Entre Nós escrita por unalternagi


Capítulo 4
Temos que falar sobre Riley: mérito em esperar


Notas iniciais do capítulo

Oiii

Não tem muita novidade nesse capítulo, é mais para sabermos o que está rolando agora e nos preparamos para o julgamento que é o próximo capítulo e eu vou postar aqui mesmo nessa fanfic...

Espero que gostem!

Boa leitura



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Temos que falar sobre Riley: mérito em esperar

Laurent bufou alto quando o celular tocou pela enésima vez no curto período de tempo em que ele se mantinha concentrado no tratamento das fotos que ele havia tirado no começo da semana. Permitiu-se ignorar o celular já que sabia que, se fosse algo sério com Riley, Victoria estaria disponível e ele estava realmente concentrado em terminar aquelas edições que ele teria que entregar logo.

Sequer se importou em olhar o visor de seu telefone quando se rendeu ao toque repetitivo.

—Laurent Cullen – disse distraído.

Lau, por fim— escutou a voz ansiosa do outro lado da linha e, instantaneamente, de nada mais o interessava o trabalho que fazia.

—Edward? É você? Meu Deus, como você está? Onde a Bella está? Ela está bem? Riley sente tanto a falta de vocês – falou rapidamente em uma enxurrada de palavras que rodou um pouco na mente de Edward, que mantinha-se ansioso com o que teria que dizer ao irmão.

Estamos bem, irmão, com isso você não se preocupe, mas preciso que preste bastante atenção no que vou lhe dizer a partir de agora— o médico pediu seriamente e, como para reforçar que ele daria toda a atenção que tinha, Laurent fechou o notebook que estava em sua frente.

—Fale comigo – o irmão caçula pediu.

Laurent, eu e Bella estamos em uma cidadezinha nos Estados Unidos, o nome é Forks. Não há aeroporto aqui, então preciso que procure voos diretos para a cidade vizinha, o quanto antes, o nome da cidade na qual vocês vão pousar é Seattle— Edward disse, ainda sério – Tentei ligar para o papai, mas a secretária falou que ele está em consulta e eu preciso disso com urgência.

—Passagem para quem? – o fotógrafo indagou, curioso.

Riley— Edward suspirou – E se alguém o puder acompanhar, eu agradeço, ele nunca viajou sozinho— o pai disse preocupado – Bem, mesmo que todos estejam ocupados, já tenho uma sugestão de quem pode acompanhar Riley, e esse alguém é Marcus, o advogado de papai.

—Advogado? – Laurent perguntou amedrontado.

Uma coisa por vez. Encontre os voos sim? Vi que pela Virgin tem um bom que saíra daí amanhã à tarde. Preciso que imprima a carta que eu e Bella escrevemos de próprio punho para a escola de Riley e entregue lá amanhã, vamos ganhar uns dias de folga justificada para ele... Então, assim que possível, peça para o papai entrar em contato comigo, Lau, o quanto antes você realmente puder — Edward dizia e Laurent começou a escrever em seu Planner tudo o que tinha que fazer.

—Está certo, eu posso fazer isso – Laurent concordou rapidamente.

Desculpe, Lau, eu sequer lhe perguntei se você tem trabalhos para entregar.

—Bem, não se preocupe com isso. Estou finalizando algumas edições, vou entregar amanhã pela manhã e eu mesmo acompanharei Riley e, claro, se necessário levarei Marcus comigo.

É necessário, Laurent — Edward falou rapidamente.

—Certo, claro – o irmão mordia o lábio inferior nervosamente.

Em que sua cunhada estava metida?

E, ahn, Lau, tente não comentar com pessoas de fora sobre isso, pelo menos não por enquanto. Nós vamos tentar nos proteger o máximo que pudermos, mas se a bosta atingir o ventilador, não iremos querer grande atenção em nós— o médico falou misteriosamente.

—Edward, o que está acontecendo?

Eu vou lhes contar, tudo, mas tem que ser pessoalmente— um suspiro e Laurent escutou Bella ao fundo.

Conseguiu falar com ele?

—Ed, é a Bella? Deixe-me falar com ela, por favor – Laurent pediu ansioso.

Adorava a cunhada, era como uma segunda irmã para ele e estava com tantas saudades. Escutou Edward avisando a ela que Laurent queria conversar com ela e a voz trêmula atendeu o telefone cordialmente.

—Bella! – ele disse aliviado – Nunca mais nos assuste assim, está bem? É uma parte importante dessa família e não são apenas seus dois homens que sentem sua falta. Eu, Vic e papai também ficamos preocupados – ele disse carinhosamente.

A cunhada, do outro lado da linha, se emocionou. Não estava acostumada em ser querida e, com o constante contato com a sua vida de antes, ela se lembrou como era sozinha no mundo, mas a mão de Edward constantemente na sua a aquecia o coração e, agora, ouvindo a preocupação na voz de Laurent que, ainda não conhecia a história, mas mesmo assim a amava puramente por amar... Foi importante para a mulher, ela gostou de sentir aquilo, de se dar a certeza de que ela tinha uma família que a amava.

Tenho sentido saudades de todos vocês também, Lau. Você vem? Com Riley, eu quero dizer...— ela pediu ansiosa.

—Não os deixaria sozinhos, Bella, mesmo sem entender bem no que – ele falou certo.

Obrigada, Lau, isso significa muito para mim— ela falou chorosa, então Edward pegou o telefone de volta.

Temos que desligar, irmão — ele avisou – Mas, ainda assim, manteremos meu celular ligado. Quando obtiver respostas, me dê, sim? Estou ansioso para ouvir de você ainda hoje.

—Eu te ligo o quanto antes – Laurent prometeu.

Laurent passou o resto da manhã atrás das passagens e seguiu o que Edward pediu, avisou a secretária de Carlisle que necessitava falar com ele e, então, ligou para Victoria, porque eram gêmeos e dividiam tudo entre si. Juraram que quem tivesse notícias de Edward primeiro ligaria para o outro.

—Vic? – ele chamou assim que ouviu o telefone ser atendido.

Ugh, era você quem estava me ligando cedo esta manhã, doente? — a mulher atendeu recém-acordada.

—Não, Vic, devia ser Edward.

O que?

Eles então conversaram. Laurent contou sobre a estranha ligação do irmão e Victoria se mostrou preocupada e realmente culpada por não ter atendido o irmão mais cedo, mas o gêmeo a garantiu que o casal parecia bem e falou onde eles estavam.

Forks? Nunca ouvi falar— a mulher falou seriamente.

—Ele disse que é pequena e, pelo que eu pesquisei, realmente o é. De qualquer jeito, estou indo para lá com Riley amanhã mesmo, estou apenas esperando papai me retornar para que consigamos entrar em contato com Marcus – o irmão dividiu.

Victoria não precisou pensar naquilo, avisou que também queria passagem para ir com eles e desligou o telefone, apressada, prometendo que cuidaria de buscar Riley na escola e pediria licença de dias em a ver que ela tinha na companhia de ballet. Já que ela estava apenas treinando, sabia que não teria grandes problemas em conseguir.

Carlisle ligou para Laurent pouco depois do horário de almoço e convidou o filho para ir o encontrar em um restaurante perto do hospital para que pudessem conversar direito.

Novamente, Laurent se viu contando tudo o que conversara com o irmão naquela manhã, dessa vez para o pai. Carlisle rapidamente ligou para Edward sob o olhar sério de seu filho mais novo, Edward conversou com o pai, falou sobre Marcus e como ele seria apoio para um advogado já contratado e, com a promessa de resolver as coisas o mais rápido que poderia, Carlisle desligou o telefone.

Carlisle pagou a conta e Laurent o seguiu para fora do restaurante em passos rápidos. Juntos, pai e filho seguiram para o escritório do antigo amigo de Carlisle, Marcus Hughes.

—Uma viagem assim, de repente, temo que não vou poder fazer isso, amigo Carlisle – o advogado disse pesarosamente.

—Marcus, não o estaria pedindo se não fosse com extrema necessidade e urgência, entenda, é sobre meu filho e minha nora, eu preciso de excelência, meu neto parece estar no fogo cruzado, é um caso muito interessante – Carlisle falou, mesmo sem ter certeza de que o fato o era – Lhe pago honorários dobrados se assim quiser.

—Carlisle, não é que eu não queira, apenas realmente não posso – Marcus disse pesaroso, então parou um pouco pensando e sorriu – Bem, eu não, mas... Aguarde – pediu tirando o telefone do gancho e discou alguns números, aguardando a resposta.

Carlisle e Laurent ficaram presos nele por um tempo, esperando o que viria a seguir. O que veio foi uma mulher muito bem apessoada com não mais do que quarenta anos em um terninho e saia de cores sóbrias e o cabelo preso sem um fio fora do lugar.

—Sou Margaret White – a mulher se apresentou.

—Carlisle, Margaret é a melhor que tenho em meu time e, eu estou disposto a cuidar dos casos que estão em andamento nas mãos dela para que ela possa se dedicar a sua família – Marcus falou e Carlisle sorriu, agradecido ao amigo.

Daquela forma, tudo estava certo. Margaret possuía passaporte e tudo estava pronto para que eles partissem.

Carlisle e Victoria foram enfáticos ao dizer que iriam com Laurent e Riley. Carlisle passou o resto do dia passando urgências para colegas enquanto Laurent e Victoria cuidavam dos últimos detalhes da viagem urgente que fariam.

Riley ficou apenas feliz e ansioso demais ao saber que estava indo encontrar os pais. Não quis saber muito mais que aquilo.

Então, mais tarde naquela mesma noite, Carlisle passou em casa para fazer sua mala.

—Não seja ridículo, para onde está indo? – Esme indagou raivosa, prevendo que o marido a deixaria.

—Edward precisa de mim – Carlisle falou simplesmente, guardando roupas de frio na mala pequena.

—Claro que sim – ela bufou – O que o infeliz fez agora?

Carlisle parou e se virou, desequilibrado como nunca antes. Ele estava preocupado com os casos que passou para outros médicos, ansioso para que tudo desse certo com seus pacientes, agoniado com Isabella e Edward, ainda mais cismado com Riley e em que condições ele encontraria os pais e por que Edward demandaria a presença imediata de Riley em outro continente, ainda mais acompanhado de um advogado. Haviam coisas demais acontecendo para Carlisle ainda ter paciência para lidar com a frieza da esposa.

—Escute bem o que lhe direi Esme, porque lhe falarei apenas uma vez – Carlisle articulou com a voz contida, já que era contra sua natureza gritar, como tinha anseio – Edward é meu filho, e o meu filho precisa de mim agora. Ele se tornou um homem admirável, apenas tão bom quanto eu sempre soube que ele o era. Sua esposa precisou dele e Edward deixou tudo para trás porque ele ama com todo seu coração, a todas as pessoas. Edward é amor ambulante, proteção, carinho. Ele é um homem magnífico, mesmo depois de todos os golpes que a vida lhe deu, ainda em uma idade tão jovem, pois, se pensa que qualquer criança de seis anos de idade seria corajosa o bastante para sair gritando de casa para salvar a mãe, sinto lhe informar que não, querida, não o são. Um garoto com o passado dele, enfrentar a adolescência sem procurar escapes, sem realmente ser um problema, mesmo depois de seu pai biológico se suicidar e sua mãe desistir dele na primeira oportunidade que teve... Não é ordinário e é isso o que meu filho é: extraordinário – o médico falou com o orgulho escorrendo por cada palavra – Agora, querida, entenda, eu a amo mais do que achei ser possível amar outra pessoa, por isso tenho lhe protegido e cuidado de você por todo esse tempo, mas quatro pessoas ultrapassam tudo o que sinto por você, essas pessoas são os meus filhos e neto. Então, você pode ir tratar qualquer coisa que tenha contra o meu filho mais velho através dos melhores profissionais que existirem, eu pago o tratamento, ou então escolher continuar odiando Edward o quanto quiser, mas saiba que se a última sugestão for a sua escolha, peço que contrate um advogado porque pretendo pedir o divórcio o quanto antes – ele falou friamente, então se virou para terminar de arrumar suas coisas.

Esme encarava o marido, perplexa, nunca viu Carlisle daquela forma.

—É a sua decisão? – ela perguntou séria.

Carlisle fechou sua mala já arrumada e se levantou encarando a esposa. Separou a roupa que usaria para dormir e a que vestiria amanhã para ir ao aeroporto.

—É a minha decisão, querida – ele falou baixo – Amanhã eu vou viajar para ir dar o apoio que o meu filho precisa. Quando eu voltar, espero que tenha decidido o nosso futuro. Ele está em suas mãos – disse acabando com o assunto pela noite.

E então o dia seguinte para todos foi intenso.

Riley dormiu mal e Victoria estava cansada por aquilo, já que foi acordada mais que uma vez pelo sobrinho, enquanto Laurent tratava de terminar seu serviço. Logo depois do almoço, Laurent, Victoria, Riley, Carlisle e Margaret seguiram para o Aeroporto Internacional de Londres.

O avião partiu às quatro horas da tarde no horário local e, depois de nove horas no ar, pousou em Seattle às seis horas da tarde, no horário de Seattle – que correspondia à uma hora da manhã, no horário de Londres.

Apesar de exaustos, Laurent aproveitou que tinha dormido no avião e alugou um carro grande e espaçoso para fazerem uma viagem confortável para Forks. Com o GPS colocado ali, com o endereço da casa do chefe Swan, eles seguiram viagem.

—Tio, falta muito? – Riley perguntou quicando no banco de trás.

—Uma hora, querido – o avô respondeu vendo no GPS que Laurent seguia.

—E a mamãe e o papai estarão esperando-me? – ele perguntou para ter certeza.

—Eles estão ansiosos – Victoria garantiu.

Margaret estava lendo alguns documentos que Garrett a havia enviado por e-mail, um pouco surpresa demais, se fosse ser honesta, mas a ética da profissão garantiu que ela se mantivesse calada.

—Será que eles compraram algo para me dar? Será que é uma surpresa? – Riley perguntava sonhador.

Victoria o disse que a maior surpresa era eles estarem indo se encontrar com o casal e Riley concordou, ficando quieto vendo um filme que Victoria achou para ele em seu celular, esperando que pudesse cochilar pelo menos um pouco.

Riley ficou quieto pelo resto da viagem. Ninguém poderia negar que ele era um bom garoto.

Finalmente, depois do que pareceu duas vidas e meia, Bella escutou um carro estacionando no meio fio da casa do chefe Swan e ela e Edward trocaram um olhar ansioso antes de se apressarem para a porta.

Emmett e Charlie estavam na sala, conversando, e viram quando o casal passou apressado pelo hall de entrada, saindo da cozinha.

—Acho que eles chegaram – Charlie disse.

Os dois seguiram o casal a tempo de ver Bella e Edward se agachando no chão em uma sincronia perfeita com o garoto que pulava no meio dos dois. Então o casal fechou os braços ao redor da criança. Emmett sentiu sua garganta arranhar ao ver aquilo.

Uma irmã mais velha que, independente de tudo o que passou para conseguir se reencontrar com o irmão, o amava com tudo o que tinha, como uma verdadeira mãe. E um homem, um completo desconhecido que deu tudo o que tinha para dois desconhecidos. Emmett admirava muito o casal que abraçava a parte que faltava da história horrenda da vida de Rosalie Hale.

—Carlisle Cullen – o agente escutou o homem loiro se apresentar – Sou pai de Edward, sogro de Isabella e avô de Riley.

Os pais choravam abraçando Riley. Isabella estava morta de medo com a possibilidade de perder Riley e Edward não conseguia nem imaginar perder qualquer um dos dois, por isso os abraçou com mais força em seu abraço. Os três chorando pela mesma saudade.

—Eu senti a falta de vocês, pensei que não me queriam mais – a criança assumiu sentindo-se seguro como há semanas não se sentia.

—Filho – Bella falou com a voz estrangulada, então engoliu para tentar de novo – Bebê, a mamãe nunca vai desistir de você, me escutou? Eu nunca vou querer nada mais do que estar com você e cuidar de você e ter certeza de que você é a pessoa mais feliz da face da Terra, sim? Você acredita na mamãe? – Bella perguntou se separando para encarar o filho, percebendo quanta saudade aquela face lhe causou.

—Eu acredito na senhora, mamãe, por que a amo com todo meu coração – ele falou o que Bella sempre lhe dizia, fazendo a mulher voltar a chorar antes de abraçá-lo novamente.

—E eu? Eu não mereço nem um pedaço desse coração? – Edward perguntou altamente emocionado, mas tentando fazer piada.

—O senhor também, papai, vocês dois. São tudo para mim – a criança jurou.

Todas as apresentações foram feitas enquanto a família tinha seu momento, então eles se levantaram, ladeando Riley, e o apresentaram ao agente e chefe Swan, antes de cumprimentarem sua família e a nova advogada.

—Obrigada por estarem aqui – Bella falou sensível e seu sogro e cunhados sorriram, a garantindo que não era nada.

Ali, no jardim da casa de seu pai, Emmett chorou emocionado, porque ele se lembrava de tudo. Ele viu Marie machucada, a viu sendo deixada para trás, depois sumindo. Então ele a reencontrou amedrontada, e descobriu tudo o que ela passou sozinha por dois anos de sua vida, depois de todos os traumas de sua infância e agora, naquele momento, apesar de ser um momento delicado e tenso para a mulher, ainda assim, ela tinha algo que ele esperava que ela tivesse para sempre: uma família que a amava com tudo o que eles tinham.

—Vamos jantar? A mamãe fez... – Edward olhou ansioso para que Riley adivinhasse o que era.

Emmett viu o rosto do garoto se iluminar ao pensar no que poderia ser.

—Peixe com fritas? É isso, mamãe? Você fez meu favorito? – o garoto perguntava esperançoso.

—Que tal irmos descobrir? – ela falou animada e Riley começou a pular animado, correndo para a cozinha com Edward e Bella o ladeando.

Emmett conversou rapidamente com Margaret, apenas avisando que pela manhã eles teriam uma reunião na delegacia com o Dr. Denali. A janta foi bem aproveitada, ninguém se sentiu intruso ali, Bella e Edward irradiavam tanta animação quando o filho e, mais tarde naquela noite, depois de checar com o chefe Swan, a família dividiu a antiga cama de casal de Emmett enquanto o agente Swan levou a família de Edward e a advogada para uma pousada de um amigo de Charlie, já que a de Emmett já não tinha espaço.

—Volto amanhã para buscá-la, Dra. White – Emmett falou ao se despedir e ela concordou, saindo do carro.

.

Aquele foi, como eles se lembrariam, o último dia tranquilo no meio de toda a confusão que seguiu. Garrett e Margaret se entenderam muito bem e trabalhavam juntos para defender o interesse de Rosalie, Alice e dos Cullen contra os King. Alice ainda variava muito entre suas duas personalidades, tendo a terceira menos força a cada dia que passava. Isabella e Edward passavam com Riley em todos os lugares que precisavam, entre a delegacia e médico para coleta de DNA e, ainda, não tinham conversado corretamente com o garoto sobre aquilo, nem saberiam se seria realmente necessário.

Rosalie pediu para conhecer o garoto, dois dias depois de ele chegar na cidade.

Os Brandon se mantiveram cercando Alice o bastante para ela se sentir protegida, apesar de ainda titubear toda singular vez que via Rosalie.

Os Hale se forçavam nos lugares comuns, querendo trombar com qualquer uma das três mulheres, mas Emmett cercava Rosalie tanto quando Edward o fazia com Bella e Jasper com Alice, então nenhuma sorte eles tiveram com aquilo.

Charlie correu para que tudo fosse resolvido da melhor forma possível, mas os King não quiseram colaborar então o julgamento aconteceria, antes cedo que tarde.

E, mesmo depois de todos os esforços de Tia para abafar a história antes de fugir do controle, um grande jornal de Washington publicou tudo sobre o antigo caso que foi reaberto, envolvendo o filho, que tinha sido dado como morto, do deputado Royce Sacramento.

Como Edward previu, a bosta tinha atingido o ventilador e não demorou para o caso ser ligado ao desaparecimento de Alice Brandon e, antes que eles souberam, a história estava rodando em âmbito mundial.

—Eu tenho medo – Bella sussurrou uma noite, quando Riley adormeceu.

—Estou com você – Edward prometeu.

—Isso melhora as coisas – ela garantiu e o marido sorriu, beijando sua cabeça por cima de Riley.

Uma semana depois que Riley chegou a Forks, ele acordou no meio dos pais que lhe acariciavam o cabelo sussurrando para ele acordar. Ele sorriu se sentindo amado e, sem entender bem, vestiu um terno parecido com o do seu pai e seguiu os dois para o tribunal, depois da conversa estranha que eles tiveram na noite anterior.

—Como nasci do coração da senhora? - o garoto indagou curioso.

—Alguns filhos vêm da barriga da mãe, você não veio. Você veio do meu coração, porque te escolhi no mundo, assim como o papai também, mas isso não muda nada. Ainda fui eu quem troquei suas fraldas, e o papai quem cuidou das suas febres e nós dois que espantamos os monstros em seu quarto e aprendemos a fazer todos os seus pratos favoritos – Bella falou carinhosamente, deitada abraçando-o pelas costas.

—E nada vai mudar, amor, a sua mãe está certa – Edward quis reforçar aquela parte – Veja, amanhã, a gente vai precisar que você responda algumas perguntas, rápidas, então você vai sair com a titia e o titio para aquela praia que a mamãe falou, você se lembra? La Push?

—Sim, eu lembro – Riley sorriu animado – A mamãe disse que tinha amigos lá – o garoto sorriu.

—Isso, e podemos os conhecer algum outro dia – Bella disse.

—Parece bom para mim – Riley sorriu fechando os olhos.

Então, naquela manhã, Riley estava confiante que daria tudo certo dentro daquele local desconhecido para ele, o tribunal de justiça do condado de Clallam. Tudo daria certo porque ele voltaria logo para casa com a mamãe e o papai, e era só aquilo que ele queria.


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Notas finais do capítulo

A simplicidade da visão do Riley. Tudo o que ele quer é voltar para a casa com os pais dele... E então? Acham que vai acontecer? E com quem acha que ele tem que ficar: com a Rose ou Beward?

Estava pensando e, bom, acho que vou finalizar essa parte aqui, porque é onde conta realmente o que aconteceu. E vou usar cada segmento dos macho para adiantar um pouquinho na vida deles depois... Enfim, explico no próximo.

Espero que comentem, de verdade, quero saber o que esperam do julgamento.

Nos vemos jajá!!!