A Terra das Sombras - Pov Jesse escrita por Ane Viz


Capítulo 19
Capítulo 12 :(parte 2)


Notas iniciais do capítulo

No último capítulo:

Ainda para mim é estranho vê-las se comportarem. E a que mais me deixou pensativo fora a garota que estava imersa em seus pensamentos. Provavelmente refletindo na confusão que se meteu esta noite. Eu havia a avisado para não vir. Heather era perigosa, mas ela não me ouviu. Refleti o quanto minhas prioridades foram alteradas desde que ela adentrou minha vida.

Boa leitura!



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Balancei a cabeça discretamente e lembrei-me do motivo de minha... Morte. Voltou a minha mente a razão de minha viagem. A decisão de tomar a atitude certa. O receio pela reação de meus parentes, mas eu devia e precisava preservar o brasão dos De Silva. Eu fora criando assim e somente fiz o que qualquer homem em minha situação faria.

Tentei manter digno o trabalho que meu pai e seus antecedentes fizeram para termos sido uma família respeitável. Todos os problemas em minha vida e a reviravolta aconteceram por conta de uma só pessoa. Ela sem dúvidas era um problema. Não só para mim, mas a todos que conviveram com ela. Pensar no que fizera por simplesmente estar revoltada.

-Não há no céu fúria comparável ao amor transformado em ódio nem há no inferno ferocidade como a de uma mulher desprezada.

A frase escapou de meus lábios ao rever meu passado e a situação da menina Heather. O amor que ela sentiu por Bryce tornou-se ódio e sentiu-se desprezada aumentando á ira em seu ser. Vi Suzannah fitar-me após falar isto e eu não esperava pelo que me perguntou.

- Está falando por experiência própria?

Na verdade sim eu quis dizer, mas não podia falar sobre Maria. Ela havia defendido a situação de Heather e talvez me culpasse e não a ela. Então, decidi-me por falar outra coisa. E algo que não era mentira. Dei um pequeno sorriso e a respondi.

-É uma citação de William Congreve.

-Ah... Mas, como você sabe, ás vezes a mulher desprezada está cheia de razões de ficar furiosa.

Sua frase deixou-me curioso. Não acredito que alguém teria desprezado a Suzannah. A ideia parecia-me absurda. Uma garota tão determinada e frágil como ela não ser correspondida. Mesmo sabendo a resposta como quase certa não falei.

-E você, está falando por experiência própria? – Eu quis saber.

 

Suzannah deu uma risada.

    

     - Nem de longe. – Respondeu-me.

Perdi-me em meus pensamentos depois de sua reposta, mas ao ouvi-la confirmar minha suspeita fiquei um pouco... Não sei dizer bem como. Fiquei um pouco... Magoado? Não, não pode ser isto. E sua voz cortou meus pensamentos.

  -Mas a gente não sabe o que aconteceu entre a Heather e o Bryce. No fundo, não sabemos. Ela podia ter muitas razões para estar ressentida.

-Ressentida com ele, acho que sim. – Eu disse mesmo que relutante em admitir isto ao pensar no que ela diria ao ouvir o motivo de minha morte. – Mas não com você. Ela não tinha o direito de tentar machucá-la.

Somente ao pensar nisto a minha fúria voltou. Eu queria dar uma lição naquela menina para não mexer mais com a Suzannah. A ideia de alguém machucá-la deixava-me irritado e totalmente frustrado. Não poderia permitir que ninguém a machucasse. Ela ainda tem muito que viver... Diferente de mim. Eu faria o possível e o impossível para mantê-la em segurança.

Mais uma vez na mesma noite Suzannah estava distraída. E eu agradeci mentalmente. Enquanto ela pensasse em algo não teria que pensar em nada que me deixasse irritado. Tentei acalmar-me e aos poucos eu consegui. Observei a pista e ela estava margeada por luzes fracas e avistei a longa ladeira. Pensei por um momento, mas decidi que era melhor não, oferecer a ajuda no trajeto.

Terminamos o caminho da pista reta enquanto eu olhava as árvores que balançavam de acordo com a brisa que passava por nós. Eu não sinto frio e perguntei-me por um momento se ela estaria com frio. Até que Suzannah pegou-me desprevenido e tocou num assunto do qual eu não queria conversar. E muito menos conversar com ela.

-Mas e você? Como foi mesmo que morreu?

Sua perguntou saiu tão natural que parecia ser uma conversa corrente no dia a dia de todas as pessoas. E eu sei bem que não, porém para ela de fato esta pergunta não tem nada de diferente ou incomum. Eu realmente não queria falar sobre ela com isto então permaneci mudo. Pensando os prós e os contras a contar a ela ou não.

Este assunto ainda me incomoda e estou receoso do que ela irá pensar sobre ele. Não sei se será como no caso de Heather e ela dará razão a Maria. A ideia de tê-la contra mim deixou-me desarmado e decidi-me por não contar. Eu não precisava de ajuda. Não queria uma mediadora para ajudar-me. Quem precisava de mim era ela e não ao contrário.

Notei que a casa estava próxima e fixei meu olhar nela. Queria chegar até lá e mandá-la subir para descansar. Não havia me sentido ofendido, mas não tinha vontade de conversar sobre como morri. Eu lembro-me exatamente de como morri e não fora algo agradável. E seria menos ainda a ela sendo tão tarde. Não queria assustá-la. Vi-a concentrada em seus pensamentos.

E tive vontade de sorrir. Conhecendo-a como é deve estar imaginado diversas situações de como eu devo ter morrido, mas a tensão do momento não me permitia. Podia sentir a expressão de meu rosto carrancuda por conta do rumo que tomou a nossa conversa. ¿Y por Dios de dónde ella sacó esta pregunta? Está era a dúvida que eu queria tirar. De onde tinha surgido este assunto.

Tradução:

¿Y por Dios de dónde ella sacó esta pregunta? - E por Deus de onde ela tirou esta pergunta?


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Notas finais do capítulo

Oie gente, queria agradecer a Lizzy, MaariMag, Luisa-Luisa, Dinha, Lollipoop, Leekerli13, Saletelicopi e Rafaela_soledad pelos reviews obrigada flores!
Bom, mais uma parte pequena. Como eu disse não estou tendo muito tempo. Quando entrar de férias ficaram maiores!Rsrs
Espero que tenham gostado. Não deixem de comentar, hein?

Beeeeeeijos e até o próximo capítulo!