Encantos & Desencontros escrita por Maitê Miasi


Capítulo 26
Capítulo 26




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“Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho.”


Você Não Me Ensinou A Te Esquece – Caetano Veloso

****

Juliana paralisou diante da frase dita pela mãe. Levou algum tempo para que a menina voltasse ao seu estado normal, Maria, contudo, aguardava a reação da filha em silêncio, sem impor sua ansiedade pela resposta, afinal, estava começando a se acostumar com tais olhares incrédulos.

— Você tá querendo dizer que Miguel é só meio irmão da gente? – Ela perguntou calma, e Maria anuiu. – Inacreditável. – Olhando para o nada, a jovem movia a cabeça para cima e para baixo, e após poucos segundos digerindo a informação, voltou à mãe. – Por que nunca nos contou isso? – Sua fala ainda era calma, porém repleta de acusação.

— Por quê?! Motivos não me faltaram, Juliana! Eu já até decorei essa fala. – Riu, irônica. – Sabe por quê? Por, principalmente, saber que receberia todo esse julgamento de vocês.

— Você não tinha esse direito, mãe! – A voz delicada se elevou em alguns tons. – Isso é sério demais! Você não escondeu somente seu romance sujo com Estêvão, você escondeu um fato importante da vida do meu irmão!

— Você não tem o direito de cobrar nada de mim, Juliana! Eu simplesmente estou esclarecendo as coisas, mas não estou te dando a liberdade de dizer que estou errada! Você, seu pai, e até mesmo Miguel e Estêvão agindo da mesma maneira, mas será que vocês têm a humanidade de se colocarem no meu lugar ao menos uma vez e entender o que eu passei? – O desespero que aquela mulher sentia era notório, tão evidente, que algumas pessoas próximas a elas, percebiam que algo de anormal acontecia naquela mesa. – Não. Sabe por quê? Porque vocês não viveram o mesmo.

— Você nunca falou assim comigo. – Concluiu chorosa.

— É porque estou farta. Eu errei ocultando isso de vocês? Sim! Mas será que eu mereço mesmo ser tratada como uma criminosa?

— É tudo por culpa daquele cara...

— Para. – A cortou. – Ficar culpando Estêvão não vai me fazer voltar com seu pai, ou apagar toda essa parte da minha vida. Ele não é culpado de nada. Seja adulta, Juliana, e entenda que a vida não é um conto de fadas, como você imagina.

— O que você quer que eu faça então? – Indagou, enquanto segurava algumas lágrimas que teimavam em querem rolar. – Se vai dizer que quer que eu volte pra sua casa, e passe a chamar ele de papai, pode esquecendo, isso nunca vai acontecer.

— A única coisa que eu espero, não só de você, mas de todos, é que me respeitem, respeitem minhas decisões e escolhas. Eu não vou suplicar pelo amor de ninguém, eu só quero que me respeitem. – Foi enfática.

— É só isso? – Apesar de querer conter o choro, algumas lágrimas caiam, mas ela logo tratou de seca-las.

— Sim, é só isso.

— Então, com licença.

Maria seguiu a filha com os olhos até a perder de vista. Embora estivesse cansada mentalmente, parecia que uma montanha havia saído de suas costas. O alívio por dizer a verdade a deixava tranquila. E era assim que se sentia: leve. Tudo parecia estar jogando contra, mas, finalmente, depois de muito tempo, ia deitar sua cabeça no travesseiro em paz.

...

Já em casa no final da tarde, Maria se sentou no sofá para tentar colocar os pensamentos em ordem e buscar um equilíbrio que havia perdido há algum tempo. Ao mesmo tempo em que se via perdida diante dos acontecimentos, sentia que a liberdade, por fim, retornara depois de vinte e cinco anos. Havia se esquecido o quão bom era ter a consciência livre de qualquer acusação.

— Mãe, em casa a essa hora? – Quase quarenta minutos depois da chegada de Maria, Giovana entrou à casa, e vendo a mãe no sofá, indagou com os olhos fitos no relógio em seu pulso.

— Nem vi você entrando, Giovana. – Disse enquanto voltava ao planeta Terra. – É, eles não estavam precisando de mim, então resolvi vir pra casa.

— E essa voz tristonha, hein? – Ela se juntou a mãe no sofá, mas antes, deixou um beijo cheio de ternura em sua bochecha. – O que houve?

— Contei tudo pra sua irmã.

— E ela?

— Ficou exatamente como você tá imaginando. Se ela já me odiava antes, agora não quer me ver nem pintada.

— Daqui a pouco isso passa. Eu duvido que eles vão ficar muito tempo chateados com você, talvez meu pai e Estêvão demorem um pouco mais, mas vão te perdoar, eles sabem o que levou a fazer o que fez, vai ver.

— Eu tô impressionada com a maturidade da minha filhota! – Maria dissipou o curto espaço que ainda havia entre ela e a filha, e a encheu de cócegas. Ambas se acabaram em gargalhadas. – Eu pensei que não veria você assim tão cedo. – Ela ainda tentava se recompor dos risos incontidos.

— Você sabe que eu gosto de surpreender, né mãe. – Afirmou, toda convencida.

— Sei bem disso, dona Giovana. E seu coração, como tá?

— Está como sempre esteve: bombeando sangue. – Maria a encarou com os olhos semi cerrados, em negação. – Tô brincando. – Riu, e logo se pôs mais séria. – Ele tá se recuperando de um trauma, que eu mesma causei, mas tô bem tranquila, só evito ficar olhando pra não cair na tentação. – Ambas riram. Maria sabia que o comentário da filha não fora maldoso, a conhecia bem para saber que só estava brincando. – Só tenho uma coisa a dizer, mãe: você tem muito bom gosto.

— Eu sei disso. – E mais uma vez as duas se perderam numa sessão de risos. – Mas falando sério agora, não fica assim, chateada, daqui a pouco aparece alguém que mereça seu coração.

— Eca mãe, que brega! Não quero mais saber de amar ninguém, nunca me dou bem, acho mesmo que tenho dedo podre, é isso.

— Não fala bem bobagens, só não apareceu a pessoa certa, ainda.

— Sabe de uma coisa, acho que vou virar lésbica, vai ver eu tenha mais sorte com mulheres, do que com homens.

Maria não aguentou, e novamente, caiu na gargalhada, enquanto Giovana a olhava seriamente.

— Não que eu seja preconceituosa, mas te conhecendo bem, sei que isso nunca daria certo. É mais fácil você se tornar freira do que lésbica.

— Você não me leva a sério mesmo, né?

— Nesse caso, não. – Riu.

— Não vou ser motivo de piada pra você, Maria. Vou subir e tomar um banho.

— Mãe, ok? Vou te esperar pra jantar, tá?

— Claro, Maria. – Enfatizou o nome da mãe e logo saiu em direção ao quarto, deixando Maria rindo.

...

No dia seguinte, tudo fluía normalmente. Após um café da manhã repleto de risos e brincadeiras, mãe e filha seguiram para seus respectivos trabalhos. Logo que chegou na empresa, Giovana foi para seus afazeres, buscando evitar contato com Estêvão, pois sentia-se um tanto constrangida, e pelos sentimentos que ainda existiam em seu íntimo. Porém, não fugia da responsabilidade. Quando tinha que entrar em contato com o executivo, fazia sendo o máximo profissional, mas sem perder a simpatia. Estêvão percebera o afastamento da menina, e agradecara muito.

— Giovana. – Cláudio a abordou, enquanto ela fazia algumas tarefas; ele não estava sozinho. – Você pode fazer o favor de avisar ao Estêvão que o novo investidor esta aqui?

— Esse cara é o novo investidor? – Ela olhou o acompanhante de cima a baixo com desdém.

— Vocês se conhecem? – Indagou com um V entre as sobrancelhas.

— Esbarrei com essa amável jovem ontem. – O acompanhante respondeucom ironia.

— Que bom Máximo, assim evitamos as apresentações.

— Máximo? – Giovana forçou uma gargalhada. – Sua mãe não estava nos seus melhores dias quando te deu esse nome, de máximo você não tem nada. – Riu descaradamente.

— Meu nome é Lucas Máximo, mas geralmente me chamam pelo sobrenome. – Explicou, sério.

— Que é a única forma de você se sentir um máximo. Sua mãe deve ser o deboche em pessoa, eu iria adorar conhecê-la. – A menina era só risos.

— Giovana! – Cláudio a repreendeu, e a fez segurar seu riso. – Faz o que eu pedi, por favor.

— Claro pai. Até mais, Máximo. – Enfatizou o sobrenome, e saiu ainda rindo.

— Desculpa pela minha filha, ela é meio...

— Difícil – completou – eu percebi. Mas fica tranquilo, aposto que poderemos ser bons amigos.

...

Henrique ouvia atentamente cada palavra proferida pela namorada durante a ligação. Atentamente e aterrorizado. Ele nem podia recriminar as lágrimas da menina, já que as informações eram pesadas e inacreditáveis. Juliana soube surpreender o namorado.

— Mãe, você não vai acreditar o que a Ju acabou de me falar. – Com os olhos arregalados, o jovem abordou a mãe, assim que ela atravessou a sala.

— Ai Henrique, sei lá, os pais se separaram? Se for isso, eu sabia que isso acabaria acontecendo, Maria não sai de cima do seu pai.

— Pelo quê ele me fala, não é bem assim, mas não é isso, é outra coisa.

— O quê? – Perguntou, curiosa.

— Senta, porque pelo o que ela me falou, isso nem você sabia.

— Ai Henrique, chega de enrolação e fala logo! – Praticamente deu uma ordem, assim que se sentou próximo ao filho.

— Ok. Preparada? – Ela maneou a cabeça confirmando. – Miguel não é filho do Cláudio, ele é filho de, nada mais, nada menos que Estêvão San Román!

— O quê?!

~~

— Maria, pelo amor de Deus, sai logo desse banheiro! Eu tô apertada! – Se contorcendo, Fabíola batia ostensivamente a porta do banheiro.

— Espera, eu já vou sair! – De dentro do cômodo, Maria a respondeu, com a voz fraca.

— Há dias que essa menina se tranca nesse banheiro passando mau. – A mãe comentou preocupada.

~~

— Maria, você tem absorvente? – Fabíola invadiu o quarto que dividia com a irmã, encontrando a mesma deitada. – Minhas regras vieram antes do tempo, e me pegou de desprevenida.

— Tem na gaveta.

— Nossa, o pacote tá fechado.

— É, não veio pra mim esse mês. – Respondeu simples.

— Posso ficar com tudo?

— Pode, depois eu compro mais.

— Valeu!

~~

— Pleno sábado e você com a cara nesses livros. Não vai dar uma volta? – Perguntou se embelezando em frente ao espelho.

— Não quero, não tô me sentindo bem. O almoço não caiu direito no meu estômago.

— Ai, como você é fraca, viu. Azar o seu, vai perder a noite com a galera.

— Grande coisa, seus amigos são uns malas.

— Você que é cheia de não me toque. – Como se estivesse concluindo sua arrumação, ela espirrou gotículas do perfume em seu pescoço e pulso.

— Ai Fabíola, esse cheiro tá me deixan... Sai da frente! – Não deu tempo nem de terminar a frase, e Maria saiu correndo para o banheiro.

— Ih, eu hein, essa menina precisa de um médico.

~~

— Era gravidez. – Sua voz só foi ouvida por ela mesma.

— Mãe?! Mãe?! – Henrique pôs-se a estalar os dedos na frente da mãe, até que ela voltou àquela sala. – Em que mundo você tá?

— Aquela vagabunda vai me ouvir!

— Mãe, aonde você vai? – Henrique gritou, porém foi ignorado.

...

Apesar de sentir-se leve, sem nada atormentando sua cabeça, seus pensamentos, Maria sentia-se um tanto vazia, devido a ausência de pessoas que tanto prezava. Queria se sentir leve, mas queria acima de tudo ter ao seu lado pessoas a quem tanto dedicava seu amor. Estêvão era uma dessas.

— Oi Estêvão. – Disse com a voz amena, assim que ele atendeu o celular.

— Oi Maria. – Respondeu seco.

— Será que podíamos conversar? Eu não queria que a gente ficasse nesse clima.

— Você poderia ter evitado isso, Maria.

— Você vai me condenar pro resto da vida por isso? Será que ainda não se pôs no meu lugar? Por Deus, Estêvão, entenda, você acha mesmo que seria fácil eu te dar uma notícia dessas, mesmo nos dias de hoje? Será que é tão difícil assim pra você me entender?

— É sim, Maria. Você pode usar todos os argumentos que quiser, mas ainda assim, sim não vai entrar na minha cabeça que você poderia ter aberto o jogo pra mim. É sobre meu filho que estamos falando.

— Nosso filho. Ok, eu não vou ficar me humilhando. Se você quiser conversar como duas pessoas adultas, estou aqui, mas caso contrário, não vou ficar aguentando esse tipo de tratamento.

— Faz o que quiser. Não é isso que você bem fazendo esse tempo todo? Continue, não vai ser difícil.

— Tudo bem. Só espero que não se arrependa por estar sendo tão intransigente. Adeus.

Sem esperar outra resposta, ela encerrou a ligação, se arrependendo por ter tido a ideia estúpida de tentar acertar as coisas, no fim, acabou escutando o que não queria ouvir.

...

Fabíola esqueceu toda a finess e qualquer regra de etiqueta quando invadiu a casa da irmã. Via-se de longe que aquela mulher estava transtornada, possuída, desequilibrada. Por muito pouco, não soltava fogo pelas ventas.

— Cadê aquela vagabunda?

— Ei, ei, ei. – Giovana saltou do sofá, e se colocou na frente da tia, impossibilitando sua passagem. – Aonde você pensa que vai?

— Eu vou falar com a vagabunda da sua mãe. Sai da minha frente. – Ela tentou empurrar a sobrinha, porém a mesma, com certa dificuldade, conseguiu permanecer no mesmo lugar.

— Pelo que eu saiba, a única vagabunda aqui, é você.

— Não brinca comigo, Giovana, ou eu não respondo por mim. Agora me deixa passar! – Novamente, a empurrou e dessa vez, logrou êxito.

— Ô mãe, se prepara, que tem uma desajustada subindo! – Gritou.

— Giovana, minha mãe entrou aqui? – Henrique entrou afoito.

— Acabou de subir, mas relaxa, minha mãe vai dar um jeito de controlar a fera. – Disse voltando para seu celular no sofá.

— Tem certeza? Posso voltar pra casa?

— Tenho, fica tranquilo, cunhado.

Fabiola seguiu o caminho sem erros, já que conhecia bem a casa. Ao abrir a porta sem a menor cerimônia, e encontrou a irmã relaxada sobre a cama, mas logo que a viu quase arrombando a porta, saiu de sua posição inicial, devido a intromissão da mesma.

— Posso saber o que você tá fazendo aqui? – Maria se levantou, mas ainda ficou próximo à cama. – Como você invade meu quarto dessa forma?

— Você é uma descarada mesmo, né? – Sem mais, Fabíola se achegou e espalmou o rosto da irmã.

— Você enlouqueceu, Fabíola? – Questionou, com a mão no rosto. – Por que me bateu?

— Sonsa! O tempo passa, e você continua a mesma sonsa, né Maria?

— Você anda usando drogas, sua louca?

— Seu plano desde o início foi dar o golpe da barriga, né? Se aproximou do Estêvão, engravidou pensando em sair daquela vidinha medíocre que a gente vivia, só que, pro seu azar, o tiro saiu pela culatra, né irmãzinha.

— O que você tá falando?

— Que você é uma aproveitadora! – Berrou. – Quis usar o meu – foi enfática – Estêvão pra subir na vida. Mas ainda assim deu sorte, já que apareceu Cláudio na sua vida.

— Você tá realmente louca. Eu não engravidei com esse intuito, eu não quis engravidar, aconteceu! Eu nunca cogitei usar o seu – enfatizou rindo – Estêvão pra nada. Qual o seu problema? Inveja, por não ter conseguido realizar o sonho do seu Estêvão, mesmo estando há quinze anos casada?

— Escuta aqui... – Novamente, soergueu o braço, na intenção de acerta irmã, mas dessa vez Maria fora mais rápido, e o segurou no ar.

— Escuta aqui você! Eu não vou permitir que você invada minha casa e me ofenda, como tem feito.

— Você sabe que eu estou certa – soltou seu braço num arrancão – não só eu, mas todos aqueles que xingavam você. Você não passa de uma vagabunda qualquer, que voltou pro Brasil só pra acabar com meu casamento.

Foi a vez de Fabíola ser estapeada. Maria acertou seu rosto em cheio, por pouco a irmã não foi ao chão.

— Limpe a sua boca pra falar comigo, Fabíola. Eu não te dou o direito de me tratar dessa forma!

— Me poupe, Maria. Não venha se fazer de vítima pra mim, eu sei bem que você voltou pra roubar o meu marido, se você não tivesse aqui, eu ainda estaria casada. Por que não seguiu ocultando esse filho? Você sente mesmo prazer  em ver um casamento indo por água a baixo?

— Por favor, Fabíola, vai embora. – Maria passou pela irmã, indo em direção à saída. – Eu não quer ter que discutir com você sobre esse assunto. – Já no corredor, ela esperava por Fabíola.

— Você não vai fugir de mim! – Segurou o braço de Maria, fazendo-a a encarar de perto. – Eu não vou te perdoar nunca por ter destruído meu casamento!

— Eu não estou te pedindo perdão! Agora me solta, e ponha-se daqui pra fora!

— Você vai meu escutar, tem muita coisa engasgada aqui dentro. Você arruinou a minha vida, desde sempre, parece que você nasceu pra me arruinar. Eu te odeio, porque por sua causa, Estêvão nunca me viu como mulher de verdade, e quando eu pensei que tinha o conquistado, você retorna, e ele corre atrás de você como um cachorrinho. E agora com esse maldito filho, todas as remotas chances de ele voltar pra mim estão se esvaindo.

— Eu não sou obrigada a ficar ouvindo isso dentro da minha casa.

Maria se soltou da irmã seguiu pelos corredores, sendo seguida pela irmã, que não parava de buzinar em seu ouvido. Seu destino era o andar de baixo, queria o mais rápido fazer a louca sumir da sua presença, da sua vida, talvez, mas Fabíola só queria ir contra os planos da irmã.

— Volta aqui, sua vadia! – Próximo ao topo da escada, Fabíola parou a irmã, segurando seu braço mais uma vez.

— O que você quer? Me deixa em paz, Fabíola, aceita que você não é mulher o suficiente pra segurar um homem, que você grita pra todos os ventos que é seu!

— Seria se não fosse você e seu maldito
filho!

— Limpa a sua boca pra falar do meu filho! Eu posso suportar qualquer coisa contra mim, mas não fale dos meus filho, sua estúpida!

— É isso mesmo, você é uma maldita e ele mais ainda. Vocês poderiam morrer que eu ficaria muito feliz.

— Você é baixa demais, olha só onde você chegou.

— E posso chegar ainda mais baixo. Ao pé da escada, por exemplo.

Fabíola começou a sacudir a Maria, que começou a gritar, desesperada, ao ver tamanho ódio fluindo dos seus olhos. Fabíola ficara surda, não ouvia os gritos da irmã, mas se alimentava do seu sofrimento, até que a soltou.

Em questão de segundos, Maria rolou da escada, e parou aos pés da mesma, desacordada.


 


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