Amor Proibido escrita por paular_GTJ


Capítulo 8
Proposta


Notas iniciais do capítulo

Não tenho nem crédito pra pedir desculpas né?
:(
Conversamos lá embaaaixo
Espero que gostem do capitulo, meus amores.

Boa leitura!



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- Perdão! – Jacob sussurrou, mal contendo o riso após fazer com que eu batesse a cabeça na parede do pequeno local onde estávamos escondidos.

Na realidade, não era possível nem ao menos se mover adequadamente naquela pequena sala. Ali era onde meu pai costuma guardar suas garrafas mais refinadas de vinho, os quais o mesmo ganhara de seus mais diversos sócios e conhecidos da Europa a fora.

Não que estivesse importando-me com tal fato, uma vez que estar em ambiente assim com Jacob Black não me fazia nem um pouco infeliz.

Passaram-se quase três semanas após aquela noite absolutamente inesquecível no humilde casebre de Jake. A partir desse dia, passamos a encontrar-nos escondidos sempre que uma oportunidade surgia. Obviamente, com o enorme auxilio de minha prima, a qual prontificava-se em vigiar qualquer possível aproximação perigosa de onde estivéssemos.

E eu, como uma imensa gratidão, ajudava Claire com seu romance com Quil. Normalmente intercalávamos os dias, e descobríamos juntos novos locais para podermos passar mais tempo apreciando a companhia do outro sem intrusos pelas redondezas.

- Acredito ser a terceira vez hoje já, senhor Black. – repreendi com falsa irritação.

Simplesmente fascinava-me o modo o qual Jacob tocava-me. Era desnorteante. É claro que eu não era nenhuma perita em como deveria agir nessas situações, contudo, após aquela noite em sua casa, aos poucos, comecei a deixar a timidez de lado e aproveitar os poucos dias que ainda restavam-me com aquele homem simplesmente estupendo.    

Apavorava-me, na realidade, o fato do meu casamento agora estar tão próximo. Era apenas uma semana que separava-me da minha maldita e indesejável sina.

Fechei os olhos com força. Não agradava-me devanear demasiadamente sobre essa realidade.

- Ora, e a culpa é inteiramente sua, senhorita Cullen. – Jacob comentou baixinho próximo ao meu ouvido, empurrando-me ainda mais fortemente contra a parede, fazendo-me, desse modo, voltar a minha realidade momentânea, a qual desejava intensamente que não tivesse fim.

Jacob também estava, visivelmente, menos tímido agora. Apertava minha cintura com selvageria, onde possivelmente ocasionaria em inúmeras marcas avermelhadas.

- Ah! – arfei devido ao fato de, além de suas mãos estarem apertando-me intensamente, agora sua boca estava traçando beijos molhados próximos a minha orelha. Jacob tinha plena ciência que ali era um dos meus pontos fracos e não se detinha nem um pouco em eriçar todos os pelos do meu corpo sem que uma oportunidade surgisse. – Culpa minha? – consegui proferir ao meio daquela situação intensamente deliciosa. – E como isso p-pode ser c-culpa mi-minha? – minha voz estava ligeiramente tremula, uma vez que suas mãos quentes agora rodeavam, por baixo do meu vestido, minha área mais sensível.

- É sua sim. – respondeu, mordendo meu lábio inferior. – Anda me provocando demasiadamente nesses últimos dias. – ergueu uma sobrancelha, malicioso.

- E-eu? – contive um gemido. Seus dedos agora passeavam pelo meu sexo, barrados apenas pelo tecido fino de minha calcinha.

- Exatamente. – Jacob continuou o que estava fazendo, analisando-me com cuidado, parecendo apreciar o efeito que estava causando. – Ou esqueceu-se do jantar de ontem à noite? – questionou baixinho, arrancando, sem aviso prévio, o pequeno pedaço de pano que o impedia de ter um contato maior na área onde seus dedos brincavam.

Mordi o lábio inferior, ao mesmo tempo em que sorria levemente em virtude da lembrança do jantar da noite passada. Na realidade, até mesmo eu fiquei surpresa com a minha audaciosa atitude.

Havia sido convocado mais um dos tediosos jantares de negócios de meu pai. Dessa vez, felizmente, Nahuel não pode estar presente, devido ao fato de estar viajando com o pai a trabalho. Ainda melhor do que isso foi o fato de Sam tê-los acompanhado a pedido de meu pai, uma vez que o próprio não poderia estar presente devido ao jantar já agendando antecipadamente.

Assim sendo, senti-me inteiramente livre em sentar ao lado de Jacob - o qual agora participava com freqüência dessas cerimônias devido as suas encomendas para com os conhecidos de meu pai - naquela noite. Ninguém se opôs, obviamente.

Não conversamos, não trocamos olhares e nem ao menos demos se quer qualquer indicio do que estava acontecendo de umas semanas para cá. Contudo, quando o jantar encaminhava-se para seu final, não contive-me. Minha mão, quase que involuntariamente, pousou na coxa do homem moreno ao meu lado.

Pude perceber pelo canto do olho que Jacob sentou-se imediatamente mais rígido. Sorri internamente. Lentamente movi minha mão para cima, mantendo uma expressão completamente indiferente na face. Jacob arfou ao meu lado, assim que pousei delicadamente minha mão onde havia uma pequena elevação em sua calça.

Obviamente seria muito arriscado abrir a mesma e tentar um contanto um tanto mais aprofundando e ousado, contudo, era possível enlouquecê-lo mesmo com uma barreira no caminho.    

 

Ele engasgou-se com o vinho, assim que pressionei com um pouco mais de força aquela área elevada.

Dessa vez, não pude evitar o pequeno sorriso que se formou em meu rosto. Adora estar no controle, para variar um pouco.

- Isso não ficará assim, Renesmee Carlie Cullen. – ouvi-o sussurrar de modo que apenas eu fosse capaz de entender, e era notável o quê de malicia em sua voz.

- Ora, eu estava apenas... AH! – não fui capaz de conter o grito de prazer que escapou de minha boca. Sem dar qualquer tipo de aviso, Jacob havia penetrado-me com um dedo.

Sua outra mão, a qual segurava-me pela cintura, depositou-se em minha nuca, puxando meus cabelos e, consequentemente, fazendo minha cabeça pender para trás. Fechei os olhos, aproveitando o momento.

Sua boca voltou a beijar-me no pescoço, ocasionando leves e gostosos arrepios em todo o meu corpo, enquanto sua mão hábil estimulava intensamente mais para baixo.

Mordia o lábio para não proferir sons muito altos, apesar de estar encontrando certa dificuldade em executar tal atitude. Mais do que depressa, corri meus dedos pelas costas de Jacob, puxando sua camiseta branca, a fim de retirá-la do caminho.

A porta da salinha onde estávamos, porém, começou a ser esmurrada, fazendo com que ambos estagnassem assustados.

- Ness? – ouvi a voz da minha prima do lado de fora. – Sam acabou de voltar de viajem. É melhor vocês saírem depressa! – sussurrou nervosa.

Lancei ao Jacob um olhar assustado. Ele parecia estar sentindo o mesmo que eu, contudo, encarou-me com uma expressão serena assim que viu meu olhar aterrorizado e beijou-me docemente.

- Vá, amor. – acenou a parta com a cabeça.

Sorri, dando-lhe outro beijo antes de sair daquele cubículo e encontrar minha prima impaciente ali fora.

Ela deixou sua expressão de angustia murchar, dando lugar a uma de divertimento.

- Uau! – exclamou, analisando-me dos pés a cabeça. – Passou um furacão ali dentou, foi? – gargalhou maliciosa.

Rolei os olhos.

- O mesmo que deve passar quando você se tranca ai com Quil. – respondi-lhe, passando as mãos em meus cabelos embaraçados.

Rimos cúmplices.

- Venha! – puxou-me pela mão apressada, como se de repente se lembrasse de algo. – Sam está na sala conversando com seu pai, é possível vir para cá se der por sua falta.

Entramos pelos fundos tomando o devido cuidado para não despertar a atenção de ninguém. A cozinha, para nosso imenso alívio, estava vazia, o que nos possibilitou ter acesso às escadas mais facilmente, sem precisar passar pela sala, onde já se tornavam audíveis as vozes de meu pai e de Sam.

Assim que Claire fechou a porta de meu quarto, suspirei feliz, jogando-me em minha enorme cama. Minha prima sorriu, sentando-se próxima a mim.

- Vocês deveriam fazer menos barulho, sabia? – aconselhou segurando, com aparente dificuldade, o riso. Agora que estávamos seguras dentro do quarto, ela parecia mais relaxada.  

Ergui-lhe a sobrancelha e abri a boca para lhe responder.

- Eu sei, eu sei. – ergueu as mãos, interrompendo o que eu começava a fizer. – Eu e Quil fazemos barulhos também. – rolou os olhos. Assenti rindo. – Contudo, devo lhe advertir então que vocês pareciam estar destruindo todas as garrafas de vinho do seu pai lá dentro. – dessa vez ela não foi capaz de segurar o riso.

Dei-lhe a língua, rindo também.

Eu sentia-me feliz, como nunca me senti antes. Estava arriscando-me, com absoluta certeza. Contudo, aquilo deixava tudo ainda mais excitante. Estava vivendo meu sonho de fadas particular, meu amor proibido! E nesse exato momento, não importava-me quanto tempo iria durar, apenas queria aproveitá-lo ao máximo. 

- Nessie? – a voz da minha mãe irrompeu no cômodo, despertando nossa atenção.

Estava prestes a responder a ela, quando Claire colocou sua mão em minha boca, impedindo-me de proferir qualquer som. Lancei a mesma um olhar questionador. Ela rolou os olhos como se aquilo tudo fosse demasiadamente obvio para eu não ter compreendido.

- Olhe seu estado, prima. – sussurrou. – Quer mesmo que sua mãe lhe veja assim?

Encarei minhas vestes e fui obrigada a concordar com Claire. Eu estava completamente desarrumada, como se tivesse acabado de andar a cavalo em um dia de muita ventania.

- Renesmee? – minha mãe chamou mais impaciente do que antes. Agora sua voz estava demasiadamente próxima.

- O que vou fazer? – sussurrei nervosa para Claire, pulando do colchão e me ponto em pé.

- Banheiro! – apontou para a porta que dava acesso ao cômodo mencionado.

Dei uma risada nervosa devido a minha estupidez por não ter pensando naquilo mais rapidamente. Jacob realmente mexe com minha capacidade de raciocinar. Encaminhei-me o mais rápido possível ao meu banheiro particular, enquanto ouvia minha prima gritar em resposta para minha mãe que nos encontrávamos no quarto.

Arregalei meus olhos, devido ao susto, ao fitar meu estado deplorável pelo reflexo do espelho assim que fechei a porta atrás de mim. No outro cômodo fui capaz de distinguir as vozes suaves de Claire e minha mãe, conversando tranquilamente.

Ignorei-as e passei a trabalhar na minha aparecia. Jacob definitivamente tinha a incrível habilidade em deixar meus cabelos bagunçados. Levei um tempo considerável a fim de retirar alguns nós e refazer meu penteado habitual.

Enquanto matinha-me ocupada em deixar-me, no mínimo, apresentável, a lembrança de uma tarde da semana passada rodeou minha mente, fazendo com que um pequeno sorriso se mantivesse estagnado em minha face.

FLASH BACK

- Tem certeza que ninguém vai dar por nossa falta? – indaguei preocupada para Claire, enquanto guiávamos nossos cavalos para longe da minha casa.

- Não se preocupe Ness. – ela indagou convicta, sem tirar os olhos do caminho. – Quil assegurou-me que Sam estará fora de casa a serviços de seu pai até amanhã de manhã, por isso, não termos problemas algum. – lançou-me um sorriso tranqüilizante.

- Está certo. – assenti me sentindo um pouco melhor com aquela informação. – Mas, Clai, não darão falta do Quil? – indaguei de repente, voltando a preocupar-me.

Se meu pai estava sem Sam, obviamente iria precisar de alguém para substituí-lo É claro que há muitos empregados na casa, contudo, já ouvira meu pai afirmar diversas vezes que Sam e Quil eram os melhores serviçais que já tivera.

- Titio deu-lhe o dia de folga. Acredito que hoje não há necessidade de muito serviço. – deu de ombros.  

Suspirei permitindo-me aproveitar o momento. Havíamos pedido permissão para passar a tarde fora, a fim de apreciar o lindo dia de sol que fazia hoje. Ninguém se opôs a tal pedido, uma vez que segundo minha mãe e minhas tias, eu necessitava de um tempo relaxante antes da “grande” data.

Segundo minha prima, encontraram o lugar perfeito para que pudéssemos desfrutar da tarde sem nos preocupar com possíveis interrupções. Eu apenas a seguia, sentindo prazer em sentir o vento fresco bater em meu rosto, esvoaçando de leve meus cabelos.

Após alguns minutos, avistei dois homens sentados abaixo de uma grande arvore, aproveitando a sombra a qual esta fazia. O movimento dos cavalos despertou a atenção dos dois, os quais conversavam animadamente antes de voltarem seus olhos para nós.

Meus olhos estavam agora presos no homem mais lindo entre os dois, em minha opinião obviamente. Jacob abriu um lindo sorriso, cheio de dentes brancos. Fora impossível não sorrir de volta. Não desviamos nossos olhares enquanto aproximava-me o mais rápido que meu cavalo permitia.

- Demoraram! – Quil observou, assim que chegamos próximo o suficiente para desmontarmos.

- É verdade, perdoem-nos. – suspirei amarrando meu cavalo branco em uma arvore próximo a um lago, onde o mesmo poderia desfrutar da água fresca. – Não conseguimos nos livrar da minha mãe tão rápido quanto o esperado.

- Tivemos que ficar um pouco mais. Minha tia queria que Nessie escolhesse uns enfeites para o casamento e... – sua voz morreu assim que lhe lancei um olhar de advertência.

Jacob baixou seus olhos de imediato, mexendo-se desconfortavelmente. Minha prima fitou-me como quem pede desculpas e Quil permaneceu calado, possivelmente sem ter ideia do que fazer para amenizar o clima que se instalou. 

- É, hum... – procurei desesperada por algum tópico que pudesse desfazer aquele semblante triste da face de Jacob. – Uau! Esse lugar é simplesmente perfeito! – comentei analisando o ambiente. Além de ser imensamente lindo, era praticamente impossível de sermos flagrados aqui, uma vez que não havia o mais remoto movimento. – Quem o encontrou?

- Eu. – Jacob respondeu. Em sua voz ainda havia um quê de tristeza. – Costumava passar as tardes aqui com Billy antes de ele deixar-nos, e quando Claire sugeriu que deveríamos nos encontrar para fazer um piquenique, o local simplesmente surgiu em minha mente.

- Bom, é simplesmente perfeito! – repeti, sentando-me ao seu lado e lhe lançando um sorriso animado. Ele sorriu de volta, parecendo enfim deixar de lado aquele assunto desconcertante.

Passamos uma tarde simplesmente maravilhosa naquele lugar. Quil havia se encarregado de furtar algumas das especialidades de Sue para o nosso pequeno piquenique. E assim comíamos, conversávamos, gargalhávamos e, é claro, namorávamos como se não houvesse nada com o que se preocupar no mundo.

Agora estávamos os quatro deitados na grama verde, analisando as nuvens a cima de nós. Suspirei aconchegando-me no peito másculo de Jacob e sendo envolvida por seu braço.

Claire e Quil agora se mantinham ocupados se beijando, e eu aproveitei para fazer o mesmo com o homem moreno que me abraçava. Eu estava vivendo um sonho. Sentia-me a pessoa mais feliz do mundo, e não me surpreenderia se fosse de fato.

Antes de partirmos, Jacob pareceu não ser capaz de se controlar e indagou para Quil:

- O que é esse símbolo em seu braço?

Eu havia reparado certa curiosidade por parte de Jacob naquela estranhíssima tatuagem que Quil tinha no braço direito. Peguei-o em inúmeros momentos da tarde observando-a com uma pequena ruga na testa.

Quil pareceu surpreso com tal questionamento e encarou o símbolo por um momento. Era um circulo preto, o qual não estava completamente fechado. Dentro do mesmo havia uma letra desenhada de forma estranha, parecia-me um “R”.

- Oh, isso? – abaixou-se para pegar seu casaco que jazia na grama. – É um símbolo da família para a qual eu trabalhei desde moleque. – explicou, encarando Jacob. – Todos os empregados do Duque a fazem quando completam quinze anos. É quase uma tradição.

Claire encarou-o admirada.

- Você trabalhava para um duque?

- Sim. – assentiu sorrindo para a amada. – Duque Charlie Russeau. – completou vestindo seu casaco e escondendo a tatuagem de nossos olhos.

Jacob permaneceu fitando o local do seu braço, agora coberto pelo tecido, com uma ruga na testa. 

FIM DO FLASH BACK

Não consegui questiona-lo sobre o seu interesse naquele símbolo, e nem o motivo de ter ficado tão pensativo depois da pequena explicação de Quil. Havia esquecido-me completamente daquele detalhe. Certamente o interrogaria sobre o assunto na próxima oportunidade que tivesse.

- Prima? – Claire bateu na porta do banheiro, trazendo-me de volta ao presente. – Está viva? – brincou.

Ri baixinho, dando-me uma ultima olhada no espelho antes de rumar para fora do cômodo.

- Então? Como estou? – questionei esperando uma opinião por parte dela.

- Como se estivesse ficado o dia todo no quarto sem fazer nada. – aprovou sorrindo. – Por que tanta demora? Por Deus, o que vocês dois fizeram afinal? – ergueu as duas sobrancelhas, sorrindo debochada.

- O de sempre. – dei de ombros encaminhando-me para minha cama e ouvindo-a rir atrás de mim. – O que minha mãe queria?

- Quer que nós desçamos para ajudá-la.

- Ajuda-lo com o quê? – bufei já pressentindo a resposta.

- Nos preparativos do casamento. No que mais seria? – Claire puxou-me pela mão para que me postasse de pé. – Acredito ser melhor irmos. Ela deve estar ficando irritada com a demora.

Suspirei pesadamente e segui minha prima para fora do quarto. Afim, que outra escolha eu tinha?

Ao chegar à sala, deparei-me com diversas pessoas.

Meu pai, Sam e Quil conversam em um canto do cômodo, provavelmente sobre negócios ou trabalhos monótonos. Claire e Quil trocaram um olhar rápido, contudo, significativo.

Eu tinha certa inveja deles, para falar a verdade. Tinham tempo indefinido para apreciarem a companhia e o amor um do outro. Meu tempo e de Jacob, por outro lado, estava indiscutivelmente esgotando-se.

Na mesa de jantar encontrava-se Bella, Alice, Rosalie e Susan Young. Todas empenhadas nos mais diversos preparativos para uma cerimônia supostamente perfeita.

- Filha! – Bella exclamou assim que deu-se por conta da minha presença no recinto. – Não a vejo desde o almoço, por onde esteve meu amor? – fez sinal para que eu me juntasse as mulheres.

- Ora mamãe, - senti o olhar suspeito de Sam em mim conforme me aproximava da mesa onde elas se encontravam. – Estava no quarto com Claire esse tempo todo, não é? – procurei socorro com a minha prima.

- Claro. Nem vimos o tempo passar enquanto conversávamos lá em cima. – confirmou minha mentira convicta.

- Não sei da onde tiram tanto assunto. – Susan comentou sem tirar os olhos dos papeis em suas mãos.

- Deixem-nas! – Alice interveio a nosso favor. – E além do mais, mulheres sempre tem de onde tirar assunto, até parece que não tem consciência disso. 

Todos riram inclusive meu pai que ouvira o comentário de sua irmã.

Lancei um olhar rápido a Sam, que ainda observava-me. Sentei-me a mesa de costas a ele, a fim de ignorar seu irritante olhar inquisitivo.

Permaneci ali, em horas intermináveis, participando da conversa apenas quando era pedida minha opinião. O que me confortava era que eu podia perder-me em pensamentos particulares. Pensamentos que me trazia felicidade, mesmo que esta seja momentânea e surreal. Confortava-me também o fato de que esse pensamento, nem ao menos Sam podia intervir. 

Durante o jantar, horas depois, percebi pequenas trocas de olhares entre Claire e Quil. Obviamente, não os observei demasiadamente, já que se o fizesse, chamaria atenção desnecessária para ambos. Um movimento rápido e discreto atiçou minha curiosidade no momento em que Claire passou pelo empregado a fim de levar seu prato para a cozinha.

Quil deixara cair um pedaço de papel na mão de minha prima. Não teria percebido aquele ato se não estivesse observando-os naquele breve instante. Ninguém mais deu-se conta do que se sucedeu.

Não contive minha enorme vontade de saber sobre o que se tratava, porque tinha quase certeza que teria a ver comigo, uma vez que Quil olhou sugestivamente em minha direção após entregar o possível recado para Claire.

- Filha? – Susan chamou minha prima de repente.

Ela surgiu da cozinha com uma expressão indecifrável.

- Sim? – perguntou indiferente a meu olhar calculista.

- Arrume suas coisas, meu amor. Acredito ser melhor irmos para casa, seu pai irá voltar de viajem hoje ainda. – minha tia indagou após beber um pequeno gole de vinho.

Claire havia passado alguns dias aqui em casa. É claro que a maior razão dessa pequena estadia se denominava Quil Antera, entrementes a desculpa usada era que eu necessitava de uma companhia antes do tal grande dia.

- Tudo bem! – Claire assentiu, voltando seus olhos para mim. – Ajuda-me, Ness?

- Claro! – levantei prontamente, sentindo que ela não queria que eu a acompanhasse apenas para ajudá-la a arrumar suas roupas.

Subimos as escadas silenciosamente, deixando para trás as reclamações de minha mãe para que sua irmã deixasse Claire aqui em casa por mais uns dias.

- Diga! – fui direita, assim que entramos em meu quarto e fechamos cuidadosamente a porta.

- Jacob quer lhe ver hoje à noite. – informou-me imediatamente.

- Não posso dopar Sam novamente. Estou fazendo isso muitas vezes, ele irá suspeitar se eu ou você aparecer na cozinha novamente. – mordi o lábio, tentando ter outra ideia para despistar o empregado rabugento de meu pai.

- Concordo. – Claire assentiu procurando por suas roupas conforme falava. – Por isso ele pediu ajuda a Quil para entrar aqui, no seu quarto.

Arregalei meus olhos assim que minha prima proferiu aquelas palavras.

- C-Como? – gaguejei insegura. – Sam pode ver, é arriscado demais.

Claire ergueu os olhos, parando instantaneamente o que estava a fazer.

- Por que está tão nervosa? – franziu o cenho. – É tão arriscado quanto tudo mais o que estávamos fazendo.

Suspirei. Aquilo era a mais pura verdade.

- Tem razão. – sentei-me em minha cama. – É só que Sam está cada vez mais desconfiado e bem, não terei você aqui hoje para me apoiar. – sorri tristemente.

Claire riu baixinho, sentando-se ao meu lado.

- Deveria estar feliz com esse fato, prima. – Encarei-a sem compreender, e ela rolou os olhos. – Terão mais privacidade. – piscou deixando um sorriso maroto brotar em seu rosto.

Ri sentindo meu coração acelerar ligeiramente no peito. Não havia pensando nesse detalhe. Estaria completamente sozinha, com Jacob, em meu quarto. Definitivamente, aquela não era uma ideia tão ruim assim.

(...)

Lancei um olhar furtivo ao relógio em minha cômoda.

01h45min.

Bufei e retomei minha caminhada impaciente pelo meu quarto. Evidentemente todos já deveriam estar adormecidos. Desejava internamente que isso se aplicasse a Sam também.

Tudo bem que Claire havia me dito antes de partir fora que Quil iria se certificar dessa vez se era seguro Jacob entrar na casa, uma vez que o seu quarto era o lado do Uley. Contudo, por que diabos estão demorando tanto? Será que aconteceu algo? Sam pode ter suspeitado das intenções de Quil... Ele pode ter visto quando o empregado deixou cair o papel na mão de Claire. Ele pode...

Três batidas leves na madeira maciça da porta fizeram meu coração disparar involuntariamente no peito. Mordi o lábio enquanto apressava-me para abri-la. Espiei por uma pequena fresta, apenas para averiguar se era de fato quem eu esperava.

E ali estava ele. Com uma capa preta e um capuz, escondendo-o ligeiramente. Mesmo assim e somando com o fato do corredor estar demasiadamente escuro, eu era capaz de destingir o lindo sorriso que surgiu em sua face – ocupando o lugar de um semblante nervoso – assim que nossos olhos se encontraram.

Mais do que depressa abri a porta deixando-o adentrar no cômodo.

- Obrigado, cara. – agradeceu, antes de se mover para dentro, o pequeno vulto próximo ao pé da escada.

Quil assentiu e eu lhe lancei um sorriso de gratidão. Fechei a porta, trancando-a logo em seguida. Virei-me, então, para a razão a qual meu coração não tinha um misero segundo de sossego.

Jacob ainda vestia a capa, contudo, agora não estava mais de capuz, sendo possível apreciar cada detalhe de seu rosto perfeito.

- Por que razão demorou tanto? – questionei, puxando-o pela mão para sentar-mos a cama.

Era a primeira vez que ele entrava em meu quarto, e antes de responder-me, continuou analisando o ambiente com curiosidade.

- Aquele verme do Uley não pregava os olhos de maneira alguma. – suspirou, lançando-me um olhar irritado. – Tivemos que ter certeza que ele estava mesmo adormecido antes de eu poder entrar.

Assenti uma vez. Jacob sorriu aproximando-se lentamente. Uma de suas mãos começou a afanar minha face.

- Você é tão linda! – comentou com um sorriso. Este parecia-me estranhamente triste.

Senti minhas bochechas esquentarem, desviando meu olhar para minhas mãos, as quais estavam pousadas em minhas pernas. Apreciava o fato de ele elogiar-me desse modo, algo o qual fazia com freqüência. Contudo, era impossível não sentir-me tímida diante dessas palavras.

Fechei os olhos então quando senti seus lábios quentes encostarem-se a minha face.

- E eu a amo tanto, tanto! – sussurrou contra minha pele, causando-me cócegas.

Meu coração já estava batendo demasiadamente rápido, após aquelas palavras serem proferidas, ele aumentou surpreendentemente o ritmo. Contudo, eu conhecia Jacob bem demais para perceber certa diferença no tom da sua voz.

Ele estava tenso e um tanto mais triste que o normal.

- Eu também lhe amo, meu amor! – pousei minhas mãos, uma de cada lado de sua face, encarando aquelas grandes órbitas negras.

Sim, ele estava triste, isso era notável, apesar do sorriso singelo que me lançou. Dei-lhe um beijo rápido.

- O que houve, Jake?

Ele suspirou, desviando o olhar do meu e fitando a colcha da minha cama.

- Você sabe o que houve, Ness. – assisti, angustiada, seus olhos se enxerem de água. – Você irá se casar em uma semana. Será de outro para sempre e eu não posso fazer nada a respeito. – sua voz tremeu.

Uma grossa lágrima escorreu em sua face, e como se fosse por reflexo, meus olhos ficaram imediatamente marejados.

- Oh, meu amor! – abracei-o com toda a força que pude reunir. – Eu sei. Eu queria tanto fazer algo a respeito e mudar essa maldita realidade. – falei sincera.

Jacob afastou-se ligeiramente, a fim de me encarar. Ele mordia o lábio inferior, pensativo. Seu olhar era diferente, eu podia sentir. Parecia estar em um confronto interno, refletindo se deveria ou não proferir seus devaneios.

- Há um modo. – falou por fim, após alguns segundos analisando-me com cuidado.

- Qual? – questionei surpresa.

Um pequeno silêncio, e então:

- Foge comigo, Ness.


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Notas finais do capítulo

CINCO MESES SEM POSTAR :O
Nossa galera, desculpa MEEESMO!
Mas bom, vocês sabem o motivo, não foi por vontade própria.
Eu espero que me entendam, pelo menos as leitoras que sobraram né, minhas fieis e lindas leitoras =)

Fiz o cap com todo amor e carinho!
Não vou dizer que vou postar em breve, porque não sei mesmo quando vou ter tempo e inspiração, MAS PROMETO QUE VOU TENTAR SER O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL.
Fiz o cap todo hoje, e como já estou a muito tempo sem postar aqui, decido que vocês mereciam ele logo :)
Só espero ter ficado a altura das expectativas de vocês!

Muito obrigada quem não abandonou.
Reviews, criticas, opiniões, recomendações, são sempre bem-vindas.
Perdão se houver erros de gramatica, estou sem beta : mas tentei corrigir tudo!


Comeeeentem!

UM BEIJO LINDAS!