Trilhando o Próprio Caminho escrita por Camila J Pereira


Capítulo 28
Homem determinado, cumprimentando a amante


Notas iniciais do capítulo

Oi, Gente!
Faz bastante tempo desde a última vez que postei um capítulo aqui.
Muita coisa aconteceu, para mim e acredito que para vocês.
Espero que estejam bem, que estejam passando por tudo isso da melhor maneira.
Falando um pouco do capítulo, esse foi o que mais demorei de começar e de pegar o embalo.
Foi o melhor que pude fazer, espero que gostem.
Deixem comentários após a leitura, quero saber de vocês!



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— Não pode continuar me ignorando desta forma. — Damon tinha os lábios tensos de irritação. — E eu não vou permitir que o meu filho continue morando aqui! — Tudo em sua postura mostrava desafio. Corpo ereto, olhar firme, peitoral aberto. 

Estava disposto a sair vitorioso daquela conversa. A determinação aumentava quando a via tão controlada. 

— Por favor, fale baixo. Meu filho está dormindo, já é tarde. — Apesar de na superficialidade aparentar tranquilidade diante daquela invasão, não estava nada tranquila. 

— Nosso filho, Isabella. Nosso! Um garoto que você deixou sem pai por oito anos. — Era assim que chamava a sua atenção, quando alimentava a culpa nela. 

Bella retraiu-se, cruzou os braços na frente do corpo, abraçando a si mesma. Seus olhos baixaram tristonhos. Damon havia conseguido de novo, mas não sentia prazer naquilo. Não quando a deixava triste. No entanto, era a única forma que a fazia prestar atenção no que dizia. 

— Você tem razão. — Concordou.

Sentia o aperto no coração sempre que pensava nesta questão. Agora, a sensação era sufocante, pois, a sua fragilidade estava sendo exposta verbalmente. 

— Bella, vamos resolver isso de uma vez. Da melhor forma que sabemos ser possível. 

— Damon, estou longe de ser a mãe perfeita. — Estava se autoanalisando. 

— Deixe-me dar o que eu posso ao meu filho. — Suavemente continuou.

— Ele não precisa de um apartamento luxuoso. — Bella que parecia prestes ceder, irritava-o novamente com a curva de racíocinio.

 — Diz isso porque cresceu em uma casinha localizada em uma cidade minúscula. Ele não Precisa passar pelo que passou. Ele tem um pai que pode dar-lhe isso. E eu quero. 

Mencionar a sua antiga vida, trouxe lembranças que a emocionaram. Não via os pais há muito tempo e gostaria de encontrá-los. Apesar de ter tido uma infância simples, foi feliz. 

— Não vou morar em um apartamento dado por você. — Bella travava uma luta interna cada vez mais intensa.

— E chegamos ao ponto. — Damon sorriu levemente de maneira cínica e vencedora. — Está disposta a pôr o seu orgulho na frente do bem-estar do seu filho.

— Não fale do que não sabe. – Então um vestígio de descontrole surgiu em sua voz. — Orgulho? Pode ser, eu posso tê-lo, sou humana. Porém, nunca, jamais, colocarei o meu orgulho na frente do bem-estar do meu filho. Por isso, sei que não se trata do bem-estar do Theo. Sou sua mãe, sei o básico disso e digo-lhe, Damon, ele tem muito disto aqui. 

— Não acredito! Não pode ouvir o que eu digo? — Todo o sentimento de vitória sobre a culpa e o despeito que sinalizou fugiu-lhe.

Raiva, era isso que Bella via em seus olhos. Era o que sentia, queria-a, mas ela escapava. Com muita facilidade aquela mulher a sua frente tornava-se impossível.  

— Eu estou ouvindo. — Garantiu.

— Então escute bem. — Aproximou-se dela disposto a usar a sua cartada mais cruel. – Se não permitir que eu dê o mínimo de conforto ao Theo, pensarei em tomá-lo de você. Seria o melhor para ele. — Era a última coisa que falaria para Bella, não pensou que seria capaz até ter dito.

O choque estava estampado no rosto de Bella. Seus olhos estavam arregalados e um pouco de palidez era notada. Damon sentiu seu coração apertar novamente, pois estava sendo maldoso. Quase pediu desculpas, mas forçou seus lábios a fecharem. Afastou-se mudo, e bateu a porta ao sair. 

Do lado de fora, Damon apoiou-se na parede. Bella fez o mesmo do lado de dentro. Seu mundo estava de cabeça para baixo e sentia um medo terrível de que Damon pudesse estar falando sério sobre tomar o Theo. Damon tentava se convencer de que os meios justificavam o fim. Bella cederia cada vez mais a ele e logo estariam juntos. 

Morreria se isso acontecesse, se Theo, seu querido filho fosse lhe tirado. É Damon, talvez tenha pensado sobre essa possibilidade. E ele tinha todas as vantagens, dinheiro, influência, e principalmente o fato de ter estado ignorante sobre a existência do filho. Aquilo seria ainda mais decisivo se entrassem em uma briga judicial.

Aquela noite Bella não dormiu. Como poderia? Nem raciocinava direito, pois o medo havia lhe tomado por inteira. Foi com olhos vermelhos que acordou o Theo pela manhã, mandou ir tomar o banho enquanto finalizava os preparos de desjejum. Ela mesma não comeu nada, parecia que uma pedra havia se alojado em sua garganta. 

— Mãe. — A voz carinhosa do filho lhe despertou. 

— Sim, filhote? — Bella com gesto automático olhou para o filho e segurou a xícara com o café a sua frente como se estivesse pronta para bebê-lo, mas não o fez.

— Está triste? — Perguntou atento.

— Como posso estar triste se tenho um filho maravilhoso como você? — Deixou a xícara com o café intocado sobre a mesa, pegou o filho pela mão e o puxou, mantendo-o em um abraço. 

Deveria decidir o que fazer para o bem do filho. Sentia a ameaça do Damon presente todo o tempo. Apesar de saber que foram proferidas para desarmá-la e magoá-la, tinha consciência de que poderiam ser colocadas em prática caso Damon se sentisse disposto, induzido por algo que o incomodasse. 

Sem conseguir relaxar, andava com o a fisionomia circunspecta no trabalho. Seus colegas já confabulavam sobre os possíveis motivos de andar tão quieta. Claro que imaginavam se tratar do recente relacionamento entre Bella e Edward. Estavam inclinados a conseguirem tirar qualquer informação lhe dirigindo perguntas encobertas. 

— Edward já falou sobre a festa, mas ainda não decidi se vou. — Bella decidiu saciar um pouco da curiosidade das colegas, pensando que seria o suficiente.  

— Queremos que você vá. É uma chance para distrair e fortalecer a amizade. — Jéssica agora sabendo que possivelmente o que andava incomodando Bella não era algo no relacionamento amoroso, agora demonstravam interesse sincero em ter a sua companhia.

— Tudo bem, tentarei ir. 

— De verdade? — Jéssica perguntou.

— Sim, de verdade. – Respondeu Bella sorrindo para os olhares animados que lhe encaravam.

— Até que enfim você sorriu. Anda tão séria. — ngela tocou novamente no assunto do humor diferente que pairava sobre ela. 

— Ah, não estou séria, só estou tentando finalizar isso o mais rápido possível. — Novamente desviou do assunto, mas daquela vez a atenção sobre si dispersou. 

Mas as coisas não andavam boas em sua cabeça. Sentia a pressão o tempo todo. Queria ser uma boa mãe para o seu filho e tomar as melhores decisões para ele. Por isso, consultava a consciência continuamente para que seus sentimentos sobre Damon não influenciassem no melhor futuro possível para o Theo.

Edward naquele dia havia mandado uma mensagem. Gostaria de levá-la para casa e a esperaria na entrada da Eckhart. Com passos largos, entrou no automóvel que ronronava pronto para seguir o destino do motorista de sorriso largo e confiante que a recebeu. 

— Oi! — Bella alerta com o humor que estaria transmitindo, sorriu em resposta ao namorado. Não iria preocupá-lo com seus problemas. — Como foi o seu dia?

A resposta veio em um beijo rápido dado impulsivamente. Edward começou a amar aquele sorriso assim que o viu e agora tinha o prazer de tê-lo direcionado para ele. 

— Não brigue comigo. — Pediu assim que se afastou para ver uma fisionomia de espantosa surpresa se revelar. — Você está bonita e estava com saudades. — Os olhos arregalados lentamente diminuíram de tamanho até ficarem semicerrados da maneira habitual que a sua namorada mantinha quando desaprovava algo. 

— Você só vai se safar dessa porque não tem ninguém passando. E... — Ela relaxou no banco ainda olhando para ele ainda com os olhos baixos, mas passando agora uma nova energia. — Também estava com saudades.

— Estava? — Era ele agora quem mantinha para ela uma expressão de surpresa. 

— Claro que sim. Você anda bastante ocupado... Nem mesmo as mensagens que eram tão irritantes...

— Desculpe, você disse “irritantes”? — Perguntou antes que terminasse a frase.

— Constantes. — Emendou afiadamente o que fez o namorado debruçar sobre ela beijando-a repetidas vezes sem conter um sorriso que Bella achou lindo. — Ei! — Afastou-o com as mãos espalmadas em seu peito. 

— Você está tão engraçadinha que não resisti. — Edward enfim deixou que o carro começasse a andar, levando-os para longe de qualquer olhar curioso. — Esses últimos dias estamos trabalhando no fechamento do semestre e já temos que pensar no próximo. É sempre mais intenso, mas garanto que está indo tudo bem.

— Isso porque você é incrível. — Bella olhou através da janela, no mesmo momento em que Edward mirava o seu rosto de repente pensativo. 

Bella deixava que seus olhos percorressem os cenários externos da cidade, sem dar atenção a qualquer detalhe. Se vacilasse por um segundo, voltaria ao estado introspectivo em que esteve durante o dia de trabalho e que levantou tantas suspeitas. 

— Não sou incrível, só determinado e focado. — Não havia nenhum vestígio de arrogância no que dizia, ele só expôs um fato que sabia sobre si mesmo e não era mentira. 

— Isso não é fácil para a maior parte das pessoas. — Bella pensava que poderia ter sido mais determinada e que uma dose extra de determinação não faria mal para garantir que estava fazendo o correto para o filho. 

— A sua determinação com certeza me chamou a atenção. — Bella virou o rosto em direção ao namorado que prestava atenção no trânsito. — Você é forte, determinada e inteligente.

— Está falando sobre outra pessoa. — Continuou encarando o seu rosto, buscando algum indício de que estava blefando. 

— Estou falando de você. — Disse com firmeza. — O fato de não enxergar isso pode ser um problema. — Edward olhou por alguns curtos segundos em seus olhos com as sobrancelhas erguidas.

— Sempre está me surpreendendo. Eu às vezes acho que imaginei você antes. — Bella sorriu lembrando-se dos primeiros encontros que tiveram. — Você foi tão idiota! — Completou direcionando novamente a conversa para algo mais leve. Não queria escorregar e mostrar o que de fato sentia e pensava.

— Sim, eu fui. — Eles sorriram com as lembranças compartilhadas. — Espero que esteja animada para a festa da empresa. — Bella não disfarçou uma careta. — O que? Não quer ir?

— Disse para as meninas que tentaria, mas não sei... O Theo tem jogo nesse mesmo dia e não queria forçar a Alice. Ela não anda muito bem. 

A pesar da amiga demostrar que estava mais tranquila sobre o fato de ter tido mais um fracasso aquele mês, e era um processo de baixos e altos e que ela poderia precisar de um apoio maior a qualquer momento. 

— Para que seja justo, irei para o jogo do Theo também. Depois, podemos falar com a Rose para ficar com o Theo. — Bella sorriu discretamente, mas ele havia visto. — O que foi?

— Você considerando a sua irmã para tomar conta do Theo. Isso quer dizer que estão mais próximos e que confiar nela. — Uma pontada de orgulho refletiu em sua voz. — Rose deve estar muito feliz. 

— O nosso relacionamento está muito melhor. Você ajudou nisso. — Novamente ele conduzia a conversa para algo mais sentimental. Bella não queria navegar nesses mares. Uma tormenta se aproximava, ela pressentia. 

— Para com isso, Edward. Quem quis mudar foi você. — E antes que ele replicasse, completou: — Theo vai amar saber que vai ao sábado vê-lo jogar. E prometo ir para a festa, talvez o melhor a se fazer no final das contas. 

 

***

 

Edward estava ocupado, aquela semana ainda mais. No entanto, no pouco tempo que convivia com Bella, aprendeu a identificar quando a namorada lidava internamente com alguma questão. Nada poderia impedi-lo de querer saber o que se tratava e ajuda-la no que quer que fosse, mas o que mais queria, era que ela o buscasse. 

Bella se desvencilhava do Damon, mas ainda sentia que precisava de uma cartada final. Algo que sua namorada fizesse que definisse de uma vez por todas o lugar do outro em sua vida. Um homem ao qual esteve apaixonada, em que uma criança foi gerada, mas que não alimentava mais nenhum sentimento amoroso ou laço do tipo. 

 Quando estavam conversando no carro ao levá-la para casa, notou quando seu olhar se perdia através da janela. Ela estava pensando em algo, em algo que tentava sempre que podia afastar de sua mente. O que seria? Era o Damon? Quase podia apostar que sim e por isso ficou feliz quando ela disse que iria a festa da empresa. 

Já em casa, Theo ficou eufórico quando lhe disse que o veria novamente em um jogo. As conversas emendadas uma a outra o impediram de prestar atenção em Bella que se ocupou com os afazeres de casa, pedindo-o para continuar com o seu filho enquanto ela terminava as tarefas. 

Mas quando sentaram para jantar juntos, a chave do humor de Bella tinha sido totalmente virada e ela estava outra. Calada e tensa, poderia dizer até mesmo nervosa. O que tinha acontecido naquele meio tempo?

— O que aconteceu? — Tocou a mão delicada sobre a mesa que mesmo depois de longos minutos ainda não havia se lançado em nenhum movimento desde que sentaram. 

Bella tomou consciência dele e virou para olhá-lo, pois até aquele momento estava com os olhos vidrados no filho a sua frente. 

— Está sem apetite, mamãe? — Theo perguntou entre suas mastigadas displicentes e Edward sabia que não teria uma resposta sincera naquele momento. 

— Um pouco. Talvez eu tenha comido muito antes. — Ela mentia para que o filho não se preocupasse. 

— Mas é hora de comer, deveria comer pelo menos um pouquinho. — Era o que sempre ouvia dela e agora repetia. 

— Você tem razão. — Automaticamente iniciou com os movimentos para se alimentar.

Edward continuou observando aqueles modos estranhos, ela mau erguia o rosto, mas notou que era observada por ele. 

— Vamos conversar sobre isso depois? — Disse o mais discretamente possível para não chamar a atenção do garoto. 

— Sobre? — Um esgar que deveria ter sido um sorriso moldou os seus lábios.

— Depois. — Afirmou olhando de esgueira para Theo e ele mesmo forçou-se a terminar a refeição. 

Foi cansativo fazê-lo dormir, mas com um pouco de paciência Theo pegou no sono. Agora estava livre para ter uma conversa franca com Bella. Encontrou-a na sala, os cabelos jogados por cima do encosto do sofá, a cabeça tombada meio de lado. Seus olhos antes fechados, se abriram ao notar a aproximação dele. Edward suspirou audivelmente recusando-se veementemente a ser dominado pelas sensações carinhosamente eróticas que a visão dela provocou, tocando sutilmente sua alma, coração e reverberando por sua pele. 

— Por que não toma um banho e dorme aqui. Já está ficando tarde para voltar para casa. — Ouviu-a dizer e um doce arrepio na nuca o fez parar.

Ambos sabiam que ainda não era tão tarde e que nada o impedia se seguir rumo à sua casa quando possuía carro próprio para isso. Porém não estava imune as mensagens que a sua amada lhe transmitia tão tranquilamente. 

— Preciso saber se está tudo bem contigo. Parece que algo aconteceu e não quer me contar. — Com esforço, usou um pouco da razão antes de se entregar as doces sensações que já o dominavam quase completamente.

— Damon sendo idiota e não quero falar mais do que isso porque soaria repetitivo. — Ela ergueu uma das mãos em sua direção esperando que a segurasse. 

— Gostaria de ouvir mesmo que soe repetitivo. — Havia algo ali, mais do que seus lábios pronunciavam. Entretanto a parte racional do seu ser já havia sido obliterado quando tocou a mão estendida e foi puxado por ela. 

— Sabe do que eu gostaria agora? — Bella falava baixo, com uma sensualidade que poderia ser considerada angelical se isso não fosse contraditório. — Gostaria de pensar só em nós, de sentir só você.  

— Meu bem, eu também, eu também. 

Edward debruçou-se amorosamente e beijou seu pescoço. O leve toque dos seus lábios na pele exposta a fez arrepiar sob seus braços. Edward sentiu a sensação calorosa que preenchia tudo dentro do seu peito e que rapidamente se espalhava para as extensões do seu corpo.

— Vamos para o quarto. — Como Edward resistiria aquele pedido?

Seus pensamentos já não seguiam uma lógica correta, apenas se deixava ser conduzido pelos impulsos. E naquele momento, impulsivamente, mas nunca deixando de prezar pelo seu bem-estar. Passou um dos braços por baixo das pernas de Bella e com o outro enlaçou seus ombros estreitos. Dessa maneira pôde ergue-la sem problemas do sofá.

— Sim, vamos. 

Mesmo com estampada surpresa, Bella sorriu aceitando aquele gesto. Ela o segurou ainda mais forte, suas mãos tocando o pescoço dele e o beijou nos lábios tão avidamente que por um segundo Edward esqueceu-se do passo seguinte.

O banho veio depois, os dois juntos, depois de deitarem sob os lençóis perfumados de Bella e se entregarem a carícias demoradas. Edward retirou suas roupas e a camisola dela, mantendo-a apenas com a calcinha.

Sentiu a minúscula peça úmida quando a tocava. Confirmar que ela o queria tanto quanto a queria, deixava-o ainda mais duro. Só após sentir que estava completamente dentro dela e ao som do seu arfar cheio de desejo, iniciou o vai e vem ritmado. Puxou os cabelos dela e a beijou não mais com a docilidade de minutos atrás no outro cômodo, agora o que o movia era luxuria. 

— Que gostoso! — Bella soava um tanto bêbada e ele mesmo sentia-se assim. 

— Você gosta assim? — Sim, ele estava embriagado dela. 

— Gosto muito. — Respondeu entre gemidos. 

— Safada. — Edward puxou um pouco mais os cabelos que mantinha entre seus dedos e estocou com mais força.

Foram momentos deliciosos, tão deliciosos quanto os que passaram no pequeno banheiro. Debaixo da ducha morna, eles se ensaboavam trocando beijos e carícias demoradas. Edward mais tarde lembraria de admirar aquela mulher totalmente molhada, carinhosa e ao mesmo tempo sensual e de se sentir totalmente preenchido. Abraçou-a na cama, fechou os olhos e se entregou ao torpor de um corpo totalmente relaxado pelo sexo quando ela encaixou a cabeça em seu pescoço e adormeceu.

Em estado de elevo iniciou o dia seguinte. Quase no final da tarde, resolveu passar pelo setor de Bella e pedir que o esperasse para irem juntos para casa novamente. Sorridente cumprimentou a Jéssica que parecia vir da sala. 

— Se estiver indo falar com a Bella, ela acabou de ir embora. — Informou sem interromper o percurso que fazia.

— Ela já foi embora? — Olhou para o celular para verificar se havia perdido alguma mensagem ou ligação dela, mas não havia nada.

— Acabou de sair. Se correr pode alcança-la. 

Aceitando imediatamente a sugestão, Edward apressou os passos e voltou pelo caminho que já havia feito para pegar a direção da entrada do prédio. Ainda conseguiu vê-la entrando em um carro.

 

 ***

 

A única forma de passar as últimas horas sem enlouquecer seria aproveitando a presença do Edward em sua casa. Ainda bem que ele estava suscetível as suas intenções e cedeu esquecendo-se de querer continuar a conversa séria. 

Apesar dele estar sempre disposto a apoiá-la, achava que seria demais encher seus ouvidos sobre as ameaças do Damon. Também se negava a dividir aquilo por entender que era mãe solteira, que Theo era responsabilidade dela e não do Edward. Muito menos estava confortável em admitir que havia recebido uma ligação de um número diferente enquanto Edward brincava com o Theo para descobrir que se tratava da esposa do Damon. 

Edward estava sobrecarregado com suas questões familiares e o encerramento do semestre para se envolver nessa comédia ridícula que sua vida se transformou. Por isso, entregou-se aos momentos de intimidade com ardor e sem avisá-lo, saiu mais cedo do trabalho para se encontrar com a mulher que ameaçara ir até a sua casa caso recusasse o encontro. 

— Boa tarde, Katherine. — Bella cumprimentou o rosto que nunca pôde esquecer mesmo depois de tantos anos, mesmo que tenha visto apenas uma vez e por pouco tempo. 

Katherine ergueu uma das sobrancelhas vendo-a sentar à sua frente. Analisou cada detalhe das roupas de Bella, eram peças simples e baratas de mais para o seu gosto. Sentiu-se superior, mas não espera nada diferente desde que descobriu onde morava. Demorou-se em observar o rosto da inimiga diante de si, havia pouca maquiagem, mas uma beleza rústica estava estampada. Odiou encontrar os motivos pelos quais o marido corria atrás daquela mulher. 

— E como devo cumprimentar a amante do meu marido? 

Bella engoliu em seco, percebendo que não seria fácil sair daquele encontro inteira. 

 


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