Miraculous: Secret Wars III escrita por ladyenoire


Capítulo 3
Changes


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Se Marinette tivesse que descrever a luta contra Climatika em uma palavra, certamente usaria “confusão” para resumir. Os motivos para escolher tal substantivo não eram tão subjetivos. Marinette e Adrien estavam com os Miraculous trocados – logo, seus potenciais estavam mais baixos do que o esperado –, eles não faziam ideia de quem era Roi Singe por trás da máscara e Bunnix e Viperion chegaram logo depois, deixando o time de heróis ainda mais numeroso e bagunçado.

Honestamente, a líder não sabia como tinham conseguido derrotar a akumatizada depois de tantos deslizes, erros e falhas na comunicação.

— Eu já não estou entendendo mais nada! – Queen Bee foi a primeira a se pronunciar, assim que se reuniram novamente depois da derrota do akuma. – Essas... Mudanças eram pra acontecer? Não interferimos quase em nada no passado.

— É. Como isso foi acontecer? – Carapace complementou a pergunta.

— Uma mudança mínima pode causar um efeito gigante. – disse Bunnix, captando a atenção da equipe – Fluff me disse várias vezes, que nós não podemos controlar o que acontece depois que mudamos alguma coisa. Pode ser que não aconteça nada, como pode ser que mude tudo.

— Espera um pouco! – Pegase ergueu as mãos – Vocês estão nos dizendo que viajaram para o passado e fizeram uma pequena alteração na realidade, o que causou várias mudanças? – eles assentiram – Isso foi muito arriscado!

— Nós sabemos. – Lady Noire o interrompeu. Sabia que não foi uma atitude sábia da parte de Adrien, mas não queria que ele se sentisse pior ainda. – Mas aconteceu. E agora não tem mais volta.

— Não é só mudar de novo, sei lá? – Roi Singe indagou e Pegase saltou para o lado, como se tivesse ouvido o maior absurdo, e talvez realmente tivesse.

— É óbvio que não! Isso só pioraria as coisas! – gesticulou nervoso – A linha do tempo é muito frágil. Ficar mexendo com ela, pode a danificar. O que está feito, está feito. – a última frase ecoou na cabeça de Marinette.

O que está feito, está feito.

Não há nada que eles possam fazer para mudar os acontecimentos, desde a interferência de Adrien, até agora. Cabe a eles, apenas lidar com as consequências. De novo.

— Ok. Vamos fazer assim. – Lady Noire chamou a atenção da equipe – Reunião hoje às onze horas da noite, no topo da Torre Eiffel. Eu e Mister Bug precisamos resolver algumas coisas antes e depois falaremos uns com os outros.

Todos concordam e acabaram indo embora, deixando apenas Marinette e Adrien ali.

O garoto respirou fundo.

— Eu não acredito que causei tudo isso! – passou a mão pelos cabelos, com uma expressão irritada. Marinette virou na direção dele.

— Vou ser sincera com você, Adrien. – ele a encarou com atenção – Sim, isso tudo aconteceu por causa da sua interferência impensada no passado. E sim, apesar de não concordar, eu entendo os seus motivos. Mas agora, não temos tempo pra ficar lamentando. O que está feito, está feito, como Pegase disse. Sabe que eu estarei do seu lado para o que precisar, e agora cabe a nós lidar com as consequências. Certo? – o loiro assentiu, ainda meio atordoado pelo choque de realidade.

Marinette nunca falou de um jeito tão sério com ele. Mas Adrien sabia que ela estava certa e que provavelmente estava muito irritada com ele, por mais que não demonstrasse. Sem contar o fato de que, como conhecia Marinette muito bem, sabia que ela se sentia responsável pelo ocorrido, embora não seja culpa dela.

Naquele momento, o garoto se sentiu um lixo. As responsabilidades de qualquer ato de qualquer um da equipe, sempre iriam cair sobre Marinette. Mesmo que eles dissessem o contrário, mesmo que não devesse ser assim. No fim do dia, ele sabia que a sua namorada se sentia culpada e que se fossem julgar, julgariam a líder da equipe – no caso, ela.

— Me desculpe.

— Tudo bem. Vamos conseguir dar um jeito nessa situação.

— Não. Me desculpe por fazer isso com você.

— Isso o quê? – Lady Noire franziu a testa.

— Te deixar com esse peso na consciência, embora você não tenha feito absolutamente nada. – a azulada deixou seus ombros caírem, como uma confirmação do que Adrien tinha dito. – Só quero que saiba, que você não tem culpa em nada disso e que se as coisas não estão totalmente caóticas, é por sua causa. Você é uma verdadeira heroína, Marinette. – ela sorriu.

— Você também é, Adrien.

— Não tenho tanta certeza disso agora. – a garota abriu a boca para protestar, porém Adrien a cortou – Vamos ver o Mestre de uma vez e contar sobre essa confusão. Quero chegar em casa o quanto antes e bater um papo com o meu pai.

***

Fu não sabia exatamente o que dizer depois de tudo que Marinette e Adrien contaram a ele. O Guardião certamente acreditava neles, contudo, não fazia ideia de como conduzir aquela conversa da melhor maneira.

— Isso é... Surpreendente. – o velho disse com um sorriso amarelo. Enquanto isso, o casal prestava total atenção nele – No entanto, não há muito que eu possa fazer por vocês agora. Acho que o ideal é lidar com as consequências.

— É, sabemos disso. – Marinette engoliu em seco – Mas se me permite, eu gostaria de saber o motivo de você ter me dado o Miraculous do gato e ter dado o da joaninha pra ele? Na outra linha do tempo, foi ao contrário, como eu disse.

— Bem, eu não pensei muito na escolha. Quando nos encontramos pela primeira vez, você saltou por cima de uma cerca para me ajudar a sair do meio da rua. Imaginei que tivesse esse lado mais enérgico. Sem contar que pelo que me contou naquele dia, seus pais têm uma padaria. Então achei que Plagg era perfeito para você, Marinette. – explicou, fazendo Marinette se perguntar o que era diferente na sua vida, para ela fazer coisas como saltar uma cerca antes de ser uma portadora de um Miraculous. – E você, Adrien, me ajudou na calçada da sua escola. Tinha ido para a aula de esgrima no dia. Conversamos brevemente e me disse que gostava de ir lá, pois era o único momento que interagia com pessoas da sua idade. Você era solitário e precisava de uma boa amiga, como Tikki poderia ser. – o casal trocou olhares e em seguida sorriram.

— Há algum problema se a gente trocar? – o garoto perguntou com a voz suave, com medo de ofender a escolha do Guardião.

— Claro que não. Apenas preparem-se para as perguntas das pessoas. Elas vão querer um motivo, pois por muito tempo vocês foram Lady Noire e Mister Bug.

— Verdade.

— Fico aliviado de saber que não perdi tantos Miraculous quanto imaginava que tinha perdido. – Fu admitiu.

— Sim. Os heróis originais da nossa equipe eram Rena Rouge, Carapace, Queen Bee, Viperion e Bunnix. Mas agora temos outros também. – ela disse.

— Marcamos uma reunião para conversarmos com eles e os deixar a par de tudo.

— Só tomem cuidado para não falar demais. – alertou – Os heróis que foram e voltaram com vocês dois, viveram a linha do tempo de vocês. Mas os outros, somente essa. Talvez seja perigoso falar demais sobre uma vida que não viveram.

— Tudo bem. – Marinette assentiu – Vamos ter cuidado, Mestre.  

***

Adrien adentrou a enorme mansão com as mãos trêmulas e suadas. Porém não encontrou ninguém no hall de entrada.

— Até que enfim! – ouviu uma voz feminina e virou de repente na direção – Você está exatamente sete minutos atrasado. – era Kagami. A garota se aproximou e se inclinou. Antes que ela o beijasse, Adrien se afastou assustado – O que foi?

— Por que você está aqui?

— Você não lembra que marcamos de treinar pro campeonato de esgrima? – ela se aproximou novamente e fungou – Que cheiro é esse? É um perfume de garota? – Adrien cheirou a si mesmo. Era o perfume de Marinette, que tinha ficado impregnado nas suas roupas. Não que estivesse reclamando, ele amava o perfume da namorada.

— Sim. – a expressão de Kagami foi ficando cada vez mais imparcial.

— Por que você está com cheiro do perfume de uma garota?

— Não é o perfume de “uma garota”, é o perfume da minha namorada.

— O quê? – ela quase gritou – Você... Meses me dizendo que não queria nada sério e agora você tem uma namorada? Assim? Do nada? Pelas minhas costas? – o loiro abriu a boca, sem saber o que dizer – Quem é ela?

— Olha... Eu não sei como explicar isso. – suspirou – Mas eu não sou exatamente o seu Adrien.

— Como assim?

— Eu meio que... Vim do passado. Mas agora eu sou o Adrien daqui. Eu não vivi o que você viveu, entende? – foi a vez de Kagami suspirar.

— Tem a ver com aqueles Miraculous, não é? – falou baixo.

— Como sabe sobre eles?

— Você me deu um deles uma vez, não lembra? – ele negou – Eu fui a Ryuko. Miraculous do dragão. Ajudei você e aquela outra garota, Lady Noire. Temporariamente. Me recordo de falarmos sobre viagens no tempo. Mas nunca pensei que uma mudança assim aconteceria de fato.

— Bem, é. Eu juro que queria te explicar tudo agora, mas eu preciso fazer uma coisa e é melhor você ir embora. – disse de maneira suave. Não queria magoá-la.

— Espera. E sobre nós?

— “Nós”?

— Não tem “nós” de onde você vem? – ele negou.

— Sinto muito. Somos apenas bons amigos. – Kagami riu com escárnio e pegou as suas coisas. – E vamos continuar sendo. Se quiser.

— Talvez não seja interessante nós sermos mais do que bons adversários, então. – caminhou até a porta – Até mais, Adrien.

O loiro suspirou frustrado. No entanto, não tinha muito que pudesse fazer no momento. Não podia continuar tendo o que quer que tivesse com Kagami, como se nada tivesse acontecido. Adrien amava Marinette, e no momento, era a única coisa que ele tinha certeza de que não havia mudado.

— Adrien? Aonde está a Srta. Tsurugi? – Nathalie desceu as escadas, fazendo ele ficar um pouco mais aliviado por ela estar ali.

— Ela foi embora. – a mulher apenas assentiu. Não faria perguntas sobre o que tinha acontecido, afinal, seu papel não era saber sobre a vida da família Graham de Vanily.

— Vim trazer um recado. Sua mãe disse que jantará com você hoje.

— Ah sim, eu... Espera! O que você disse? – ele se aproximou, completamente chocado com as palavras de Nathalie – A minha mãe vai jantar comigo?

— Sim. Depois que acabar seu trabalho no escritório, ela pediu que eu colocasse a mesa para vocês dois.  

***

Emilie batia de leve os dedos na mesa, fazendo um leve barulhinho devido às unhas perfeitamente pintadas, em contato com o móvel de madeira.

A mulher encarava a fotografia de família que havia sido tirada há alguns anos atrás, dando um longo suspiro em seguida.

— De onde vieram aqueles outros heróis?

— Não sei, Mestre. – Nooroo respondeu com a voz baixa.

— Quer saber? Não tem problema. – ela se recostou sobre a cadeira – Nada nem ninguém vai me impedir de cumprir o meu objetivo. – olhou novamente para o rosto de Gabriel na foto – Nada nem ninguém.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA MEU DEUS!!!!!!!!

O que acharam dessas mudanças? o.o

Perdão pela demora. Comprei um livro e simplesmente fiquei viciada nele hehehe!

E não, eu não abandonei a fic da Terra-35. É que como vocês podem ver, cada capítulo daquela fic tem o dobro do tamanho do que eu geralmente posto. Então demora mais pra escrever. Mas em breve teremos capítulos.

Muito obrigada por terem lido, nos vemos no próximo capítulo! Espero que tenham gostado ♥ xoxo



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