Família Uzumaki-Haruno escrita por nje


Capítulo 2
A notícia da primeira gravidez


Notas iniciais do capítulo

Eaí, gente! Tudo bem?
Fiquei feliz pelos que colocaram a história nos acompanhamentos e ainda mais pelos que comentaram. Obrigada por esse retorno! E também pelas sugestões dadas no outro capítulo.
Espero que gostem desse aqui também.
Boa leitura!



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Sakura abriu os olhos no momento em que o som despertador inundou o quarto dela. Tratava-se de um dia ensolarado e alguns raios de luz adentravam no cômodo através da janela. Ela tentou evitá-los ao esconder o rosto com o edredom, mas não poderia enrolar ali por muito tempo. E ainda que pudesse, a kunoichi amanheceu tomada por forte enjôo e correu ao banheiro, onde vomitou repetidas vezes.

Enquanto estava lá com as mãos apoiadas na privada, rememorava tudo o que havia comido na noite anterior. Não encontrou nas lembranças nada que justificasse tamanho mal-estar.

Somente quando sentiu-se um tanto melhor que Sakura se arrumou e foi cumprir com as obrigações que tinha no Hospital de Konoha. Tsunade e Shizune eram as principais responsáveis e a Haruno era a auxiliar delas. Treinavam-na para que ela viesse a assumir o comando um dia.

No caminho até o hospital, foi difícil para Sakura conseguir se manter acordada. Ela sentia um sono intenso, maior do que o de costume. Como num insight, deu-se conta de que nas últimas semanas todas esteve bastante sonolenta, de uma maneira que chegava a ser incomum.

A partir desse pensamento, foi começando a juntar as informações como se fossem peças de um quebra-cabeça. O sono exacerbado que sentia, o enjôo intenso e repentino daquela manhã. Pegou na bolsa um calendário e constatou um atraso na menstruação. Esses sintomas reunidos normalmente não tratavam-se de doença, mas sim de gravidez. A jovem ninja estremeceu ao ter esse pensamento.

Fazia por volta de três meses que ela e o namorado, Naruto Uzumaki, transaram pela primeira vez. Foi bastante romântico, uma noite repleta de amor e intensidade.

Todavia, Sakura tinha ciência que essa era uma atitude condenável aos olhos dos habitantes da vila: uma mulher com apenas 21 anos perder a virgindade e engravidar de um rapaz que não era seu marido. Aliás, ao lembrar-se dele, o pânico dominou-a ainda mais. Como o rapaz reagiria? Ele havia se tornado o Hokage havia pouco tempo e já era um desafio para o jovem Uzumaki dar conta de uma responsabilidade tão grande aos 22 anos.

Perdida nesses pensamentos, Sakura caminhava até o hospital desatenta ao mundo externo. Respondia aos cumprimentos dos conhecidos de forma automática, sem nem mesmo olhar. Contudo, não passava despercebido por eles a expressão de desespero na face da ninja-médica; chegaram a perguntar se estava tudo bem. Foi nesse momento que ela procurou se recompor e focar nas atividades que a aguardavam no hospital. Os problemas pessoais careciam ser adiados até a hora em que encerrasse as atividades lá.

Cada um dos minutos passava tão lentamente como se fosse uma hora para Sakura. Apesar disso, conseguiu disfarçar bem e realizar com eficiência todas as tarefas que delegaram a ela no hospital, que por sinal encontrava-se bastante tranquilo naquela tarde e por esse motivo, Tsunade sugeriu que ela fosse embora. Se fosse qualquer outro dia certamente a Haruno teria recusado, todavia, na atual circunstância ela realmente necessitava sair dali e contar para a melhor amiga o que se passava.

Pouco tempo após deixar o hospital, Sakura chegou na floricultura dos Yamanaka. Aquele era o horário em que Ino estava por lá, e não na Divisão de Inteligência, onde a Yamanaka ia todos os dias trabalhar no fim da tarde, seguindo os passos do falecido pai e até mesmo chegando a superá-lo.

O pequeno local estava vazio, havia de fato apenas a melhor amiga de Sakura ali, regando distraidamente — quase afogando — algumas flores violetas. O sino do estabelecimento soou no momento em que Sakura adentrou-o com os grandes olhos verdes marejados.

Ino virou-se para ela e ficou surpresa ao encontrá-la naquele estado. Cheia de preocupação, levantou-se e abordou Sakura, pondo-se a envolvê-la num abraço.

— Sakura?! O que aconteceu?! 

A Haruno tentou falar, mas não sabia ao certo como dar a notícia. As lágrimas escorriam pelo rosto dela e o desespero da amiga somente aumentava.

— Aconteceu alguma coisa no Hospital? — Ino arriscou e Sakura mexeu a cabeça em um gesto de negativa. — Algo com seus pais?! Ou com o Naruto? 

Foi quando ouviu o nome de Naruto que Sakura vacilou e assentiu, confirmando que tratava-se de algo relacionado a ele. Ela encheu os pulmões de ar e criou coragem para se pronunciar.

— É-é que eu tô grávida, Ino! — Confessou ela, cheia de pejo. 

Ino arqueou as sobrancelhas e abriu a boca, chocada. Em seguida, colocou as mãos na cintura ainda encarando a amiga, tentando manter uma pose de seriedade. Entretanto, a kunoichi não foi capaz de conter o riso gostoso que escapou-lhe.

— Menina, você me assustou tanto! Eu pensei que o Naruto tinha morrido ou algo assim. Conhecendo ele, que te ama tanto e também que não teve a oportunidade de ter uma família, acho que vai ficar bem feliz! — Ino sorria ao dizer aquelas palavras. — E você, dona Sakura, nem contou pra sua melhor amiga que... ahn... digamos assim, deu a sua flor de cerejeira para o Naruto. 

A Yamanaka ria gostosamente. Não imaginava que Sakura iria superá-la nesse sentido, uma vez que a amiga sempre foi mais certinha do que ela. E pensar que Ino ainda era virgem! 

Pela reação da antiga rival, Sakura corou e escondeu o rosto. Ainda assim, também não conseguiu abafar uma gostosa risada de alívio. É fato que ainda tremia só de pensar em contar ao namorado e aos pais, mas era um conforto e tanto sair dali com a certeza de que teria todo o apoio possível por parte da melhor amiga de infância. 

Sakura foi para casa. Na noite anterior, Naruto pediu para encontrá-la num restaurante chique, pois comemorariam um ano de namoro e o rapaz se empenhava muito para fazê-la feliz. Ela se arrumava enquanto esforçava-se para não ter uma crise de nervosismo ou ansiedade. 

Tomou um banho, tingiu os lábios. Trajou um vestido vermelho soltinho e botas; na bolsa levaria um casaco. O coração batia de maneira descompassada.

No horário combinado, os dois entravam no restaurante. Ambos notaram a tensão um no outro e conversariam a respeito quando se sentassem. 

Não puderam deixar de reparar na beleza do local, também. As paredes escuras numa tonalidade marrom e a iluminação média, quase baixa, que era reforçada pelos candelabros com velas acesas em cima das mesas. Havia distribuído por lá suportes sustentando flores brancas de variados tipos. Um garçom conduziu-os até uma mesa próxima à janela, reservada por Naruto naquela manhã.

Quando encontravam-se devidamente acomodados, o ninja pôs-se a tagarelar sobre variados assuntos aleatórios. Sakura conseguiu camuflar bem a ansiedade e aguardava o momento certo de abordar um assunto tão sério quanto o que precisava tratar.

Após a refeição, enquanto aguardavam a sobremesa, a Haruno estava prestes a se pronunciar, mas foi impedida por Naruto, que assumiu um tom urgente e o movimento inquieto das mãos dele denunciava o nervosismo. 

— Sakura-chan! Eu queria que a gente viesse em um lugar bem legal hoje não só por causa do nosso aniversário. É que tenho uma surpresa pra você! — Ainda que obviamente nervoso, o Uzumaki exibiu um sorriso de dentes brancos e alinhados. Para a ocasião, ele estava até mesmo vestindo uma camisa laranja escura de mangas longas que dava-lhe um ar elegante.

— Naruto, eu tenho uma surpresa pra você também. — Sakura não sabia o que ele tinha para ela, mas queria contá-lo sobre a gravidez antes. Era uma notícia que poderia desagrada-lo ou impedi-lo de fazer-lhe qualquer que fosse a surpresa.

— Em qualquer outra situação eu te diria pra falar primeiro, mas não é de hoje que tô me contendo.. — Confessou Naruto, tirando de dentro do bolso uma caixinha. As mãos dele tremiam, embora o tom de voz estivesse cheio de firmeza. — Passei todos esses dias pensando, pedi ajuda pro Shikamaru, pro Sasuke, pro Iruka-sensei. Até pra velha Tsunade. Mas eles não conseguiram me ajudar muito... Enfim, Sakura-chan, eu não sei direito como funciona esse tipo de coisa... Mas pelo que eu aprendi observando as pessoas, acho que é isso o que se faz quando a gente ama muito alguém, quando consegue se imaginar passando o resto da vida ao lado de uma pessoa e formando uma família com ela. Nesses casos, é normal se casar, não é?! E é isso o que eu sinto e quero com você, Sakura-chan.. Você aceita se casar comigo?

Os olhos de Sakura de imediato encheram-se de lágrimas. Naruto a encarava cheio de expectativa.

— É claro que eu quero, Naruto-kun! Mas antes, existe algo que você precisa saber. — Ela tinha as mãos pousadas nas próprias pernas e apertava-as, tentando criar coragem. O Uzumaki analisava a expressão dela tentando decifrar o que poderia ser. Pelo desespero encontrado ali, temeu que fosse algo muito ruim. 

— Acho que não tem um jeito fácil de dizer isso, então vou tentar ser direta! E-eu... Tô grávida. — Sakura disse em um tom abafado e inseguro, embora fosse um alívio que finalmente iria descobrir a reação dele. De início, o rapaz ficou atônito diante do que ouvira. Não disse nada por alguns momentos, mas não demorou para que um sorriso radiante brotasse nos lábios de Naruto. Ele sentia-se extasiado! Havia decidido pedi-la em casamento achando que se ela aceitasse, atingiria o auge da felicidade. Contudo, ela conseguiu surpreendê-lo e superá-lo. 

— Sakura-chan, por que você ficou com essa cara estranha?! Eu achei que cê tava morrendo ou algo assim! — Naruto suspirou profundamente, aliviado. — Cê não acha isso perfeito? A gente vai casar e ter filhos! Eu finalmente vou descobrir como é ter uma família! Quer dizer, uma de sangue, né?! Porque de coração eu já tenho. O Iruka-sensei vai ficar feliz como se fosse um avô! Talvez o Kakashi-sensei e o Sasuke sejam daqueles tios que não sabem bem como agir com a criança, mas acho que vão se dar um jeito. E eu não sei direito como é que um pai deve ser, mas prometo que eu vou fazer de tudo pra ser o melhor! Eu não desisti e me esforcei muito pra me tornar um Hokage. E não vou desistir e vou me esforçar muito pra ser um melhor marido e pai. Eu.. eu te amo!

Ao ouvir todas as doces palavras do namorado — que acabara de tornar-se noivo—, Sakura sentiu o coração aquecer e conseguiu visualizar perfeitamente o futuro ao lado dele, a família que formariam.

— Eu te amo, Naruto! — Foi tudo o que conseguiu dizer. Não conseguia pensar em nenhuma outra frase que expressasse melhor o que sentia naquele momento: amor vibrando em cada pedacinho do corpo dela.


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Notas finais do capítulo

Eu tava pensando sobre fazer uma versão desse mesmo dia, mas focando mais no Naruto e os nervosismos dele sobre pedi-la em casamento.
O que vocês acham?
E sobre esse capítulo, o que acharam?
Beijos. Até mais.



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