Sra. Cullen escrita por Ellen Cullen


Capítulo 8
Esme


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
Feliz natal! (atrasado, rs)
Espero que gostem desse capitulo :)
boa leitura!



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 POV Bella

 

 

Um homem ao piano começou a tocar a introdução novamente. Eu não fazia ideia que musica poderia ser. Então Esme com Ed no colo começou a cantar.

Eu conversava com ninguém

e falava com ninguém

e eu não tinha nada além de sombra...

e uma manhã você chegou

 e nunca mais serei a mesma...

agora eu saúdo o dia

e completo o dia

com o sol no meu coração

minhas preocupações sumiram

quando você me ensinou a dizer...

ponha seu casaco,

e pegue seu chapéu...

— Continue você Tanya! – Esme disse.

— Eu? – eu disse nervosa.

Quando não continuei, Esme continuou a cantar.

Apenas direcione seus pés

Para o lado ensolarado da rua...

— Rua! – eu disse.

Esme olhou-me confusa, e continuou.

Pode ouvir esse tique-taque?

— Posso sim mamãe.— eu respondi improvisando a letra.

Esme franziu a testa, divertida e continuou.

Essa alegre melodia

É meu passo

A vida pode ser tão doce

No lado ensolarado da rua...

Percebi as duas cobras me encarando, eu precisava fingir que sabia a letra.

Eu costumava andar na sombra...

— Jura mamãe?- Eu continuei improvisando.

Exibindo minha melancolia...

— canta ai!

Mas agora eu não tenho medo...

— Fala pra eles! – eu disse no improviso.

Este andarilho que passamos por cima...

Se eu nunca tive um tostão

— Não me preocuparia com isso...

Poderei ser tão rica como Rockfeller*

— Está quase lá!

O ouro em pó sob meus pés

No lado ensolarado da rua

Eu costumava andar na sombra...

— Cuidado com ele! - eu disse desesperada quando Esme levantou Ed como no filme do rei leão.

 As pessoas acharam que fazia parte da música, então riram. Esme continuou a cantar.

Exibindo minha melancolia

Mas agora eu não tenho medo...

— Eu tenho!— eu disse quando Esme o rodopiou.

Este andarilho que passamos por cima...

Agora finalmente eu sabia o refrão da música, e consegui acompanha-la.

Se eu nunca tive um tostão

Eu poderei ser tão rica como Rockfeller

O ouro em pó sob meus pés

No lado ensolarado da rua

— Você é meu amorzinho – disse Esme a Ed, depois continuamos.

Temos muito dinheiro

No lado ensolarado...

Da rua!

Quando terminamos, as pessoas começaram a aplaudir em pé.

Esme me abraçou.

 - Adorei a sua interpretação! - ela disse sorrindo para mim. - Não entendi, mas achei maravilhosa!

 Rosalie e Irina que estavam na frente estavam aplaudindo com cara de merda.

Quando desci do palco, Rosalie e Irina vieram em minha direção com sorrisinhos falsos.

— Aí querida, adoramos sua interpretação, não é mesmo Irina? – Rosalie disse.

— Sim, muito singular.

Não aguentei tamanho desaforo.

— Vão se foder! – eu disse e passei entre elas.

Mas o que mais me surpreendeu foi quando virei, e ouvi Esme atrás de mim.

— Vocês duas ouviram, vão se foder. – ela disse dando tapinhas em seus ombros.

As duas ficaram boquiabertas.

Nunca imaginei Esme falando palavrão, ela parecia ser tão culta.

Entrei dentro da casa.

Estava tremendo.

 Eu nem acreditava que havia cantado na frente de tantos estranhos, e que as pessoas nem desconfiavam que eu fosse uma impostora.

Ouvi quando Esme entrou no quarto.

—  Me desculpe Esme. – eu disse.

— Do que está falando? – ela pareceu confusa. – Eu é que devo desculpas por ter apresentado aquelas duas mulheres tão peçonhentas.

Balancei a cabeça.

— Não, é que eu não sabia a letra. – eu disse sendo sincera.

Esme se aproximou de mim.

— E daí?- ela sorriu. – De qualquer forma eu adorei, você tem uma voz tão adorável!

— Mas as pessoas esperavam que eu soubesse! – eu disse com a testa franzida. - Você viu Rosalie e Irina...

Esme balançou a cabeça.

— Aquelas mulheres só estão com inveja de você.

Fiquei em frente ao espelho.

— Inveja de mim? – eu disse confusa.

— Sim.- ela disse como se fosse obvio. -  Eu sei que não é muito agradável o que eu vou dizer agora, mas... – ela disse olhando para mim. –  Rosalie já namorou Edmund.

— Ah! – eu disse surpresa.

— Sim. -ela disse torcendo o nariz. Depois voltou a olhar para mim. -  Não interessa o que as outras pessoas pensam querida.

— É muita gentileza sua... – eu disse analisando a aparência daquela intrusa no espelho. – mas aqui não é o meu lugar. Olha para mim.

— Estou olhando. Está ótima. - Ela disse gentilmente.

— Isso é ótimo? - eu disse apontando para as roupas que eu usava.

— Bem... – ela disse analisando minha aparência. – talvez pudéssemos dar um jeito nessas roupas. – ela disse segurando o tecido que estava um pouco folgado. – E no cabelo... e eu não sei, não gostei desse esmalte... – ela suspirou. –  Desculpe. – ela disse. - sabe, eu sempre quis ter uma filha. – ela sorriu para mim.

— Tudo bem. – eu disse. – eu mal tive uma mãe.

(...)

Depois do coquetel/festa, as pessoas foram embora. Edmund havia recebido tantos presentes. Senti culpa por ver aquela quantidade enorme de mimos que estavam todas organizados em meu quarto.

Esme achou melhor que transferíssemos o berço para o outro quarto que já havia sido organizado para ele. Era o antigo quarto dos meninos quando eram, pequenos.

Era um quarto azul claro com piso em taco cor de creme. O berço estava organizado no centro, os presentes estavam agora arrumados, ao invés de empilhados. Ed já estava dormindo em seu novo quarto.

Eu estava em meu quarto, que agora não tinha mais o berço. Esme veio até meu quarto.

— Tanya? – ela disse. – Amanhã cedo vamos até o centro.

— Para quê? – eu disse.

— Vamos fazer compras, e depois vamos até o salão. – ela sorriu.

— Mas... – eu tentei protestar. Esme levantou uma sobrancelha. – tudo bem. – eu concordei.

— Ótimo, até amanhã. – ela disse.

Eu sabia que era errado continuar concordando com tudo, mas não queria decepcionar Esme.

(...)

Levantei cedo. Quando desci as escadas dei de cara com Edward. Me desequilibrei do degrau, então senti seus braços em volta de minha cintura.

— Me desculpe!  – Eu disse.

Ele pareceu surpreso em me ver.

— Precisa tomar mais cuidado. - ele disse olhando-me. - Alias, foi uma bela apresentação ontem. - ele disse levantando uma sobrancelha.

— Obrigada. - eu disse sentindo minhas bochechas corarem.

— Onde vai tão cedo? - ele perguntou.

— Bem, sua mãe...

— Tanya! – Esme disse no degrau de baixo. Senti Edward me soltando. – Vamos querida, no caminho tomamos café.

— Tenho que ir. – disse descendo as escadas apressada, deixando Edward com a testa franzida.

Emmett nos levou ao centro, onde haviam várias lojas. Esme parecia conhecer todos. Assim que chegamos uma mocinha baixa e loira com um coque veio nos atender.

— Sra. Cullen! A que devo a honra? - ela disse sorridente.

— Jane, esta é minha nora Tanya, quero que mostre a ela roupas adequadas a sua idade. – ela a orientou.

— Pode deixar.

Depois de passarmos horas e horas experimentando roupas, fomos até o salão de beleza do shopping.

Eu não queria fazer nada muito drástico em meu cabelo, apenas cortar as pontas e arredondar.

O cabeleireiro que se chamava Aro, parecia muito simpático e experiente.

Depois que sai do salão com meu novo visual e várias sacolas, eu me sentia tão diferente.

Olhei-me na vitrine.

 Eu usava uma saia cinza clara, com uma blusa azul escura de mangas finas de seda, meias finas pretas e uma sapatilha de salto baixo. Meu cabelo estava solto caindo em cascatas.

— Pronto, agora podemos ir. – Esme disse satisfeita.

— Para casa? – eu perguntei.

— Não querida, para o trabalho de Edward.

O quê?

— Precisamos mostrar a ele seu novo visual.

— Claro. – eu disse sorrindo nervosamente.


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Notas finais do capítulo

*Rockefeller foi um investidor e empresário norte-americano. Revolucionou o setor do petróleo, em 1870 com 97 anos deixou uma fortuna de US$ 330 bilhões de dólares.