Trilhando o Próprio Caminho escrita por Camila J Pereira


Capítulo 26
Casais se desentendem, uma grande discussão


Notas iniciais do capítulo

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— Damon, pare com isso. – Pediu com voz baixa sem querer parecer fraca diante dele.

— Edward? – Theo saiu do seu quarto e correu em direção a ele o abraçando forte.

Edward havia abaixado para recepcionar o garoto, mas ainda olhava com cara de poucos amigos para os dois. Bella aproveitou a distração de Damon vendo a cena e se afastou dele apressadamente.

— Tudo bem? – Edward perguntou para o garoto, bagunçando o seu cabelo no topo.

— Tudo! Porque demorou?

— Oi! – Bella se aproximou dos dois.

Era justamente aquilo que Edward queria, que a sua namorada sozinha se livrasse do ex e fosse até ele, mas por pouco, não foi até os dois e a arrancou dos braços daquele imbecil sentado confortavelmente como se fosse o dono do lugar.

— Oi. – Estava em um campo minado, viu em toda a sua linguagem corporal.

Mesmo que estivesse se segurança por causa do Theo, Edward parecia prestes a explodir. Seu rosto estava vermelho, seus lábios cerrados e todo o corpo ereto.

— Edward, porque demorou tanto? – Theo repetiu a pergunta por não ter obtido a resposta de primeira.

— Estive trabalhando ontem o dia inteiro e depois fui para casa descansar. – Era incrível, como se esforçava para sorrir para o Theo mesmo agora.

— E porque não veio hoje?

— Estou aqui agora. – Edward estendeu a mão ao alto para o costumeiro high five e Theo bateu com força em sua palma aberta.

— Desculpe interromper... – Damon havia levantado e se aproximado um pouco. – Edward. – O cumprimentou de forma breve e quase desleixada, desgostando de tudo o que via a sua frente. – Precisamos continuar a nossa conversa. – Voltou a falar com a Bella.

— Talvez tenha sido o suficiente por hoje. Podemos marcar outro dia para que passe algumas horas com o Theo.

— Está mesmo me expulsando de casa porque um homem chegou? – Pôs as mãos nos bolsos e inflou o peito.

— Damon...

— Cuidado com o que diz, Damon. Ainda mais na frente do Theo. – Edward avançou para ele, pondo o Theo delicadamente para o lado. – Porque não a ouve e vai embora?

— Ele deve saber a verdade de agora em diante. Estarei sempre aqui agora fazendo questão disto.

— Você o que? – Edward cerrou os punhos com força.

— Mãe? – Theo buscou a mão de Bella.

— Tudo bem, filhote. – O confortou e parece que aquilo conscientizou o Damon, pois parecia estar se segurando agora.

— Espero que goste dos presentes. – Driblou o Edward em sua frente e foi para pertos dos outros dois que estavam apreensivos. – Qualquer coisa que deseje, fale comigo. – Tocou o ombro do menino. – Enviarei as fotos dos apartamentos e espero que escolha um deles rapidamente.

Damon não esperou que Bella o levasse a porta, encaminhou-se sozinho e fechou a porta sem seguida. Bella lembrou que havia fechado antes, mas Edward entrou.

— A porta estava aberta?

— Sim, estava entreaberta.

Bella correu até ela e verificou a maçaneta. Parecia tudo certo. Talvez o nervosismo a tivesse feito achar que fechou sem de fato ter fechado.

— Fotos de apartamentos? – Edward perguntou quando ela trancava a porta por segurança.

— Sim. – Bella chamou o filho silenciosamente, apenas com gesto de mãos e ele a abraçou. – Tudo bem?

— Sim, mamãe.

— Já terminou de arrumar os brinquedos?

— Não.

— Pode fazer isso agora enquanto preparo um lanche para nós três? – Disse animando-o.

— Sim. – Theo correu para o quarto e Bella estendeu a mão para Edward como havia feito na noite em que fizeram amor.

— Vai me contar? – Cedeu e segurou a mão gelada da namorada.

— O que quer comer?

— Bella. – Disse o seu nome impaciente, mas ela forçou seus ombros para que se sentasse na cadeira. – O que foi aquilo que vi quando cheguei e sobre que diabos ele está falando de apartamento?

— Eu estou tentando entender também, tenha paciência.

— Mais? – Demonstrou a sua impaciência e Bella suspirou.

Surpreendentemente, Edward a viu debruçar-se sobre o seu corpo e beijar seus lábios com doçura. Não podia negar que esteve sedento por aquele sabor durante aquelas últimas e torturantes horas.

— Está tentando me distrair? – Perguntou quando ela se afastou. – Sei que se trata de uma pessoa do passado um tanto irritante que está voltando a sua vida, eu tenho plena consciência disso. – Disse sério, resistente a mudança de assunto. – Casais se desentendem às vezes, o importante é terem vontade de construir algo em conjunto.

— Casais se desentendem. – Repetiu olhando bem para ele. – Então podem se reconciliar tomando um café juntos porque conseguem se entender, não é mesmo? – Bella tocou no rosto ainda sério do Edward.

— Estou caindo na sua isca, estou mesmo muito apaixonado, Bella. – Um outro beijo veio, mais longo e ardente.

— Vamos nos reconciliar primeiro.

— Concordo. Vem cá. – Segurou na cintura dela de maneira possessiva e a beijou. – Bella, eu sinto que temos que conversar. – Relutante, a afastou.

— Temos. – Enfim, Bella sentou ao seu lado disposta a conversar. – Já que fizemos as pazes, acho que podemos tratar mais pacificamente deste assunto.

— Damon citou apartamentos, quer dizer que ele quer que se mudem?

— Sim. – Confirmou. – Ele não gosta de onde o Theo está morando e disse que enviará algumas opções para que eu escolha.

— E você, pretende fazer isso?

— Não, Theo não passa nenhuma dificuldade morando aqui. Não é uma opção. – Ele assentiu lentamente.

— Que bom que pensa assim. Penso que ele está exigindo isso para ter poder sobre vocês.

— Eu sei que ele é manipulador.

— Por isso ele estava segurando o seu pulso e te dizendo aquelas coisas. – Chegou no ponto que temia ainda mais.

— Não acreditei em nada.

— Mas queria? Desculpe. – Arrependeu-se imediatamente. – O fato de sentir algo por ele... Não...

— Edward...

— Sim? – Havia algo como ansiedade em sua expressão.

— O homem que venho enxergando em Damon, principalmente hoje, não é homem que quero ao meu lado.

 - Não?

— Não. – Garantiu.

— Isso é ótimo. – Edward aperou os lábios tentando evitar o sorriso e levantou de repente.

— O que vai fazer?

— Um lanche para nós ou terei que te agarrar e ficarei frustrado com apenas beijos.

— Tudo bem. – Estava rindo sentindo a alegria invadir seu peito novamente.

Aquele dia que passaram afastado sob aquela sombra do desentendimento, partiu seu coração. Agora, em questão de minutos, apenas por estar ao seu lado, vendo-o sorrir, podia sorrir também.

***

— Ah que alegria, ter você aqui! – Lily, recebia alegre o abraço do filho.

— Está tudo bem?

— Está sim, melhor agora.

— Cadê o pai? – Sua mãe pegou as suas duas mãos e as manteve entre as suas.

— Seu pai está velho. Acredita que está dormindo? – Suspirou. – Seria revigorante ter uma criança por aqui.

— Ele deve estar cansado do trabalho e ... sabe que a Kath não quer ter filhos.

— Você nunca tentou convencê-la. Já está na hora de me dar um neto. – Damon se calou pensativo.

Não foi a primeira vez que pensou sobre isso desde que encontrou Bella e soube sobre o seu filho. Era o tipo de criança que seus pais amariam, mas como trazer isso à tona sem que surtassem? E se testasse?

— E se eu tiver um filho sem ser com a Kath? – O tapa no braço veio imediatamente e sem dó. – Mãe!

— Você não se atreva a pensar nisso! Eu morreria, Damon. – Massageou o peito.

— E se for um filho que tive antes do casamento?

— Não, com quem teria tido esse filho? – Sua mãe parecia suspeitar e não deixava de massagear o peito, agora com mais vigor.

Nunca foi a fundo, mas desconfiava que a sua mãe tinha conhecimento sobre a Bella ter morado com ele alguns meses.

— O que quer não é um neto?

— Um neto com a sua esposa, a Kath! Katherine, filha do governador. – Frisou chateada. – Espero que esteja só brincando. Comporte-se Damon e faça a sua esposa feliz.  

— Mãe, nunca fiz a Kath feliz e não espere que esse casamento dure muito tempo.

— Você está louco? Está?! – O resto da tranquilidade se foi e Lily histérica perguntava em sua frente. - Diga que você está brincando.

— Acalme-se ou pode não se sentir bem. – Damon segurava o seu pulso verificando a pulsação da sua mãe tremula.

— Você começa a falar essas coisas abomináveis e quer que eu continue bem?

— Mãe?

— O que está acontecendo? – Seu pai estava se aproximando um pouco assustado ao ver a esposa agitada e seu filho tentando acalmá-la.

— Damon, está dizendo bobagens, Giuseppe. – Estendeu a mão para que o marido segurasse. – Diga a ele o que acabou de me dizer, porque eu não tenho coragem. – Estava com lágrimas nos olhos.

— Porque está aborrecendo a sua mãe? – De repente, sentiu que ainda era um adolescente diante dos pais.

— Esperava que vocês ficassem do meu lado ao menos uma vez. – Um lado rebelde que pouco se mostrava diante dos pais apareceu. – Meu casamento com a Katherine nunca foi de verdade. Nós só nos suportamos por causa de vocês e dos pais dela. Talvez eu não queira mais ser infeliz.

— Qualquer que tenha sido o desentendimento que teve com ela, volte para a sua casa agora e resolva. – Giuseppe usou o seu tom mais autoritário. – Vá e pare de incomodar a sua mãe. É o mínimo que pode fazer.

— É o mínimo que eu posso fazer?

— Damon, já não tem idade para agir inconsequentemente. – Giuseppe continuou.

— Sobre isso quer dizer que não devo fazer o que quero, mas continuar seguindo o plano de vocês.  

— O que deu em você hoje? – Lily estava horrorizada com a atitude do filho. – Você bebeu de novo?

— Estou sóbrio mãe. Engraçado vocês sempre acharem que estou bêbado ou louco quando não concordo ou ajo da forma que querem. – Ele deu as costas aos pais e saiu sem se despedir.

Voltou para o seu carro e ligou a ignição com raiva. Quis buscar com seus pais um lugar em que pudesse ser acolhido, mesmo sem nunca ter tido aquilo. Seus pais o criaram como um robô que deveria seguir exatamente o que diziam. Não era diferente mesmo agora.

— Olá, marido. – A voz de Kath era dissimulada.

Damon entrou em sua casa e a viu sentada de pernas cruzadas. Por causa da sua camisola curta, podia ver seu corpo delgado sem dificuldades.

 - Boa noite, Kath.

— Por onde andou? – Kath estava cada dia mais curiosa sobre o que fazia.

Acontecia sempre quando desconfiava que a estava traindo. Ela gostava de atormentá-lo, mas daquela vez não estava disposto.

— Porque não imagina? – Sentiu todo o calor dos olhos chispados de sua esposa.

— A minha sogra acabou de me ligar. Parece que quer me ver e me mimar. Talvez saiba o que o filho está aprontando.

— Ela te ligou?!

— Não vai me dizer do que se trata? – Kath pôs o cotovelo sobre uma das coxas e descansou o queixo sobre a mão.

— Falei sobre o nosso divórcio. Espero que assim que os documentos saiam, você assine sem problemas.

— Porque está insistindo tanto nisso desta vez? – Certa irritação se apoderou dela.

— Porque estou cansada dessa farsa de casamento.

— Acha que é uma farsa? – Damon a encarou para ter certeza de que a sua pergunta era legítima.

— Achei que concordássemos sobre isso.

— Não vamos procurar uma briga entre nossos pais agora. Tanto o hospital de vocês quanto a politicagem do meu pai, andam muito bem. Nós só temos a usufruir de tudo isso.

— Você não quer mais do que isso? – Perguntou sério. – Algo que te preencha de verdade. Um relacionamento que te complete.

— Que casal é perfeito? – Desdenhou. - Não quero me divorciar.

— Porque, Kath? Você até tem um amante fixo. O tal do modelo.

— Nós não vamos nos divorciar. – Repetiu.

— Se não assinar o divórcio quando trouxer os papéis, terei que pedir o litigioso.

— O que deu em você? Por acaso está apaixonado? – Levantou com raiva.

— Se eu responder isso te fará aceitar o divórcio?

— Vai sonhando! – Kath bateu pé e foi para o quarto.

Damon ficou parado, pensando em como a sua vida era uma mentira. Nada que tenha feito, foi a sua escolha até ali. O único ato realmente seu e verdadeiro, tinha sido o relacionamento com a Bella.

E ela estava linda como sempre e como sempre o seu sistema nervoso reagiu a sua presença. Quando abriu a porta, sua visão inundou o seu organismo só dela. Sorriu ao lembrar de suas tentativas em minimizar as birras do Theo.

Desde que a reencontrou, voltava a sentir emoções só sentidas quando a conheceu. Mesmo que tenha por várias vezes sentido vontade de se divorciar e exposto isso a sua esposa, não era como agora que sentia vontade extrema em se livrar de tudo para ficar com Bella e seu filho.

O filho deles, tinha sido um choque saber da sua existência, mas era para ser. O amor que experimentaram só poderia produzir um fruto como aquele garoto. Era experto e comunicativo e recebeu um bom direcionamento. No entanto, não poderia falar sobre ele para a sua esposa. Não agora, não ainda...

Era cedo, mas preparou-se para dormir. Só queria que o dia seguinte chegasse para voltar ao trabalho, ficar longe daquela casa e da sua esposa fria e irracional. Dormiu e pôde sonhar com a Bella e seu filho morando juntos. Estava ressonando quando Kath foi verificar se ele estava mesmo dormindo.

De ponta de pé, pegou a chave do carro do marido e foi até a garagem. Abriu o carro e verificou todo ele em busca de algo que entregasse o que ele estava aprontando. Achou uma nota fiscal estranha no porta malas. Se tratava de uma loja de brinquedos e muitas compras foram feitas. O que aquilo significava?

Procurou por mais, mas não encontrou. Até que lembrou do GPS e o ligou. Pediu a rota feita pelo marido naquele dia e franziu o cenho ao verificar que ele havia estado em um bairro incomum. Verificou que a rota já tinha sido feita outras vezes. Sacou o seu celular e tirou a foto do endereço. Aquilo estava estranho, desconfiava cada vez mais do marido. Daquela vez, algo parecia diferente em seu pedido de divórcio.

***

— Eu te amo. – Disse de repente.

Sem resposta, sentiu o abraço dela. O seu corpo nu quente em contato com o seu pegando fogo, era combustão pura.

— O que está tentando agora? – Bella perguntou em seu ouvido.

— Expor meus sentimentos. Eu já havia dito antes, mas espero que entenda que tudo está mais intenso. Bella eu...

Rapidamente, seus lábios foram impedidos de pronunciar qualquer outra palavra, pois os lábios dela sugavam os seus. Bella se dedicava para calá-lo, mas Edward estava ciente da sua artimanha.  

— Eu te amo. – Voltou a dizer quando foi libertado. - Você deve saber. Então por que está incomodada ao me ouvir dizer?

— Não, eu não estou.

— Não se sente à vontade a me dizer em troca, mas não estou pedido por isso. Prefiro que descubra primeiro...

— Não podemos deixar esse assunto para outro momento? – Bella tocou seus lábios com as pontas dos seus dedos em um pedido mais terno.

— Porque?

— Porque isso te incomoda e eu também fico incomodada.

— Por hoje bastou ouvir que Damon não é um homem que queira ao seu lado. – Repetiu as suas palavras. – Isso me dá esperança que esteja tomando uma decisão. – Edward acariciou seus cabelos vendo como reagia as suas palavras. – Agora você está muito incomodada. Porque?

— Tenho medo que tudo se acabe.

— Entre nós? – Ela confirmou com a cabeça. – Não vamos deixar. Mesmo que fiquemos chateados, vamos nos acalmar e retomar.

— Vamos retomar uma outra coisa agora. – Disse insinuando-se.

— Como quiser.

Edward a recebeu entre seus braços, grudando seus corpos novamente em um beijo sensual. Já podia prever as delícias que viriam quando se debruçou sobre ela. Mesmo quando o toque do seu celular ressoou pelo quarto, preferiu ignorar e apreciar o momento.

Bella preferia sentir os lábios dele em seu corpo, provocando reações por todo o seu corpo. Porém, o som do toque começava a lhe chamar mais atenção. Respirou profundamente e fechou os olhos ao notar que o som se fora e agora os lábios de Edward desciam pelo seu corpo. Infelizmente reabriu os olhos ao ouvir o chamado novamente do celular.

Edward protestou quando ela se afastou dele sem nenhum aviso e trouxe seu aparelho para que atendesse. Fechou a cara como um menino frustrado, mas pegou o aparelho. Olhou desgostoso para ele, era a sua irmã ligando. Bella pegou a sua camisola, mas Edward a segurou, impedindo-a de vesti-la.

— É tarde, se ela está insistindo, deve ser sério.

— Sério? Não deve ser nada. – Bufou e jogou o celular que silenciara novamente na cama. – Volta aqui, vem. – Pediu meio dengoso. 

— Eu acho que tem que atender. – Outra ligação e agora até ele tinha ficado preocupado.

— Oi, Rose. – Atendeu imediatamente.

— Ed, desculpe insistir, mas está tudo uma bagunça aqui. – Sua voz tremida o preocupou mais ainda.

— Porque? O que aconteceu?

— Eu tive que contar sobre o que aconteceu com a minha mãe... Tudo o que aconteceu daquela vez... Não sei como, de repente, eles começaram a discutir. A mamãe está presa no quarto chorando e não deixa nenhum de nós entrar. Tenho medo que ela não se sinta bem.

— Eles discutiram? – Perguntou achando aquilo improvável.

— Sim e o papai está ameaçando arrombar a porta. Talvez isso piore, mas acho que a sua presença pode confortá-la.

— Entendi, estou indo para aí agora.

— Seus pais discutiram seriamente? – Bella estava tão surpresa quando ele.

— Parece que sim. – Edward levantou agora totalmente distante do clima de minutos atrás. – Parece que a Rose falou com eles sobre o episódio com a sua mãe biológica, se eu entendi corretamente. Ainda não sei porque isso levou a uma discussão entre eles. – Edward se vestia apressadamente. – Não sei direito o que estou fazendo. – Parou completamente vestido, mas com olhar vago para a parede.

— Indo ajudar a sua família a resolver uma dificuldade. – Bella se aproximou dele entendendo o seu ponto. – Você se importa com eles e é natural querer estar presente para ajudar. É um momento em que também foi solicitada a sua presença.

— Não o vejo desde aquele dia... – Bella sabia que estava se referindo ao seu pai. – Não o vejo a muito tempo e em uma situação dessas não seria arriscado me envolver? Posso misturar as coisas e...

— Vai prometer que vai respirar fundo antes de agir ou falar algo impulsivamente.

— Assim estarei prometendo que estou disposto a fazer as pazes.

— Prometa. – Falou incisivamente.

— Bella... – Ele parecia estar querendo escapar aquela resposta.

— Não pode tentar?

— Vou tentar.

— Prometa outra coisa. – Pediu e ele hesitou. – Vai voltar e dormir comigo essa noite.

— É claro que sim. – Edward lhe deu um selinho antes de sair.

Bella ficou em casa preocupada com o que havia acontecido e totalmente desperta. Esperaria por sua volta, mas sentiu de repente um vazio em sua cama. Foi para a sala e ligou a tv, tentaria se distrair até que Edward retornasse.

Por ser início da madrugada, Edward chegou à casa dos seus pais em poucos minutos. Rose atenta aos movimentos, viu que o irmão chegara e abriu a porta para ele. Antes mesmo que desse qualquer passo adiante, sentiu aos braços da irmã o apertando em busca de apoio.

— O que foi tudo isso? – Perguntou para a Rose ficando um pouco mais ansioso.

— Nunca vi parecido com isso antes. A casa está num clima muito ruim.

— Me conte tudo. – Pediu.

— Estava conversando com o Emm e acabamos caindo no assunto da minha mãe, Carmen. A mamãe ouviu tudo e começou a exigir que eu falasse a verdade. Então contei tudo, me desculpe. – Rose se afastou com lágrimas nos olhos e agora abraçava a si mesma como se esperasse por uma reprimenda dele.

— Tudo bem, Rose. Imagino que a nossa mãe tenha sido muito insistente. Não entendo apenas porque eles discutiram a ponto dela se trancar no quarto.

— Uma coisa levou a outra e então eles estavam discutindo sobre tudo. Foi uma briga de assuntos de anos e anos... Uma grande discussão, assustadora.

— O que? – Edward não soube o que dizer.

— Eles explodiram. – Rose estava assustada ao lembrar.

— A mamãe principalmente. Ela falou sobre você com o papai...

— Finalmente a sua mãe expressou todo seu ressentimento por mim. – Carlisle estava vindo até eles. Edward automaticamente se empertigou a presença do pai.

O que Bella tinha dito mesmo? Deveria respirar profundamente. Certo, ele tentaria, mas não parecia tão simples agora.


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Notas finais do capítulo

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