The Divorce escrita por Amanda


Capítulo 36
Capítulo trinta e cinco




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A realocação para a emergência não fora nenhum tipo de punição dada por Draco, e compreendeu isso no momento em que pisou no andar da emergência. Havia poucos médibruxos para muitos atendimentos, alguns não tão severos quanto outros, mais ainda assim, eram pacientes a serem tratados.

Não teve um segundo de descanso até o fim de seu expediente, quando um plantonista tomou seu lugar. Não que tivesse algo para reclamar, o trabalho constante e árduo ocupou sua cabeça de assuntos que, por ora, preferia esquecer. De modo que, durante todo o dia, conseguiu focar somente em assuntos necessários.

 

Quando voltou para o Largo, tarde da noite, sentia como se seus ombros pesassem toneladas e suas pernas não tivessem força para mantê-la de pé por muito mais tempo. Sequer tinha certeza de como chegara, mas tudo o que importava era o calor da casa que a recebeu assim que abriu a porta da frente.

Suspirou longamente.

Harry a recepcionou, ainda no corredor, enquanto pendurava a bolsa no gancho.

— Como você está? — Sua voz era suave, como se falasse com um animal assustado.

Não se deu ao trabalho de tentar colocar um sorriso no rosto, pela forma que Harry falava sabia que não conseguiria enganá-lo.

— Cansada. — Deu de ombros, mas não era verdade. Olhando para baixo, admitiu: — Exausta, para ser sincera!

Quando deu por si Harry estava a poucos centímetros e não hesitou em puxá-la para seu peito e envolve-la carinhosamente. Durante o abraço foi como se ele sustentasse seu corpo, o peso da culpa e das decisões que tinha de tomar. Quis chorar, mas engoliu a vontade e escondeu-a novamente sob o peito apertado.

Ao afastar-se conseguiu esboçar um breve sorriso.

— Obrigada.

— Suba e tome um banho, vou fazer o jantar enquanto isso. — Encorajou-a, ainda sem soltá-la completamente.

Não sabia o que acontecera mais cedo entre ela e Draco, mas claramente fora suficiente para afetá-la. Hermione parecia frágil, e a última coisa que queria fazer naquele momento era soltá-la, afastar-se custava maisdo que conseguia colcoar em palavras.

— Não se incomode, Harry. — Sua voz saiu baixa. — Não estou com fome.

Assentiu em compreensão.

— Subo em alguns minutos, então.

Aceitando a sugestão de Harry, subiu e encheu a banheira para só então, mergulhar o corpo cansado na água morna. Conforme seus músculos começavam a relaxar, podia sentir o desconforto em alguns pontos em suas costas, pescoço e principalmente entre as escápulas.

O trabalho fora exaustivo, sem dúvidas quanto a isso, mas não tinha certeza se toda aquela tensão muscular fora causada somente pelas horas em pé e atendimentos corridos. O aperto no peito já a acompanhava a algum tempo. Mas hoje, especialmente, parecia tudo tão mais intenso.

Claro, a conversa com Draco ainda passava em sua cabeça em flashes, lembrando-a tortuosamente daquilo que precisava fazer. A escolha que tinha de tomar.

 “Não está sendo justa consigo mesma!”

Sabia disso perfeitamente. Não estava sendo justa consigo e muito menos com Harry, pois independente da sua escolha ele devia saber. Até mesmo participar da decisão, estavam juntos, afinal de contas. Mas a única coisa que não queria era magoá-lo, não quando ele já passara por tanta coisa.

“... está tão cega, está com tanto medo de dizer a verdade que sequer percebe o que está perdendo”

Quando estava com Harry sua cabeça viajava para a decisão que tinha de tomar, não se concentrava nos momentos que tinham juntos, pensando constantemente na escolha que teria de tomar.

“Você não percebe, mas já tomou sua decisão.”

Quanto a isso Draco estava errado, definitivamente!

 

Saiu da banheira e enrolou-se no roupão felpudo quando a água começou a esfriar. O pijama esquecido sobre o banco ao lado de velas derretidas usadas em outrora.

Andou pelo quarto de Harry, o qual já estava mais do que acostumada. Os pés descalços contra o piso de madeira fria, mas não se importava com os arrepios que subiam por suas pernas. A sensação era quase uma distração.

Sentou na beira da cama no exato segundo em que Harry entrou.

— Como foi o banho?

— Ótimo!

Aproximou-se da cama e inclinou o corpo, juntando seus lábios num beijo lento e delicado.

— Quer conversar?

Negou com a cabeça e baixou o rosto, olhando fixamente para os punhos do roupão, o qual puxava os fios nervosamente.

 — Mione... — Tentou insistir, mas fora interrompido antes que concluísse a frase. 

— Esse sábado quero leva-lo em uma sorveteria trouxa. Eu ia com meus pais quando era pequena, acho que vai gostar! — Interrompeu-o, antes que perdesse a coragem. — O que me diz?

— Com você, vou para qualquer lugar. — Sentou-se ao lado de Hermione e passou um braço por seus ombros. — Mas, sobre hoje. Tem certeza que está tudo bem?

Negou novamente.

— Não, não está. — Virou-se para olhá-lo nos olhos. — Mas hoje só quero que você me abrace.

— Claro! — Assentiu.

Puxou-a em direção a seu peito, deitando-os em seguida. Sentia a fragilidade de Hermione, havia algo muito errado ali e precisava descobrir o que era, com urgência.

Apesar de querer sair correndo e interrogar Draco onde quer que ele estivesse, sabia que precisava estar ali. E por isso, acariciou-a nas costas por bons minutos, torcendo para que apenas aquele gesto fosse capaz de acalmá-la.

Somente quando sentiu-a relaxar em seus braços foi que permitiu-se pegou no sono.


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Notas finais do capítulo

Cá estamos, reta final!!!
Espero que estejam gostando. Até logo



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