Então conheci você escrita por Evangeline White


Capítulo 4
Remus e o Lar


Notas iniciais do capítulo

E chegamos ao último capítulo! Nem acredito que estou terminando esse projetinho lindo. ♥ Foi tão gostoso escrever cada capítulo que nem acreditei quando chegou ao final.

Tenho uma paixão imensa pelos Marotos e minha musa maravilhosa Ophelia também. Por isso fecho esse presentinho especial de aniversário com nosso perfeito e doce Remus Lupin. ♥

Espero que gostem, porque foi disparado meu capítulo favorito de produzir. ♥



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O laudo médico estava a sua frente, e Remus sabia que era ruim. Seus pais tentavam manter a postura, mas haviam lágrimas nos olhos de sua mãe, e quando Hope Lupin baixou o rosto para o filho, um soluço denunciou o sorriso de falso encorajamento.

— Os ataques continuarão, mas a terapia pode ajudar. É um caso raro dentro do transtorno explosivo intermitente, embora não se possa descartar a bipolaridade...

As palavras do médico sumiram, mas o choro de sua mãe não. Remus era uma criança, mas tinha a certeza: sua vida havia sido arruinada para sempre.

 

 

— Eu já disse que está tudo bem, Peter.

Remus sorriu enquanto Peter se atrapalhava nas desculpas. Segurava o telefone entre a orelha e o ombro para terminar de preparar as torradas com geleia.

— Mas saíram nas fotos, Moony! — Peter se lamentou do outro lado. — Eu deveria ter avisado, mas você e o Padfoot estavam se divertindo tanto...

Os bacons terminavam de fritar e os ovos explodiam na frigideira. Remus segurou um xingamento apenas para não alimentar a paranoia de Peter, mas o bico de desgosto ficou evidente ao mexer os ovos fritos – fritos e queimados.

— Peter, Lily me disse que você resolveu o problema do arco do casamento, e eu reparei os vasos vazios desde que pisei no salão. Você foi incrível — Remus conseguiu voltar a sorrir quando ouviu o murmúrio envergonhado. — Além do mais, isso faz um mês, e as fotos ficarão ainda melhores graças a isso. Será uma boa memória.

Quando Peter pareceu convencido, começou a rir da loucura dos vasos, narrando a Remus como realmente aconteceu. Não demoraram muito na conversa, mas quando se despediram, a promessa de um jantar na casa nova de Remus foi prontamente aceita por Peter.

— Tenha um bom encontro — Remus desejou pouco antes de Peter desligar, conseguindo ouvir o amigo chamar pelo namorado.

Um mês. Fazia um mês desde que aceitou Sirius Black em matrimônio. Era surreal, e mesmo durante a lua de mel, Remus se pegou duvidando constantemente do casamento. Apenas entendeu ser verdade quando voltaram três semanas depois, e a casa de madeira estava esperando por eles. Havia uma placa na entrada, com os dizeres “Moony & Padfoot” enfeitada com luas, estrelas e patinhas de cachorro – presente querido de James e Peter, soube depois.

No primeiro dia na nova casa, as caixas da mudança estavam fechadas, a torneira havia dado defeito e só tinha um colchão velho disponível. Mesmo dependendo de lanternas e uma ducha gelada, Remus sentia a mesma alegria de sua lua de mel. A situação caótica e os problemas que só pareciam aumentar não tiraram sua paciência e sequer lhe deram uma recaída.

Remus estava se tratando arduamente, e aquela casa havia sido a prova definitiva de que transtorno nenhum o derrubaria.

Ainda se lembrava das palavras do médico. Tratamento psicológico era tão importante quanto remédios, mas nem o doutor, nem seus pais e muito menos Remus esperavam que ganharia a melhor terapia do mundo; melhor dizendo, as três melhores terapias do mundo. Remus jamais teria tanta força de vontade se não fosse por eles, e seu melhor remédio vinha arrastando os pés para a cozinha. As pantufas rosas faziam barulho no chão (um presente de Andromeda, do qual Sirius fez questão de usar) e quando parou na entrada da porta, se recostou no batente.

— Sua bunda fica bonita com esse avental.

Remus riu. Sirius era lento de manhã, mas o olhar afiado nunca falhava, muito menos o humor sexual. Para tristeza do marido, Remus tirou o avental e não fez questão de esconder os ovos. Dessa vez, foi Sirius quem riu.

— Uma palavra e os próximos ovos queimados serão os seus.

— Se for você a pôr fogo em mim, aceito o desafio. Mas promete comer depois?

Sirius o abraçou pela cintura, e beijou o pescoço de Remus diante do revirar de olhos. O bom humor na cozinha apenas aumentava, e depois de servir uma xícara grande de café, Sirius se sentou ao lado de Remus.

— Ouvi você falando o nome de Peter. Ele virá aqui? — Sirius bocejou, enfiando um bacon inteiro na boca.

— Não. As fotos do casamento chegaram, e ele estava se desculpando pelo lance dos vasos.

Sirius pareceu mergulhar em memórias ao tentar lembrar do que Remus falava, e de repente a expressão de sono desapareceu para um sorriso largo. Remus gostava quando Sirius fazia isso – covinhas discretas saltavam no fundo das bochechas.

— O Worm foi foda! Quem pensaria em pegar as flores do salão? Caralho, aquele garoto nunca me decepciona.

— Diga isso a ele quando o chamarmos para jantar. Peter quase chorou nas desculpas.

— Eu direi, sim — Sirius prometeu, pegando as torradas. — Mas onde está o álbum? Por que ele viu antes de nós?

Antes que Remus pudesse responder, o telefone tocou outra vez, mas foi Sirius quem se levantou. Com um beijo rápido na cabeça de Remus, voltou a arrastar as pantufas macias para a parede onde o telefone ficava, e atendeu com um sonoro “quem é?”

O nome de James não demorou a aparecer na conversa, assim como as reclamações dramáticas do amigo também já ter visto seu álbum de casamento. Remus deixou que Sirius se ocupasse pelo que seriam quinze minutos de exageros junto de James antes de levar os pratos vazios para a pia. Lavaria aquilo depois por preferir se concentrar na sala.

A casa estava bem diferente de quando chegaram, duas semana atrás. Toda a mobília havia sido entregue e já havia decorações nos quartos e no pequeno escritório de Remus. O lugar era perfeito para acomodar os livros velhos, e uma poltrona confortável havia sido posicionada ao lado da janela com vista para o bosque a frente. O cenário ideal para que tivesse a tarde perfeita, antes do marido invadir seu canto alegando carência.

E Deus, como Remus amava essas invasões.

Os dias esquentavam cada vez mais com a chegada do verão, e quando trocava o pijama por uma camisa branca, a campainha tocou, e foi Remus quem avisou que atenderia.

Seu sorriso voltou a enfeitar o rosto cicatrizado quando Harry apareceu.

— Desculpa a demora — Harry tirou uma caixa bonita da mochila, em tons pasteis. — Meu pai ficou me segurando em casa. Queria ver tio Pads surtar.

Remus abriu um pouco mais a porta, dando a Harry a visão de Sirius indo e vindo com movimentos tão dramáticos que ter recebido a notícia do fim dos tempos.

— Tenho a impressão de que ele conseguiu.

A risada de Harry animou Remus, e com uma breve despedida, entrou na sala. Sirius já havia desligado quando o pacote foi escondido.

— Moony, por que não recebemos o nosso álbum ainda?!

Remus deu de ombros e abriu uma das caixas que ainda estavam na sala. Ali era o último lugar que faltava para organizarem, e não queria perder mais tempo. Os finais de semana eram recheados de trabalhos e risadas arrumando a nova casa. Sua nova casa.

— Tenho certeza de que logo chegará, Padfoot. Agora pegue aquela caixa para mim por favor, acho que os porta-retratos estão ali.

Sirius obedeceu, ainda resmungando, coisa que duraria minutos antes de começar a se empolgar e comentar a lembrança de cada objeto retirado. Fosse as almofadas escuras que Pads II rasgou ou a foto que tirou junto de James e Peter no tobogã, enquanto Remus e Lily se ocupavam na lojinha de lembranças em uma viagem que fizeram anos atrás. Cada recordação enchia a casa de mais amor, se é que era possível, e Remus se via embriagado por essas memórias.

Parecia impossível se lembrar de qualquer coisa da sua vida antes dos Marotos.

Era grato por isso. Mesmo com as brincadeiras ou os puxões de orelha em Sirius e James, mesmo com as noites tristes que compartilhou com Peter, mesmo as várias vergonhas que teve de passar aceitando participar dos planos idiotas dos amigos, Remus jamais trocaria aqueles anos nem mesmo pela cura de seu transtorno.

Porque no fim das contas, Remus aprendeu a ser mais forte e superar qualquer barreira de sua vida graças ao grupo.

— Oh, Remus. Suas flores estão se abrindo.

Sirius parou em frente à janela, e parecia surpreso. Segurava um barco de madeira que havia ganhado de Lily numa de suas viagens, e tinha prendido o cabelo em algum momento entre empurrar o sofá e carregar outras duas caixas para fora do caminho. Quando Remus se aproximou, acompanhou o olhar de Sirius nas flores coloridas logo abaixo da janela, crescendo num canteiro que Peter fez questão de ajudar a montar.

— Peter estava certo sobre elas — Remus voltou para a estante da sala, colocando as últimas fotos lá. — Ele tem mesmo talento. Espero que consiga abrir sua floricultura.

— Há! Eu não duvido. James já estava assinando cheques para ele comprar o lugar.

Sirius começou a tagarelar sobre como a floricultura de Peter podia se chamar e que tipo de decoração combinava mais com o amigo. Conforme gesticulava com mais empolgação, Remus se viu parando para apreciar toda aquela energia quente e explosiva que Sirius Black era – melhor dizendo, Sirius Black-Lupin.

Seu nome fazia jus ao homem bonito. A estrela mais brilhante, o cão maior. Sirius era a constelação favorita da vida de Remus.

E tal como um cachorro, Sirius se chacoalhou com a animação no céu, quando passou os braços pelos ombros de Remus. Uma mania que vinha desde a infância para convencê-lo a fazer alguma loucura.

— O que acha, Moony? Podemos montar uma van para o Peter e ele ter uma floricultura móvel!

Remus piscou algumas vezes, tentando entender aquelas palavras. O apelido carinhoso era um charme completo, não negava. Pensou que isso morreria aos dezoito anos, mas Sirius e James faziam vir tão natural que não conseguiram se desgrudar mais.

O que não impedia Remus de estapear os braços do marido, exasperado.

— Padfoot, a vida é do Peter! Ele é quem vai decidir se quer e como quer o lugar. Nada de vans agora.

Sirius fez um bico engraçado, e Remus precisou se virar para não rir. Ninguém conhecia tão bem a evolução de Sirius Black como ele, James e Peter; mesmo assim, algumas manias infantis jamais morreriam. Entre elas, o abraço rápido e forte de Sirius por trás de Remus, a tirá-lo do chão e fazer cócegas em seu pescoço com beijos e o raspar suave da barba.

A risada de Remus tomou a casa, e sentiu os pelos de Sirius se arrepiarem. Mesmo após casados (Remus não se cansava de repetir essa palavra), ainda se surpreendia com tantas demonstrações de carinho, bem como as reações afloradas do marido ao se animar com cada mínima reação positiva de Remus para com ele.

Não lhe tirava o direito de ficar feliz, é claro; por anos seus receios negaram as indiretas de Sirius, bem como seus medos tentaram brecar todo aquele amor que o melhor amigo estava disposto a lhe dar. Mas os anos foram se tornando cada vez mais difíceis de serem vividos completamente sem poder tocar Sirius como queria tocar, sem acariciar o cabelo macio ou se enredar com ele na cama, apenas ouvindo uma música velha e o som suave do coração de ouro do outro.

Remus soltou o ar com calma, e deitou a cabeça contra a de Sirius.

— Você é um ótimo amigo, Sirius. Peter vai ficar muito feliz de ouvir suas ideias.

— Eu sei — Sirius não soou arrogante quando sorriu, e seu beijo na bochecha de Remus pareceu algo que faria aos treze anos. Sirius portava uma jovialidade que os anos jamais matariam. — Ele vai faturar milhões com minhas ideias.

Quando Remus se virou entre os braços de Sirius, passou os dedos pelo cabelo escuro. A franja já havia se soltado do penteado rápido, e caía sobre os olhos cinzentos.

— Tenho consulta segunda-feira — Remus informou, e percebeu que Sirius assumiu uma leveza mais adulta, como sempre acontecia. — Pode ir falar com Peter nesse dia.

Mas Sirius balançou a cabeça, e a ação lembrou bastante Pads II.

— Eu vou com você. É nosso trato.

Ah, sim. O acordo sobre a terapia. Era a única forma de fazer Remus não faltar nas consultas e de Sirius não invadir a sala da doutora pela ansiedade de saber como o namorado estava. A senhora Gallagner, com toda a boa paciência, abriu então uma sessão especial para a terapia em casal, e obviamente ficou muito agraciada quando Sirius entregou o convite de casamento.

— Tudo bem — Remus concordou, e o bom humor apenas aumentava quando seus dedos desfizeram o nó que prendia o cabelo de Sirius. — Vamos terminar de arrumar a mudança, Sirius.

— Oh, Moony — Sirius sorriu, e suas mãos apertaram mais a cintura de Remus. Portava aquele sorriso charmoso, e a malícia escorria por suas palavras. — Deixe essas caixas velhas de lado. Tenho um pacote muito mais interessante aqui.

E Remus riu de novo, afundando completamente os dedos no cabelo preto de Sirius. Quando sua boca se encontrou com a dele, seu corpo ferveu por completo.

— Hum, acho que tem coisas mais divertidas para se levantar aqui.

O deleite de ouvir Sirius rir foi acompanhado do tesão ao ter as mãos do marido entrando por baixo de sua camisa. De passos atrapalhados, seus corpos pareceram se tornar um quando o sofá macio atingiu as costas de Remus; e enquanto Sirius mordia a pele de seu pescoço, Remus esqueceu seus transtornos, seus medos e a terapia. Enquanto tivesse as mãos de Sirius correndo por seu corpo e a boca quente contra a sua, Remus apenas se importava com o prazer da sua relação.

 

 

Um casal de pássaros se sentou na janela aberta da sala, voando logo em seguida. A brisa suave do final da primavera trouxe o cheiro de flores para dentro, mas Remus não conseguia sentir nada além do perfume de Sirius. Era a única pessoa que conhecia que se perfumava ao acordar, e quando Remus descobriu essa mania ficou entre o riso e a indignação.

No fim, escolheu apenas apreciar o gesto charmoso, especialmente quando Sirius lhe abraçava pelas manhãs e o pescoço dele ficava tão disponível.

— Derrubamos uma das caixas — Sirius riu ao apontar com o pé a caixa de papelão virada. — São os discos velhos que você gosta.

Mesmo que a ideia de querer checar se nada havia riscado tivesse tomado Remus, o abraço gostoso de Sirius era bem mais convidativo. Suas peles nuas roçavam com naturalidade, como se fossem uma só. Às vezes, Remus acreditava nessa teoria.

— Eu posso arrumar depois — respondeu, a voz se arrastando numa preguiça que fez Sirius se acomodar mais no sofá.

— Você está ficando relaxado, Moony.

A provocação fez Remus sorrir.

— É o que a vida de casado faz, Padfoot. Daqui uns dias estaremos comendo pizza fria e esquecendo de tirar as meias para tomar banho.

Sirius soltou uma gargalhada animada, a abraçou mais forte Remus. As piadas dele sempre eram depreciativas, o que irritava Sirius profundamente; então, ouvir um comentário engraçado de uma situação qualquer era uma conquista.

A terapia e o acompanhamento profissional vinham fazendo milagres para Remus, e ele também deve ter percebido, pois quando ergueu o rosto para Sirius, portava uma expressão de alegria pura.

Sirius não achava ser possível se apaixonar mais por Remus, mas ele conseguia lhe desarmar e fazer seu amor explodir no peito apenas pela forma como respirava.

— Tenho uma coisa para você.

Remus escorregou para fora do sofá, e com calma vasculhou a estante, puxando a caixa bonita que Harry havia trazido para eles. Sirius se sentou no mesmo momento, e Remus não precisou de nenhum discurso para que o outro soubesse na hora o que era.

— Nosso álbum!

Era como dar o presente de natal para uma criança, e Remus deixou que Sirius tivesse o prazer de destampar a caixa. O álbum era macio, e parecia ser feito de veludo; as iniciais deles estavam no canto direito, desenhadas numa caligrafia perfeita. A primeira foto trazia o arco florido e as cadeiras bonitas, e os dois sorriram ao mesmo tempo.

Cada foto era mais bonita que a anterior, e só transmitiam o amor e a alegria dos rostos sorridentes, das poses engraçadas, da decoração perfeita. Cada detalhe era revivido como se o casamento tivesse acabado de acontecer, e quando a foto dos dois com Peter e James apareceu, Sirius tocou o ombro onde a mão de James havia repousado para a pose.

Remus não soube dizer em que momento sua atenção passou das fotos para Sirius, mas quando se deu conta estava reparando o sorriso largo de menino; no cabelo preto que caía irregular pelo rosto branco; nos olhos que brilhavam como estrelas. De repente, o álbum de fotos era apenas um detalhe, quando percebeu que – sim— estava casado com Sirius Black.

Sua mão subiu, e a aliança roçou na barba por fazer. Sirius ergueu a cabeça na mesma hora, e Remus sentiu uma corrente elétrica percorrer seu corpo quando seus olhos se encontraram.

— Se arrepende? — A pergunta de Sirius foi repentina, mas suave. Havia doçura ali, e sussurrou como se segregasse algo.

Remus não respondeu, e quando se levantou, conseguiu sentir o músculo da bochecha de Sirius tencionar, pouco antes dos dedos deixarem a pele gelada Inclinou-se e pegou um dos discos velhos, e com a mesma calma foi até o antigo toca-discos e colocou a música para tocar. O ritmo suave do jazz de Harry James tomou o ambiente, e quando Remus voltou para Sirius, tinha a mão estendida, que foi aceita de imediato.

— Eu tenho um transtorno mental do qual nunca vou me livrar de fato, Sirius. Mesmo com tratamento constantes, isso sempre vai estar lá.

Sirius abriu a boca para reclamar, mas Remus o girou no meio da sala, chutando as roupas. A nudeza de ambos já era tão natural que parecia errado se cobrirem naquele momento.

— Eu demorei a aceitar que podia viver como você e os outros, e tinha ódio dessas cicatrizes. Por tantos e tantos anos, eu aceitei que eu era um erro da sociedade, e que a vida era assim. — Remus beijou as bochechas de Sirius. — Mas então eu conheci você, e de repente estava sendo arrastado para aquelas brincadeiras malucas e pegadinhas infantis, e quanta merda a gente se meteu.

Sirius pareceu ter bastante orgulho disso, mas de novo Remus não o deixou falar:

— Foram muitos anos de altos e baixos, Sirius, e eu me arrependo de muitas decisões na minha vida. Mas eu jamais vou me arrepender de ter escolhido dizer sim a você. Não importa quantos anos passem. Eu nunca achei que pudesse receber tanto amor como recebo de você, mas principalmente... nunca achei que poderia retribuir da mesma forma.

Sirius o apertou mais pela cintura, e o calor entre eles era mais agradável que qualquer dia de primavera.

— Eu amo você, Remus — Sirius murmurou contra a boca de Remus, e a paz partilhada era algo que Sirius jamais saberia descrever.

Remus deslizou sua boca sobre a dele, os olhos verdes banhados de amor.

— Eu amo você, Sirius — o sussurro se derreteu de seus lábios, antes de selar um beijo sincero.

Ainda havia caixas a organizar na casa, e consertos a se fazer no telhado. Teriam de acostumar Pads II a não comer as flores e decidir como se revezariam para cortar a grama. As consultas de Remus talvez precisassem mudar de dia por conta da nova rota que faria da casa nova, mas de momento, nada disso era um problema. Haveria tempo para tudo, pois nada seria capaz de separar aquele casal.

Entre os jantares com os amigos, as risadas após noites embriagados e olhares cálidos ao se unirem na cama, Remus e Sirius sabiam que o mundo era apenas uma brincadeira de criança perto de tudo o que poderiam fazer, se permanecessem juntos.


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Notas finais do capítulo

Ai, Remus. Eu te amo tanto. ♥ Fico em lágrimas com o Moony, não vou mentir. Parece que elogiar nunca é o suficiente.

Espero que tenham gostado, especialmente você meu bombom. ♥

Qualquer erro, dúvida ou elogio eu responderei com muuuito carinho. Obrigada por terem acompanhado essa fofura comigo. ♥



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