A Terra das Sombras - Pov Jesse escrita por Ane Viz


Capítulo 20
Capítulo 12: (parte final)


Notas iniciais do capítulo

No último capítulo:

E tive vontade de sorrir. Conhecendo-a como é deve estar imaginado diversas situações de como eu devo ter morrido, mas a tensão do momento não me permitia. Podia sentir a expressão de meu rosto carrancuda por conta do rumo que tomou a nossa conversa. ¿Y por Dios de dónde ella sacó esta pregunta? Está era a dúvida que eu queria tirar. De onde tinha surgido este assunto.


Boa leitura!

P.S: Nota importante no final.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/78423/chapter/20

- Hmm... – Suzannah falou quebrando o silêncio. – Sabe o que mais? Esquece. Se não quiser, não precisa me dizer...

-Não. – Eu respondi. – Tudo bem.

-É só que eu estava meio curiosa, só isso. Mas se você achar que é uma coisa muito pessoal...

Eu acho que é, mas este é o trabalho dela. Nada mais natural que queria saber o motivo de minha morte. E está é a única maneira que ela tem de se livrar de mim para sempre.

-Não, não é.

Nós já havíamos chegado a casa. Eu empurrei a bicicleta até o ponto onde estava antes que fosse pega por Suzannah. Recostei-a no muro da garagem como ela fica sempre. Eu sentia-me mergulhado na sombra e isto me ajudava a seguir em frente. E foi ainda oculto pelas sombras que comecei a narrar a minha história enquanto decidia-me por onde começar. E o melhor ponto era voltar ao inicio. A parte mais fácil e mais simples.

-Como você sabe, nem sempre esta casa foi uma casa de família.

-É mesmo?!

Suzannah tentava parecer animada e empolgada com a situação, mas sendo irmã de David tenho certeza que ela já sabia sobre isto. E, por isso mesmo, escolhi este como ponto de partida para a narração. Decidi entrar na brincadeira dela e continuei.

-Sim. Houve uma época em que era um hotel. Quer dizer, mais uma estalagem propriamente do que um hotel.

-E você estava hospedado aqui? – Perguntou-me toda animada.

- Sim.

Eu respondi e sai da sombra da garagem, mas preferi olhar para o mar quando voltasse a falar do que fitá-la. Ainda sentia-me inseguro sobre contar ou não. Sei que parece algo estúpido. Eu sei, mas é mais forte que eu.

-E... Aconteceu alguma coisa quando você estava aqui?- Ela falou tentando animar-me.

-Sim.

Eu falei e finalmente olhei para ela pela primeira vez desde que começamos a tocar neste assunto. E mantive-me desta maneira por um longo tempo. Depois falei simplesmente sabendo que iria reclamar, mas não queria assustá-la. E não me sentia preparado para ver sua reação. Sem contar que teria aula cedo no dia seguinte e havia a pouco tempo chegado de viagem. Precisava descansar.

– Mas está é uma longa história, e você deve estar muito cansada. Vá se deitar. Amanhã de manhã decidiremos o que fazer sobre a Heather.

Suzannah ficou irritada por eu ter parado de contar na parte que ela queria ouvir. Notei seus olhos ficaram verdes mais claros. Isto sempre acontecia quando ela se irritava demais. Era uma característica que eu agora tinha memorizado. Uma boa forma de saber quando devo parar de implicar com ela.

-Espera um pouco. – Interrompeu irritada. – Não vou a lugar nenhum enquanto você não acabar de contar essa história.

Eu balancei a cabeça e falei.

-Não, já é muito tarde. Eu conto uma outra vez.

Sua atitude seguinte fez-me ficar com uma vontade de rir.

-Puxa vida! – Ela reclamou.

Suzannah parecia uma garotinha recebendo ordens de sua mãe para ir deitar-se mais cedo. Neste momento ela deixava transparecer sua teimosia. Eu sentia-me curioso em relação a esta garota que podia ser dengosa, teimosa e incrivelmente irritada.

-Você não pode começar uma história assim e não acabar de contá-la. Você tem de...

Vendo sua reação não pude conter-me e comecei a rir. Eu estava rindo ao mesmo tempo de seu jeito e de felicidade. Suzannah estava curiosa sobre mim. Isto me deu uma tremenda alegria. Era bom pensar nisto. E seu jeito de teimosa igual a uma criança de cinco anos querendo ir deitar-se mais tarde era encantador, mas não iria ceder ao que ela queria.

-Vá se deitar, Suzannah.

Eu insisti empurrando-a suavemente para a escada e continuei.

-Você já foi suficientemente assustada esta noite.

Ela tentou mudar minha opinião.

-Mas você...

E eu tratei logo de rebatê-la.

-Quem sabe outra vez...

Eu insisti de novo e já havia a conduzido na direção da varanda e agora ela estava no primeiro degrau. Ela voltou-se em minha direção e falou para mim. Eu tentei parar de ficar rindo, mas não consegui. Eu estava incrivelmente feliz por vê-la curiosa sobre mim.

-Você promete?

Perguntou-me dengosa. Ali tive a confirmação de que ela queria saber sobre mim. Estava curiosa sobre a minha vida. Ainda sorrindo eu decidi responder-lhe.

-Prometo. Boa noite, hermosa.

A última palavra escapou por meus lábios e agradeci o fato dela desconhecer o espanhol. Parecia-me muito melhor ela pensar que era algo negativo como dei a atender do que saber que estava chamando- a de linda. Mas ninguém poderia negar, pois ela realmente o é.

-Já disse para não me chamar disso. – Ela resmungou subindo os degraus irritada.

Decidi deixá-la à vontade e fui para a terra das sombras. Deixei meu corpo tremer e desmaterializei-me. No instante em que me senti solido outra vez uns gritos agudos chegaram aos meus ouvidos. Eu sabia exatamente de quem eram os gritos Heather. ¿Dios cómo esta muchacha aún tiene aire? Andei deixando-me guiar pelos gritos. Sem pressa alguma. Assim que a vi parei e a fitei.

-O que quer? – Perguntou-me irritada.

Eu arqueei minha sobrancelha. Esta menina não podia ser normal. Não mesmo.

-Algum problema? – Perguntei-a cordialmente.

-Ah vá você e aquela vaca para...

Vendo-a ofender a Suzannah, mesmo sem saber o significado, eu caminhei até ela. O tom de ironia era o necessário para perceber ser uma ofensa. E não podia esperar nada mais do que isso dela para referir-se a Suzannah. Sacudi-a depois de pegá-la pelos braços.

-Acalme-se. – Ordenei-lhe baixo.

Sua respiração ficou ofegante e parou de brigar. Soltei-a imediatamente.

      - Então? – Tentei mais uma vez.

     - Aquela vaca vai sair com o meu namorado no final de semana.

       Eu parei ao ouvir a sua frase. Seria verdade? Senti-me desnorteada e um aperto em meu peito. Ignorei a sensação ao ouvir a voz de Heather.

    

      -Ou melhor, ela é que pensa. Eu não vou deixar.

     

         Por mais que a ideia de vê-la saindo com alguém me fosse estranha não tinha nada haver. Eu apenas incomodei-me por querer vê-la bem. Claro! Nada mais normal. Seu irmão mais velho o tal de Jake não servia para nada. E esta havia ficado em minhas mãos.

-Parece que não me entendeu. Deixe-a em paz.

-Você não manda em mim! – Gritou furiosa e desapareceu.

     E eu permaneci por ali mais um pouco. Não tinha pressa em voltar. Ainda estava não devia ter passado muito tempo. Vaguei sem rumo em meio à neblina que cobria meus pés e depois deixei meu corpo desmaterializar-se e aparecer no pátio da escola Junipero Serra. Queria dar uma olhada e ver como havia ficado depois do ataque da garota. E com certeza seria um choque total ao chegarem à escola. Ela estava devastada.

Tradução:

¿Dios cómo esta muchacha aún tiene aire? - Deus como esta menina ainda tem ar? 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oie gente, queria agradecer a Dinha, Salete, Leekerli13 Lollipoop e Luisa pelos reviews e pedir desculpa pela demora. E aproveitar para dizer que estou repensando se terá continuação. Calma, é que eu estou ficando desanimada por conta do número de reviews que estão caindo. Eu vejo quantas pessoas acompanham e quantas comentam.
Tentem me entender e sem ficar irritadas,ok? Eu continuarei com esta aqui até acabar. E até o final eu decido o que farei. Queria agradecer demais as meninas que sempre comentam é por vocês que continuarei postando, pois sei que não seria justo. Então, muito obrigada!


Beeeeeeijos, e até o próximo capítulo!