My Dear Babysitter - Concluída escrita por Julie Kress


Capítulo 31
Uma conexão inexplicável


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Não devia estar postando hoje, mas abri uma exceção...

A Fic não vai ser muito longa, teremos mais 10 capítulos pela frente. No máximo 10 mesmo.

Esse capítulo é especial e importante.

Boa leitura!!!



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P.O.V Da Sam

Quando chegamos na casa dos Benson, dona Marissa estava sendo uma mulher forte, no entanto, eu podia ver no seu olhar que ela estava desabando por dentro. As crianças choravam inconsoladas, Freddie não estava ali, ele tinha levado a bebê para o pronto-socorro. Noah correu para os meus braços, me abaixei ali na entrada da porta, envolvendo seu pequeno corpo.

— Tia... A Hannah estava morrendo... O papai correu com ela pedindo socorro. - Ouvi aquilo que me deixou sem chão.

Abracei ele com mais força.

Ally se aproximou com os olhinhos inchados, me olhando com receio.

— Vem cá. - Estendi os braços para ela.

Ela correu em minha direção e eu acolhi os dois irmãos em meus braços. Eram as minhas crianças... Apesar de tudo, eu gostava dela, Alyson só era uma garotinha complicada de lidar e carente de atenção.

Minha prima levou as crianças para a cozinha, ela foi preparar um lanchinho para os pequenos.

— Querida, obrigada por ter vindo. - Me agradeceu.

— O que houve, dona Marissa? - Perguntei, aflita.

Ela segurava o celular, estava esperando notícias do filho.

— Hannah começou a ter muita febre. Ela ainda não ficou boa da infecção na bexiga. A febre não diminuía, só aumentava. Ela teve uma convulsão, Sam. Ela é só um bebê... Eu não sei se vai... - Marissa não conseguiu mais segurar as lágrimas.

— Eu sinto muito, dona Marissa. - Me apressei e abracei minha ex-sogra. - Eu não sabia... Se eu soubesse que ela iria piorar... Me Deus. O Freddie devia ter me ligado antes, eu teria...

— Querida, não foi sua culpa. Nada disso é sua culpa. Hannah está doentinha. Ela foi logo tirada do peito. Isso prejudicou a saúde da minha neta. Ela é um bebê frágil que adoece com facilidade. A culpa é da mãe que foi embora sem se importar com os filhos... Se Hanhah tivesse mamado, seria mais saudável. - Disse com pesar. - Amanda não podia amamentar sempre, mas ela tentou nos ajudar com a bebê. Meu filho só têm amigos bons. - Fungou.

Hannah era frágil... Foi privada do leite materno.

Como uma mãe tem coragem de abandonar um bebê que precisa de cuidados?

— Sobre a saúde da Hannah, eu não sabia, dona Marissa. O seu filho nunca me contou. - Falei triste.

— Ele só não queria preocupar você. - Contou me deixando ainda mais arrasada.

— Em qual hospital eles estão? - Perguntei.

[...]

Em Seattle's Pediatric Hospital...

Sheyla me levou para o hospital e me deu dinheiro. Eu corri desesperada, antes que eu pudesse procurar por Freddie, eu o encontrei na recepção, e ele não estava sozinho... Wendy estava ao seu lado. Enguli meu orgulho e fui até o casal, Hannah era tudo o que importava no momento. Eu estava ali por ela. Aquilo não iria mais me abalar...

— Oh, ela veio... - Ela me avistou primeiro.

Benson virou para mim rapidamente, pareceu até mesmo surpreso.

Wendy me encarava séria, vi raiva em seu olhar.

— Sam... - Freddie balbuciou.

Estava com o rosto vermelho, os olhos inchados e com olheiras profundas. Aparentava que não dormia há dias. Estava acabado, devastado.

— Freddie... - Senti um enorme aperto por vê-lo naquele estado.

Era a imagem de um pai sem chão.

— Como ousa vir aqui? - Wendy entrou na frente dele. - Mas é muita cara de pau mesmo, eu devia dar nessa sua cara! Só não vou fazer isso porque o Freddie é como um irmão para mim! - Disse nervosa.

— Wendy, por favor, estamos num hospital. A Sam não têm...

— Ela pode não ter culpa, mas ela foi egoísta! Deu no pé no primeiro desentendimento que aconteceu, ela te largou sozinho com as crianças! - Virou para ele inconformada.

— Sinto muito, eu não...

— Não me venha com desculpas, Samantha! - Se aproximou apontando para mim. - Ele confiou em você, deixou que entrasse na casa dele, te deu um emprego e realmente se apaixonou por você. As crianças são como meus sobrinhos, e você magoou elas. Não só elas, você acabou com o Freddie, ele não merecia...

— Wendy, pelo amor de Deus! - Tentou fazê-la parar.

— Calado! Ela vai ouvir de mim. Você não fala, mas eu vou falar. - Eu realmente merecia aquele esporro.

Ele me olhou magoado, aquilo doeu muito.

Sua amiga estava alterada, percebi que ela se controlava para não avançar em mim.

— As crianças choravam dia e noite. Principalmente a Hannah. Ela teve febre emocional por sua causa, duas noites seguidas sem dormir, eu estive lá com eles... - Jogou na minha cara.

Ela chorava. Eu chorava. Freddie abaixou a cabeça sem conseguir me encarar.

— Eu vi vocês dois na área da piscina... Estavam tão íntimos e eu pensei... Droga, como queriam que eu me sentisse? Como se sentiria vendo outra sentada no colo do seu namorado? - Foi a minha vez de jogar na cara dela.

Wendy arregalou os olhos verdes e Freddie me olhou chocado.

— Foi isso mesmo? Você foi embora por quê achou que eu tava te traindo? - Ficou incrédulo.

Olhei para a ruiva que estava ainda mais vermelha.

— Ela é como uma irmã para mim. Nós nunca tivemos nada além da amizade. - Disse fazendo eu me sentir uma idiota.

— Seria até nojento. Além do mais, somos amigos desde o berço. Ele já me viu dar vexames e já me deu banho muitas vezes quando eu mal me aguentava de pé... Ele é como um irmão mais velho, apesar de termos a mesma idade... - Ela contou.

— O Shane disse que você gostava de ruivas. - Olhei para o Freddie.

— O Shane nem sabe o que diz, ele estava bêbado. - Falou me olhando ainda triste.

Nunca me senti tão idiota em toda a minha vida.

Eu realmente havia me precipitado. Eles só eram amigos. Sentiam amor fraternal um pelo outro.

— Oh... - Eu já não tinha mais argumentos.

— O Freddie é um homem bonito. Entendo que tenha ciúmes, mas precisava tanta insegurança e desconfiança? - Wendy perguntou mais calma.

Olhei para ela que parecia uma modelo francesa.

— Vou beber água. Vocês querem? - Percebi que ele estava sem jeito e incomodado.

Estava nítido que estava magoado comigo. E com razão.

Nós negamos e o Benson se afastou indo até o bebedouro à poucos metros dali.

— Ele te ama. - Sorriu para mim. - Ele sofreu muito. Está machucado. - Suspirou. - Se o ama, mostre à ele. Estou torcendo por vocês, de verdade. O que você viu aquele dia é algo tão bobo e normal entre nós. Não havia maldade. Mas não se preocupe, vou respeitar você. Admito que fui uma idiota, não vou mais fazer aquilo. - Disse com sinceridade.

— Eu vim pela Hannah. Depois eu me entendo com o Freddie... - Eu estava arrasada.

Aquela dor e mágoa no olhar dele me machucava tanto.

Ela levou a mão até o bolso da calça. O celular estava vibrando.

— Preciso atender. - Se afastou depressa.

Minha audição era ótima. Eu ouvi um:

"Estamos no hospital, Shane."

Se eles se detestavam, por quê ele estava ligando para ela?

— Melhor tomar. - Freddie retornou trazendo um copo d'água.

— Obrigada. - Agradeci.

— Me desculpa pela Wendy, ela não mede as palavras. É meio explosiva. - Estava meio constrangido.

A ruiva estava lá fora conversando com o amigo deles.

— Ela só estava tentando te proteger. Atacamos quem machuca aqueles que amamos... - Falei compreensiva.

Eu faria o mesmo se tratando dos meus amigos.

— Vamos sentar? - Convidou.

Mesmo arrasado, ele estava sendo gentil comigo.

[...]

P.O.V Do Freddie

— Está com raiva de mim? - Sam me olhou profundamente triste.

— Não. Não estou, Sam... Só estou triste com tudo. Fiquei apavorado, pensei que minha filha fosse morrer em meus braços... - Desabei ali mesmo diante dela.

Sam me envolveu com os braços pequenos, mas o aperto foi grande. Chorei contra seu ombro.

— Me perdoa por eu não estar lá quando precisou de mim... - Afagou minhas costas.

Seu abraço e seu cheiro eram reconfortantes.

Ela se culpava, eu não a culpava.

A culpa era da minha ex-esposa. Melissa não amamentou a nossa filha como uma mãe deveria fazer. O bebê precisa do leite materno. Hannah adoecia com frequência.

Quando tinha 7 meses foi internada com Pneumonia.

— Precisamos ter fé, Freddie... - Secou minhas lágrimas. - Ela vai ficar bem. - Os olhos estavam cristalinos.

— Obrigado por ter vindo. - Agradeci.

Eu podia estar chateado por ela ter partido, por ter nos abandonado. Mas eu ainda a amava.

Ela encostou o rosto contra meu peito. Toquei seus cachos macios.

— Sou uma idiota, só faço besteiras... Wendy está certa. Fui egoísta... - Se lamentou.

— Não foi sua culpa... A febre emocional não fez mal. Foi a infecção na bexiga com uma febre intensa. - Apoiei o queixo em sua cabeça.

Ficamos ali na sala de espera aguardando por notícias.

[...]

3 dias depois...

— Toma mais um pouco, anjinho. - Tentei fazê-la pegar a mamadeira.

Era mingau com suplemento vitaminado.

Hannah me encarava com aqueles olhinhos castanhos doces.

A mãozinha segurava minha blusa, como se tivesse medo de me soltar.

Beijei sua cabecinha, inalei o cheiro de seus cabelos macios.

— Tia, depois me ajuda com o dever? - Noah apareceu no quarto da irmã.

Eu havia voltado, pelas crianças. Elas precisavam de mim.

— Me espera na sala, só vou colocá-la para dormir. - Falei.

Deitei a bebê no berço, ela já estava sonolenta.

Aceitei voltar, Hannah estava bem e se recuperando em casa, Ally estava até mesmo me ajudando a cuidar dos irmãos. Infelizmente Freddie e eu não estávamos mais nos relacionando... Quando a bebê teve alta, focamos apenas nela.

Acabamos deixando o nosso relacionamento de lado... Que relacionamento, aliás? Eu havia terminado com ele... Causei tanto sofrimento.

Estava morrendo de saudades dos seus abraços, dos seus beijos e dos nossos momentos em família.

Fui uma idiota. Estraguei com tudo.

— Sam, o Noah está rabiscando as paredes de novo. - Ally veio me avisar.

O menininho sempre aprontava.

[...]

— A gente vai poder ir, pai? - Ela perguntou.

— Eu não sei, filha. Vou pensar. - Respondeu.

— A Laura é minha amiga, ela vai ficar chateada se eu não for... - Se pendurou na bancada.

Ela estava querendo ir para o aniversário da amiguinha.

— Está bem. Amanhã a gente compra o presente, você escolhe. - Concordou.

— Eba! - Ally comemorou. - A Sam pode ir também? - Quis saber.

— Não sei... Pergunte a ela. - Freddie foi abrir a geladeira.

Eu estava preparando o jantar.

— Sam, vai com a gente? Vai ser legal. - Olhou para mim esperançosa.

— Melhor não... O convite é para a família... Eu não posso. - Vi ela desanimar na hora.

— Você é a tia Sam. É nossa tia. Ela é da família, né papai? - Noah perguntou.

Freddie me olhou e ficamos nos encarando.

— Eu levo vocês e depois vou buscá-los. - Falou.

Ele não ia por minha causa?

— Não. Vai com os meninos. Eu não vou. - Não era justo eu ir e ele ficar.

Noah começou a chorar.

— Eu queria que vocês fossem. Os dois. - Disse ela triste.

— Depois a gente resolve isso, filha. Noah para de chorar. - Pediu.

[...]

— Não precisa me perdoar, eu entendo... A gente têm que pelo menos tentar ter uma boa convivência. - Eu disse quando estávamos na sala.

— Sam, eu não tenho o que perdoar. Você voltou pra casa, está tudo bem. As crianças estão felizes. Eu tô indo trabalhar tranquilo sabendo que posso deixá-las com você. - Disse com calma.

— Não é isso, Freddie... Eu só queria que tudo... Talvez eu mereça. Não foi justo com você. - Levantei.

— Sam... - Me seguiu.

— Eu vou ficar bem. - Falei lutando contra as lágrimas.

Me virei e nos encaramos.

— Droga... Meu peito está quase explodindo aqui! - Se aproximou, tocando o meu rosto. - Eu te amo. - Encostou nossas testas.

Deixei que as lágrimas rolassem.

Eram sentimentos imensos e intensos.

— Desde o dia que você apareceu aqui... - Passou os polegares por minhas bochechas. - Eu senti... Foi inexplicável, mas eu senti... - Ele não foi o único.

— Eu também senti, Freddie... Quando você abriu a porta... - Encarei seus olhos. - Também te amo. - Não restavam mais dúvidas.

Talvez fôssemos almas gêmeas, feitos um para o outro.

Quando sua boca encontrou a minha tudo fez mais sentido.

Precisávamos daquele beijo, daquela nossa conexão para curar nossos corações abalados.

Eu precisava daquele homem para me sentir plena e das crianças para me sentir completa.

Deus havia me dado aquela família. Eu nunca mais iria abandoná-los.


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Notas finais do capítulo

Agora vocês tiraram conclusões sobre a Wendy, né???

Ela não é má pessoa. Gostaram do esporro que ela deu na Sam???

Hannah teve alta e agora está bem ao lado da família. A bebê juntou eles, né???

Pelo menos uma coisa boa vindo de algo que abalou a todos.

Ally toda gentil com a loira.

Sei que estavam chateados com a Sam, mas todos já sofreram muito.

Teremos muito Seddie no próximo.

E essa reconciliação no final com direito a: Eu te amo???

Espero que tenham amado tanto quanto eu.

Até o próximo. Bjs



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