The Hidden Face escrita por Any Sciuto
— A corte está em sessão. – O meirinho do tribunal chamou. – Estados Unidos contra Lisa Douglas. A honorável juíza Jennifer Strecth preside.
A mulher entrou olhando de frente para Lisa. Ela havia estudado o caso antes e nada do viu era bom. Ela secretamente esperava uma condenação.
— Podem se sentar. – Jeniffer se sentou também. – Estamos todos aqui para julgar a senhora Lisa Douglas pelos crimes de sequestro, tortura, homicídio em primeiro grau e um aborto em decorrência das torturas. O promotor pode ler os nomes das vítimas?
— Penelope Grace Alvez, tentativa de assassinato, sequestro e tortura. 3 meninas ainda não nascidas, Herbert Heith, Kevin Lynch, Esperanza Spinozza, Margareth Sait German, Elena santos, Matilda Souza. – O promotor viu a mudança em Lisa e não perdeu isso. – E mais 30 mulheres no estado de Ohio, mortas, violentadas e colocadas em poses que desvalorizavam as vítimas.
— Advogada, sua cliente quer se pronunciar agora? – A juíza viu um aceno positivo. – E como se declara moça?
— Inocente, senhora. – Lisa arriscou tentando não perder ainda mais credibilidade diante dos jurados.
— Tem certeza? – Christie, sua advogada perguntou a Lisa. – Você pode mudar sua declaração.
— Não quero mudar minha pronuncia. – Lisa se sentou de volta no banco e se levantou, lembrando-se que não estava em sua casa. – Desculpa.
— Senhorita Lisa, nós estamos aqui tentando decidir se você vai pegar prisão perpetua ou pena de morte, não pode ficar como se estivesse em sua casa. – Jeniffer deu um olhar mortal. – Não posso dar uma opinião pessoal, mas vou lhe dizer algumas coisas. O que vi no seu arquivo não é nada bom. A promotora quer chamar a primeira testemunha?
— Sim. – A mulher se levantou e se virou. – Eu chamo neste tribunal o agente especial supervisor Luke Alvez.
Luke abriu a porta e entrou. Ele nem olhou para Lisa e ela sentiu uma parte de sonho quebrar. Mais uma afinal.
— Agente Alvez, jura dizer a verdade, somente a verdade, nada além da verde em nome de Deus? – O assistente estava com uma bíblia sobre o braço estendido de Luke.
— Eu juro. – Luke se sentou, respirando profundamente antes de narrar oque sua esposa havia sofrido.
— Que fique registrado que a senhora Penelope Grace Alvez não pode testemunhar por estar grávida de trigêmeas. – A promotora recebeu um aceno de cabeça. – Agente Alvez, nos conte como você e Lisa se conheceram.
— Eu fui a um encontro às cegas por indicação de um amigo. – Luke começou. – Ela parecia ser uma pessoa boa quando estávamos conversando, mas eu não sei explicar, parecia ter um segredo no olhar. Eu sou um perfilador experiente.
— E como a senhora Douglas reagiu quando conheceu sua esposa? – A promotora resolveu aprofundar.
— Estávamos conversado e Penelope me rastreou em um restaurante. Ela tinha recebido um caso novo e precisava de todo mundo. – Luke respirou profundamente. – Então, quanto Penelope entrou, Lisa mudou de olhar como se tivesse visto uma possível competição.
— E a senhora Alvez era? – A moça da promotoria perguntou.
— Na época eu estava tentando dar uma oportunidade para conhecer alguém, mesmo eu estando apaixonado por Penelope. – Luke olhou para Lisa e depois desviou o olhar. – Se passaram alguns meses e eu cheguei em casa de um caso. Ela estava nua, na cama com um homem que mais tarde eu descobri ser Kevin Lynch.
— Protesto! – Christie se levantou e olhou para todos. – O senhor Alvez está especulando.
— Protesto negado! – A juíza encarou a advogada. – Quer me dizer o motivo?
— Ele está afirmando com base em... – Ela não sabia o que alegaria.
— Com licença, advogada. – Luke viu a juíza assentir. – Eu não estou especulando. Era o meu apartamento e bem, acho que eu deveria estar lá, como eu estava.
— Acho que o júri ouviu o suficiente. – A primeira jurada interrompeu e entrou para discutir.
Luke se sentou ao lado de Penelope do lado de fora. Ele não conseguia ficar na mesma sala que Lisa. Todos os vingadores estavam lá com Pen e toda a equipe e seus respectivos parceiros.
— Vai dar tudo certo, Pen. – Luke beijou sua cabeça. – Ela não vai tocar em você.
— É por isso que estamos aqui, Baby Girl. – Derek segurou as mãos de Penelope. – Você não parece estar muito bem, querida.
— Derek, eu estou grávida. – Penelope deu um sorriso, mas ofegou quando uma dor passou pelo ventre. – Luke, me ajude.
— Precisamos levar ela para o hospital. – JJ gritou. – Ela está dando à luz.
Logo em seguida, Tony pegou Penelope nos braços enquanto Thor levou Luke com ele.
— Por favor, não se acostume com isso. – Thor brincou um pouco. – É estritamente profissional.
— E eu agradeço. – Luke percebeu que eles estavam chegando. – Obrigado Deus do trovão.
Um homem mais velho entrou na sala onde Penelope estava. Ele a examinou e percebeu que ela não poderia dar à luz sozinha. Eles a vestiram com a roupa do hospital e a levaram para a cesárea.
Luke a seguiu, quase como uma força que o atraia para sua esposa. Ele colocou uma máscara e uma touca no cabelo e entrou.
Sabendo da aglomeração que acabara de acontecer do lado de fora do tribunal, a juíza pediu a sua secretária que lhe desse notícias assim que os bebês nascessem.
Os jurados voltaram logo em seguida, não levando muito tempo para debater o destino de Lisa. A mulher em questão esperava nervosa o destino. Ela sabia que não sairia livre, não depois de tudo o que fora debatido.
— O júri chegou a um veredito? – A juíza viu a primeira jurada se levantar e entregar o papel para ela. – Nas 39 acusações de homicídio, incluindo um bebê não nascido, a corte considera Lisa Douglas culpada. Na acusação de sequestro e tortura de uma mulher agente federal e grávida, consideramos a ré, culpada.
As três marteladas fizeram Lisa desmoronar na cadeira, sabendo que ela estava apta para pena de morte. O que seria melhor que ver Luke e Penelope felizes.
— Lisa Douglas, por favor de pé. – Ela se levantou, suspirando meio contrariada. – Você torturou uma mulher que estava grávida por um motivo bem torpe aos olhos desse tribunal. Você não está apta a viver na sociedade, então vamos garantir que você esteja em segurança máxima.
A juíza bateu e Lisa apenas ficou lá, olhando sem saber o que fazer a seguir. Ela sentiu os guardas alcançarem suas mãos por trás e a algemarem de novo. Tudo ficou real no momento em que ela chegou na prisão e teve todas as joias e qualquer outra coisa que poderia ser usada como arma de fuga.
Penelope segurou a mão de Luke enquanto a anestesia era administrada em seu IV.
— Em alguns minutos você vai poder conhecer suas filhas. – O médico sorriu e viu Luke acariciar os cabelos dela. – Pronta?
— Completamente. – Penelope suspirou sentindo-se calma.
O médico colocou uma música romântica no rádio da sala e Penelope olhou para Luke. Ele havia cantado para ela logo depois do casamento. Ed Sheeran era uma paixão em comum entre os dois. E “All Of The Stars” era uma canção que ambos gostavam.
Penelope sentiu o puxão da primeira filha sendo puxada e o choro que se seguiu. As lágrimas caíram e ela foi recebida pela criança mais fofa do mundo. Luke tirou uma foto das duas naquele momento.
As duas que nasceram também repetiram o mesmo ritual.
— Elas estão indo para a maternidade, mas seguirão assim que estarem vestidas. – O médico viu Penelope bocejando e a parabenizou. – Descanse, ok? Foi um longo dia.
— Eu te amo, Luke. – Penelope o beijou. – Para sempre.
— Eu também te amo, mi cariño. – Luke a beijou mais uma vez. – Para sempre.
Luke a viu se afastar em direção a sala de recuperação e deu a notícia aos amigos. Todos estavam ansiosos para conhecer as meninas Alvez.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!