A Terra das Sombras - Pov Jesse escrita por Ane Viz


Capítulo 12
Capítulo 9: parte 1


Notas iniciais do capítulo

No último capítulo:

Seus olhos arregalados e seu corpo um pouco tremulo mesmo que com raiva mostraram-me ter sido muito bem compreendido. Ela acenou positivamente com a cabeça e desapareceu depois de soltá-la. Materializei na casa e está estava silenciosa. Fui para o quarto, mas somente em espírito e assim quem sabe nem mesmo ela conseguiria me ver.

Boa leitura!



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   Um bom tempo depois eu ouvi a porta lá debaixo abrindo e vozes alteradas. Parecia que os Ackerman haviam brigado por algum motivo. Permaneci sentado no acento da janela para ver se Suzannah subiria e ver se estava tudo bem. Ao entrar ela passou os olhos pelo quarto e pareceu ficar bem feliz ao constatar que não tinha ninguém ali.

  Saí de lá e fui dar uma volta pela casa. Caminhei até o quarto do mais novo e o vi com o rosto enfiado no meio de muitos livros. Realmente parecia absorto e animado com a leitura. Segui meu caminho e fui até o quarto do filho do meio ele fazia musculação no ritmo de um barulho estranho. Muito estranho.

    Mesmo sabendo o que encontraria lá fui ao quarto do mais velho. E ele estava dormindo. Balancei a minha cabeça. Ele deve ser um ano mais novo que eu quando morri. E, com certeza, eu não estaria em casa dormindo. Estaria trabalhando para ajudar mis padres. Ah, como os tempos mudaram! Suspirei e estava a caminho do meu quarto quando uma voz chamou a todos para comerem.

   Encostei-me a parede e acompanhei com os olhos um a um descer para poder jantar. Após estar tudo silencioso decidi dar uma volta.  Fiquei andando sem rumo pelas ruas. Eu saí de lá para pensar, mas minha cabeça sempre volta para ela. Passei as mãos pelo cabelo e decidi materializar-me em casa. Sei que não devia ficar fazendo isto, mas era mais forte que eu. Sem me dar conta já estava parado a fitando.

   Ela estava deitada na cama com fones de ouvido, acredito ser este o nome, fazendo suas lições de casa. Sua mãe a chamou, mas ela parecia não ouvir. Segurei-me para não avisá-la. De certo ela não gostaria da minha idéia. Olhei-a pensando numa forma de fazer atender a mãe que agora tinha a voz irritadiça. Dentre as outras tentativas a chamado uma funcionou e Suzannah desceu a escada com um olhar incrédulo.

    Não tinha o que fazer então eu peguei o livro e voltei para o meu lugar preferido no quarto. Apoiei minhas costas e fiquei lendo um que eu pegara na instante dela. A história era bem interessante. Ouvi por um momento a conversa por todos lá embaixo estarem quietos. Sua voz adocicada falou:

-Bryce, eu sinto muito realmente, mas a casa aqui está uma zona... Pode esperar um minutinho?Obrigada. -e sua voz voltou ao normal-Alô?

    Bryce? Eu conheço esse nome de algum lugar. Voltei a encostar-me na janela que com a surpresa eu havia me afastado. Surpresa? ¡ Por Dios Hector no tienes nada que ver con esta niña!1

Coloquei o livro e fitei a rua. O sol estava quente. Desliguei minha mente, mas a voz em tom alto dela fez-me prestar atenção.

-Brad, festa na piscina da casa da Kelly Prescott neste sábado. Se não for, eu te mato.

    Minha cabeça girou... Uma festa. Parei com a leitura do livro e me levantei desmaterializando-me do quarto. Não queria mais ficar ali. Fui até a missão. Fitei a antiga construção e respirei fundo. Um pouco do meu mundo. Sentei-me no jardim num dos bancos e tratando-me de afastar qualquer pensamento em relação a ela.

   Distrai-me tanto com meus pensamentos que já havia escurecido. Procurei por lá algum relógio e vi que era por volta da meia-noite então retornei ao quarto para observar Suzannah dormir. Era o único momento em que parecia calma e sem nenhuma reposta afiada na ponta da língua. Materializei-me apenas de espírito e assustei-me com o que vi. Ela estava colocando com um cinturão com. ferramentas? ¡Nombre de Dios! ¿Dónde ella piensa que va?2

 Sem pestanejar deixei com que me visse meu reflexo pelo espelho atrás dela. Dizer que ela se assustou seria pouco. Segurei-me para não rir da expressão que fez. Concentrei-me na tarefa e ainda mais em entender o que se passava em sua cabeça e apenas a fitei.

-Minha nossa!-exclamou ao ver-me.

    Virou-se para mim irritada, mas não sei ao certo dizer o motivo. Provavelmente por eu estar ali depois de ter me mandado embora.

-Por que ainda está por aqui?Achei que tinha dito para você se mandar.

     Sim, eu estava com a razão. Não queria falar sobre isso no momento, por isso decidi-me apenas por recostar-me tranquilamente numa das pilastras de sua cama. Examinei com cautela de cima a baixo. Sua roupa dava a impressão de que entraria num lugar proibido e isto vindo de Suzannah não me surpreendia em nada. Ignorei-a e disse o que queria.

-Não acha que já é um pouco tarde para sair, Suzannah?- perguntei-a naturalmente como se estivéssemos conversando há muito tempo.

-Hmm. -fez ela tirando o capuz.-Olha só, sem querer ofender, Jesse, mas isto aqui é o meu quarto. Que tal você tenta se mandar?E que tal deixar que eu cuide da minha vida?

 

Tradução:

1 – Por Deus Hector não tens nada com esta menina!

2- Aonde ela pensa que vai?



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Notas finais do capítulo

Oi gente, queria agradecer a Lizzy_16, Adaryrml, Srta_Rose e Milaa-07 pelos reviews!

Espero que gostem do capítulo!Desculpem-me não pude postar ontem, mas hoje está aí. Espero reviews, hein?

Beeeeeijos e até o próximo capítulo!