Anne With An "E" - Versão Gilbert Blythe escrita por Bruna Gabrielle Belle


Capítulo 5
O mapa que me leva até você.




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Anne With an E – Temporada 1: Episodio 7

(“Onde você estiver, será meu lar”)

Trabalhei por alguns dias em Charlottetown e estava esperando conseguir um emprego em um dos navios que partiam dali e enquanto caminhava pelo centro em frente a uma loja de penhores notei um cabelo vermelho, no qual me peguei sentindo falta nos últimos dias e parei ali e realmente era ela: Anne Cuthbert.

Estranhei, o que ela estaria fazendo tão longe de Avonlea sozinha? Resolvi intercepta – lá do lado de fora.

—- Anne – murmurei no mesmo instante que ela disse o meu nome e ficamos nos encarando e eu sorri.

—- Acho que eu preciso me sentar – murmurou Anne e a acompanhei até uma pequena cafeteria na mesma calçada e comprei dois chocolate quente e ela sorriu enquanto conversávamos.

—- Está trabalhando no cais? – perguntou ela assim que nos sentamos em uma das mesas vagas do local.

—- Vou trabalhar em um navio que parte daqui de Charlottetown – disse a ela enquanto bebia o chocolate.

—- Mas e a sua fazenda? Suas maçãs, animais e tudo mais? – perguntou Anne e eu respirei fundo e a olhei.

—- Não preciso decidir o futuro dela agora, eu quero conhecer o mundo primeiro antes de decidir uma coisa e se eu voltar para Avonlea terá que ser por escolha própria e não porque eu tenho que cuidar da fazenda.

—- Entendo seus motivos – murmurou Anne bebericando o chocolate quente, observei suas veias azuis saindo de suas pequenas mãos que seguravam a caneca de porcelana e desapareciam nas mangas de seu casaco.

—- Sinto muito por você ter que vender tudo que vocês têm por causa da divida, de verdade no que eu puder ajudar Anne, não hesite em pedir – murmurei e ela apenas assentiu e ficamos em completo silencio.

—- Falando em ajuda, eu queria muito te pedir desculpas pelo nosso ultimo encontro... – murmurou Anne.

—- Não, Anne, não, águas passadas – murmurei erguendo minhas mãos com se eu me rendesse.

—- Mesmo assim, devo um pedido de desculpas, fui insensível com relação à morte do seu pai e tudo mais.

—- Eu que te devo desculpas, fui muito rude com você naquela tarde, me desculpe por isso Anne – falei.

Ela e eu ficamos nos encarando por alguns minutos e eles pareceram horas e eu sacudi a cabeça e sorri.

—- Tenho que ir... Trabalhar – murmurei e ela assentiu – É, o emprego, no navio, tenho que ir – murmurei.

Saímos juntos da cafeteria e ela arrumava a touca que a deixava ainda mais fofa e sorri com a cena dela.

—- Eu senti sua falta – murmurou Anne e eu a encarei com uma sobrancelha erguida, meu estomago teve um movimento estranho que não consegui identificar o motivo dele ter me dado essa nova sensação.

—- É sério? – murmurei e ela voltou a ajeitar a touca e colocou as mãos nos bolsos do casaco e sorriu constrangida.

—- Na escola, na escola – disse ela rindo em meio ao constrangimento – Não tenho ninguém para soletrar.

—- Que tal uma trégua? – murmurou ela estendendo a pequena mão na direção da minha e a segurei e sorri

—- Sim – murmurei sorrindo para ela que sorriu de volta ficamos novamente nos encaramos e eu suspirei.

Cumprimentei Jerry, me desculpando pelo incidente recente e fiquei preocupado com ele e Anne e a olhei.

—- Volte algum dia – murmurou ela e olhei profundamente em seus olhos e concluí que o pedido era real.

Ficamos nos encarando novamente por alguns minutos e aquela sensação no estômago voltou mais forte.

—- Adeus, Jerry... Anne – murmurei e me afastei rapidamente dali e resisti à vontade de olhar para trás.


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