sua gentileza por que não estragou nada. Eu tenho que voltar para tomar outro banho.
— Se precisar de ajuda com isso.
Lancei a ele um olhar indignado e ele sorriu. Mostrei meu dedo do meio para ele antes de me afastar.
Mas tive que rir enquanto o deixava para tras.
Em outros tempos eu ate poderia pensar nisso. Quando Jesse e eu não eramos exclusivos um do outro e não nos importavamos em dividir a cama com outras pessoas.
Sim. Ja fizemos sexo grupal tanto com homens quanto com mulheres. Claro que Jesse nunca fez sexo com outro homem, mas eu nunca me importei em dividir a cama com outra mulher e ser tocada por uma. Na verdade dava bastante tesão tanto em mim quanto em Jesse.
Claro que nosso acordo era: So ele poderia gozar em mim e ele não poderia gozar em outra mulher. Não tinhamos ciumes em ver ambos transando com outras pessoas. Mas decidimos ha um ano sermos so um do outro.
Aquilo era coisa de adolescentes e agora estava na hora de assumir um ar mais maduro. Por isso oficializamos nosso namoro e começamos a morar juntos. No começo foi meio estranho dividir a casa alem da cama com ele. Mas logo nos acostumamos. Claro que Jesse não era o cara que fazia serviços domesticos a não ser que eu gritasse com ele.
Mas como eu ja tinha dito. A historia de Contos de Fadas era ilusão.
Lancei um olhar para tras observando Malia e Isaac discutindo. Eu jurava que eles eram um casal.
Mas depois do que ele disse sobre me ajudar no banho acho que não era a cara dele trair namoradas ou ter relacionamentos abertos. Então Malia era so uma amiga e companheira de bando.
Cheguei a casa de Alexandre e encontrei ele e Jesse na cozinha tomando o café.
— O que aconteceu? - Jesse perguntou.
— Fui caminhar na praia e um idiota me derrubou na agua. - Resmunguei.
— Tenho pena da cara desse idiota. - Jesse comentou pegando sua xicara de cafe e tomando um gole.
— Não fiz nada.
— Você ta doente? - Revirei os olhos.
— Insolação.
Depois dessa resposta segui para o meu quarto.
Tomei um banho para tirar a areia do meu corpo e arrumei as roupas para colocar para lavar.
Enquanto estava debaixo do chuveiro repassei na cabeça o que tinha acontecido.
E não conseguia chegar a conclusão de o por que eu estar tão interessada. No relacionamento dele com Malia. Suspirando pelo passado eu poder transar com outros homens. Reparando no corpo dele.
O que estava acontecendo comigo?
Ele era um lobisomem!


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