Nemesis escrita por ariiuu


Capítulo 13
Um violento embate entre duas mentes opostas




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Um violento embate entre duas mentes opostas

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13 de Abril de 2012, 9:21 AM

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Nova York – Manhattan

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Mais uma reunião era marcada na Torre Stark, para discussão do começo das missões que incluíam ir atrás de pessoas ligadas a viagem no tempo e o processo de purificação da SHIELD.

O Conselho dava carta branca para Nick Fury atuar como melhor julgasse, e tudo ocorria conforme seus planos.

O Diretor da SHIELD havia marcado com a filha do Presidente, a entrega do material que a mesma prometera entregar: Uma lista com todas as supostas bases secretas da HYDRA ao redor do país e do mundo.

Tony também havia chamado o Coronel Rhodes para a reunião e naquele momento, todos se encontravam no mesmo local onde tratavam sobre tais assuntos: O último andar da Torre, que estava em processo de reconstrução.

Enquanto Mary Crystal chegava ao local ao lado de Rhodes, Tony e Pepper, que se encontravam imersos nos planos de reestruturação da torre, os recebiam.

— Olha, eu jurava que isso aqui tinha despencado depois da batalha contra o tal Loki, mas acho que você caprichou no alicerce. – O Coronel Rhodes cumprimentava Tony.

— Você viu o que aconteceu no letreiro? A senhorita Potts quer substituir a letra “A” pela letra “P”. – O Homem de Ferro cumprimentava seu amigo de volta.

— Ideia genial, Pepper. Eu apoio! – O coronel fazia o gesto de joinha, enquanto a Presidente das Indústrias Stark sorria.

— Devíamos fazer uma votação pra ver quem apoia as minhas ideias, e eu com certeza ganharia. – Pepper redarguiu, em tom de brincadeira.

— Claro que ganharia. Seria todos os votos contra um, que no caso, seria o meu, agora... você não vai nos apresentar essa jovem senhorita que está atrás de você, Rhodes? – Tony mencionava Mary Crystal, que estava em silêncio, observando os arredores do grande salão, totalmente destruído.

— Ah sim, essa é Mary Crystal Ellis, filha mais nova do Presidente Matthew Ellis.

— Muito prazer, senhor Stark. – A garota cumprimentava o gênio, apertando sua mão com firmeza.

— Eu nem sabia que o Presidente tinha uma filha. Como conseguiu se esconder durante todo esse tempo? – Tony fazia piada, já imaginando que com certeza a SHIELD estava envolvida no processo de ocultamento de tudo que havia sobre ela e seu irmão.

— Tenho endereço, documento de identidade e habilitação, senhor Stark. Não estou escondida. – A loira rebatia, num tom mais áspero... numa postura que Tony julgava militarizada demais...

Aquilo lembrava um certo soldado de 94 anos com rostinho de 26.

E percebendo o desconforto da garota, Pepper entrou no meio, com o intuito de fazê-la se sentir mais à vontade.

— Olha, não liga pra ele não, o Tony é um idiota de manhã. Venha, vou te servir um café. Você aceita?

— Sim, claro. Muito obrigada, senhorita Potts. – Kiara respondia educadamente a Presidente das Indústrias Stark.

Normalmente ela estaria mais bem-humorada, mas aquele dia em específico, não estava sendo dos melhores...

— Ah, por favor, me chame de Pepper. – Ela conduzia a loira até a máquina de café do grande salão.

As duas caminhavam até o local, deixando os dois sozinhos.

— Então é essa menina que é a tal herdeira de um dos maiores mafiosos da Cosa Nostra? – Tony perguntava ao amigo, que fazia questão de defende-la.

— Sim, mas as coisas não são do jeito como você acha. Ela é uma cidadã americana, Segundo-Tenente da Força Aérea e desempenha um papel muito importante dentro da base de Colorado Springs. Suas ligações com a máfia não passam de herança de informações importantes que o falecido avô a designou e que ela obviamente não tem interesse de usar, a menos que englobe a segurança do planeta, como é o caso pelo qual ela está aqui hoje.

— O Capitão disse que ela não é confiável.

— O Capitão América não a conhece totalmente para ter sua opinião levada a sério. A Mary é uma menina divertida, piadista e adora provocar, mas tem um belo coração e um caráter ilibado. Tenho certeza que ele disse isso apenas porque as ideias dela devem ter se chocado com as dele.

— Ok, Rhodes, se você está dizendo, eu acredito.

— Sábia escolha.

— Mas confesso que queria muito ser uma mosquinha pra ter visto o que aconteceu entre eles no tal evento, já que a Romanoff e o Barton não quiseram me contar.

— O quê, você não sabe!? – Rhodes estava chocado. Por que de repente Tony Stark estava interessado naquilo?

— Não...

— Bem, então devia insistir para eles dois te contarem. – O coronel sorriu, divertidamente.

— Você também não vai me contar? E ainda se considera meu melhor amigo? – O Homem de Ferro estava ressentido ao ouvir aquela resposta.

— Você pode conseguir qualquer informação, então não sei porque está me fazendo essa pergunta desde o começo.

— Ok... vou mexer meus pauzinhos pra descobrir, mas me diga uma coisa, houve mesmo um ataque terrorista naquele evento?

— Sim. Um grupo que se diz herdeiro da Cosa Nostra foi atrás da Mary, mas já estamos resolvendo isso.

— Garotinha importante...

— Eu já desconfiava que algo assim poderia acontecer, então chamei vários nomes de destaque dentro da Força Aérea e do exército para ficarem de olho nela naquele evento, a pedido do Senhor Presidente.

— Imagino a preocupação desse pai... – Tony desviava o olhar na direção de Pepper que estava com Mary naquele momento.

Ela parecia uma menina tão frágil...

— Ela é forte. Isso é tudo que posso te dizer. – Rhodes denotava, já sabendo que a Segundo-Tenente possuía habilidades que a protegiam de vários ataques perigosos.

E então, naquele exato momento, o restante dos Vingadores entrava na sala com Nick Fury e Maria Hill, incluindo Steve Rogers, que se encontrava com uma carranca visivelmente estampada em sua face.

Só o fato de ter a presença de Mary Crystal ali, lhe fazia ter a imensa sensação de que era um grande desafio se manter calmo... ainda mais depois de a mesma ir embora com sua moto e todos os seus pertences dois dias atrás.

Ao menos ela havia entregado tudo nas mãos de Natasha, deixando sua Harley estacionada em frente a Torre Stark no mesmo dia que o enganou.

Mas para deixa-lo ainda mais furioso, Mary deixou um beijo com marca de batom no visor do iPhone dele, num gesto de puro deboche.

Nunca mais abriria a guarda para aquela garotinha mafiosa novamente. Disso ele tinha certeza.

— Estão todos aqui? – Fury perguntava num tom mais alto, chamando a atenção de todos os presentes.

— Acho que vou começar a cobrar aluguel da SHIELD por sempre usarem a minha torre para realizar essas reuniões. – Tony já fazia piada com Fury, só para não perder o costume.

— A reunião tem como objetivo principal algo que envolve a segurança do nosso planeta e a presença de todos os Vingadores é essencial, logo, sendo você um Vingador, não pode cobrar nada. – Replicava num tom severo.

— Foi mal, Diretor Fury... é só uma brincadeira... vocês estão com uma cara péssima nesse lindo dia ensolarado e estou tentando deixar o ambiente mais descontraído. – Tony parecia um pouco melhor naquela manhã. Talvez porque Pepper estava ali e fez de tudo para acalmá-lo após toda a confusão da batalha de Nova York, afinal, a Presidente das Indústrias Stark lhe ajudava a reordenar seus caóticos pensamentos.

— Você trouxe o que te pedi, Kiara? – Fury se dirigia à Segundo-Tenente e então, dando alguns passos à frente, ela mostrava uma pasta com alguns arquivos.

— Trouxe o que te pedi, Fury? – A garota devolvia a pergunta, deixando claro que só entregaria a pasta se ele também apresentasse o que havia pedido.

— Hill, dê a ela os arquivos.

A agente caminhou na direção da garota, entregando uma pasta com o emblema do Projeto PEGASUS, e então, como prometido, Mary soltava a pasta que segurava nas mãos de Maria.

Os olhos verdes da garota alargaram em resposta e ninguém ali entendia nada...

Ninguém além de Fury, Hill e Rhodes.

— Bem, então eu vou indo nessa. – Mary Crystal estava prestes a sair dali, mas a voz de Nick Fury a interrompeu.

— Pode parar aí mesmo, Kiara.

A garota então virou de costas, arqueando uma sobrancelha.

— O que é agora?

— Essa foi só a sua primeira missão. Há várias outras a caminho.

E então, ao ouvir tais palavras, a loira andou para onde o Diretor da SHIELD estava e o encarou com fúria.

— Eu disse que entregaria os mapas em troca dos arquivos da Doutora Lawson.

— Preciso que veja algumas imagens e nos diga se sabe algo a respeito.

— Que imagens?

— Tony. Libere as imagens da torre de dias atrás após a batalha. – Fury exigia.

— JARVIS, quero todas as imagens e escutas mais importantes do dia 4 de Abril que selecionamos.

— É pra já, senhor. – A inteligência artificial respondeu, mostrando tudo no mesmo instante.

Rhodes também avaliaria as imagens juntamente com a garota, afinal, era alguém de confiança do Homem de Ferro.

Depois de mais de meia hora de material, o Coronel estava abismado, chocado e perplexo.

Banner explicava sobre a viagem no tempo e as pessoas envolvidas, no entanto, tudo ainda era um mistério.

A reação de Rhodes era completamente normal e aceitável, mas...

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Mary Crystal não havia esboçado nenhuma reação de surpresa, pelo contrário...

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Aquilo não parecia nenhuma novidade para ela.

— E então, Mary? Pode nos dizer algo a respeito? – Fury a indagava, esperando que a mesma lhe desse uma resposta, já que ele sabia sobre a habilidade que ela possuía de ver o futuro.

— Você quer que eu diga o que eu acho ou o que eu sei?

— Os dois.

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— No dia 4 de Abril, no início da tarde, eu encontrei o Capitão América do futuro perambulando entre os escombros ao redor da Torre Stark.

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A garota dizia friamente, arrancando reações assustadas de todos na sala.

— O quê!? – A voz que eclodia no meio, era a de Steve, que se encontrava atrás de todos ali.

— Ele tinha um aspecto mais velho, um uniforme completamente diferente e mais escuro, além de carregar uma maleta e um martelo, que tenho certeza absoluta ser o mjolnir. – Mary revelava, num tom indiferente, como se aquilo não fizesse a mínima diferença.

— O martelo do deus do trovão? Mas dizem que só ele é capaz de empunhá-lo. – Natasha contestava, pasma com tais revelações.

— Você perguntou e isso é tudo o que eu sei, Fury. Agora será que já posso ir?

— Você falou com ele? Com o Capitão que você acha ser do futuro? – Fury não acreditava que aquilo era coincidência.

— Não. Eu o perdi de vista logo depois.

— E o que mais você viu?

— Nada...

— Kiara... eu preciso que diga o que mais você viu... – O Diretor enfatizava as duas últimas palavras e Mary estreitou o olhar, não entendendo aquela pergunta.

— O que afinal você quer arrancar de mim, Fury?

— Você não entendeu a gravidade da situação? Precisamos saber o que aconteceu no futuro! O que nos espera! E precisamos da sua ajuda nisso.

— Então é isso? Quer me usar de bola de cristal pra descobrir o que de fato aconteceu no futuro? Ok, eu tenho um palpite, querem ouvir?

— Diga. - Fury pedia para que ela prosseguisse.

— Fizeram alguma besteira, se deram mal, a terra sofreu algum tipo de consequência e aí eles voltaram aqui pra desfazer a catástrofe que eles mesmos causaram. – Mary apontava para todos os Vingadores, como se os mesmos fossem os maiores culpados da possível tragédia que ocorrera muitos anos à frente.

— Como pode ter tanta certeza? – Fury a indagava, não sabendo se ela dizia a verdade ou estava sendo irônica.

— É bem obvio, Diretor...

— Isso é puro achismo! Não pode dizer que a culpa de algo que aconteceu no futuro é nossa se você não esteve lá para saber! - Steve contrapôs, com raiva, saindo por trás de Tony, Rhodes e Fury.

— Eu tenho certeza que foram os próprios Vingadores que causaram isso, ou seja, vocês. – Kiara reforçava suas conclusões, encarando colericamente o Capitão América, que naquele momento, estava frente a frente com ela.

— Hey, gente... vocês deviam se acalmar... – Pepper, que já estava ciente da situação, pedia gentilmente para que os dois não começassem a brigar, afinal, ela soube do clima estranho que pairava entre ambos por Natasha Romanoff.

— Não temos certeza de absolutamente nada. Por enquanto, são apenas especulações. - Tony rebatia.

— Eu tenho certeza que não. – A Segundo-Tenente insistia.

— E por que teria toda essa certeza? - Natasha a contrapôs, também não acreditando no que ela dizia.

— Bem, eu não posso explicar o porquê. Fui proibida de dizer qualquer coisa relacionada ao futuro. – E então, o olhar da loira se voltou para Nick Fury.

— Proibida por quem? – Steve contestava.

— Pelo Diretor Fury e o Conselho Mundial de Segurança.

Todos olharam imediatamente para o Diretor da SHIELD.

— E por que eles fariam isso? – O Capitão contestava novamente.

— Pare de fazer piadas, Kiara. Você está aqui para dizer o que sabe e não especulações descabidas.  - Fury a encarava, com um olhar ameaçadoramente veemente.

— Claro... minhas especulações são só piadas, não é mesmo... Fury...? - Ela o defrontava colericamente e todos acharam aquilo tudo muito suspeito.

— Mary, se acalme. Você não pode dizer coisas que não tem certeza, então seja racional e não fique instigando conflitos. Lembre-se, você não está na base, mas precisa manter seus princípios. – Dessa vez, era o coronel Rhodes que intervinha, no ímpeto de abrandar o debate.

— Sim, o senhor está certo, Coronel, mas quem pediu para que eu falasse o que sabia, foi o Diretor Fury e não tenho culpa se ninguém aqui está preparado para ouvir o que ele me perguntou.

— Você está sendo insensata. É bem nítido que está fazendo piadas em nossa cara, sendo que estamos diante de uma possível catástrofe global que não temos ideia de como desvendar. – Steve a repreendia, arrancando um meio sorriso cínico dos lábios da garota.

— Quando o mundo estiver acabando, pessoas como você, tão moralistas, vão comer umas às outras... – Kiara rebatia, de forma petulante, as palavras de Steve.

— Não tem ideia do que significa estar diante de uma guerra, senhorita Ellis... e se estivesse em uma, veria que as pessoas costumam se unir por um bem maior, para salvarem vidas...

— Desculpa, mas todo esse lance de irmandade, bem maior e paz na terra me dá ânsia de vômito... – E então, a loira desferiu um olhar sombrio e friamente implacável na direção do Super Soldado.

O Capitão estava impressionado pelo cinismo, pela frieza e insensibilidade da Segundo-Tenente.

— Esse século está perdido... – Steve confessava, totalmente impaciente.

— Concordo. Você devia ter deixado Johann Schmidt explodir tudo. – Mary explanava enquanto o encarava profundamente.

— Está perdido... a começar por você... – O Capitão resmungava, fitando-a de modo severo.

— Haha, bem-vindo à selva, Capitão! – Ela piscou, sorridente.

— Vem cá, vocês esqueceram que há mais pessoas na sala? Nós estamos aqui e queremos chegar a uma conclusão plausível para começarmos a agir, então será que podem parar de trocar ofensas e voltarem ao que realmente interessa? – Naquele momento, era a voz do Doutor Bruce Banner que surgia, interrompendo a discussão de Steve e Mary.

— Ah, eu tô curtindo esse debate... podem continuar, só me deixem pegar uma Coca-Cola antes! – O Homem de Ferro dizia, divertidamente e levava um cutucão de Pepper Potts.

— Todo mundo sabe como essa história acaba, então vamos pular para o último capítulo onde tudo explode e todo mundo morre! FIM! Agora eu preciso ir, porque quero ler com atenção todas as linhas desse lindo projeto aqui. – Mary batia na pasta com o emblema do projeto PEGASUS. – Tchau! – A loirinha se preparava para sair dali, mas foi impedida pelo Capitão América, que a cercou, bloqueando a saída.

— Você não vai a lugar algum! Não até concluirmos nosso raciocínio e começarmos a fazer um cronograma das missões!

— Escuta aqui, Capitão América, a gente não está no exército pra você me dar ordens e eu não faço parte do seu esquadrão de homens bomba que te obedecia estritamente, então saia da minha frente agora, antes que eu perca a paciência! – Ela o encarou, sem medo de represálias, porém, Steve permaneceu onde estava.

Ele cruzou os braços na frente do peitoral firme, deixando claro que não sairia dali.

— Ninguém aqui está brincando, senhorita Ellis.

— Ele está certo, Kiara. Você disse que colaboraria conosco. – Fury exigia, reforçando as palavras de Steve.

— Correção: Eu disse que entregaria os mapas em troca dos arquivos do projeto PEGASUS! – Mary rebatia.

— Senhorita Ellis, lembra do que conversamos aquele dia na cafeteria? Você estava fingindo? – Natasha a indagava, serenamente.

— Tem certeza que é uma espiã de elite, agente Romanoff? – A garota provocava, deixando claro que estava fingindo descaradamente aquele dia, embora a ruiva já soubesse que de certa forma a loira estivesse dizendo a verdade.

— Pare de agir como uma criança, senhorita Ellis. Todos aqui estão falando sério e só você está tendo uma postura infantil e nada republicana. – Steve voltava a contrapor, impaciente com as respostas ácidas dela.

— Pare de exigir que as pessoas sejam iguais a você, Capitão Rogers. Se não está preparado para ouvir opiniões divergentes e contraditórias, fique calado. – Ela dava um passo para frente, numa postura firme.

— Não me peça para ficar calado, senhorita... porque como consequência, direi coisas que estão entaladas em minha garganta...

— Oh, é mesmo...? Está magoado porque fugi com sua moto dias atrás?

— Não se trata somente disto...

— Claro que não... olha, em vez de tentar bater de frente comigo, sugiro que volte para a escola e estude o básico de tudo o que perdeu nas últimas décadas, a começar por história, política, geopolítica e filosofia, aí quem sabe não podemos ter um debate... à altura...? – E então, Mary Crystal sorriu cinicamente de canto, num gesto impetuoso de provocação.

— Acha que entende sobre história? Eu estive lá, senhorita Ellis. Pare de se achar superior só porque leu alguns livros!

— Li alguns livros? A pessoa não sabe nem quem foi John F. Kennedy, não sabe sobre a guerra fria, todos os outros fatos importantes após a segunda guerra, e se julga apto a debater comigo? – A loira soltou uma gargalhada em resposta.

Todos estavam quietos, observando o desentendimento de Steve e Mary, um tanto perplexos.

— Suas ofensas decolaram de ponderações sobre o futuro para fatos históricos do meio político ao qual perdi porque estava congelado? É isso mesmo, senhorita?

— Sim, eu transito entre vários assuntos relevantes facilmente. Não tenho uma mente lenta e pré-histórica como certas pessoas... – Ela o olhava debaixo para cima, debochadamente.

— Steve, Mary, parem com isso agora! – Fury exigia, interrompendo-os, mas o Capitão o silenciou com um olhar austero.

— Continue, senhorita... me diga o que perdi...

— Não sou sua professora. Peça para o Fury encher o seu apartamento de livros.

— Onde aprendeu a ser tão mal-educada?

— Não curtiu minhas patadas? Fui criada nos maiores estábulos da Itália. – E então, a garota sorriu novamente, num ímpeto de provocação.

— Suas piadas ácidas não vão me atingir. Podemos ficar aqui discutindo suas imbecilidades o quanto quiser... eu posso fazer isso o dia todo... – Steve se aproximava ainda mais da loira, mostrando que não estava afetado com suas palavras.

— Ahaha... é tão obvio o quanto parece ter raiva da minha personalidade, não é mesmo? Eu sou tudo o que você não consegue ser! – Mary cruzou os braços, mantendo o rosto erguido, defrontando-o intimamente.

— Antes de me julgar, se olhe no espelho. Só tenha cuidado para não se cortar com os cacos... – Os olhares azul e verde eclodiram e ambos não quebraram o contato visual diante das posturas intransigentes que exibiam.

— Sério, Capitão Rogers... porque em vez de ficar aqui, achando que tem alguma capacidade de me amedrontar com sua voz grave e seus músculos de super soldado, não procura um barzinho pra relaxar e ficar com alguma garota...? Quanto tempo faz que você não sai com alguém?

— Minha vida pessoal não é da sua conta.

— Hmmm... soa como uma desculpa falsa pra mim...

— Você honestamente acha que pode me intimidar?

— Sim, eu acho. – Mary continuava frente a frente com ele, com as mãos nos quadris, encarando-o impetuosamente.

— Eu não sei porque o Fury te chamou até aqui, mas tenho fortes motivos para não confiar em você.

— Uau, não sabia que um dos pré-requisitos para ser oficialmente aceita nessa equipe é ter a aprovação moral do Capitão América. – Ela segurava um riso de deboche.

— Eu simplesmente não te conheço bem o suficiente... você me enganou duas vezes!

— Ah, não fique chateado. Eu estava entediada e daí você apareceu... sabe... estou adorando praticar minhas habilidades de atriz com alguém...

Em meio a discussão incessante dos dois, Banner respirou fundo e resolveu sair do salão, ou perderia a paciência e ficaria verde ao notar o quão idiotas aqueles dois eram por esquecerem do motivo principal de todos estarem ali.

— Quando esses dois pararem com esse teatrinho, me chamem. – O cientista rumava para o corredor, deixando o local.

— Hey, Capitão... sabe, nós estamos aqui... – Dessa vez era Clint Barton quem resolvia dizer algo.

— Mary, será que você pode maneirar nas provocações? – O coronel Rhodes pedia gentilmente a garota, mas ela não parecia disposta.

— Se ele não consegue aguentar uma piada, não devia ser um Capitão, não é mesmo, coronel? – Ela respondia, deixando Steve ainda mais nervoso.

Maria Hill que estava de braços cruzados, revirava os olhos, resolvendo pegar um café na máquina no canto do salão.

Tony esbanjava um lindo sorriso de orelha a orelha, se aproximando dos dois.

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— Meu caro, Cap, meu querido... você e essa menina têm química! Gostei!

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Ele tocava no ombro do loiro, mostrando que estava amando o espetáculo.

— Pare de fazer piadas, Stark. Esse não é o momento.

— Não devia subestimá-la. Ela é jovem e sua atitude sarcástica de uma millennial é algo que vai te ajudar nesse processo de atualização, vai por mim! É sempre bom ter alguém que faça contraponto com nossas ideias. – Tony o incentivava e Pepper se aproximava, com o cenho franzido.

— É mesmo!? Então porque não aceita os meus contrapontos, Tony? – Ela perguntava ironicamente, fazendo o Homem de Ferro recuar.

— Ah, bem... eu deveria retirar o que disse então? – O bilionário se afastava, ao ver que a Presidente das Indústrias Stark parecia expor mais uma de suas contradições.

— Sabe, Tony, acho que descobri que não vou me dar bem com millennials, se é que me entende... – Steve ainda continuava encarando Mary, olho no olho, e a garota bocejava, com um lindo sorriso de escárnio nos lábios.

— Você disse que podia fazer isso o dia todo, Capitão. Quer mesmo continuar? Sabe, eu quero muito ler esses papéis aqui. – Ela levantava a pasta com os arquivos do projeto PEGASUS. – Mas se tiver que me entreter ouvindo seus discursinhos moralistas de salvar o mundo e de como eu não sei nada sobre a segunda guerra mundial e blá blá blá, posso ceder o dia todo da minha agenda para você. – A garota zombava de forma explícita da cara do loiro e ele já começava a perder a paciência.

Quem aquela garota pensava que era?

Quando se recordava do que aconteceu dois dias atrás, se xingava mentalmente por ter se deixado enganar por aquela carinha de anjo, falsa, dissimulada e cínica.

Abriu a guarda para ela, sem perceber que era o seu maior erro...

Steve apenas se abriu com Mary aquele dia, porque não havia ninguém para desabafar. Achou que podia confiar nela, mas na verdade se enganou, ainda que sua razão lhe dissesse para não ceder porque ela não parecia ser digna de confiança.

Talvez a carência de se sentir sozinho lhe fez abrir a guarda e falar mais do que devia.

Não era de seu feitio, não era de sua personalidade... expor tantas coisas de sua vida, sem ter certeza se podia ou não confiar na pessoa.

Mas jamais repetiria tal erro.

— Tem pessoas que merecem um troféu de melhor atriz, por enganarem tão bem. – Ele a olhava debaixo para cima, com sanha e aversão.

— Isso é um elogio maravilhoso, Cap. Obrigada. – Mary piscou para ele.

— Você é ridícula...

— Uau, está começando a descer o nível! Vamos lá, Capitão, o que mais você pode fazer? Ser discreto talvez não seja bem o seu forte, já que você ama sair por aí com aquele uniforme azul e vermelho com uma estrela branca extravagante estampada no peito!

— E mais uma vez você mostra o quão raso e inferior é seu raciocínio quando acha que um uniforme é o que realmente importa numa missão! – Ele dizia, provocantemente, fechando os punhos com força.

— Desculpe, eu só falo o que as outras pessoas não têm coragem... seu uniforme é uma fantasia de circo, feito exclusivamente e sob medida para um palhaço...

Os olhos de Steve alargaram, e ela contemplava faíscas saindo dali.

Se ele não fosse tão contido, com certeza já teria lhe esganado, mas...

O que seus punhos não fariam, com certeza suas palavras sim.

— É impossível que você tenha conseguido entrar na Força Aérea sendo quem é.

— Mas acredite, eu entrei.

— Claro... – Steve sorriu, pronto para rebatê-la. - Você é a filha do Presidente dos Estados Unidos. Com certeza entrou na Força Aérea por causa de algum empurrão de seu pai, não mesmo? Você tem tudo. Nunca deve ter precisado se esforçar tanto por seus méritos e agora está aqui, atrelada a SHIELD e a nós porque sabe de coisas que não sabemos! Imagino o quão útil você deve ser, não é mesmo? Quais seus feitos? Quais suas maiores batalhas? O que você fez pelo mundo?

Quando o Capitão América terminou, o semblante de Mary Crystal se desfez de deboche para...

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Uma feição terrivelmente sombria e nefasta.

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Rhodes já sabia que Mary ficaria irritada se ele mencionasse o Presidente Matthew Ellis na conversa de novo.

— Não coloque o meu pai nisso... – Ela redarguiu, num tom de voz mais grave e áspero do que o comum.

— Por quê!? Não é essa a verdade?

— Você não sabe do que está falando...

— Não, senhorita Ellis, tenho certeza absoluta que essa é a verdade.

— Você está dizendo na minha cara que tudo isso é nepotismo? Que não mereci estar onde estou...?

— Sim... eu estou... e você pode dizer isso ao seu pai se quiser, eu apenas reforçarei as minhas impressões sobre o que achei da filha dele... – O olhar de Steve a percorreu de cima abaixo, menosprezando-a.

Naquele momento, Mary Crystal inclinou a cabeça para o lado, ainda perplexa pelo que ouvira.

— O nobre e ilustre Capitão América está fazendo um julgamento precipitado sobre alguém...? É isso mesmo...?

— Está chocada...? – E dessa vez, era ele quem sorria cinicamente dela.

— Sabe, você poderia escolher uma vasta lista de atributos nojentos a meu respeito, que eu não ligaria, mas misturar as funções do presidente da nação com o fato de o mesmo ser meu pai e achar que isso beneficiaria um familiar, é um tanto baixo para alguém que é tão venerado pela humanidade como um herói lendário, não acha?

— Agora você entende como é estar numa posição onde apontam o dedo na sua cara e dizem coisas terríveis a seu respeito, não é mesmo? Mas não retiro minhas palavras. Isso é o que eu acho e ponto final. Uma pessoa como você, jamais teria capacidade de subir na vida, se não usasse alguém como escada...

Quando Steve terminou de dizer tais palavras, Mary simplesmente não conteve seus impulsos.

Ela fechou o punho e então...

A mão da garota voou fechada na direção dele, num terrível, violento e forte...

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Soco na cara...

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O Capitão América sentia um impacto potente como se seu crânio fosse rachar.

Ele recuou dois passos para trás...

Aquilo não fazia o menor sentido, simplesmente porque a garota não tinha estatura suficiente para lhe ferir.

Ela era mais de 20 centímetros mais baixa, além de ser magra, e as leis da física não permitiam que um soco que aquela pequena e delicada mão desferisse, soasse tão letal.

Todos no salão arregalaram os olhos diante da cena.

Nem mesmo Nick Fury havia calculado que Mary fosse agredir fisicamente o Capitão América.

Tony, que bebia uma lata de Coca-Cola, cuspia o líquido num jato violento a ponto de engasgar por começar a rir como louco da cara de Steve.

Pepper estava boquiaberta do outro lado, juntamente com Clint e uma Natasha sorridente, que achava interessante aquele lindo embate de ideias, para não chamar de outra coisa.

Maria Hill também segurava o riso, mas Nick achava tal cena, o cúmulo do absurdo.

O coronel Rhodes pensou em intervir, porém, pensava que o melhor era se manter afastado.

Ele sabia do que Mary era capaz.

Agora sim o mundo estava acabando... o educado, bondoso e honorário Steven Grant Rogers, vulgo salvador da humanidade, havia provocado e recebido um soco no meio da cara de alguém muito mais fraco do que ele.

Os olhos verdes de Mary Crystal cintilavam de modo funesto. Ela parecia outra pessoa naquele momento.

Ele a encarou, um pouco assustado, mas abismado com o baque que seu rosto ainda estava sentindo.

Foi um soco dolorido... e seu rosto estava completamente vermelho naquele momento.

A Segundo-Tenente lançava um olhar terrivelmente ameaçador na direção do loiro.

— Você conseguiu ser mais baixo do que qualquer um que já conheci... – Mary replicava, ainda chocada com o que Steve lhe disse.

Nunca aceitou que colocassem sua família numa discussão, ainda mais quando associavam o cargo que seu pai ocupava como algo que pudesse lhe favorecer de alguma forma, sendo que tal alegação não era verdade.

O Capitão tocava seu próprio rosto, sentindo sua pele quente e levemente inchada.

Como era possível que ela lhe golpeasse?

Mas orgulhoso como era, não cederia. Ele não voltaria atrás no que dissera.

— Não me importo de devolver na mesma moeda todas as ofensas que você atirou em mim. Me trate do jeito que quiser, mas eu sempre vou retribuir do mesmo jeito... – E então, o loiro a encarava friamente insensível.

— É mesmo...? Você vai revidar me dando um soco? Está preparado pra me enfrentar!?

— Acho que não me conhece, senhorita Ellis... ainda estou em meu perfeito juízo para simplesmente sair na mão com uma mulher...

— Não devia me subestimar, porque eu posso acabar com você... – Ela sorriu, divinamente convicta e triunfante.

— Eu não vou cair nas provocações de uma garotinha tão mesquinha como você. Pode dizer o que quiser e achar que me conhece, mas não queira me limitar de acordo com o pouco que sabe a meu respeito. Você não tem consciência de nada.

— Realmente... estou consciente de que não sei nada sobre você. Eu sei o que os livros de história dizem, que é uma versão romantizada e ficcional... você não é o que todos nós esperávamos que fosse...

Steve sacudia a cabeça, soltando uma risada.

— Você pensa que sabe tudo sobre as pessoas? Não existe ninguém perfeito, porque somos todos seres humanos falhos. Você acha que me conhece, senhorita Ellis? Olhe de novo! Tente novamente! Tente ler algo diferente dos livros de história! Saia da sua bolha e encare a realidade! – Steve grunhia, com desprezo e raiva.

— Claro... e é meio chocante constatar de perto a fraude que você realmente é! – Ela o fitou com muita aversão.

— Mary, se acalme... você está se excedendo... – O coronel Rhodes tentava apaziguar a situação, sem êxito.

— Desculpe, mas não vou diminuir o tom! Se quiser, pode tampar os ouvidos, Coronel Rhodes, ou pode ouvir e depois dizer ao meu pai que fui extremamente agressiva com o Capitão América. Eu não me importo!

— É libertador ouvir isso de você, senhorita Mary Crystal. Essa noção preconcebida que todas as pessoas deste século têm sobre mim é algo tão artificial que tenho vontade de rir, porque todos acham que sabem tudo sobre o herói americano, dono do escudo de vibranium com uma estrela no meio, mas ninguém sequer tem ideia do que há por baixo da minha pele, e de quantas provações encarei por ter decidido ser quem eles queriam que eu fosse.

— Uau, quer empatia, compreensão e idolatria por suas ações!? Não basta o mundo todo te venerar como um semideus? Quer mais holofotes? Quer mais brilho, fogos e audiência!? Temos um senhor narcisista e ególatra aqui!? – A Segundo-Tenente bradava de modo impetuoso e aguerrido.

Os olhos verdes faiscavam furiosamente. Ela apontava o indicador direito para ele, enfatizando suas palavras e Steve apenas ouvia, se controlando para não perder completamente a paciência.

— O seu ódio por mim é muito nítido, senhorita, mas saiba que não vou me deixar intimidar, porque já encarei pessoas muito piores do que você. – Steve redarguia, já disposto a acabar com aquela discussão.

Os lábios de Mary Crystal curvaram-se, num sorriso angelical...

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— Me desculpe, Capitão América, eu não te odeio, pois o ódio é um sentimento e eu não sinto nada por você...

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O olhar esverdeado da garota, refletia um oceano congelado... a frieza de suas palavras fazia um arrepio gelado percorrer a espinha de Steve.

Já não parecia ela, mas outra pessoa... e de certa forma, aquele olhar tão inexorável e catastrófico, lhe lembrava algo muito mais tétrico que todos os vilões que enfrentara.

Nesse momento, Tony, que estava com os olhos arregalados e muito impressionado pelo debate acalorado entre os dois, suspirava em forma de assobio.

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— Não sei vocês, mas eu já estou shippando muito esse casal...

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— TONY!!! – Pepper gritava com o gênio, por conta de sua declaração infeliz.

— Qual é, Pepper!? Você não viu a química que os dois têm!?

E então, Nick Fury resolvia interromper aquela discussão.

Não que ele não pudesse antes, mas estava em seus planos, deixar que Mary e Steve se enfrentassem. Ele tinha seus próprios cálculos envolvendo os dois.

— Vocês já terminaram? Se sim, vou dizer o que devem fazer agora que mostramos as imagens para Kiara.

— Você não está achando que tenho condições de trabalhar ao lado dela, está? – O loiro o indagava, desacreditado.

— A próxima missão de vocês dois, é ir atrás do Doutor Hank Pym. Ele fará uma palestra em Los Angeles daqui a alguns dias. Preciso que vocês vão atrás dele e mostrem as imagens que vimos hoje. Precisam convencê-lo de se juntar a nós no futuro. – O Diretor da SHIELD ignorava as palavras do Capitão, pouco se importando se ele e Mary Crystal se matariam no meio do caminho.

— Eu não me lembro de ter dito que faria essas missões pra você, Fury. – Mary Crystal mencionava, fazendo o Diretor sorrir de canto.

— Te darei mais incentivos, Kiara. A Hill entrará em contato com você em breve.

— Incentivos? Bem, vou pensar no seu caso. Mas estou aberta a negociações. – A garota piscou, sorrindo e então resolvia sair do local.

Todos observavam a loira caminhar rumo ao elevador.

Ela passou por Bruce Banner, que voltava com alguns papéis na mão.

— E aí, chegamos a alguma conclusão? – O cientista perguntava, inocentemente enquanto ajeitava os óculos no rosto, nem imaginando o que havia perdido.

— Mary, espere... – O Rhodes corria na direção dela.

Naquele momento, ainda sentindo seu rosto latejando por causa do soco que levara de Mary Crystal, Steve bufou e correu na direção da Segundo-Tenente e do coronel.

— Antes de ir, só quero lhe advertir sobre algo, senhorita Ellis. – Ele segurava a porta do elevador.

— Capitão, é melhor conversarem outra hora. Vocês estão muito nervosos. – Rhodes já tentava abrandar a situação, antes mesmo de começar.

— Não acabou ainda, Capitão Rogers...? Ah sim, você disse que podia fazer isso o dia todo, mas saiba que meu tempo é precioso demais para ficar gastando com insetos que ficam me rodeando.

— Só queria te dar um aviso...

— E qual é...? – Ela indagava, cinicamente.

— Não atrapalhe nossas missões futuras. Isto aqui não é o jardim de infância, então não vamos aturar as suas infantilidades. Fui claro?

— Sim... claríssimo como a neve, mas posso lhe advertir de algo também?

— Estou ouvindo...

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— Não tente me irritar, Capitão. Não sou do tipo que tem dó de pisar...

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Steve se afastou, perplexo pelas palavras malcriadas dela.

Mary observava a bochecha inchada do Capitão.

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As portas do elevador se fechavam e ela esboçou um sorrisinho cínico, dando tchauzinho para ele.

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Notas finais do capítulo

Curtiram a discussão? Curtiram o soco que o Cap levou? O fato de ela ter machucado ele, vai ser esclarecido depois. A Mary não tem apenas a habilidade de ver o futuro, chuchus, kkkkkk

Todo mundo já percebeu que a nossa diabinha é bem criançona né? Ela é uma personagem extremamente diferente de todas que já escrevi, e estou adorando construir essa relação estranha de amor e ódio entre o Cap e ela. Como isso vai se transformar em amor? Apenas observem. Como dois opostos podem se amar? Este é o grande desafio dessa fanfic!

Deixem seus comentários, ok? Preciso de incentivos, senão, já sabem... ADEUS NOVOS CAPÍTULOS! MUAHAHAHAHA!



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