The Divorce escrita por Amanda


Capítulo 17
Capítulo dezesseis




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Sentia-se mais leve do que lembrava ser possível. Seus músculos pareciam relaxados e completamente confortáveis exatamente onde estavam. Sentia uma pressão gentil, porém firme em sus costas e cintura.

Não queria sair dali.

Mas então sentiu um roçar suave descer por seu rosto até alcançar seu pescoço, onde um suspiro fez com que estremecesse. Despertou instantaneamente e arregalou os olhos ao notar que Harry a segurava contra sem corpo, apertados dividiam o pequeno sofá.

Seu olhar buscou Harry, mas a expressão de serenidade em seu rosto a desarmou completamente. O ressonar baixinho em seu peito, o cabelo desgrenhado e suas mãos apertando-a fez com que se sentisse preenchida. Não entendia aquilo, mas tampouco queria se afastar.

Seu olhar, no entanto, buscou o relógio pendurado na parede.

— Merda!

Girou seu corpo bruscamente e no segundo seguinte sentiu o impacto de seu corpo contra o tapete.

— Hermione? — Harry sentou-se sonolento, seu cabelo completamente desgrenhado. — O que aconteceu?

— Estou atrasada! — Levantou-se com pressa. — E você também!

Derrapando no piso frio, correu para o seu quarto.

***

— Seu café!

Draco olhou-a e sorriu com sarcasmo.

— Sabe que não precisa me bajular, não é? — Arqueou uma sobrancelha. — Apenas salvei sua pele.

Hermione revirou os olhos.

— Salvou mesmo? — Perguntou. — Me atrasei duas horas e agora vou passar uma semana sendo sua assistente.

— Foi o único jeito que encontrei para explicar seu atraso. — Disse com sinceridade, não queria que Hermione se encrencasse e fez o que pode para isentá-la da culpa. — Além do mais, quero mostrar para aqueles velhos que você está acima do nível desse programa.

— Realmente acha que estou pronta?

Draco levantou-se e vestiu o jaleco, ajeitando a gravata no pescoço.

— É o que veremos, Granger. É o que veremos!

Abriu a porta e sinalizou para Hermione passar.

Para justificar o atraso de Hermione, Draco conversou com os diretores do programa de residência e explicou que havia pedido para que ela fosse mais tarde e o auxiliasse durante a semana. Como sua assistente. De modo que pudesse observá-la atuando e avalia-la de forma mais complexa.

E agora, a observava durante um atendimento.

O caso era simples. Um garoto havia caído da vassoura e batido com a cabeça. Era um dos casos mais comuns, que ainda assim trazia inúmeros pacientes todo o mês.

— Eu já caí da vassoura também... Algumas vezes! — Dizia para o garoto enquanto analisava o corte. — Mas é isso que faz bons jogadores de Quadribol. Sabia?

Ela não podia ver a expressão do garoto, mas Draco sorriu quando ele estufou o peito orgulhoso.

— Eu vou ser um grande jogador. — Disse e produziu uma careta rápida quando Hermione pingou uma poção no ferimento. — Mas primeiro vou jogar pela Corvinal em Hogwarts!

Draco estava perto da porta, ao seu lado a mãe do garoto observava o filho enquanto Hermione conversava e cuidava de seu machucado. Entretido no que contava e sequer reclamou durante a aplicação do restante da poção.

— Ela é muito boa no que faz! — A bruxa comentou com Draco.

— Realmente, ela é!

Sorria orgulhoso enquanto a observava trabalhar, não que fosse admitir com facilidade, mas ela era incrível.

***

— Acho que logo você terá seu próprio assistente! — Comentou enquanto caminhava ao lado de Hermione.

Haviam saído juntos do hospital, e Draco resolveu acompanha-la até sua casa.

— Isso foi um elogio? — Arqueou a sobrancelha e parou na calçada em frente a porta de número 12.

— Como que eu aguento você há tanto tempo? — Perguntou, mas havia humor em seu tom.

Riu de Draco.

— Obrigada por hoje!

Antes que Draco pudesse responder o som de aparatação o calou. Da porta, Harry os olhou, com certa surpresa.

—  Hermione... Malfoy! — Sacudiu a cabeça como um cumprimento rápido e abriu a porta, mas não entrou.

— Ele está fazendo de novo. — Vendo o olhar confuso de Hermione, aproximou-se e sussurrou em seu ouvido: — Marcando território!

Olhou por cima do ombro, Harry não os olhava, mas tampouco entrara em casa. Fingia observar o fim da rua, como se quisesse lhes dar privacidade, mas também dar um aviso de que ainda estava ali. Era um comportamento, no mínimo, estranho.

— Nos vemos amanhã, Hermione. — Deu as costas e poucos passos depois voltou a olhá-la. — E não se atrase!

— Não vou! — Gritou de volta e riu.

Entrou atrás de Harry, que fechou a porta e ajudou-a com o casaco.

— Vou preparar o jantar. — Sequer esperou por uma resposta, deixou-o no corredor e seguiu em direção a cozinha.

Ainda não tinha certeza de como agir depois que acordara nos braços do melhor amigo. Até o momento, não tivera que pensar no assunto, mas pretendia encarar a situação toda como simples e puramente platônica.

Vocês pegaram no sono. Apenas isso!

Repetia a frase em sua mente enquanto picava os tomates para só então, jogá-los na panela. O calor dos alimentos sendo cozidos a aquecia, sentia as bochechas afogueadas e pequenas gotículas de suor em sua testa. As mangas da camiseta puxadas até os cotovelos lhe conferiam o ar de concentração, bem como o olhar firme e minucioso sobre as panelas.

— Harry, o jantar está pronto! — Gritou no mesmo momento em que sacudiu sua varinha.

A toalha se acomodou sobre a mesa, enquanto os pratos saiam das prateleiras e juntavam-se aos talheres, Harry desviou bem a tempo dos guardanapos.

— Parece delicioso! — Comentou e sentou-se de frente para Hermione que riu e tentou disfarçar, desviando o rosto para o lado e produzindo uma tosse falsa. — Do que está rindo?

— Seus óculos estão tortos.

Harry os tirou do rosto e analisou.

— Realmente! — Sacudiu a cabeça. — Esqueci de tirar antes de dormir. Quando acordei estava partido ao meio!

Engasgou-se só de lembrar como haviam passado a noite e tratou de bebericar seu copo de água para desobstruir a garganta. Se aquela era uma tentativa de Harry para conversarem sobre a noite, não daria certo, estava decidida a não entrar naquele discussão. Ao menos não até que se sentisse preparada.

Sorriu complacente e voltou-se para seu prato, um sinal de que não estava afim de conversar.

Obteve sucesso.

Comeram em silêncio e então, enquanto a louça se lavava, usou seus relatórios como desculpa e se trancou no quarto para terminar o trabalho acumulado.

Era madrugada, e ainda escrevia seus relatórios. Ou tentava, sua concentração oscilava desde que Harry enfiara a cabeça para dentro de seu quarto para desejar boa noite.

— A libertação de dezesseis elfos domésticos ocorreu na noite de 25 de fevereiro, no condado de... — Lia em voz alta, como se para dizer ao seu cérebro que tinha de se concentrar nas palavras ali.

Sua mente no entanto voltava vividamente para a hora em que acordou nos braços de Harry, podia até mesmo sentir as mãos dele em seu corpo, apertando-a de encontro a seu peito. Além de sua barba malfeita arranhando-a suavemente na bochecha pescoço.

— Foco, Granger!

Bufou frustrada.


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Notas finais do capítulo

Meio atrasadinho, mas um suspense é sempre bom! Haha
Espero que gostem e fiquem bem ;)



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