Be My Light escrita por Andy


Capítulo 3
Capítulo III: Falling Again


Notas iniciais do capítulo

Mais 84 anos passaram-se e essa fanfic finalmente está sendo atualizada. Agradeço imensamente as minhas meninas, Anydrya e Indira, por sempre me motivarem a escrever e não desistir dessa história. Se estou aqui, as culpadas são elas! ♡

No mais, o capítulo ficou um pouco longo, porém espero que gostem e me perdoem pelos erros ortográficos de sempre. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/784145/chapter/3

"i've been in the shadows, the waters deep yet shallow, but you were there. and everything was beautiful, so precious as can be, like everybody else. then i felt you closer, then it all got better, you took me there. everything is lovely here and just maybe i'm? in love?" .1

 

Jung Hee’s bar
Seul, Coreia do Sul

“Palli, Palli, Palli, Palli!”

Todos gritavam em um único som e olhavam Gi Hoon entusiasmados para vê-lo virar a caneca com cerveja de uma só vez, até que ele fez isso e todos começaram a comemorar.

“Aigoo! Gi Hoon realmente é alguém.” disse Sang Hoon, ele pegou outra garrafa de cerveja e encheu uma caneca que estava vazia na mesa. “Ele nunca nos decepciona.”

“Então... Quem é o próximo?” Jae Chul olhou a todos com atenção.

“Jung Hee-ssi!”

“Eu?” Ela perguntou aproximando-se da mesa e pegou uma caneca. Todos começaram a gritar, novamente. “Palli, Palli, Palli, Palli!”

Jung Hee fez uma contagem com os dedos e no três tomou a cerveja de uma só vez, fazendo todos gritarem o seu nome. Ela realmente era muito boa naquilo.

“Mais alguém faltando?” perguntou Gi Hoon, olhando em sua volta, até que seus olhos pararam em Ji An.

“Lee Ji An-ssi!”

Ji An teve uma crise de risos quando o seu nome foi anunciado pelo Gi Hoon, todos podiam perceber o quanto ela estava envergonhada naquele momento. Ela negou, balançando a cabeça. “Não acho uma boa ideia.”

“O que? Como assim?” brincou Jung Hee. “Não vai fazer desfeita... Vai?”

“Fazemos questão.” foi a vez de Kwon Shik falar. Ele entregou-a uma caneca e em seguida encheu de cerveja até a boca, fazendo-a arregalar os olhos com a grande quantidade. “Vamos fazer a contagem.”

“Palli, Palli, Palli, Palli...!”

Ji An ainda recusava-se, porém todos começaram a olhá-la firmemente batendo palmas e ela percebeu que era impossível resistir ao entusiasmo de todos. Então começou, com cada gole profundo colocando toda a cerveja para dentro, se dando conta de que o seu limite já estava próximo. Ela fez uma careta quando percebeu que conseguiu e todos comemoraram, deixando-a mais envergonhada do que já estava.

“Onde está o Dong Hoon?” perguntou Jae Chul e todos se entreolharam. Eles realmente não notaram que Dong Hoon ainda não tinha aparecido na sala principal.

“Ele está na cozinha preparando a comida.”

“Todo esse tempo?” perguntou Sang Hoon com um tom de desconfiança. Ele discretamente observou Ji An e quando seus olhos se encontraram ele sorriu, fazendo-a ficar sem jeito.

 “Omma falou que já estava a caminho, então Omma poderá ajudá-lo. Hyung, por acaso, precisa de ajuda?” gritou Gi Hoon.

“Não. Ele deixou claro que não precisava da minha ajuda.” sussurrou Jung Hee, enchendo algumas canecas vazias que estavam sobre a mesa.

“Estou quase finalizando.” foi possível ouvir a voz abafada de Dong Hoon vindo da cozinha.

 “Aish! Definitivamente ele precisa de alguma ajuda.” Sang Hoon tomou um gole da cerveja. “Ji An-ssi, você sabe cozinhar?”

“Sim, um pouco.”

“Você se incomodaria em ajudá-lo?”

Assim que Sang Hoon terminou de falar, todos os olhares presentes naquele bar foram voltados para ele. Ji An ficou surpresa com a sua sugestão, ela apontou o próprio dedo indicador para si mesma e sussurrou, olhando-o. “E... Eu?”

Sang Hoon assentiu. Ele depois fez uns movimentos com as mãos indicando-a para ir rápido até a cozinha.

“Ah... Sim... Claro!” concordou, levantando-se da cadeira num impulso repentino e quase se desequilibrou de tão nervosa que estava. Ji An recuperou os sentidos e quando começou a caminhar até a cozinha ouviu alguns sussurros.

“O que aconteceu com Dong Hoon? Ele sempre é o primeiro a nos receber.”

“Ele está envergonhado por causa da Lee Ji An.”

“Sério?”

“Sim, parece que eles não tiveram uma oportunidade de conversarem ainda.”

“Ah... Entendo.”

E depois começaram a falar de assuntos bem aleatórios, possivelmente seria por um disfarce. Ji An fechou seus olhos e respirou fundo, estava surpresa, parecia que todos os presentes naquele bar tinham armado esse plano há um bom tempo.

Quando chegou, percebeu que a porta que dava acesso a cozinha estava entreaberta e finalmente tinha decidido empurrá-la, porém, uma força interior a fez ficar paralisada no lugar em que estava impedindo-a de dar um passo sequer.

Ji An, silenciosamente, começou a olhar um pouco pela brecha e percebeu que Dong Hoon estava realmente concentrado na preparação de alguma comida. Ele estava usando um avental que tinha estampa de corações vermelhos estilizados, ela se viu rindo por um momento e cobriu sua boca com a mão, mas depois se recompôs pegando toda a sua coragem para dar três batidas na porta. Então ela fez.

Dong Hoon imediatamente a olhou, surpreso.

“Ji An-ssi.” falou o seu nome dando um leve sorriso, cumprimentando-a sem jeito, depois voltou no que estava fazendo.

Um silêncio havia sido preenchido e o ambiente em que ambos estavam já tinha começado a ficar estranho e desconfortante, até quando Ji An, finalmente, começou a soltar sua voz.

“Sang Hoon pediu para...” sua voz travou quando seus olhos se encontraram, mas logo Dong Hoon os desviou. “Sang Hoon pediu para ajudá-lo na preparação da comida.”

“Oh... Sério?”

“Sim.”

“Está tudo bem. Estou quase finalizando.”

Ji An assentiu, ela estava prestes a dar meia volta e sair da cozinha quando ele continuou.

“Ei... Onde está indo? Disse que o Sang Hoon pediu para você me ajudar.”

“Você disse que estava bem.”

Dong Hoon a olhou atentamente, ela realmente desistia fácil. Alguns segundos se passaram e ele finalmente pegou uma tábua de cortar legumes e alguns nabos.

“Você pode fatiar esses nabos, está bem?”

“Sim, claro.”

Ele entregou um avental para Ji An e ela o vestiu, começando em seguida os trabalhos. Depois de alguns minutos, ela estava fatiando o último nabo quando Dong Hoon a pediu, e já os colocou em seguida para cozinhar. Eles ouviram algumas gargalhadas vindas da sala principal e o pronunciamento do nome da Yoo Ra.  

“Yoo Ra está aqui?” perguntou Ji An, curiosa.

“Oh... Sim. Não sei ao certo, mas parece que ela e o meu irmão estão juntos.”

“Omo! Sério? Daebak!”

“Eles são daqueles relacionamentos instáveis, quando pensamos que realmente acabaram, eles aparecem aqui como se nada tivesse acontecido.”

Ji An sorriu e percebeu que Dong Hoon fez o mesmo.

“Pronto, acho que acabamos.”

“O cheiro parece delicioso, Ahjusshi.”

“Quer ser a primeira a provar?”

Imediatamente Ji An assentiu, contente com a ideia e Dong Hoon logo pegou uma colher e a entregou para provar sua comida. Ainda estava quente, então ela pegou uma boa parcela do molho e começou a soprar, tragando seu aroma com cuidado, sentia o gosto antes mesmo de colocar na boca. Ela tomou e Dong Hoon começou a observar toda a sua expressão, ele estava ansiosamente esperando por uma resposta.

“Está realmente bom, mas acho que faltou um pouco mais de pimenta.”

“Oh... Sério? Coloquei pimenta até demais.” Dong Hoon pegou outra colher e provou, concordando com Ji An. “Sim, mais pimenta.”

 

“Pensei que não fossem sair da cozinha.”

“Do que está falando? Não sabia que é trabalhoso fazer comidas coreanas de qualidade?” disse Dong Hoon, tomando um gole da cerveja. Ele estava sentado ao lado do seu amigo, Kwon Shik, e percebeu que Ji An estava em uma conversa incansável com Yoo Ra do outro lado da mesa. Por um impulso, ele começou a sorrir, mas seu sorriso logo desapareceu quando viu o seu irmão mais velho o encarando.

“Para quem estava rindo, hum?” Sang Hoon estava sentado em sua frente, ele acompanhou os olhares do irmão e percebeu que eles pararam em Ji An. “Você deveria tentar ser mais discreto.”

Dong Hoon bufou, tomando mais um gole da cerveja, com certeza seu irmão não estava o tratando bem ultimamente. Ele tentou começar uma conversa com Kwon Shik quando percebeu que seu irmão começou a falar.

“Ji An-ssi?” Sang Hoon chamou o seu nome o que fez Dong Hoon o repreender em seguida.

“Sim?”

“Vocês sabiam que ela é uma professora no colégio em que trabalho?” continuou, fazendo todos a olharem, surpresos.

Ji An o corrigiu. “Na verdade sou uma professora substituta.”

“Omo! Não brinca!”

“Sim,” Jung Hee confirmou. “Ela também está fazendo faculdade.”

“Está fazendo faculdade? Daebak!” disse Yoo Ra, incrédula. Ela olhou para Ji An com um pouco de inveja. “Qual faculdade está fazendo?”

“Engenharia.”

Dong Hoon, surpreso, engasgou-se com a bebida e Ji An continuou, certificando-se de que tinha a atenção de todos naquele momento.

“Trabalhava meio período e sempre conseguia ter um tempo livre para estudar, então prestei vestibular e passei na universidade principal em Busan. Porém, nunca abandonei a ideia de voltar para o Seul e, depois de um ano, entrei com um processo de transferência e consegui.”

“Posso perguntar o que a incentivou a ter escolhido engenharia, Ji An-ssi?” perguntou Sang Hoon.

“Eu...” Ji An, discretamente, olhou Dong Hoon por um breve momento. Ela percebeu que ele estava desviando seus olhares. “Depois do meu último trabalho criei interesse em aprender estruturas. Eu realmente desejo trabalhar duro nesse ramo, futuramente.”

“Que interessante Ji An-ssi,” disse Kwon Shik, surpreendendo-a. “Você me recorda o Dong Hoon quando estudávamos juntos no ensino médio. Enquanto todos da nossa sala estavam fugindo da engenharia, ele era o único interessado em estruturas. Posso perceber a paixão de vocês.”

Ji An sorriu, sem jeito, e percebeu que Yoo Ra começou a falar.

“O melhor de tudo é que você já tem alguém experiente para ajudá-la em algo da faculdade.”

O coração de Ji An disparou quando percebeu que Yoo Ra apontou sua mão para Dong Hoon, fazendo-o ficar mudo por alguns segundos. 

“Sim... Claro!” Ele finalmente concordou, tomando um gole de cerveja. Mesmo assim, não conseguiu disfarçar o seu nervosismo.

Sang Hoon tentava chamar a atenção do seu irmão do meio com um sorriso escancarado em seu rosto, mas percebeu que o mesmo estava evitando contato com ele. Quando Sang Hoon estava prestes a abrir a sua boca para falar algo, Yo Soon entra no bar e toda a atenção que estava naquele lugar foi voltada para ela.

“Omma! Omma!” protestou Gi Hoon, indignado. “Onde você estava, Omma? Você falou que estava perto de chegar e uma hora se passou.”

“Estava no templo.” falou deixando algumas comidas sobre o balcão e cumprimentou todos na sala principal. “Fiquei preocupada quando disse que tinha algo a dizer, então decidi fazer as minhas preces antes.”

“Omma, você está me assustando, hã?”

“O que realmente você tem a nos dizer?” Yo Soon olhou atentamente o seu filho, ela não escondia o nervosismo em sua voz.

“Eu e a Yoo Ra decidimos nos casar.”

Todos ficaram boquiabertos.

“Nossa, isso é sério?” perguntou Dong Hoon.

“Sim. Conversamos e decidimos tentar.”

“Fico feliz que vocês tenham tomado uma decisão.”

 “E...” Gi Hoon parou por um breve momento e seus olhares estavam em Yoo Ra. “Nós...”

“Nós...?” todos repetiram em um único som, curiosos.

“Nós...” Yoo Ra soltou a sua voz. “Estamos esperando um filho.”

“Oh... Nossa!”

“Isso realmente é uma surpresa.”

“Parabéns!”

“Foi isso mesmo que ouvi?” Yo Soon caiu para trás pela notícia. “Você já engravidou essa menina?”

“Omma!” Sang Hoon e Dong Hoon se levantaram da cadeira e seguraram a sua mãe por trás.

“Omma! Nós estamos juntos a mais de dois anos e agora vamos nos casar.”

“Mesmo assim.” Yo Soon se recompôs e foi até o seu filho, começando a batê-lo, incansavelmente. “Você não tem vergonha?”

“Omma, por que está agindo assim? Hoje em dia coisas assim são normais de acontecer.” disse Sang Hoon, tentando afastar os dois. 

“Não me importa se hoje em dia isso é normal, Gi Hoon é o meu filho, deveria respeitar a sua mãe.”

“Sieomeoni,” chamou Yoo Ra, se aproximando de Yo Soon. Apesar da tensão do momento, ela estava com um grande sorriso em seu rosto. “Prometo que farei de tudo para ser uma ótima nora e também uma ótima esposa. Espero que possamos nos dar bem.”

Yo Soon começou a analisá-la, olhando Yoo Ra dos pés a cabeça. “Você é uma mulher tão linda e uma atriz tão famosa, não consigo entender como se apaixonou pelo meu filho. Ele realmente é um homem de sorte.”

“Omma!” exclamou Gi Hoon, desapontado. “Você realmente me considera como seu filho?” 

“Bem-vinda a nossa família, Yoo Ra.” Yo Soon continuou, fazendo todos sorrirem e comemorarem ao mesmo tempo. “Também espero que possamos nos dar bem, menina.”

“Okay!” Sang Hoon pegou uma garrafa de cerveja e começou a encher todos os copos vazios. “Nossa família cresceu hoje, precisamos de mais bebidas, vamos comemorar!”

Ji An estava intimamente feliz, como há tempos não se sentia. Era bom estar ali. Era sempre bom ter pessoas como essas ao seu redor e tê-los em gritante felicidade era ainda mais satisfatório e reconfortante para ela.

A noite passou rapidamente, mais rápido do que ela poderia prever. Todos já estavam se despedindo um dos outros e indo em direção as suas casas. Ji An estava com Jung Hee, ajudando-a na organização do bar, realmente parecia que algum redemoinhos poderoso tinha passado por ali. Elas já tinham organizado uma boa parte do lugar.

“Posso continuar aqui sozinha, Ji An.”

“Está tudo bem, irei ajudá-la.”

“Ji An...” a verdade é que Jung Hee não estava nem um pouco satisfeita vendo-a fazer todas as coisas. “Só está faltando guardar os pratos e já está tarde, por favor, insisto que vá para casa.”

Ji An resmungou, tirando as luvas de suas mãos. “Tudo bem, você venceu.”

“Desculpem pela demora, tive que levá-los em casa.” Dong Hoon entrou na cozinha, distraído, e percebeu que já era tarde demais, tudo havia sido organizado. Ji An fechou os olhos, sentindo o coração bater forte ao ouvir o timbre daquela voz. “Pelo visto, não precisam da minha ajuda.”

“Sim, preciso.” Jung Hee olhou Ji An. “Preciso que a leve em casa.”

O corpo de Ji An manifestou-se por dentro, sua mente ainda estava processando o pedido da Jung Hee. Ela recuperou sua consciência. “Não. Realmente não precisa. Posso ir sozinha.”

“Vamos, irei acompanhá-la até a sua casa.”

“Agradeço, mas realmente não precisa, Ahjusshi.”

“Preciso ter a certeza de que chegue em casa em segurança.”

“Eu...” Ji An começou e respirou fundo. O encarou por um breve momento e despediu-se corretamente de Jung Hee, ela sabia que não poderia mais lutar em relação a isso.

A noite estava clara, com a lua quase cheia. Eles começaram a caminhar juntos por uma trilha que atravessava o jardim. Ji An nunca havia se sentido tão feliz como naquela noite. Haviam tantas perguntas que ela gostaria de fazer a Dong Hoon, tantas coisas que gostaria de dizer, mas ela não sabia exatamente por onde começar.

“Hoje sem dúvidas foi uma das melhores noites da minha vida.” Ji An percebeu que o seu comentário o fez sorrir de forma discreta. “Não sei nem como agradecê-los por isso.”

“Não há nada a agradecer, todos nos gostamos da sua companhia, você é como se fosse da nossa família.”

Ela ouviu com atenção e deu um sorriso de lado, baixinho. Um vento frio soprou, Ji An sentiu então uma brisa fria percorrer-lhe toda a espinha dorsal, arrepiando-se. Ela enfiou as suas mãos dentro do bolso do sobretudo.

“Está com frio?”

“Sim... Mas estou bem.” respondeu, encolhendo-se ainda mais.

“Pensei que havia algo de errado entre nós quando a Jung Hee me contou que vocês estavam se encontrando nesse tempo.”

“Assim que cheguei em Seul, tudo o que mais queria era contatá-lo, porém não sabia de qual forma chegaria até você, Ahjusshi.” disse cabisbaixa e ao mesmo tempo pensando no quanto essa sua atitude de não ter entrado em contato foi estúpida.

Dong Hoon parou de caminhar e a olhou firmemente.

“Possa ser que o tempo tenha passado, mas estava esperando incansavelmente por esse dia em que nos reuniríamos e caminharíamos juntos outra vez. Todas as noites quando chegava do trabalho, mesmo com vários problemas que passei durante o dia, minha mente ia até você e me perguntava como você estava. Se estava tudo bem, se estaria precisando de algo ou se... ”

Ji An, inesperadamente, o abraçou, deixando-o sem nenhuma reação. Ela não estava se importando com as consequências que essa sua atitude poderia acarretar, ela apenas precisava fazer isso nesse exato momento.

“Senti a sua falta, Ahjusshi.” Dong Hoon tentou se afastar, porém Ji An o abraçou mais forte ainda. “Por favor, vamos ficar assim por um momento, por favor.”

Depois de alguns minutos, Dong Hoon finalmente correspondeu o seu abraço, começando a bater de forma leve em suas costas. Ele percebeu que Ji An começou a chorar.

“Está tudo bem, finalmente estamos aqui.”

“Eu realmente senti a sua falta, Ahjusshi.”

Dong Hoon a afastou e ela imediatamente escondeu seu rosto com as mãos. Naquele momento, só o que queria era abraçá-la novamente e consolá-la. Com carinho e um toque suave, ele afastou os cabelos e tirou as mãos daquele belo rosto choroso. Ji An se espantou, mas nada disse. Com tristeza o encarou. Delicadamente ele enxugou suas lágrimas com as costas dos dedos.

“Por que está chorando, hum? Prometemos que não iríamos chorar em nosso reencontro. Você está quebrando a nossa promessa.”

Ji An sorriu, assentindo, fazendo-o sorrir junto a ela.

“Você não imagina o quanto o meu coração está feliz e agradecido por ter tido a oportunidade de ver a mulher maravilhosa e encantadora que se tornou.” Ele desabafa olhando nos seus olhos. “Também senti a sua falta, Ji An.”

Ji An abriu sua boca levemente, seus olhos brilharam, enquanto seu coração estava em um ritmo que mal conseguia acompanhar. Dong Hoon finalmente tinha admitido que sentiu a sua falta e seu coração se aqueceu com uma simples frase, porém tão significativa. Ambos permaneceram em silêncio, contemplando a presença um do outro até que ele desviou seu olhar e viu um conjunto de três prédios, cada um com cinco andares, faziam parte do complexo que seguia o modelo de milhares que haviam na área.

 “Então você mora aqui?”

“Sim, esse é o apartamento que a empresa oferece.”

“Oh... Entendo.”

“Ji An!” Bo Ah, uma das suas vizinhas, foi correndo até o seu encontro. “Onde estava? Você me deixou preocupada.”

“Aconteceu algo?”

“Yoo Han Tae apareceu aqui procurando por você.” Ela se lembrou de respirar e continuou. “Falei que não sabia onde estava, mas ele insistiu em te esperar.”

“Ele está aqui?”

“Não. Não mais. Ele ficou te esperando por bastante tempo, mas falou que precisava ir e...” Bo Ah olhou Dong Hoon e arregalou seus olhos, não tinha percebido a sua presença. Ji An imediatamente os apresentou.

“Bo Ah, esse é o Park Dong Hoon...”

“Ah... Então esse é o Ahjusshi que salvou a sua vida?” Bo Ah o olhou dos pés a cabeça e percebeu que Ji An teve uma crise de torces. “Olá, sou Bo Ah, amiga e vizinha da Ji An. Nós ficamos juntas nesses dois anos em Busan e fomos transferidas para o Seul. Então isso significa que ouvi falar muito sobre você, é um prazer conhecê-lo.”

 “Oh...” Dong Hoon por um breve momento olhou Ji An, completamente confuso, e depois cumprimentou Bo Ah. “Igualmente!”

“Preciso terminar um relatório da faculdade, então vou deixá-los sozinhos. Até mais!”

“Tudo bem, até mais, Bo Ah-ssi!”

Ji An acompanhou Bo Ah entrar no prédio e voltou a sua atenção para Dong Hoon, notando que seus olhares questionadores estavam intensamente fixos nela. Ela percebeu que ele abriu a boca para falar e depois sacudiu a cabeça.

“Ahjusshi, gostaria de entrar?” Ji An ficou envergonhada quando olhou a hora, ela estava prestes a pedir desculpas quando Dong Hoon a interrompeu.

“Tenho alguns trabalhos a fazer e você precisa descansar.”

“Sim... Claro!”

Dong Hoon despediu-se e começou a andar, porém percebeu que Ji An correu até o seu encontro, ficando em sua frente, assustando-o.

“Algo errado?”

“Vai ficar tudo bem você ir sozinho? Não precisa de alguma companhia? Eu posso acompanhá-lo se quiser.”

Ele sorriu. “Não precisa, meu apartamento fica duas ruas depois do prédio em que você mora.”

“Ah... Sério? Então você se mudou?”

“Sim.” ele olhou em sua volta. “Aquele apartamento era grande demais para uma pessoa só e me sentia desconfortável toda vez que entrava naquele lugar.”

Ji An concordou com a cabeça mesmo estando completamente confusa com a sua resposta. Ela queria perguntar algo mais, porém permaneceu em silêncio. Dong Hoon percebeu que Ji An encolheu-se com o ar frio e cruzou os braços.

“Vá, vou esperar até que entre.”

“Sim, claro!” Ji An despediu-se e Dong Hoon a acompanhou com o olhar até ela desaparecer de sua vista. Ele sorriu, agradecendo pela noite que teve e começou a caminhar pensativo quando foi surpreendido por Sang Hoon e Gi Hoon na esquina perto do seu apartamento, observando-o. Ele olhou para os lados, as ruas estavam incrivelmente desertas, considerava positivamente a ideia de fugir deles, porém percebeu que já era tarde demais.

“Inacreditável.” entrou no prédio, desapontado. Notou que ambos o seguiram, sussurrando algo. “Por acaso...” Dong Hoon virou para eles e começou a encará-los. “Estavam nos observando? Vão ficar me seguindo agora? Não tenho mais privacidade? Sou uma piada para vocês dois?”

“Que dramático.” Gi Hoon bufou. “Do que está falando? Só queríamos saber se você teria alguma atitude depois do grande esforço que fizemos, mas falhamos.”

“Não falhamos.” disse Sang Hoon. “Ainda está muito cedo para acontecer algo entre eles, seria estranho se Dong Hoon tivesse alguma atitude hoje.”

“Então... Isso foi tudo uma armação de vocês?”

“O que você esperava, hum?”

“Ei hyung, não é hora de se fazer de difícil para os seus irmãos, sabia?” disse Gi Hoon e sentou no sofá. “Todos no bar perceberam que a Ji An sente algo por você, como também sabemos que você sente algo por ela.”

“Preciso que vocês esqueçam essa ideia e entendam que não há nenhuma possibilidade de ficarmos juntos. Ainda sou um homem casado no papel e para Omma. Agora, Ji An tem o seu mundo, e eu, tenho o meu.” disse com um tom sério e pensativo. “E também, acredito que ela apenas deve ser grata por tudo que fizemos e vocês devem está confundindo os nossos sentimentos.”

“Você realmente disse que estamos confundindo?” Sang Hoon riu. “Então ficará tudo bem se ela aparecer com um homem na sua frente?”

“Claro!” disse com uma gargalhada forçada. “Por que não estaria tudo bem? Ji An merece encontrar a sua felicidade.”

Gi Hoon bateu a mão com força no braço do sofá, assustando-os. “Hyung! Por acaso, você está brincando com os seus irmãos?”

“Estou cansado, tenho trabalho a fazer e preciso ficar sozinho.” Dong Hoon pegou uma cápsula de café e colocou na máquina, ligando-a em seguida. “Não quero conversar sobre a minha vida, muito menos a minha vida amorosa então, por favor, preciso que vocês entendam.”

“Tudo bem, tudo bem.” Gi Hoon levantou-se e olhou o seu irmão mais velho. “Tudo bem, vamos deixar o hyung sozinho. Vamos.”

Seus irmãos perceberam seu mau humor e não demoraram muito, logo se despediram e fecharam a porta, deixando Park Dong Hoon completamente perdido em seus pensamentos.

Sua mente estava em vários lugares ao mesmo tempo. Primeiro, lembrou-se de todos os momentos dessa noite, principalmente nos momentos em que pôde apreciar a visão da Ji An feliz. Segundo, pensou em seu abraço caloroso que o pegou de surpresa. Por mais que no início ele tenha ficado desconfortável com a sua atitude, uma parte dele estava imensamente agradecida por ela ter insistido nisso. Terceiro, o nome Yoo Han Tae veio a sua mente e o deixou estático.

Dong Hoon sacudiu a cabeça, estava desesperadamente querendo saber quem seria esse homem e no que ele poderia querer com ela tão tarde da noite. Logo, lembrou-se da pergunta que seu irmão mais velho lhe fez e riu de si mesmo, não tinha mais dúvidas de que nada ficaria bem para ele. A verdade é que Dong Hoon já tinha aceitado a ideia de que Ji An tinha se tornado uma das pessoas mais preciosa para ele e, por esse motivo, precisava protegê-la, mesmo que custasse a sua vida e que não fizesse sentido algum, ele precisava ter a certeza de que ela ficaria segura.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sei que estou demorando, mas os acontecimentos estão indo com cautela, pois acho importante uma história ter uma boa construção.

No mais, espero que tenham gostado desse capítulo que foi feito bem rápido, porém com muito carinho. Queria ter acrescentado mais coisas, porém não queria deixá-lo longo. Espero vocês no próximo capítulo. Beijos de luz! :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Be My Light" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.