Secrets: Year One escrita por Moony Dragon


Capítulo 15
Capítulo 14




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NICO

Para a consternação de Kat, nas semanas seguintes raramente saíram da Biblioteca. A maior parte do tempo foi dedicado a estudar para os exames que se aproximavam, mas Nico também notou Will se esgueirando para encontrar diferentes livros e escondendo-os sempre que ele chegava perto. Ainda assim não podia julgá-lo. Todos tinham segredos, alguns mais sombrios do que outros.

Quando os exames terminaram, Nico teve a agradável surpresa de descobrir como eram fácies, mas não ficou tão surpreso quanto ao descobrir que conseguiu durar um ano inteiro sem que ninguém descobrisse sobre o que ele realmente era.

 

— Nós temos que fazer algo! – o filho de Hades, ao passar pelo corredor com seus amigos, escuta a voz de Harry silvar. Nico puxa Will e Kat para as sombras. Sabia que era errado espionar Harry, mas ele estava escondendo alguma coisa. Will e Kat o encaram confusos, mas Nico os ignora.

— Nós não podemos ir para lá! – exclama Hermione.

— Dumbledore está fora da cidade e Snape sabe como passar pelo Fofo! Se não fizermos algo para detê-lo, ele dará a Pedra Filosofal a Voldemort! – Harry exclama. Kat ergue a sobrancelha para Nico, enquanto Will continua com a boca aberta em espanto. Voldemort? O homem que matou os pais de Harry está envolvido nisso?

— Então vamos contar a McGonagall – Hermione sugere. Harry ficou em silêncio por um momento antes de concordar.

Então Snape está atrás da pedra esta noite... duvidava que a McGonagall possa fazer muito sobre isso. Nico teria que entrar e pegar a pedra antes desses idiotas se matarem.

Quando o Trio de Ouro ficou fora de vista, Nico se afastou das sombras. – O QUE FOI ISSO!? – Will e Kat gritam em uníssono.

Nico suspira antes de se voltar a eles. Teria que contar a eles em algum momento de qualquer maneira. – A Pedra Filosofal é um objeto poderoso que foi roubado de Gringotes, Fofo está a protegendo. O trio de ouro pensa que Snape está atrás dela, pessoalmente, eu não tenho tanta certeza, mas alguém definitivamente está. Eu não tenho certeza sobre o resto, mas se Dumbledore se foi, quem quer que esteja atrás dela aproveitará a oportunidade para roubá-la, o que não pode acontecer e eu vou impedir isso – o menino diz e em seguida corre até corredor do terceiro andar, ignorando Kat e Will gritando seu nome.

Já na frente da porta do terceiro andar Nico grita: – Alohamora!

Fofo agita sua cauda com expectativa. Nico dá-lhe um cafuné rápido, ignorando Kat e Will de pé atrás dele.

— Devemos contar à um professor – Will diz.

Nico suspira. – O trio de ouro já vai fazer isso e nada de bom virá disso.

— Então nós vamos com você – Kat afirma.

Nico vira para encará-la. – De jeito nenhum em nome de Tártaro! – Nico percebe que Will se encolherá com a palavra. – Vocês não podem ir. Se o Fofo é apenas o primeiro teste, pelo que suponho, então é muito perigoso – diz a eles, sinalizando para que o Fofo se afaste, o que ele relutantemente faz.

— Perigo é o meu nome do meio – Kat diz antes de abrir a porta do alçapão e pular para dentro dela.

Di immortales.

Nico pula atrás dela, esperando não cair para a morte prematura. Felizmente, o filho de Hades teve um pouso suave, mas qualquer felicidade por isso terminou quando viu os caules de uma planta se enroscando no corpo de Kat.

— KAT! – exclama, lutando contra a planta, apenas para ela se enroscar ainda mais contra ele.

Nico ouve Will gritar, ao cair ao seu lado. – Aquele cão é uma ameaça – o loiro murmura.

Como sempre Will parece brilhar no escuro (um fato que ainda não desistiram de provocá-lo sobre), mas a luz que emite dele parece mais brilhante do que o habitual, afastando as plantas dele, permitindo que ele se liberte.

O que em nome de Hades acabou de acontecer?

— É A LUZ! –  Kat exclama.

Claro, pensa Nico. Os dois puxam suas varinhas e gritam – LUMOS! – e os visgos-do-diabo se afrouxam, e os dois finalmente conseguem se libertar, juntando-se a Will no corredor de pedra.

— Eu nunca vou zombar de você por ser uma tocha humana novamente – diz Kat.

— NO QUE VOCÊ ESTAVA PENSANDO? – Nico grita depois de se recompor.  

A menina simplesmente revira seus olhos cinzentos. – Não precisa ficar tão mal humorado – ela sorri. Nico lembrou da vez em que se conheceram quando pronunciou as mesmas palavras.

— Vamos lá e se você for morta, a culpa vai ser inteiramente sua – resmunga, caminhando pelo corredor.

O trio se depara em frente a uma bela câmara, cheia de pequenos pássaros brilhantes, voando ao redor da sala. No lado oposto à câmara havia uma pesada porta de madeira.

— Vocês acham que eles vão nos atacar? – Will pergunta.

— Há apenas uma maneira de descobrir – afirma Nico, pronto para transformar seu anel em espada e atacar, mas quando entrou na câmara os pássaros nem sequer o notaram. – Parece seguro… – o menino tenta abrir a porta, mas estava trancada. – Alohamora! – tenta novamente, mas a porta ainda não se mexe.

— São chaves! – exclama Kat. 

Nico olha para os “pássaros” novamente para ver que na verdade eram chaves com asas, flutuando ao redor da sala e então percebe as vassouras alinhadas contra a parede.

— Oh Hades, por favor, não – murmura.

Kat sorri e pega uma das vassouras, antes de passar a outra para Will. – Viu? Você precisa da gente – Nico apenas a encara incrédulo enquanto eles montam suas vassouras e começam a voar em direção às chaves.

Depois de alguns minutos de voo, Nico começa a ficar nervoso.

— AQUELA LÁ! – Kat exclama, apontando para uma chave com asa machucada. – Suja e velha, igual a fechadura. – Kat dispara em direção à chave, pegando-a e jogando-a na direção de Nico. Ele não sabia muito sobre Quadribol, mas sabia que ela seria uma boa apanhadora.

— Parece que essa chave já foi usada – Nico diz a eles.

— Duh. Eu duvido sermos os primeiros a usá-la – Kat diz.

— Quero dizer, recentemente. Acho que o ladrão já está aqui – explica. O trio cai no silêncio. Nico bota a chave na fechadura, e, para o seu alívio, desliza facilmente. O menino sinaliza para que desçam de suas vassouras e liberta a chave de volta ao céus.

— Isso foi muito divertido! – Kat declara.

— Não é para ser divertido – Nico diz a ela, entrando na próxima câmara.

A próxima câmara era tão escura que quase não conseguiam ver nada. Estavam de pé na borda de um enorme tabuleiro de xadrez, atrás das peças pretas, que eram mais altas do que eles. Enfrentando-os, do outro lado da câmara, estavam as peças brancas.

Quando entraram, a luz tomou o cômodo tornando a visão mais clara. – Xadrez? – Will resmunga.

— Eu acho que temos que jogar para poder continuar – o moreno explica.

— Hum, alguém sabe jogar xadrez? – Kat pergunta, claramente nervosa. Nico assente. Não conseguia lembrar de ter aprendido, mas foi provavelmente na década de 1940. Não havia muito o que fazer naquela época. Sem mencionar que sempre foi bom com estratégia de batalha.

Se apenas os outros não estivessem aqui, eu seria capaz de apenas viajar pelas sombra para o outro lado, pensou.

Nico andou até uma das peças. – Nós temos que nos juntar a vocês, certo? – a peça de xadrez acena com a cabeça. – Certo. Will será o bispo. Kat você pode ser o peão – o filho de Hades afirma. O rosto de Kat apresenta uma expressão de desgosto que, estranhamente, lembra-o da expressão permanente no rosto de Draco.

Nico percebeu que as peças de xadrez que mencionou se afastaram, para que possam jogar. O trio assume as posições, e Nico começa a gritar ordens, fazendo com que as peças de xadrez se movam à sua vontade. Felizmente, conseguiu ganhar o jogo sem que a maioria de suas peças fossem destruídas.

— Isso foi tão legal! – exclama Kat.

Nico entrou na próxima câmara para ver um gigante trasgo, ainda maior do que o último que matou.

— OH MEU SANTO PUDIM! – Kat grita quando o vê.

O  trasgo avança em sua direção, balançando seu porrete de forma maníaca. Nico sorri e desliza facilmente sob suas pernas antes de puxar seu anel, transformando-o em uma espada

— Impressionante – ouve Kat murmurar, enquanto Will apenas olha para ele com uma expressão estranha no olhar.

Nico agarra sua espada, subindo no corpo do trasgo, evitando suas fúteis tentativas de o matar. Quando alcança a cabeça, simplesmente bate nela com o cabo da espada com força, para ele cair inconsciente no chão. Não sabe por que não o decapitou como o último, provavelmente pelo mesmo motivo pelo qual nunca contou para eles sobre o primeiro trasgo.

— Uau – Kat exala, antes de gritar: – VOCÊ É TÃO INCRÍVEL! – Nico revira os olhos e entra na próxima câmara.

Ao entrar nela, fogo púrpura imediatamente aparece atrás deles. No instante seguinte, as chamas negras se elevam na entrada da porta da frente. Estavam presos. 

Kat pega um rolo de papel ao lado das garrafas, e começa a ler em voz alta:

“O perigo o aguarda à frente, a segurança ficou atrás,

Duas de nós o ajudaremos no que quer encontrar,

Uma das sete o deixará prosseguir,

A outra levará de volta quem a beber,

Duas de nós conterão vinho de urtigas,

Três de nós aguardam em fila para o matar,

Escolha, ou ficará aqui para sempre,

E para ajudá-lo, lhe damos quatro pistas: 

Primeira, por mais dissimulado que esteja o veneno, 

Você sempre encontrará um à esquerda do vinho de urtigas; 

Segunda, são diferentes as garrafas de cada lado, 

Mas se você quiser avançar nenhuma é sua amiga; 

Terceira, é visível que temos tamanhos diferentes, 

Nem anã nem giganta leva a morte no bojo; 

Quarta, a segunda à esquerda e a segunda à direita 

São gêmeas ao paladar, embora diferentes à vista.''

— Eu acho que Snape tem bebido muito vinho – Kat murmura.

— Eu sempre fui bom com enigmas – Will murmura, estudando o papel atentamente. – Especialmente rimas. – Depois de um minuto estudando o papel e as garrafas Will sorri.

— Esta garrafa! – exclama, apontando para a menor garrafa.

— Não há muito – Nico apontou.

Kat morde o lábio. – Parece ser o suficiente para dois.

— Você acha que Ron vai ficar bem? – pergunta a voz familiar de Hermione.

— Fiquem naquele canto! – Nico sussurra, olhando para seus amigos horrorizado. Eles fazem o que pede e Nico os rodeia em sombras suficientemente grandes para escondê-los.

Nico pega a garrafa pequena e bebe até a metade, deixando apenas um gole. Sente o gelo fluindo pelas veias (o que não era muito diferente do habitual) e percorre o fogo negro.


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