Corações Indomáveis Reylo escrita por Lyse Darcy


Capítulo 23
Capítulo 23 O Perigo Está Próximo




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O marido a observava com ternura, a pele alva como o mármore repousando tranquilamente envolta de uma manta, as curvas suaves do seio se moviam conforme sua respiração terminava num leve ressonar. Contemplar a jovem tão serena enchia o coração do homem de amor. Casar com ela foi a melhor decisão de sua vida. Sorriu com carinho ao pensar nela. Então a mulher se remexeu na cama. Colocou a mão a boca num bocejo delicado. Os olhos azuis límpidos miraram Ben, que a encarou com um semblante alegre.

— Bom dia, amor! — Beijou o ombro dela.

A esposa se espreguiçou como uma gata. Parecia estar de bom-humor. Há dias estava muito irritadiça, brigava ou chorava por qualquer coisa. Elevou o tronco se recostando junto a Solo. O encarou com um olhar lascivo e cheio de volúpia.

— Bom dia!

Ben a puxou com urgência para cima do seu corpo desnudo tinha muita necessidade de ter o calor de Desirée junto de si. Ela o beijou com paixão, mordendo o lábio inferior dele roubando-lhe um gemido grave. Com isso ela escovou seus dentes nos ombros repletos de sardas do homem. Ele a ergueu com facilidade colocando a mulher sobre seu colo com as pernas enroscadas em seu quadril. Sentiu a umidade tépida de sua intimidade roçando sobre o seu membro ereto, ela iniciou um movimento sôfrego de vai e vem sentindo toda a extensão intumescida do marido, ambos gemiam baixinho palavras provocantes. Por seu turno, Ben a chupou o pescoço com premência.

Nesse momento de efervescência passional Ben a penetrou sem nenhuma delicadeza, sabia que a esposa sentia mais prazer com essa intensidade, ela gemeu alto, os dois então se entregaram a paixão desenfreada entre gemidos e sussurros Desirée envolvia Ben numa paixão desenfreada. Então os dois seguiram em movimentos licenciosos alcançaram o clímax com a respiração forte e descompensada. O homem mordeu de leve o queixo dela e a deitou no colchão a abraçando formando uma conchinha. Ele beijava a nuca da esposa que estava totalmente relaxada com a nudez de ambos.

— Te amo, Desirée! — Ela apenas fechou os olhos com força. Alisando o braço musculoso do homem. Por um momento quis sentir algo pelo marido, no entanto, não conseguia abrir o coração para ele. Principalmente estando obcecada por Kylo Ren.

Com isso se virou para ficar em frente ao esposo, o fitou com um sorriso enigmático, tentando disfarçar a ansiedade em conseguir convencê-lo de fazer a sua vontade. Afagou o tronco definido dele.

— Ben… — Sua voz soava manhosa. — … Acredito que seria muito bom se fossemos morar em Chandrila…

— Poderia ser … — Sorriu para a esposa. — Contudo, não podemos deixar a minha mãe sozinha aqui na fazenda Millenium.

— Oh! Querido ela viveria bem… — Suspirou inconformada. — Sempre viveu aqui sem companhia nenhuma, se sairá muito bem. Além do mais, podemos sempre vir visitar. Assim jamais ficaria sozinha de fato.

— Irei pensar com carinho sobre o assunto. — Roçou os lábios na sua têmpora. — Agora porque tem tanto interesse em se mudar para a vila?

— É… — Tropeçou nas palavras. — … Meu pai, não quero deixa-lo só.

— Meu amor o caso é igual… Não posso deixar, Leia sozinha.

Cruzou os braços no tronco, deixando os peitos comprimidos. Ficando numa postura de birra. Fazendo uma carranca para Ben Solo.

— Está vendo! — Fez beicinho. — Você nunca faz algo para me agradar. Só sabe me fazer sofrer. Ben estava muito bem-humorado. A puxou para abraçar a mulher que estava lindamente espalhada em sua cama. A beijou com volúpia.

— Prometo que irei encontrar uma solução para tudo isso. — Ao ouvir isso Desirée riu marotamente.

— Vamos nos arrumar para irmos tomar o café da manhã. — O puxou para fora do colchão. — Estou faminta. — Ben se deixou arrastar para fora do leito com um semblante divertido.

(…)

A vila estava repleta de transeuntes num eterno ir e vir. A voz da população se espalhava por todos os ambientes. A feira estava colorida, pois, cada barraca estava cercada com frutas, verduras e legumes. Bem como algumas tendas com especiarias e tecidos e, algumas miudezas. O perfume na feira era muito agradável.

O cabo Sanches caminhava pela alameda se movimentando agilmente entre as pessoas tinha que cumprir uma ordem direta do delegado. Trazer o garoto que entrou na madrugada no calabouço a sua presença. Sua mente se revolvia em querer saber qual era a real intenção do homem em querer falar com o rapazola. Nenhuma explicação razoável lhe vinha a cabeça. Contudo, podia se antecipar que coisa boa não era, Héctor não fazia nada de graça, sempre haveria algo mais profundo envolvido. Meneou a cabeça, se negava querer saber mais a respeito do que seu superior tencionava com aquele adolescente. Não queria se envolver.

Alcançou o casebre onde o menino morava. Bateu a porta e uma idosa apenas abriu uma pequena fresta, só para ver quem estava procurando a família.

— É a mãe Agnes?

— Sim? — Sua voz saiu receosa. — Por que está aqui?

 — Não tenha medo. — Riu de canto de boca. — Vim numa missão extraoficial.

— O que isso significa?

— Posso entrar para lhe explicar melhor? — A isso a anciã abriu um vão maior deixando o oficial entrar em sua casa.

Ao entrar pode verificar que o lugar era extremamente pobre. Todavia a limpeza era muito bem feita, a mulher era muito caprichosa. Ela ofereceu ao homem um velho banco para se sentar, o cabo aceitou o convite fazendo o móvel ranger por suportar seu corpo robusto. Tentou se ajeitar da melhor maneira possível. Aprumou os botões do uniforme para que não estufasse sua barriga. Deixando a pele amostra.

A senhora antes de se sentar lhe ofereceu um chá de ervas. Ele aceitou de pronto enquanto observava a dona da casa preparar a bebida. Fazia uma varredura do cômodo, então se deteve ao ver um garoto que não aparentava ter mais que quinze anos. Estava paralisado encarando o cabo Sanches. O mais velho acenou para que o jovem se aproximasse. Caminhou incerto até o oficial.

— Não se assuste. — Sorriu condescendente. — Venha. Pode ficar tranquilo.

 — Não fiz nada, seu soldado. — Joaquim falava com voz falhada.

— Estou ciente disso. — O homem riu com vontade. Nesse instante, a avó do menino trouxe uma caneca de chá para o cabo. Sentou próximo dele.

— Diga então seu oficial o que faz aqui?

O homem bebericou de sua bebida fumegante. A isso encarou o jovem e a mulher de cabelos prateados que o olhava com uma expressão curiosa. Estavam cada vez mais intrigados com a presença do soldado ali na humilde residência. Então falou tranquilo.

— Vim aqui porque o delegado Héctor James quer ver seu neto. Hoje, à tarde.

— Ele fez algo errado? — A voz de Agnes era de total preocupação. — Não leve o meu menino. Já me levaram o mais velho, tenham piedade dessa velha que não tem ninguém por ela! — Tinha as mãos juntas em súplica.

— Senhora… — Tentou apaziguar os ânimos dos dois. O garoto respirava pesado, suas narinas estavam dilatadas um semblante de puro terror, sabendo que tinha motivos para se preocupar, uma vez que havia adentrado na delegacia sem o consentimento de ninguém. Pensava que era o seu fim, porém ouviu o sujeito falar. — … Seu neto não vai ser detido. É apenas uma conversa informal. — Voltou a degustar o líquido. — Ele voltará para casa. Prometo.

Com isso, depois de explicar algo superficial a mulher se levantou levando consigo o garoto para que o seu superior exponha o que pretendia com o garoto. Todavia sentiu um calafrio em pensar no que de fato o homem queria com o tal jovem. Tudo que intuia era que com certeza não era algo bom.

Joaquim entrou na delegacia em passos incertos. O corpo todo se arrepiou ao relembrar a madrugada que esteve ali. As paredes, repleta de limo exalava um cheiro forte de umidade. O cabo Sanches o trazia atado em seu braço para que o rapaz não corresse por medo de que algo lhe acontecesse. Contudo, o soldado tinha apenas uma certeza que Héctor, por hora, não faria nada de mal ao rapaz.

Bateu a porta com energia. Ouviu a voz masculina abafada os convidar a entrar. O homem ruivo olhou com sarcasmo para o rapazola ao lado do oficial corpulento, ele deu um passo atrás receoso do sujeito que não parecia ser sincero. O delegado sorriu sem humor.

— Ora… ora … — Sentou em sua poltrona de modo desleixado. Fez um gestual para que Sanches colocasse o menino sentado à sua frente. Apoiou os cotovelos no tampo da mesa. — … Se não é o irmão de Marcus? Deixe-nos sozinho, cabo. — O homem bateu continência e saiu em seguida, deixando a dupla sozinha. Queria ficar, mas seu superior, de fato, desejava algo escuso, sentiu pena do rapaz. Cerrando a porta.

O jovem começou a sentir profundo pavor, o homem o olhava com um semblante enigmático. Encarava os movimentos do mais jovem para se antecipar em tudo a cerca dele. Se recostou na cadeira.

— Qual é o seu nome?

— Joaquim… senhor delegado. — Esfregava uma mão na outra, estava inseguro.

— Muito bem! Joaquim — Tomou um pouco de água. — Vou ser direto contigo. — Riu malevolamente. — Tenho um serviço muito importante para propor a você.

— Como? — O menino ficou confuso. — Onde poderia trabalhar?

— Você e sua avó precisa de uma renda. — Girou o tronco se levantando caminhando pela sala. Acendeu um charuto. — Além disso, sei, que entrou aqui na delegacia de madrugada sem autorização. Portanto, posso te prender por invasão de prédio público. — Soltou a fumaça pela boca e narina. — Balançou as mãos como para acalmar o menino. — Não tenha medo não tenho interesse. Por enquanto, em lhe prender. — Riu.

— O que o senhor quer de mim? — Era esperto, sabia que não podia confiar no homem.

— Muito simples, garoto, tem que trabalhar na casa de Kylo Ren.

— O quê? — O jovem se ergueu de súbito da cadeira. — Nunca conseguiria este feito. Ele tem um grupo leal. Não conseguiria entrar.

— Sei muito bem disso, — Pôs a mão no ombro do garoto o forçando a se sentar novamente. Um nó se formou na garganta de Joaquim. — Quanto a você adentrar na casa deixa que me encarrego disto. Tudo que tem que fazer é ir.

— Isto não vai ser possível. — O menino tentou ser firme.

— Claro que vai! — Chegou bem perto em uma postura ameaçadora. Chegou bem próximo do rosto do menino com um olhar demoníaco. — Não se esqueça que tenho o seu irmão em minhas mãos… — Soltou fumaça na face dele. Que tossiu ao sentir o cheiro acre do fumo. — Não deseja que algo trágico aconteça com a sua santa avozinha. — Se afastou gargalhando.

— O que tenho que fazer. — O rapaz estava com a cabeça abaixada. Jamais quis prejudicar a ninguém, especialmente o pirata que era tão generoso com os necessitados. Contudo, não tinha nenhuma saída, apenas ser obediente a Héctor James.

— Tudo que precisa é vigiar a casa, contar tudo que se passa lá dentro. — Voltou a encarar o rapazote. — Qualquer documento, ou conversa deve ser passado a mim.

— Se fizer isto. — Sua respiração era descompensada. — Promete que não fará nada de ruim a minha família.

— Tem que fazer por eles. — Fez uma face sarcástica. — Contudo a garantia é a sua postura frente ao seu trabalho. — Sugou seu fumo novamente que ficou vermelho em brasa. — Sua lealdade a mim, é o fator de manter seus entes salvos.

— Então farei o que me pede seu Delegado. — Uma lágrima teimou em escorregar em sua face.

— Agora pode ir. — Dispensou o rapaz, odiava assistir às fraquezas alheias. — Aguarde o aviso para ir se apresentar na casa de Ren. O garoto anuiu e sumiu porta afora.

(…)

Luke Skywalker caminhava pelas ruas de modo tranquilo, passeava pelas alamedas indo em direção da igreja queria conversar com o padre Kenobi. Estava se sentindo um tanto solitário desde que suas filhas se casaram. Falar com alguém iria lhe ajudar um pouco. Estava distraído quando esbarrou em alguém.

— Olá! — Foi cordial. — Desculpe senhor prefeito não tive a intenção.

— Ora, meu caro Skywalker, isto não foi nada. — Sorriu ao homem. — Antes de mais nada quero lhe parabenizar pelo casamento de suas tuteladas.

— Agradeço por ser tão gentil.

— Gostaria de lhe convidar para tomar um refresco. — Apontou para a sua casa abastada. Luke olhou para o local, depois rapidamente desviou a vista para a igreja o destino que tinha a priori. O homem de modo astuto insistiu. — Não aceito uma recusa. — Sorriu.

— Sendo assim irei a sua casa. — Olhou o prefeito com os olhos azuis límpidos com um quê de curiosidade. A isso ambos caminharam até a residência de Snoke.

A propriedade era imponente, a fachada era toda de pedra, parecia ter saído de um conto de terror gótico. As árvores que margeavam a propriedade lhe faziam sombra realçando ainda mais seu aspecto sombrio. Snoke cruzou primeiro a enorme porta. Seu subordinado fez uma vênia solene, Luke passou logo atrás meneando a cabeça ao mordomo que pegou seu casaco e os conduzindo a uma ampla sala repleta de obras de arte de valores inestimáveis. O prefeito se sentou em uma poltrona com muita elegância, seus movimentos eram precisos, estava confortável com sua estatura longilínea.

— Sente-se Skywalker. — Cruzou as longas pernas. — Fique à vontade.

Luke Skywalker atendeu à solicitação se acomodando em uma cadeira acolchoada de veludo carmim de frente ao homem.

— Como falei agora a pouco desejava muito conversar com a sua pessoa. — Sorriu sem humor. Se virou ao mordomo com uma educação cerimoniosa. — Por favor nos traga um refresco, está muito quente o dia. — Voltou a sua atenção ao seu convidado. — Prefere outra coisa?

— A bebida fresca está muito bem.

Com isso o empregado se retirou para providenciar a solicitação do patrão. Saiu de modo tão imperceptível que Luke tomou um susto quando ouviu seu anfitrião.

— Agora que estamos sós. — Descruzou a perna ficando numa postura de quem precisasse confidenciar algo com os cotovelos apoiados nos joelhos. — Preciso pedir um favor a você. — Sorriu. — Posso lhe chamar assim? — Luke concordou com a cabeça. Então o homem continuou em sua narrativa. — O que solicitarei é algo muito simples. Tenho certeza que irá ajudar uma família em necessidade. — O prefeito conseguiu capturar a atenção do seu ouvinte.

— Claro que auxiliarei essas pessoas. — Seu rosto refletia preocupação. — O que posso fazer em favor deles?

— Muito simples, meu caro amigo, precisa empregar um jovem rapaz.

Neste momento em que Skywalker temperou a garganta para expressar seu ponto de vista, o mordomo adentra no recinto com um carrinho de refeições. Repleto de lanches suculentos e apetitosos, acompanhado de vários sabores de sucos. O homem serviu o convidado com muita eficiência, logo em seguida fez o mesmo com o seu patrão. Saiu discretamente deixando a dupla mais uma vez só. Luke olhou para o prefeito com curiosidade.

— Acredito que esta família precise de ajuda. Contudo, não poderei contratá-los. — Pousou o copo na mesa a sua frente. — Tenho poucas necessidades. Não preciso de uma equipe grande comigo.

Snoke se levantou de onde estava sentado caminhando com as mãos cruzadas por trás de suas costas, calculando as próximas palavras que iria pronunciar. O ambiente era pomposo, com móveis requintados, tapete persa, cortinas pesadas de veludo vermelhas. Era até opressivo estar ali. Então se voltou para o seu convidado.

— Entendo… — Deu dois passos até ele. O mirou nos olhos. — … Acontece que pensava em sua querida filha. Rey, que recentemente se casou. Não é verdade?

— Sim minhas filhas se casaram. — Girou o tronco para acompanhar os movimentos do outro que voltou a girar em torno dele. — O que tudo isso tem a ver com a minha família?

O sujeito riu rouco, isso soou sinistro.

— Sua tutelada irá precisar de criados para auxiliar nos afazeres domésticos, não?

— Sim… — Estava tentando entender tudo aquilo. — Acredito que irão querer escolher seus próprios empregados. Porque o senhor não indica o rapaz a eles?

— Eles sentirão mais seguros se você o fizer. — Voltou a se sentar e se recostar na cadeira. — Além disso, Kylo é muito desconfiado. Não desejaria que uma família tão negligenciada sofra devido às manias de um pirata bronco. Veja você, por causa da teimosia de um homem uma pobre viúva e seus netos sofram privação. Concordaria com isso? Acredito que não.

Luke se levantou coçando a nuca. Estava avaliando todos os pontos daquela equação conhecia bem o prefeito sabia que não dava um ponto sem um nó, no entanto, não conseguiria viver sabendo que pessoas precisavam de sua ajuda.

— Muito bem! falarei com Rey sobre o menino… — Encarou o sujeito que tinha um semblante vitorioso. — … Qual é o nome dele?

— Joaquim.

— Então estamos acertados. Falarei com minha filha e o que ela decidir. Aviso para mandar o garoto a casa do casal. — O homem meneou a cabeça.

— Só mais uma coisa não fale a sua filha que está fazendo esse favor para mim. Quero manter essa ação filantrópica em sigilo. — Sorriu. — Não quero que todos façam uma fila aqui em frente à minha casa.

— Entendo. Todavia não prometo nada em relação a Joaquim.

— O fato de ir falar com sua tutelada sobre o rapaz já me deixa contente. — Tomou um gole de sua bebida. — Sente-se Skywalker. Conte como foi o casório de suas filhas.

Assim aconteceu, os dois homens continuaram com a sua conversação. O prefeito ouvia a tudo astutamente, com a finalidade de conhecer mais a respeito da vida que Kylo Ren tomava e como conseguiu ter o sobrenome impoluto para si. Descobriu que era algo frágil e que facilmente podia ser derrubado. Percebeu que ele tinha muitos pontos vulneráveis para atacar. Sorria amavelmente, estava exultante em saber, coisas tão significativas em uma simples visita. Snoke só não contava que existia uma carta, testamento em posse do capataz da fazenda Millenium. Esta era a parte fundamental para que seus planos triunfassem, destruindo o documento, porém ele não tinha nenhum conhecimento sobre este assunto, aliás ninguém tinha. Assim Boba Fett tinha uma carta na manga poderosíssima contra Kylo, poderia barganhar ela com o prefeito. Deste modo, findou a reunião de Snoke e Skywalker sem qualquer contratempo ambos se despediram e Luke retornou para o seu lar.

(…)

“Preciso arrumar as minhas coisas o mais rápido possível.” Necessitava organizar tudo o mais breve possível, pois se sentia não pertencente aquele lugar. Queria mudar essa sensação. Vivenciar a experiência de modo mais efetivo. Avaliava todos os baús com um olhar perdido, eram muitos, precisava de uma pessoa para a ajudar. Suspirou, ao lembrar que Betina havia voltado ao convento. Rose viajou com seus pais numa visita à capital. Experimentou um desânimo desconfortante. Fechou o baú retirando apenas só o que precisava. Kylo cruzou os braços se recostando na ombreira da porta. Ela estava linda ali sentada em meio aos seus pertences.

— Está tudo bem aqui?

 Rey voltou seu rosto para a voz masculina atrás de si. — Está… — Bufou. — Na verdade, não está…

— O que foi que aconteceu. — Se sentou ao lado dela segurando suavemente a sua mão. — Me diga quem tenho que me vingar por você.

— Não se trata disso. — Riu com a piada do marido. — Tenho que organizar minhas coisas. Confesso que vou precisar de ajuda.

— Claro que precisa de apoio. — Beijou o topo d sua cabeça. — Contrate quantos ajudantes precisar.

— Acredito que precisarei apenas dois para me auxiliar. — Olhou para o marido com ternura. — Obrigada por isso. — Desviou o rosto rubro dele.

— Então estamos acertados. — Trouxe com carinho o rosto dela para o olhar. A beijou com carinho. — Escolherá as pessoas para lhe apoiar. — Então voltou a roçar os lábios em toda a face luminosa de sua esposa que sorria lindamente com as cócegas que ele lhe provocava. Adorava ver ela tão solta e confortável ao seu lado. Ela se afastou por um momento. Tentando se levantar.

— Preciso ir à cozinha fazer o nosso jantar.

— Não preciso comer. — A puxou com energia. — Só preciso de você aqui comigo. — Deitou nos ombros dela aspirando a cheiro limpo e suave dela. Ficar com ela o acalmava lhe dava a sensação de uma linda calmaria em alto mar após uma terrível borrasca. Ao mesmo tempo que o deixava um tanto amedrontado em se sentir tão dependente de estar com ela em tão pouco tempo. Contudo, estava mandando todo esse temor ao inferno, tudo que precisava nessa vida era dela, não a dividiria com ninguém, nem a deixaria ir embora. — Nunca irá me deixar. Verdade?

Rey se surpreendeu ao ouvir o homem. Sempre tão seguro de si, por um instante sentiu a vulnerabilidade do homem. O abraçou com firmeza lhe transmitindo toda a sua verdade.

— Não irei. — Segurou o rosto dele. O encarou nos olhos suas írises brilhante ofuscaram o marido. — Mesmo que tentem nos separar. Ficarei sempre ao seu lado. — Ao ouvir aquelas palavras firmes e sinceras os dois se abraçaram intensamente selando os seus corpos com um pacto solene, se amando com beijos e sussurros cúmplices. O amor já era firme e luminoso entre o casal. Todavia ainda não tinham plena consciência deste belo sentimento surgindo entre eles. Muito menos sabiam que os perigos os rondavam estavam cada vez mais próximo.


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Notas finais do capítulo

Obrigadaaa ... De coração a todo o apoio carinhoso que recebo ...
Beijos e até a proxima!



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