New Legends Universe: Saga dos Titãs escrita por Phoenix M Marques W MWU 27
Os três vultos saíram por uma reentrância no Central Park, em Manhattan, na cidade de New York, conhecida como a Porta de Orfeu.
Ana, a tenente do exército, conduzia o homem de capa, esforçando-se para ocultá-lo com o homem de smoking, embora a noite já tivesse caído sobre a cidade.
— Mestre Pontos – ela se dirigiu solenemente ao encapuzado. – Não imagina como as minhas intenções e as de Prometeu eram humildes.
— Fique tranquila, minha cara – disse Pontos. – Garanto que logo a mãe Gaia irá se reerguer, bem como o senhor Cronos.
Quando ele pronunciou os nomes Gaia e Cronos, o vento ficou mais violento sobre a cidade de New York.
— Os mortais vão estranhar, meu senhor, se continuares a exclamar esses nomes em voz alta – avisou Ana, mas não parecia preocupada.
— Que assim seja – retrucou Pontos. – Que eles sejam os primeiros a sentir o nosso retorno. Assim, os olimpianos irão se inquietar.
Ana fez um ar de riso satisfeito.
Eles saíram do Central Park e atravessaram a rua. Prometeu os orientava, prevendo a aproximação de pedestres mortais. Passaram pelo Hotel Plaza e chegaram à Quinta Avenida.
— Mestre – alertou Prometeu. – Veja.
O grupo continuou a andar. O olhar gélido de Pontos se fixou no imenso edifício na esquina da Quinta Avenida com a Rua 33.
O Empire State Building. A morada do Olimpo.
O titã ancestral fez um gesto de repulsa em direção ao prédio e orientou que Ana e Prometeu o seguissem pela Rua 33.
— Um número pouco apropriado para a localização do Olimpo – comentou a tenente, referindo-se ao número comumente usado nos ritos da Maçonaria.
— Não importa – disse Pontos. – Hoje, ignoramos essa edificação corrompida de orgulho. Em pouco tempo, voltaremos para ver sua queda.
A Rua 33 conduziu-os ao Túnel Lincoln. O titã ancestral fez menção de seguir em frente.
— Mestre, posso perguntar qual é o nosso destino? – indagou Prometeu. – Por acaso é New Jersey?
Pontos deu um risinho e continuou andando.
— Você não é o titã que vê antes, meu rapaz? Nosso destino final é o monte.
Ana assentiu.
— Então, devemos ir a São Francisco, ao Monte Tamalpais, senhor.
— Pois bem. Seguiremos em direção ao local onde se encontra o nosso glorioso Monte Otris. Mas foi bom você ter citado New Jersey, Prometeu. É um local que poderá ser útil para nosso exército no futuro. Os monstros precisam ser reunidos.
— Farei isso, mestre – afirmou Ana.
Eles ficaram um tempo sem falar, andando em direção ao túnel sobre o rio Hudson, que separava Manhattan de New Jersey.
— Quando chegarmos a New Jersey – falou Pontos quando já estavam na metade do caminho -, vamos nos dividir. Prometeu, reúna seus irmãos e vá atrás dos demais titãs. Se bem que é quase certo que alguns já despertaram, como Hipérion e Iápeto.
Ana franziu a testa, e Prometeu arregalou os olhos.
— Como pode saber, mestre? – indagou ele.
— Ora. Sinto suas energias cósmicas se agitando e se liberando. Desde a Porta de Orfeu. Os titãs são assim. Vocês nunca sabem quando eles irão acordar.
A tenente assentiu, compreendendo.
— Devo acompanhá-lo, senhor?
— Sim, minha cara – respondeu Pontos. – Você é uma serva útil. Tem algumas coisas que eu vou querer averiguar no caminho. Também pode começar a se orientar sobre a localização dos titãs...
Ana contou nos dedos.
— Se Iápeto e Hipérion já estão despertos... Céos e Crio devem estar nos cantos do globo. Oceano e Tétis no mar... A mãe Réia na Grécia. Téia numa terra de fogo. Têmis, Febe e Mnemôsine no Oriente...
— E por fim, os senhores supremos – concluiu Pontos. – Ninguém muito distante. Prometeu não terá trabalho.
O sorriso ambicioso da tenente era o maior dos três.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!