O dia começou com um sol raiando no céu. Parecia que tudo conspirava a favor do casamento de Reid e Karina.

Eles haviam dormido separados e Reid estava feliz por ter dormido em uma cama separada de Cruz. Ele suspirou, sabendo que quando desse dez da noite, ele e sua amada seriam muito mais que noivos. Seriam marido e mulher.

— Bom dia, querida. – Penelope acordou Karina abrindo as janelas. – Como se sente nessas últimas horas de solteira?

— Com vontade de fazer o relógio correr mais rápido. – Karina abraçou Penelope e tocou a barriga já crescendo. – Deus, Penelope você está linda.

— Ah, obrigada querida. – Penelope sorriu um pouco envergonhada. – Daqui há um tempo esperamos ver os bebês de você e Reid.

— Se depender de Reid, vamos ter minis gênios logo. – Karina sorriu para o vestido pendurado atrás da porta. – Ele é simplesmente divino.

— Bem, vamos começar essa maquiagem. – Penelope fez sua amiga se sentar na cadeira e logo JJ, Emily e Tara vieram ajudar a maquiar a noiva. – Eu estou desejando este champanhe.

— Mas você sabe que não pode. – Emily deu a Penelope um copo de guaraná. – Muito bem, para nossa amiga que finalmente conseguiu domar nosso Spencer Reid.

— Saúde! – Todas as meninas brindaram e sorriram.

Reid estava olhando para Luke. Ele ainda tomava remédios para o tiro que recebera, mas ele não parecia chateado. Era uma mistura de felicidade e tristeza.

— Tomei a liberdade de trazer uma taça de guaraná para você. – Reid disse e se sentou ao lado do amigo. – Então, o que está rolando em sua mente?

— Lisa. – Luke viu Reid suspirar. – Ela me mandou uma carta da prisão, mas eu rasguei e me sinto culpado em não contar a Penelope.

— Luke, eu não tenho muitas experiências com perseguidoras e apesar de uma ter me mandado para a cadeia e outra ter matado Maeve, eu nunca tive que acompanhar uma esposa em coma. – Reid decidiu brincar um pouco, afinal Luke precisava sorrir. – Mas falando sério, o que tinha nessa carta?

Luke o encarou logo em seguida e tentou respirar.

— “Luke, eu tenho passado meus tempos nessa solitária”. – Luke começou.

— “Mas apesar de saber que era o lugar para onde eu viria se sobrevivesse, me sinto apaixonada por você. No momento em que eu te dei aquele tiro, senti que você ainda poderia ser meu, mas com sua esposa grávida eu sei que vai ser difícil. Espero que saiba que meu julgamento vai ser em dois meses e até lá, sua esposa vai ter dado à luz”.

— Você decorou a carta. – Era uma afirmação. – Luke, precisamos realmente contar pelo menos à Emily. Ela vai saber o que fazer.

Penelope estava sentada a mesa sorrindo, com uma mão no estomago. Quase sete meses de gravidez e seu corpo parecia uma bola de academia.

Mas ela estava feliz. Apesar das dores que estava sentindo. Sua médica lhe garantira que ela poderia ir ao casamento sem complicações.  

— Penelope, você está bem? – Emily deu um copo de água para a amiga. – Seus bebês estão chutando?

— Sim. – Penelope respondeu. – Quer sentir?

Emily colocou a mão sobre o ventre de Penelope e olhou para Lindsey segurando a pequena Diana em seus braços.

— Sinto falta dessa época. – Emily confessou. – Mas acredite, quando ver suas filhas, seu mundo e toda a dor valera a pena.

— Menos as seis semanas sem sexo. – Penelope jogou a cabeça para trás e riu.

As duas riram e JJ se juntou a elas contando com Will sobreviveu aquelas semanas. Logo as garotas começaram a brincar. Tara e Karina se uniram e Savannah entrou no meio. Todas ali eram como irmãs.

A hora do casamento de Reid e Karina havia chegado e Penelope estava cansada demais para ficar de madrinha, então Elisa e Thor foram os padrinhos de Karina enquanto JJ e Will foram de Spencer.

O homem em questão estava no altar, aguardando sua noiva.

Karina deu passos largos, com Rossi ao seu lado. Todos concordavam que ele era um tipo pai para a equipe e bem, ele já havia se casado três vezes, mas todos ainda se perguntavam sobre o casamento com a mãe de Penelope.

A mãe de Reid, Diana estava sentada na parte da frente do altar e o pai de Reid um pouco afastado. Afinal, nenhum dos dois perderia o casamento do único filho.

Ela sorriu para Reid, que tão logo que ela chegou, Reid enganchou o braço em Karina e a levou para o altar.

— Irmãos e irmãs, estamos todos aqui para celebrar o casamento de Spencer Reid e Karina Pride. Um amor que começou em uma ida a padaria, acabou se transformando em uma paixão. – O celebrante começou. – Entre bandidos e sequestradores esse amor floresceu e daqui há um tempo pode dar frutos.

Karina apenas olhou para seu noivo.

— Repita comigo. – O celebrante começou. – Eu, Spencer Reid...

— Eu, Spencer Reid, aceito você, Karina Pride como minha legitima esposa. – Ele começou a recitar. – Prometo ser fiel, amando e respeitando você na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe.

Todos estavam emocionados e Penelope estava super emocionada com o casamento de seus amigos. Finalmente estavam sendo marido e mulher.  

— Eu, Karina Pride, aceito você, Spencer Reid como meu legitimo esposo. – Ela começou a colocar o anel em Reid. – Prometo ser fiel, amando e respeitando você na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe.

Reid sentiu o anel sendo colocado e precisou respirar. Ele se sentia nas nuvens se casando.

— Eu sei que vocês escreveram seus votos, então, podem começar. – O celebrante apenas passou o microfone para Reid.

— Karina. – Reid começou. – Quando nós nos conhecemos naquela padaria, o seu café na minha camisa, eu sabia que você era a pessoa certa. Você me fez sorrir, me fez perceber que a vida é mais que livros, apesar de gostarmos dos mesmos livros. Você me ajudou logo depois da minha prisão injusta e eu te amo por isso.

— Spencer. – Karina deu um olhar longo para ele. – No dia em que eu te encontrei, era um dia bosta. Minha caneta havia acabado, dois meninos estavam me irritando e então, eu dei um esbarrão em você. Te levar para minha casa para lavar sua camisa e enquanto a máquina lavava deitados na cama fazendo amor, eu entendi porque me apaixonei por você. A gente precisava de um amor.

— Se alguém tem algo contra esse casamento, que fale agora ou se cale para todo o sempre. – O padre olhou para a entrada da igreja e suspirou. – O que Deus uniu o homem não separa. Eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.

Reid puxou Karina para seus braços e a beijou com toda a paixão que conseguia naquele momento. Eles estavam finalmente casados e prontos para a festa de seu belo casamento.

— Eu acho que o próximo vai ser o nosso. – Elisa olhou para Thor. – Então?

— Com certeza, gata. – Thor a beijou logo que a fila para a festa começou.

Spencer e Karina sorriram para a chuva de confetes feito de folhas caídas e se beijaram com paixão.