"i think of you all the night, in memories thah i’m not included. why everythings getting clearer again? i’m falling. the street i’ve met with you, the hours that we spent together. i think i can’t let them go." .1

Seul, Coreia do Sul
Estruturas Donghoon

 “Foi relatado que houve um vazamento no prédio, mas podemos resolver isso.” Hyung Kyu abriu a planta e colocou sobre a mesa. “Se vocês olharem todo o perímetro, tudo bem, mas aqui...” Ele fez um círculo com um lápis. “Aqui nesse eixo y o tamanho da lacuna é um pouco maior do que as outras.”

Vou te comprar um jantar!

Quero te comprar algo delicioso, Ahjusshi.

Park Dong Hoon respirou fundo, esforçando-se a concentrar nas palavras de Hyung Kyu.

 “Poderíamos começar a fazer uma substituição da estrutura já que os moradores do prédio reclamavam do forte cheiro de gás.” continuou Hyung Kyu.

“Então você ficará responsável por esse projeto?” perguntou Gerente Kim.

“Sim, o Ceo Park sugeriu.”

“Na análise está dizendo que já foi feita a alerta de que o prédio está com risco de explosão.” Chefe Song pareceu inquieto. “Quanto tempo para as pessoas saírem do local?”

“O limite dado foi de três dias.” respondeu Hyung Kyu.

Eu te ligo.

Park Dong Hoon sacudiu a cabeça, tentando organizar as dezenas de pensamentos que passavam ao mesmo tempo por sua mente. Ele sabia que os meninos estavam discutindo algo importante, porém não parava de procurar os motivos que incentivaram a Ji An de não ter o contatado sobre a sua transferência para o Seul em março. Ele realmente não teria a reconhecido se passasse por ele, o seu coração de alguma forma se confortou com isso.

“Sunbae? ... Sunbae!”

“Ceo Park!”

Dong Hoon finalmente foi puxado dos seus pensamentos.

“Você ao menos prestou atenção na reunião?”

Ele não falou nada, apenas pegou o relatório e começou a analisá-lo.

“Uau!” sussurou Hyung Kyu para Chefe Song. “Ele realmente não está normal hoje.”

“Aigoo!” Dong Hoon o olhou dos pés a cabeça. “Por que está agindo assim?”

“Você permaneceu em silêncio durante toda a reunião olhando exatamente para o nada o que não acontece com muita frequência.” desabafou Hyung Kyu.

Dong Hoon o encarou e chegou a abrir a boca para falar algo, mas a fechou. Ele não sabia a desculpa que inventaria dessa vez, sua mente realmente parecia está em todos os lugares, menos naquele lugar. Então ele tomou um gole do seu café e continuou a leitura, o ignorando.

“Ceo Park?” chamou Lee Min Ah, umas das novas estagiárias da sua empresa.

“Sim?”

 “Temos uma ligação da Estruturas Yeonwoo.”

“Pode transferir para a minha sala, por favor.”

“Claro!”

O dia passou freneticamente. Park Dong Hoon sabia muito bem a grandiosidade que era a sua equipe, sabia que tinha escolhido as pessoas certas para trabalhar em sua empresa. No início, sentiu-se medo dos seus planejamentos não darem certos, mas eles o incentivavam e hoje ele conseguiu fazer o seu próprio negócio. Dong Hoon era muito grato pelo apoio e fazia de tudo para agradá-los, ele realmente os considerava como uma família.

Três dias, três dias foram o suficiente para Hyung Kyu conseguir resolver o problema na estrutura do edifício Songyoung com a ajuda do Chefe Song. Uma emergência surgiu devido a um novo vazamento de gás e o prazo das pessoas deixarem o local foi reduzido para um dia, caso isso não ocorresse, o prédio poderia desabar e assim ocorrer uma explosão. Como recompensa, Park Dong Hoon decidiu pagar bebidas para toda a sua equipe, o que foi o suficiente para a noite terminar bem.

“Alguma notícia da Yoon Hee?” perguntou Gi Hoon.

“Nada demais, só temos os papéis para assinar.”

“E como Ji Seok está lidando com tudo isso?”

“Yoon Hee conseguiu um emprego permanente em uma agência de advocacia em Michigan, ela achou melhor passar um tempo com o Ji Seok até ele entrar em uma faculdade.” Dong Hoon virou o copo com álcool e fez uma careta ao sentir uma ardência passando por sua garganta. “Ela vai tentar mandar o Ji Seok para passar as suas férias por aqui.”

“É difícil de acreditar que vocês chegaram a esse ponto.” disse Sang Hoon, cabisbaixo. “A Omma me perguntou esses dias quando a Yoon Hee voltava dos Estados Unidos, dizendo que uma esposa jamais poderia deixar o seu homem sozinho por tanto tempo.”

“Difícil de acreditar?” Gi Hoon repreendeu o seu irmão mais velho. “Que tipo de loucura você está falando? Isso apenas chegou a esse ponto, pois a Yoon Hee tem consciência do que fez de errado e percebeu que não poderia continuar com o nosso irmão como se nada tivesse acontecido.”

“Quando você planeja contar para Omma?” Sang Hoon olhou Dong Hoon, o qual ficou em silêncio.

“Nós contaremos juntos, Omma irá entender.” Gi Hoon recrutou. “Isso não é um problema.”

“Yah!” O comentário de Gi Hoon foi o suficiente para Jung Hee bater sua mão forte no balcão e assustar a todos. “Por favor, calem a boca, parem de falar da vida do irmão de vocês, hã? Por que não falam das suas vidas, hã? Hã? Aish!”

“Encontrei a Ji An essa semana.” Park Dong Hoon disse por fim, quebrando o silêncio que havia preenchido o bar há três minutos. Ele sentia a necessidade de compartilhar com os seus irmãos o que se passava por sua cabeça esses dias.

Todos viraram suas cabeças para Dong Hoon, completamente surpresos.

“Lee Ji An-ssi?” Gi Hoon levantou-se da cadeira. “É a Lee Ji An que estou pensando, hyung?”

“Sim, estava conversando com o gerente Lee e ela surgiu atrás de mim.”

“Onde?” perguntou Sang Hoon.

“Naquela cafeteria perto do meu trabalho.”

“Ela não estava em Busan?” Gi Hoon perguntou tomando um gole de álcool, ainda surpreso.

“Sim, mas ela foi...”

“Ji An...” Jung Hee interrompeu a sua fala. “Ji An passou por aqui.”

O comentário de Jung Hee foi o suficiente para Dong Hoon começar a encará-la.

“Oh... Sério?”

Ela assentiu.

“Faz muito tempo?” perguntou Gi Hoon já com um olhar de desconfiança.

“A primeira vez foi há dois meses.” disse pegando as garrafas de soju que estavam em cima do balcão. “Ela veio até aqui, tomamos duas cervejas juntas e depois foi embora, pedindo para não contar a ninguém sobre sua vinda.”

“Há dois meses?” Dong Hoon jogou a cabeça para trás e riu, enxugando uma lágrima do olho. Ele só parou quando viu o rosto de Jung Hee. “Oh, você está falando sério.”

“Como um ataque cardíaco.”

“Estou me sentindo traído.”

“Por onde ela está? O que está fazendo da vida? Onde está morando?” Foi a vez de Sang Hoon soltar a sua indignação. Os irmãos sabiam perfeitamente o quão difícil foi para Dong Hoon se reajustar psicologicamente quando a Jin An partiu de Seul. Em todos os seus encontros, ele desabafava sobre tão dura ter sido a vida dela, e que gostaria que tivesse conhecido-a antes de tudo para livrá-la de qualquer trauma possível.

“Vocês a conhecem, apesar dela aparentar ser outra mulher, ela não mudou o seu jeito de ser, ainda continua a mesma.” Jung Hee sorriu ao lembrar-se dos tempos em que a Jin An ficou morando com ela, era uma menina tão insegura. “Soube pouco, mas ela comentou que foi transferida para a empresa local daqui e que é professora de libras de uma escola primária.”

“Ela tornou-se professora?” perguntou Gi Hoon.

“Sim, na verdade ela é uma professora temporária, disse que estava substituindo uma professora que tirou licença-maternidade.”

“Vocês conversaram bastante.” Dong Hoon tomou o último gole do seu álcool e olhou atentamente para Jung Hee. “É inacreditável como ela mudou de vida.”

“Fiquei surpresa quando ela me contou também, ainda comentou que está fazendo faculdade, Ji An é uma menina preciosa.” Jung Hee abriu um sorriso ao ver de relance o olhar brilhante que invadiu o rosto de Dong Hoon, fazia um bom tempo que ela não via esse olhar em seus olhos.

“Não acredito que o hyung estava se preocupando a toa com a Ji An durante todo esse tempo, olha só como ela conseguiu mudar de vida, até uma faculdade está fazendo.” desabafou, Gi Hoon.

“Poderíamos pedir para Omma fazer uma comida deliciosa e visitá-la algum dia.” Sang Hoon sugeriu, animado com a ideia. “Ela disse onde estava morando? É perto?”

“Ela não disse.” respondeu Jung Hee, pensativa. “E também não queria deixá-la desconfortável.”

“O número dela?” foi a vez de Gi Hoon perguntar.

“Sem número.”

 “Você está brincando com a gente, Jung Hee-ssi?”

“Yah, Gi Hoon-ssi! Por que brincaria? Já falei que não queria deixá-la desconfortável.”

“Desde quando pedir o número ou perguntar onde mora é algo desconfortável?”

“Para mim, seria algo desconfortável.” disse Sang Hoon, fazendo todos olharem para ele.

“Preciso de mais álcool.” Dong Hoon levantou da cadeira indo em direção ao refrigerador e pegou mais duas garrafas de soju. Quando fechou Jung Hee tomou-as de suas mãos e as guardou novamente.

“Não, não vão tomar mais álcool, vocês precisam está sóbrios para trabalhar amanhã e já é tarde, por favor, vão para suas casas, preciso dormi.”

Dong Hoon, Gi Hoon, Sang Hoon despediram-se corretamente de Jung Hee e saíram do bar, começando a caminhar em sincronia até as suas casas. A rua estava silenciosa, o que fazia com que suas respirações fossem notadas um pelo outro.

“Amanhã tenho uma reunião com uma escritora.”

“Sério?” Dong Hoon olhou o irmão mais novo.

“Sim, finalmente achei uma história que me agradasse.”

“Pensei que você era o que escrevia histórias”

Gi Hoon riu um pouco. “Não quando você é um contratado pela emissora.”

“Do que está reclamando?” Sang Hoon parou e ficou encarando Gi Hoon. “Você ao menos conseguiu um emprego como diretor de uma emissora.”

“E você, hã? Do que está reclamando? Você ao menos conseguiu um trabalho fixo como treinador de esportes no colégio.”

“Não é grande coisa.”

“É melhor do que a nossa antiga empresa de faxina, hã?”

“Aigoo!” Dong Hoon aproximou-se dos seus irmãos e os envolveu em seus braços, abraçando-os fortemente. “Não vamos começar uma briga.”

Gi Hoon e Sang Hoon recompõem-se e em seguida acabaram rindo da atitude estranha do irmão, eles retribuíram o seu abraço e depois seguiram caminhando juntos pela rua.

Park Dong Hoon chegou exausto em seu apartamento. Atirou as chaves e sua pasta sobre a mesa e desabou no sofá. Encostou a parte de trás do pescoço no encosto da poltrona e olhou para o teto pensando em qual trabalho começaria agora. Ele chegou a olhar seu celular, mas ele estava descarregado, o que o fez levantar para carregá-lo e assim tomar um banho.

Minutos depois, ele estava em seu escritório, fazendo as últimas análises do projeto de um novo edifício que o Gerente Kim havia feito, aproveitou e fez um café para livrá-lo do sono. Quando estava prestes a ir para cama, seu celular começou a tocar. Era o Gi Hoon.

“Hyung?”

Dong Hoon mal reconheceu a voz sonolenta do irmão.

“Sim?”

“Jung Hee falou que não está conseguindo entrar em contato com você.”

“Meu celular estava descarregado, aconteceu algo?”

“Ela mandou avisar que você esqueceu a sua carteira no bar.”

“Oh... Nossa” falou assustado olhando em sua volta. Onde ele estava com a cabeça? “Obrigado por avisar!”

E desligou. Park Dong Hoon ficou surpreso com o seu esquecimento, talvez o Hyung Kyu estivesse certo quando disse que ele não estava normal. Dong Hoon respirou e começou a olhar as últimas mensagens e as três ligações perdidas. As duas últimas eram de Jung Hee, a primeira era de um número desconhecido, ele sentiu seu coração acelerar.

6:00pm;+82 2...

Ahjusshi.
Você está livre hoje à noite?

Depois de quatro dias Ji An, finalmente, havia entrado em contato com ele. Por impulso, Dong Hoon se atreveu a deslizar o seu dedo sobre a tela do celular para fazer uma chamada, porém paralisou quando olhou a hora. Eram meia noite e sua mensagem havia sido enviada as seis, ele queria ligar e explicar que seu celular havia descarregado e que não estava a evitando, mas teve medo, não sabia se ela estaria acordada ou dormindo nesse exato momento, de qualquer forma, ele jamais queria pensar em incomodá-la.