The Hidden Face escrita por Any Sciuto


Capítulo 2
Looking At An Abyss.




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— Bom dia, amigos finos e peludos. – Penelope começou a apresentação. – O caso de hoje vai fazer vocês tremerem em suas cadeiras. Temos quatro vítimas até agora. Cherry Thompson, Elizabeth Styles, Katherine Machie e na noite de ontem, Christina Bell.

— Foram dominadas, amarradas e mortas com um único tiro no coração. – Reid falou e olhou para Penelope. – Elas, hum, tinham apenas outra coisa em comum.

— Todas loiras, cheias de curvas e independentes. – Luke não podia deixar de olhar para a namorada. – Acho que alguém tem algo contra mulheres independentes.

 Penelope olhou para baixo, quase como se quisesse se afastar do olhar de Luke. Ela olhou para as mulheres, mortas e posicionadas em uma posição de louva Deus.

— Tivemos um caso alguns anos atrás. – JJ começou a explicar. – Ele tinha raiva de sua ex, que o abandonou. Então ele a matou, sequestrou outras mulheres que ele via sua ex, violentava elas, matava com um único tiro no coração e as deixava em posição de louva Deus.

— Mas ele está preso. – Reid comentou. – No corredor da morte por matar seu irmão gêmeo e por matar todas aquelas mulheres.

Penelope se desculpou, saindo correndo direto para o banheiro, vomitando toda a comida que havia comido. Ela sabia que era o choque daquilo tudo. Penelope sendo uma analista sabia sobre casos assim, em que as vítimas se pareciam demais com algum deles.

JJ foi atrás de Penelope, preocupada com a amiga. Ela sabia que havia algo acontecendo entre ela e Luke.

— Pen? – JJ bateu na cabine. – Está tudo bem, querida?

— Desculpe, JJ. – Penelope saiu limpando a boca. – Eu fiquei em choque com as imagens.

Ela observou enquanto Penelope escovava os dentes com sua escova de coração e sorriu. Mesmo trabalhando entre os piores monstros, Penelope achava tempo para ser menina.

— Vamos comigo. – JJ enganchou o braço com o de Penelope. – Você quer voltar?

— As mortes foram em Ohio. – Reid começou a dar sua opinião. – Talvez seja um recado?

— Para nós? – Rossi se preocupou. – O que isso quer dizer?

— Que existe alguém tentando chamar nossa atenção. – Simmons disse. – E está matando Penelope através dessas mulheres.

A sala toda ficou em silencio no segundo em que eles se viraram e viram Penelope na entrada.

— Penelope, não vamos deixar ninguém te machucar. – Tara foi para perto da amiga. – Vamos fazer de tudo para te proteger.

Penelope se sentou na mesa, curiosamente perto de Luke, quase como se precisasse da força dele. Todos ficaram em silêncio e Simmons se sentiu mal por dizer aquelas coisas.

Ohio...

A mulher com a longa peruca loira entrou em um apartamento. Tocando a campainha na porta, ela esperou pacientemente ser atendida.

— Você demorou. – Era quase uma acusação do homem em pé na frente dele. – Espero que tenha uma boa explicação.

— Talvez eu tenha. – Ela olhou quase com vontade de matar o homem. – Eu fiz outra vítima está noite.

Entrando no apartamento, ela retirou os óculos escuros, a peruca e os saltos. Seus cabelos morenos foram soltos e ela retirou a maquiagem pesada.

— Lisa, quantas vezes eu tenho que dizer a você! – Kevin fechou a porta atrás dele. – Nada de vítimas se eu não estiver com você!

— Ah, por favor. – Lisa jogou uma sacola de roupas novas e uma peruca preta no chão. – Talvez devamos parar de matar mulheres nos apartamentos.

— E você sugere algum lugar? – Kevin estava irritado. – Algum lugar que não sejamos presos antes da hora?

— Eles estão vindo para a cidade. – Lisa o olhou profundamente. – É hora de impulsionar nosso jogo.

— Lisa... – Kevin a advertiu.

— Então não quer se vingar de Luke e Penelope? – Lisa pisou no calo de Kevin. – Ela não quis saber de voltar com você e mesmo que eles digam que não estão juntos, eu sei que eles estão.

— Pegue suas coisas. – Kevin disse de repente. – Estamos colocando nossas duas últimas vítimas a postos.

Lisa deu uma risada triunfante, sabendo que Penelope logo seria a parte final do jogo.

Talvez as coisas finalmente começassem a ficar do jeito que ela queria.

Penelope observou Luke sair pelo elevador com a equipe. Ela não contou que teve um pesadelo. Ela também não contou sobre Kevin. Ela não queria que Luke se zangasse por causa das palavras doloridas de Kevin contra ele.

Depois do breve briefing que eles tiveram no avião, Luke se afastou. Os olhos de Penelope no segundo em que ele saiu da BAU o cortaram. Ele sabia que Kevin estava perseguindo sua garota e que ela não queria que ele se machucasse.

— Alvez? – Emily se sentou à frente de seu agente. – No que está pensando?

— Nesse caso bizarro. – Luke confessou. – E que Penelope está em risco.

— Luke, eu sei sobre vocês dois. – Emily deu um sorriso. – É claro que eu preciso manter uma vista grossa, mas se manterem fora do escritório, vocês podem viver esse romance.

— Então, sem transferências? – Luke perguntou em choque. – Afinal, as regras da fraternidade...

— Foram destituídas no tempo de Rossi e Strauss. – Emily deu uma risada. – Eu não era fã da mulher, mas Dave e ela eram como dois adolescentes. Se as paredes da sala de Mateo falassem...

Luke corou ao olhar para Dave.

— Só me prometa que vai fazer de Penelope sua esposa. – Emily tocou no ombro do amigo e voltou para o assento.

Ele mandou um coração para Penelope via sms.

“Eu sinto falta de vc”. Luke digitou.

“Eu também te amo. ” Penelope digitou de volta.

Parecia quase uma despedida. Por alguma razão, Luke sentiu um aperto no peito. Ele não sabia o que esse caso reservava, mas ele esperava que no final, Penelope estivesse lá esperando por ele.

Kevin entrou no prédio federal. Mesmo que ele tenha saído há mais de quatro anos, ainda era bem-vindo por lá. Ele sorriu ao perceber que ninguém via sua cara de assassino.

— Penny. – Ele a viu se virar e dar um passo atrás. – Quanto tempo.

— Eu não posso dizer o mesmo. – Penelope tentou passar, porém ele a impediu. – Me deixe em paz, Kevin.

— Está se fazendo de difícil agora? – Kevin segurou o pulso dela com força. – Não passa de uma vagabunda.

— Solte ela! – Mateo Cruz veio correndo. – Qual é o seu problema, garoto?

— Nada que seja do seu interesse, coroa. – Kevin respondeu. – Você não pode fugir de mim, Penelope.

— Saia daqui! – Cruz o expulsou. – Você está bem?

— Estou. – Penelope acariciou o pulso. – Obrigada, senhor.

— Mateo, Penelope. – Cruz sorriu. – Me chame de Mateo. Senhor está no céu.

— Certo, Mateo. – Penelope sorriu para o chefe. – Eu estou agradecida por me salvar daquele bruto.

— Eu deveria cancelar o acesso dele. – Mateo abriu a porta do escritório de Penelope. – Me chame se precisar.

Penelope deu um sorriso de agradecimento. Cruz era um bom chefe e um homem correto e mesmo que ele negasse, ela sabia que ele estava meio atraído por ela.

A equipe chegou em Ohio. Fazia sol. JJ e Tara colocaram seus óculos de sol assim como Emily, Rossi, Luke e Matt. Eles sentiram algo estranho, quase um dejavu.

— Agente Prentiss? – O chefe de polícia chegou perto. – Edgard Shore.

— Emily Prentiss. – Ela mostrou o distintivo. – Esses são os agentes Rossi, Jareau, doutor Spencer Reid, Tara Lewis, Luke Alvez e Matt Simmons.

— Muito prazer. – Edgard falou, acendo. – Tenho mais dois corpos, mesmo MO, mesmos ferimentos e causa da morte.

— Deixe-me adivinhar. – Reid o olhou. – Loiras, curvilíneas, com idade entre 30 e quarenta anos?

— Exato. – Edgard suspirou. – As mulheres não se sentem seguras e estão comprando perucas.

— Acho que evita pouco. – Reid andava com eles. – Estudos mostram que perucas sintéticas são fáceis de se detectar e dependendo da cor, seu cabelo verdadeiro acaba se sobressaindo, causando mais mal do que bem.

— Então, você recomendaria que tipo de peruca? – Shore se virou, achando que Reid não entenderia.

— Ruivas, mais vermelhas com tecido separador e uma proteção preta por cima do verdadeiro cabelo. – Reid sorriu sabendo que havia surpreendido o homem. – Pretas, com uma capa nude com dois protetores.

O chefe de polícia decidiu não enfrentar mais Reid.

— Deixe-me levar vocês para as cenas de crime. – Edgard bufou um pouco.


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